
. Enfim, Bruno se pronunciou sobre as farpas que trocou com a torcida do Flamengo após a derrota para a Universidad de Chile, na noite desta quarta-feira.
O jogador disse estar se lixando para a torcida, que vaiou bastante o goleiro depois do apito final da partida.
O capitão do Fla, que não treinou nesta quinta-feira, esteve reunido com o departamento de futebol do clube agora pouco. Após o encontro, baixou a guarda e se mostrou arrependido pelo que disse após o jogo contra a La U.
- Não quis falar antes com vocês (imprensa) porque quis falar com a presidente. Quando eu quis dizer me lixando, não disse de maneira geral (para os torcedores). Foi só para o corinho que estavam fazendo para mim ali. Eu estava sofrendo mais do que as 60 mil pessoas que estavam lá. Quem está dentro (de campo), sofre mais. Algumas declarações que dei podem ter sido polêmicas e mal interpretadas. Mas sempre que erro, sou o primeiro a chegar aqui e pedir desculpas. Reconheço que errei. Mas não ironizei a torcida. Simplesmente foi uma reação, uma maneira de se defender daquelas pessoas que falaram coisas que eu não merecia ouvir - disse o goleiro, que aproveitou para declarar seu amor pelo Mengão.
- Tem três coisas nessa vida que mais amo: minhas filhas, minha mãe e aprendi a amar o Flamengo. Não vejo razão de uma simples partida apagar tudo que fiz pelo clube. Lógico que vou ficar aqui. Lógico que estou chateado. Estou até agora sem dormir. Estou sentindo essa derrota, passa um filme, do América do México. Mas não vou jogar a toalha, xará. Peço desculpa à torcida - afirmou Bruno.
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. Rodrigo Mancha viu do banco de reservas o seu Santos abrir 2 a 0 sobre o Grêmio, no Olímpico, no primeiro confronto da semifinal da Copa do Brasil. No entanto, ao ser chamado pelo técnico Dorival Júnior para substituir o esgotado Marquinhos, no segundo tempo, ele não poderia imaginar que ficaria apenas nove minutos em campo. Em duas falhas cruciais suas, o Grêmio chegou ao empate com dois gols de Borges, embalando a virada sobre o Peixe (4 a 3). O cabeça de área, que mal havia entrado, cedeu o posto para Rodriguinho e protagonizou uma cena inusitada, dando socos seguidos no banco de suplentes :
- Extravasei daquela forma porque estava irritado comigo mesmo e não com a substituição. Aliás, isso nunca fez parte da minha índole profissional e nunca fará. Sempre respeitei meus treinadores, e com o Dorival Júnior não é diferente. Tenho muito respeito por ele - disse o jogador, através de sua assessoria.
Autocrítico, Mancha reconhece que não entrou bem na partida :
- Infelizmente, nesse jogo contra o Grêmio, em pouco tempo que atuei não fui feliz. Foi por isso que saí tão irritado. O que aconteceu foi uma lição para mim - afirmou.
Segundo o volante de 23 anos, ele já mostrou sua importância para a equipe em momentos decisivos, citando a final do Campeonato Paulista, na segunda partida contra o Santo André.
- No futebol isso pode acontecer com todo mundo. Grandes craques tiveram momentos infelizes. Eu sei do meu potencial e da minha importância para o time, também em momentos decisivos. A final do Paulistão foi um exemplo, quando fui muito bem e ajudei o Santos a superar a ausência de três atletas em campo na segunda partida com muita garra. Já no vestiário tive o apoio de todos os jogadores e também da comissão técnica. Podem ter certeza que esse episódio só me deu mais forças para ajudar o Santos a chegar na final da Copa do Brasil - concluiu.
No desembarque da delegação santista, nesta quinta-feira à tarde, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, Rodrigo Mancha ainda estava abatido. Não quis conceder entrevistas. Pelo menos, foi amparado por alguns torcedores que foram receber a delegação.
- Força, Rodrigo - disse um deles.
O meia Marquinhos, por sua vez, disse que a hora é de passar apoio ao companheiro. Ele lembra que Mancha será um dos únicos volantes à disposição de Dorival Júnior para o jogo de volta contra o Grêmio, pelas semifinais da Copa do Brasil, quarta-feira que vem, na Vila Belmiro.
- O Arouca está suspenso e o Brum, machucado. O Rodrigo é importante para o grupo. Nós precisamos dele - disse. Além de Mancha, Rodriguinho é o outro volante à disposição.
O volante retribuiu com um sorriso desanimado e se dirigiu para o ônibus.






















