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Quase unanimidade entre os brasileiros pela facilidade no preparo e na harmonização com outros ingredientes, a
batata está pesando no bolso de quem não abre mão do alimento nas refeições.
Problemas climáticos como o excesso de chuva ou a seca em regiões produtoras têm feito os preços dispararem.
E a situação deve piorar, pelo menos, até o início do próximo mês. O custo do quilo em alguns supermercados do Rio já chega a R$ 8.
— O preço sobe quando a oferta é reduzida, e isso tem acontecido porque os estados produtores sofreram com as mudanças climáticas. No Sul do país, as chuvas atrapalharam a safra, enquanto em Minas e Goiás, a seca foi o que causou o problema. Isso contribuiu para o desabastecimento — explicou Natalino Shimoyama, gerente-geral da Associação Brasileira da Batata (ABBA).
Os tipos mais comuns do legume nas feiras e nos supermercados, como a batata-inglesa e a Asterix, foram as que tiveram a maior alta.
Segundo a Divisão Técnica da Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), nos cinco primeiros meses de 2016, o preço médio mensal da batata-inglesa comercializada na unidade Grande Rio teve alta de 48%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos mercados e nos sacolões do Rio, a alta no preço assusta os consumidores. Ontem, numa pesquisa feita pelo EXTRA, o quilo do tipo inglesa variava de R$ 4,99 a R$ 8,98. Estes valores foram encontrados na Zona Norte e na Zona Sul da cidade. No Centro, o produto era vendido a preços mais em conta, entre R$ 2,98 e R$ 5,95.
Quem vai às compras já sente a alta nos preços há, pelo menos, um mês. Segundo o aposentado Antônio Lúcio da Rocha, de 62 anos, a única maneira de economizar é buscando promoções:
— Em maio, os preços começaram a subir e já cheguei a comprar o produto por mais de R$ 8. Hoje, só compro em menor quantidade e quando encontro promoções.
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Tempero indispensável entre os brasileiros,
o quilo do alho já pode ser encontrado a quase R$ 40 nos supermercados e sacolões do Rio. O problema, destacam especialistas, está na
baixa oferta do produto que vem da China e da Argentina, maiores fornecedores do produto para o Brasil. Juntos, os países são responsáveis por 65% das importações brasileiras.
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A maior parte do alho que consumimos vem de fora e houve problemas nas safras chinesa e argentina, devido a problemas climáticos. Isso aconteceu no início do ano, o que tem pressionado o preço nos últimos meses. Este efeito, somado à variação do dólar, que faz parte do processo de importação, refletiu no aumento — explica Rafael Corsino, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa).
Os tipos do tempero, como o alho branco e o roxo, apresentaram altas expressivas. De acordo com a Divisão Técnica das Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), nos cinco primeiros meses de 2016, se comparado ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 61% no valor médio do alho argentino e de 40,2% no chinês.
Nos mercados e nos sacolões do Rio,
a alta no preço assusta os consumidores. Ontem, numa pesquisa feita pelo EXTRA, o quilo do produto variava de R$ 18,80 a R$ 34,99. Estes valores foram encontrados na Zona Norte da cidade. No Centro, o produto era vendido a preços mais salgados, entre R$ 19,98 e R$ 39,98.
Quem vai às compras sente no bolso a inflação.
— É difícil ficar sem, mas tem sido muito difícil achar por menos de R$ 20. Só compro em promoção — diz a doméstica Sandra Silva.
Segundo a Associação Nacional dos Produtores de Alho, a alta dos preços no varejo não reflete em ganhos para o produtor. Segundo dados da associação, o produtor tem recebido em média R$ 12 pelo quilo do produto.
Segundo especialistas, os preços devem começar a ficar mais em conta no início de setembro, período em que a safra brasileira chegará ao mercado.
Isso dos preços dos alimentos mais básicos tinha que ser debatido de forma séria no Brasil.