Jornalismo

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 02 Abr 2011, 05:09

http://portalimprensa.uol.com.br/portal ... 1289.shtml

. A internet despontou como o principal meio de informação para executivos, à frente dos jornais impressos, segundo pesquisa da CDN, agência de comunicação corporativa. Em sua quarta edição, a "Pesquisa CDN de Credibilidade da Mídia" 2010/11, foi realizada com 800 executivos de diferentes faixas etárias de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília - público de interesse das agências de comunicação.

Em Brasília, 98% dos entrevistados citaram a internet como principal fonte de informação, seguida pelo jornal impresso, com 96% da preferência. Entre os jovens executivos em cargos de chefia - com idade até 28 anos - 91% afirmaram usar a internet para se manterem informados. Na sequencia, TV, citada por 90% e jornais, lembrado por 89% dos jovens executivos entrevistados. No geral, 49% dos executivos de SP e RJ dizem ler jornais pela internet diariamente e 41% declaram o fazerem de vez em quando.

Outro dado curioso é que, apesar do aumento de popularidade do Facebook, o Orkut ainda é considerado a rede social mais confiável, com 40% da preferência, ante 13% do Twitter e 10% do Facebook. Além disso, as páginas dos provedores de acesso à internet e grandes portais, como Terra e Uol, são os mais lembrados na hora de buscar informações gerais e sobre o mercado de negócios, ambos citados por 46% dos executivos entrevistados, de SP e RJ.

Segundo a pesquisa, enquanto os grandes jornais como Folha de S.Paulo e Estadão declinaram em hábito de leitura (de 48% para 41% e de 48% para 28%, respectivamente), o interesse dos executivos por jornais populares e gratuitos cresceu. Diário de S. Paulo, Agora São Paulo, Metro, Destak e Meia Hora registraram avanço. "Quando ele tem um Metro na portaria do prédio, ele pega e folheia. Uma das grandes tendências hoje do jornalismo é o localismo. As pessoas querem ter notícias da sua proximidade", explica Cristina. Entre os jornais, apenas O Globo manteve-se estável nas duas edições da pesquisa, com 41%.O DSP cresceu de 7% para 13%; o Agora, de 3% para 7%; o Metro, de 10% para 14%; Destak, de 5% para 12% e o Meia Hora RJ, de 5% para 6%.
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 11 Abr 2011, 21:18

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. O jornal O Estado de S.Paulo contratou o jornalista Paulo Vinicius Coelho (que estava na Folha de S.Paulo) que terá uma coluna no domingo e uma coluna na segunda-feira, escrevendo sobre futebol.
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 17 Abr 2011, 07:45

. A Revista da TV, o caderno de TV do jornal O Globo completou 30 anos !

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Primeira capa da Revista da TV

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Capa de 30 anos da Revista da TV, com homenagem a primeira capa

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Algumas capas históricas da Revista da TV
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 04 Mai 2011, 16:34

http://www.meioemensagem.com.br/home/mi ... Press.html

. O canal de esportes do eBand, portal de internet do Grupo Bandeirantes de Comunicação, recebeu o reforço do material produzido pelo Lance!Press, agência de notícias do grupo Lance!.

O contrato de licenciamento de conteúdo é válido por um ano e permite ao eBand utilizar toda a produção diária da agência em texto e foto em suas páginas. O acordo teve início em meados de abril.

O Lance!Press está no mercado há 14 anos e produz mais de 200 notas sobre o mundo esportivo todos os dias. Além de equipe própria, a agência de notícias possui parceiros nas cinco regiões do País. O conteúdo de texto e foto é comercializado para veículos do Brasil e do exterior, além de agências de publicidade e comunicação e assessorias.
--
Link recomendado para quem gosta de jornais esportivos :[/color]
http://www.netpapers.com/jornalesp.cfm
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Re: Jornais

Mensagem por Arenagak » 05 Mai 2011, 19:01

O Jornal Diário Catarinense completou 25 anos hoje
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Caderno especial encartado na edição de hoje.

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Capa da edição de hoje.

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Uma das primeiras edições do jornal.
Fundador, presidente, diretor, estagiário e faxineiro do Blog do Arenagak
Diretor executivo da UTPJ
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 31 Mai 2011, 21:47

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. O jornal O Globo (desde que tem uma página na internet, ou seja, há mais de 10 anos) nunca cobrou de seus assinantes o acesso on-line ao jornal, agora, estão cobrando e ainda mandam papelzinho pra casa dos assinantes, dizendo que agora cobrarão para o acesso ao jornal na internet pelo valor de R$10,00. Se a venda do jornal não cresce nas bancas, o jeito é explorar os assinantes. <_< A "pá de cal" é que antes atualizavam o jornal por volta de 2:00 ou 3:00 da madrugada e agora anunciaram que só vão atualizar o jornal às 5:00 da manhã. Quer dizer, só desvantagens para os assinantes e ainda agem de uma forma como se fosse uma coisa boa. <_<
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 07 Jun 2011, 21:24

http://portalimprensa.uol.com.br/revist ... +projetos/

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. Este mês o jornal O Dia completa 60 anos. Em busca de se consolidar como concorrente de peso das organizações Globo no Rio de Janeiro, o grupo comemora seis décadas com novos projetos, como conta matéria da revista IMPRENSA de junho (Ed. 268, pág. 38).

Jornalistas de diferentes gerações, Fernando Molica, Lúcio Natalício e Luarlindo Ernesto acompanharam a evolução do jornal e contam, com exclusividade ao Portal IMPRENSA, histórias de bastidores de O Dia ao longo dos anos. Acompanhe.


LÚCIO NATALÍCIO

IMPRENSA: Há quantos ano o senhor trabalha no Jornal O Dia ?
Lúcio Natalício: Eu trabalho há 34 anos, mas tenho de profissão 38 para 39 anos.


Nesses 34 anos de O Dia ? O jornal teve uma grande mudança...
Foi no final de 1988. Com o Décio Malta, que assumiu a direção, o José de Arimatéia no comando, depois veio o José Luiz de Alcântara. Uma grande cabeça pensante do jornalismo contemporâneo. Foi uma das melhores fases que eu peguei aqui no O Dia. Nós conseguimos fazer um "Jornal do Brasil " pelo preço de um O Dia [risos]. Tivemos a melhor equipe de jornalistas na época do Elcimar, Alcântara, Arimatéia e o Orivaldo Perin. Em 1978 ainda era a máquina de escrever. Tinha revisor. Hoje não tem mais. Tinha secretário gráfico. Hoje é o editor da madrugada. E foi numa dessas matérias que nós estávamos bebendo num bar. Depois do expediente, jogando baralho. Lá na rua Riachuelo e foi o estouro da primeira Segunda Sem Lei. Ligaram para o bar falando da Segunda Sem Lei. Então nós conseguimos. Foi numa noite só. A tentativa de fuga do presídio de Bangu 1, metralharam o Palácio Guanabara, jogaram uma bomba no Rio Sul e mataram um delegado no carro da polícia. Isso aconteceu às 23h30. A redação parou. O Nelson Carlos que era o chefe de reportagem e o Mesquita que era o editor de fotografia, a equipe da madrugada foi pra Bangu e nós fizemos o resto. Nós mudamos o jornal, demos a Segunda Sem Lei inteira, de cabo a rabo, tudo que aconteceu. Os concorrentes, O Globo, por exemplo, saiu com uma matéria de 20 linhas, 30 linhas e a gente deu um banho de cobertura. E como a gente jogava baralho depois do expediente, com uma cervejinha, aí o Sérgio Costa, um dos grandes companheiros que eu convivi aqui, disse: "Está oficializado o carteado no bar. Pra quando tiver alguma 'merda' grande a gente já está na rua".


E como você vê os rumos que o jornal está tomando hoje depois de 60 anos ?
Eu vou falar pela minha experiência não só no O Dia, mas isso está acontecendo em todas redações. Antes em uma redação de um jornal era bem feito com repórteres correndo. Hoje em dia tem isso aqui [aponta para o computador a sua frente]. Abre aqui, já tem uma matéria. Acho que a informática serviu pra auxiliar, mas também desempregou muita gente.

Então hoje temos um número muito menor de jornalistas na redação.
Muito menor. E é tudo via internet. Na reportagem pública, por exemplo. Se algum grande traficante for preso. A Secretaria manda um release e ainda manda foto, tirando a vaga de um repórter e de um fotógrafo. A função da assessoria de comunicação é avisar, mas eles dão a matéria completa. Para o editor é ótimo. Não precisa mandar ninguém ir lá.

E a qualidade do texto ? Você acha que os textos se aprimoraram ?
Não. A nova safra de jornalista saídos das faculdades mostrou que está aí para mostrar o seu valor. Mas jornal mesmo se aprende a fazer numa redação. Mas eu estou colocando isso porque hoje os alunos de jornalismo são muito mais cabeça feita do que os outros. Os outros chegavam aqui e achavam que... aqui é uma escadinha, né ? Os professores de comunicação estão dando um show. O que falta pra um jornalista recém-formado é uma boa pauta, uma boa agenda, tem que ter muito telefone. Eu estou gostando dessa nova geração. Eu já convivi com vários, né ?

E o que você espera daqui pra frente, tanto do jornal quanto do seu trabalho ?
A internet deu um tesourada na mídia impressa. Os jornais tem a Globo.com, G1...então leitor não quer saber de matou ou morreu, do acidente, porque isso tudo ele tem na internet. Ele compra o jornal pra quê ? Ele tem que ter na primeira página o impacto e comprar o jornal pela manchete. A tendência da mídia impressa na área policial e na cidade também é o jornalismo investigativo, que rende grandes matérias, chamadas na primeira página. E aqui nós trabalhamos com uma boa equipe. E eu estou aqui dançando conforme a música.

O pioneirismo é uma característica do jornal O Dia ?
Eu acho que dentro do jornal O Dia, o jornal aposta. Tanto que o Meia-Hora bate recorde de vendagem. O Dia aumentou a vendagem. Isso é muito importante. Dentro do contexto a mídia impressa tem que forçar uma barra por que o leitor vê na internet os crimes, os acidentes, o tempo, as estradas. Acho que caminha para fazer um jornalismo dinâmico, investigativo, que chame a atenção do leitor. Eu esqueci de citar uma pessoa. O Dia teve uma pessoa, na direção da redação, que conseguiu revolucionar a vendagem do O Dia. A Ruth de Aquino. Ela conseguiu a proeza de atingir 1 milhão de jornais vendidos em bancas aos domingos. Foi o maior feito. Ela foi a recordista. Ela gostava da redação. Dentro do dia a dia acontece algo fantástico e aquela matéria passa a ser o assunto principal. Você vê o caso Bin Laden. A manchete era do Flamengo. A notícia da morte chegou e mudou tudo. Aí todo mundo compra o jornal, pra ver os detalhes. E ela apostava também no jornalismo investigativo. Foi a pessoa que bateu o recorde de vendagem nesses 60 anos de O Dia. E hoje O Dia segue a mesma tendência do que ela fazia, do que ela falava naquela época: "Investigue a informação."

LUARLINDO ERNESTO

IMPRENSA: Você já está há quanto tempo no jornal O Dia ?
Luarlindo Ernesto: Essa já é a terceira vez. Eu já estou há 19 anos. Trabalhei duas vezes anteriormente, na época do Chagas Freitas ainda, quando o jornal era sanguinolento. Acumulava O Dia, Última Hora e O Globo. Trabalhava em três locais. Eram 5 horas em cada jornal. Era loucura total.

A transição do O Dia, de um jornal dito sanguinolento, para um jornal que atendia ao mesmo público do Jornal do Brasil, do O Globo. Como foi essa mudança ?
Essa mudança foi um negócio que abalou os outros jornais, os concorrentes. O Dia chegou a vender 500 mil exemplares e às vezes até mais aos domingos. Um jornal regional, que vendia mais do que O Globo, que é uma edição nacional, que vendia mais do que o Jornal do Brasil, que também era uma edição nacional. E foi bom porque tirou da mentalidade das pessoas aquele famoso ditado que "se espremer sai sangue". E mostrou que uma reforma gráfica e editorial foi muito importante no mercado jornalístico brasileiro, principalmente no do Rio de Janeiro, que vivia em função do O Globo e do Jornal do Brasil. Então O Dia entrou numa brecha que até era impossível de se imaginar. Pra fazer uma idéia, 500 mil exemplares por dia mexeu com o povão também. O Dia começou a atender as classes A, B e C. Antes só atendia a classe C. O anunciante ia anunciar "rosas" no jornal sanguinolento ? Não. Se possível ia anunciar metralhadora, revólver, granada. Mas O Dia começou a anunciar rosas. Houve uma mudança que abalou os donos do outros jornais, dos grandes jornais. Foi bom até para os profissionais que aqui trabalhavam nessa época, que puderam mostrar o potencial. Não era só "o vizinho que matou o vizinho". Tinha reportagem de peso. Reportagem de comportamento, de tudo que interessava as 3 classes. Não ficava só na classe C.

E pra você como foi fazer essa mudança ?
Não foi complicado pra mim, porque nessa terceira vez que eu voltei para O Dia, eu estava vindo do Jornal do Brasil, onde o texto era mais burilado, era um texto mais leve. Então pra mim foi tranquilo. Eu já estava acostumado com o texto do Jornal do Brasil. Saber atingir o objetivo desprezando o cadáver. "Um repórter policial só pensa em cadáver". Não. Você esquece o cadáver e vai falar em volta do cadáver. Ele não é mais o alvo principal. Essa transição não foi traumática. Eu tirei de letra. Exatamente por estar acostumado com o texto do Jornal do Brasil.

E hoje com a entrada forte da internet no jornalismo e na transmissão da notícia ? Como você vê o papel do O Dia nesse mundo globalizado ?
Há espaço pra todos. Ainda há espaço pra todos. Se o jornal o jornal impresso vai morrer, vai demorar ainda um pouco. É provável até que morra, mas vai demorar um pouco.

Que rumos o jornal pretende tomar ?
É difícil a gente saber. As pessoas não estão assimilando bem essa mudança. As pessoas estão saindo do jornal por vontade própria. Não há demissões na redação. As pessoas estão saindo porque não estão se adaptando aos novos tempos dessa empresa. Mas nem por isso a gente deixa de vibrar, de correr atrás, de trazer a notícia. Às vezes é notícia pra mim, mas pro patrão não é. Mas eu continuo escrevendo. Se vai sair ou não, não é problema meu. Aqui eu estou como profissional. Lá fora eu posso até reclamar: "Eu escrevi isso e não deram nada." Aí no dia seguinte eu vejo aquela notícia no jornal concorrente que eu escrevi e O Dia não deu. Isso acontece e vai acontecer sempre. Mas muitas pessoas não estão assimilando os novos tempos. Tem essa briga com internet. O leitor de jornal é leitor de jornal. Não resta dúvida. É preciso até cultivar novos leitores. Começar até da escola.

Hoje você acha que ainda existe espaço para uma investigação minuciosa ?
Hoje é muito mais difícil. O espaço é pequeno, o tempo é curto, pouco recursos e aqui é o resultado imediato : apurou, escreveu e manda. Pro on-line e pro jornal escrito. É muito mais ágil, mas você não tem tempo pra fazer uma investigação mais profunda. Tem jornais que tem como fazer isso, tem televisões que fazem isso, mas aqui é difícil, quase impossível. Então a gente faz o dia a dia, o feijão com arroz. E vamos sobrevivendo.

FERNANDO MOLICA


IMPRENSA: Há quantos anos você está no Jornal O Dia ?
Fernando Molica: Completo 3 anos em junho. Até que já é um tempo.

Você que é um jornalista que trata de política. Como é tratar esse assunto no jornal O Dia que é um jornal voltado para a editoria de Cidade ?
Eu tenho uma coluna. E é uma coluna bem antiga, tem tradição no jornal. Eu procurei não abandonar a política local. Procurei encarar a política de uma forma mais ampla. Quando tratamos da eleição, por exemplo, tomou toda a coluna. E sempre tentando aproximar do leitor. Nos últimos 15 dias o assunto tem sido a reforma do Maracanã. Os temas de cidade, de administração pública dominam, sempre com um viés político. Eu procurei abrir o leque. Acrescentando temas que mexem mais diretamente com a vida da população. Você está tratando de algo que tem a ver com quem está lendo. Você trata de transporte público, saúde. Até porque nós temos um tipo de leitor que precisa muito do serviço público: escola pública, transporte público. Então nós temos que procurar atender o interesse.


Que tipo de mudança nesses últimos três anos você acha que foi mais significativa dentro do jornal ?
O Dia passa por um desafio, uma perspectiva que todos os jornais impressos do mundo passam. A internet apresentou esse caminho que você é obrigado a passar. O site do O Dia é um site bem frequentado, com um número de acessos bem alto. E eu procuro interagir com isso. Na coluna eu não tenho uma versão eletrônica. A coluna sai no jornal impresso e ela tem diariamente algumas notas que ficam disponíveis na versão on-line. O que eu procuro fazer é quando tem uma notícia relevante demais, que seja importante ser divulgada logo ou algo que eu vou ser "furado", que daqui a 2h, 3h, aí a gente faz uma edição extra do informe. E jogo no on-line. Mas isso especificamente em relação à coluna. O jornal trabalha essa lógica de interação. Não tem jeito.
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 10 Jun 2011, 13:13

http://noticias.r7.com/blogs/daniel-cas ... -da-folha/

. A circulação de jornais impressos voltou a crescer no Brasil .

Depois de uma queda de quase 4% em 2009, os grandes jornais cresceram 2% em 2010, segundo dados divulgados recentemente pela ANJ, a Associação Nacional dos Jornais. Neste ano, o cenário está melhor : os jornais estimam crescer 5% em tiragem.

É uma boa notícia, uma vez os jornais impressos vinham perdendo leitores no mundo todo, sofrendo com a concorrência da internet. Os jornais migraram para a web, mas ainda não são economicamente viáveis nesse meio. O que sustenta o jornal é o jornal de papel.

Os jornais pararam de cair por dois motivos : melhora da economia e ascensão da classe D à classe C. Na última década, enquanto os jornais de prestígio (Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo) perdiam leitores, jornais populares nasciam e cresciam, alimentados pela nova classe C.

A popularização dos tablets, o que deve ocorrer a partir do segundo semestre, com a redução dos impostos desse tipo de aparelho, deve dar um novo gás para os jornais grandes.

É que veículos como a Folha de S.Paulo, por exemplo, já vendem assinaturas apenas para quem quer ler o jornal no iPad. Segundo a Folha, o iPad já representa 5% da circulação de sua circulação paga. E isso tende a crescer com a popularização dos tablets.
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 21 Jun 2011, 20:45

http://www.guiadigital.info/index.php?n ... stra=11975

. Segundo recente pesquisa da PwC, investimento em publicidade no ambiente digital irá superar o total destinado aos periódicos em todo o mundo
No ano de 2012, a internet terá mais publicidade do que os jornais, em todo o planeta. A projeção, tirada da ampla pesquisa Global Entertaiment and Media Outlook, feita pela consultoria PwC, consolida as expectativas de crescimento e projeção da mídia digital para os próximos anos e ainda coloca o Brasil – juntamente com a China – na posição de futuros protagonistas do cenário mídia e entretenimento.

De acordo com o estudo, que usou como base os dados de mercado de 48 países e projetou um cenário até o ano de 2015, a internet será a mídia de maior crescimento, com uma taxa média anual de 13%. Nesse ritmo, as verbas destinadas a publicidade na internet irão ultrapassar a quantia reservada aos jornais já no ano de 2012, considerando a média dos países analisados pela PwC.

Segundo o estudo, no ano de 2010, a publicidade online movimentou, em todo o planeta, um total de US$ 70,5 bilhões. Nesse ano de 2011 essa quantia deve saltar para US$ 80,1 bilhões, chegando, no ano de 2015, a um total de US$ 129,9 bilhões. Isso fará com que a publicidade na internet ultrapasse a dos jornais, que, globalmente, movimentou uma quantia de US$ 87,3 bilhões em 2010. Para esse ano, a previsão é que os anúncios em jornais no planeta mantenha-se nesse patamar e que, em 2015, atinja o total de US$ 97,9 bilhões.

O estudo da PwC considera doze diferentes canais de mídia e de entretenimento para o estudo, bem como segmenta os investimentos e tendências por cada região do planeta.
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 20 Jul 2011, 15:08

http://www.comunique-se.com.br/

Você sabe a abrangência de um blog ? Com 73 milhões de internautas no Brasil, em alguns casos, ela pode ser maior que a dos jornais impressos.


É o caso dos blogs de Juca Kfouri (UOL), Patrícia Kogut e Ricardo Noblat (O Globo).

A maioria deles supera a circulação dos dez maiores jornais brasileiros, que variam entre 295 e 125 mil exemplares diários, de acordo com dados da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

O blog de Patrícia Kogut, que aborda cultura e televisão, atinge mais de cinco milhões de leitores por mês (visitantes únicos), com 14 milhões de páginas visualizadas.

O blog de esportes de Juca Kfouri chega a ter três milhões de visitantes únicos por mês, com quase cinco milhões de visualizações de página.

Ricardo Noblat, que cobre política, aparece com uma média de 257 mil visitantes únicos/mês (mais de um milhão de page views).

“Começo cedo, de manhã, com um post que considero interessante e de preferência com uma foto boa. Vou olhando o Google Analytics. Caso não esteja funcionando como quero, vou publicando outros. Até acontecer da maneira que eu gostaria. A apuração corre paralela, claro, e alimenta este processo. Sou muito ligada em audiência e trabalho muito pelo blog. O leitor de internet não é fiel. Voce tem que buscá-lo todos os dias. Uso tambem o Twitter e a coluna do papel como chamarizes.” (Patrícia Kogut).

“No meu caso acredito que seja pelo pioneirismo, como o primeiro blog de notícias políticas, por oferecer não só o conteúdo que eu apuro, mas também o que acho interessante, pelos furos e pelo fato de eu me dedicar exclusivamente ao blog. Só trabalho pra isso”. “No ano passado, eu divulgava as pesquisas de opinião de eleitores, de intenção de votos, antes da Globo e de outros veículos”. (Ricardo Noblat).
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Re: Jornais

Mensagem por Scopel » 21 Jul 2011, 18:36

Este tópico serve pra Jornalismo também? Aposto que tem muita gente que vai se interessar por essa matéria:

Demissões nas redações marcam crescente submissão e precarização no jornalismo
Apresentando-se ao público como defensora da liberdade de imprensa, qualidade da informação e ética jornalística, a grande mídia brasileira talvez não resista a uma simples radiografia de si mesma. Neste primeiro semestre, o balanço a ser feito sobre as redações brasileiras é dos mais lastimáveis, tendo sido abaladas por uma verdadeira varredura.

A onda é nacional, mas o principal centro econômico (e midiático) do país chama a atenção. Só em São Paulo foram 238 demissões registradas até março, número que certamente já se elevou. Outras cabeças continuaram a ser cortadas, conforme o noticiário dos bastidores do ramo vem mostrando. Saltou aos olhos o caso do Meia Hora-SP, periódico dito “popular” do grupo Ejesa, que recém aportou no Brasil com grandes investimentos, sendo dono também do Brasil Econômico. Alegando necessidade de corte de custos (cada vez mais useiro e vezeiro), demitiu sumariamente toda a redação, sem qualquer aviso prévio, quando todos se achavam ali presentes para o que parecia apenas mais um dia de trabalho.

Apesar da enorme concentração na Paulicéia, a mesma tendência se verifica nacionalmente, inclusive com escândalos pontuais, como se viu na greve da retransmissora da Globo em Sergipe e na demissão de um editor do Diário do Nordeste, da Bahia, por fazer uma matéria sobre o livro “Revoluções”, do marxista Michel Lowy. É provável que ao fim do primeiro semestre as vagas cortadas batam em 400.

Além do momento tempestuoso para os trabalhadores da comunicação, outro fator envolvido na questão é a cada vez maior incapacidade de reação da categoria diante de tantos ataques. Pode-se dizer que tal surto não começou da noite para o dia e vem no bojo de uma série de derrotas sofridas nos últimos tempos.

Como não poderia deixar de ser na imprensa comercial, os ditames neoliberais invadiram completamente as redações dos jornais que os propagandeiam, significando o enfraquecimento da classe e o fortalecimento do patronato em várias frentes, tal como testemunhamos em todos os ramos da economia brasileira.

Além da abertura ao capital estrangeiro nas empresas de mídia, outros dois fatos marcaram o enfraquecimento da classe jornalística: a supressão da antiga lei de imprensa, que apesar de antiquada deixou vazio jurídico, e a queda da exigência de diploma jornalístico para atuar na área, regra que jamais vigorou de fato, e que por sua vez deveria ser substituída por uma regulamentação geral da profissão de jornalista. Tais debates são solenemente ignorados pelos barões da mídia, os quais, em tempos de discussão sobre regulação da imprensa, contra-atacam aprovando em convescotes próprios a idéia da auto-regulação.

Obviamente, os monopólios midiáticos do país cerraram fileiras exatamente por tais decisões do Supremo, argumentando que no primeiro caso estaríamos livres de um “entulho da ditadura” (aquela que apoiaram) e que os direitos das pessoas eventualmente feridas por suas matérias já dispunham da Constituição Federal para serem preservados. Ignoram, claro, as dificuldades jurídico-processuais de um assunto não abordado direta e especificamente pela Constituição que tanto descumprem. Já no segundo caso, o argumento foi meramente mercadista, como sempre, pois o fim do diploma abriria o mercado e facilitaria contratações – “esquecem” de mencionar também o aumento da exploração, arrocho salarial e incremento da ideologia ultraconservadora e ‘liberal’ nas redações, pela imposição do medo e autocensura.

Dessa forma, a ausência de respostas a tal bombardeio é aterradora. Mas articulações para combatê-lo começam a buscar novo fôlego. Foi com esse intuito que a chapa opositora do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, denominada “Sindicato é pra lutar”, promoveu debate na última terça-feira (31) sobre as demissões nos meios de comunicação paulistas, abordando também algumas tendências que têm afetado a profissão.

“A categoria precisa ficar atenta pra algo que nunca foi muito falado nas discussões internas: os jornais brasileiros, seus donos, também entraram na economia financeirizada. Não apenas recebendo dinheiro de quem atua no mercado financeiro, mas também com seus próprios investimentos nesse mercado. E como é uma jogatina, um perde-ganha diário, essa velocidade de produção e resultados também alcançou as redações”, afirmou Jorge Felix, o primeiro jornalista a tomar a palavra.

Mediado pela jornalista Lucia Rodrigues, da Caros Amigos, o debate dedicou bastante foco à precarização da profissão, cada vez mais visível. E de modo sofisticado, pois se dá através de diversos mecanismos, alguns vendidos até como inovadores. Aliada a isso, está a pejotização (que transforma o profissional em Pessoa Jurídica na relação com o empregador), que de acordo com os debatedores continua a enganar a categoria acerca de seus benefícios.

“A maioria acha ótimo, porque vai ganhar mais. Mas isso é uma visão individualista, pois o colega pode ganhar menos sem motivo aparente, além de ser uma relação de trabalho que barateia diversos custos ao empregador e não garante salvaguardas futuras, como uma aposentadoria segura”, disse Marilu Cabañas, uma das vítimas do choque que abalou a Rádio e TV Cultura com 150 demissões no início do ano.

Com o desenrolar do debate, não ficou difícil tecer conexões com o desmantelamento das principais categorias sindicais no Brasil, consagrado nos anos Lula, com a cooptação e “docilização” (como ressaltado por Felix) das principais centrais sindicais. O fenômeno dentro do jornalismo foi praticamente idêntico, devastando os tradicionais laços de solidariedade, companheirismo e consciência de classe que sempre marcaram a categoria.

Um exemplo da situação de submissão total foi dado por Felix. “Os jornalistas ficaram individualistas, ganham o seu e reproduzem cada vez mais o pensamento do dono do jornal. Às vezes não é nem por vontade própria, e sim por assimilar completamente seus valores. Uma vez mandei uma estagiária minha fazer uma matéria de economia. Depois de publicada, liguei pra ela em sua folga e perguntei: ‘Por que você só falou com uma pessoa?’. Ela respondeu: ‘não, falei com quatro!’. ‘Sim, mas todos falaram a mesma coisa. Deu no mesmo que falar com um’, retruquei”.

Na tradicional e respeitada Cultura, uma emissora pública, a situação não é mais animadora, como relatou Marilu, que trabalhou na rádio por 16 anos. “Tinha governo que era difícil, que pensava que era dono da emissora. Tinha matéria que eu fazia e depois só ficava esperando o telefone tocar, com algum secretário de Estado fazendo pressão”.

Quanto à consciência de classe, nenhuma diferença em relação à imprensa comercial. “Só por ter o mínimo de crítica, quem me conhecia me chamava, brincando, de comunista etc. Mas nunca tomei muita frente em reivindicações de classe, nunca fui representante de nada, e mesmo assim fui eleita por quase todos pra ir lá discutir a nossa pauta quando o João Sayad entrou na emissora”, prosseguiu, para espanto de boa parte dos presentes.

Como se pode presumir, o desfecho das “negociações” foi desalentador, culminando na escandalosa demissão em massa dos profissionais da casa. “Quando falei com ele, disse que o pessoal tinha uma lista de coisas a dizer, que mudanças e melhorias eram necessárias e o Sayad sempre concordava, sempre balançava a cabeça positivamente, falando ‘vamos resolver, vamos resolver’”, contou. Resolveu. Cortando gastos e pessoal.

“E essa é uma tendência geral. No Diário de São Paulo, onde trabalhei por 20 anos, as reformulações, cortes, como queiram, eram cada vez mais freqüentes. Onde ficavam dois, três fotógrafos, agora tem um”, falou Wladimir Aguiar, o terceiro debatedor da mesa. “As editorias também tinham mais gente na responsabilidade, e agora ficam na mão de gente nova, inexperiente. Você vai ver, o subeditor tem um ano de carreira. O editor tem dois...”, completou.

Tal colocação veio acompanhada de distintas observações a respeito do uso atual do estágio. “Hoje em dia o estágio não é mais para melhorar a formação do futuro profissional, mas sim para substituir outros mais preparados, que têm um custo mais alto também. E esse estagiário trabalha 8 horas, faz uma jornada normal”, disse Luka Franca, blogueira e militante feminista, no que foi endossada por todos os jornalistas presentes.

Dessa forma, não é difícil compreender a queda da qualidade literária dos jornais brasileiros nos últimos tempos. Para o observador atento, é possível até notar a maior quantidade de erros gramaticais nos diários. “Depois que o J. Hawilla (ex-jornalista e atual empresário do marketing esportivo) comprou o Diário de São Paulo, já veio com o pé no peito da redação. Enxugou tudo, mudamos de prédio, a redação foi reduzida de dois andares pra um e, claro, teve uma limpa. Depois disso, não à toa, o jornal é um ‘pastelzão’, com notícias escritas de forma rasa e apressada”, exemplificou Felix.

Diante de tudo que foi debatido, reforçou-se a necessidade de promover mudanças profundas na atual direção do sindicato, atualmente ligado à CUT e com fortes laços com o petismo. Talvez esteja aí uma das explicações para a anestesia geral sofrida pela categoria dos jornalistas, cada vez mais precarizados e descartáveis.

O jornalismo brasileiro, ao menos da mídia tradicional, agoniza, crescentemente reduzido à assessoria de imprensa patronal.
http://www.correiocidadania.com.br/inde ... m-na-midia&

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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 25 Jul 2011, 08:29

Novo site de entretenimento da Folha de S.Paulo, o F5 :[/color]

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http://f5.folha.uol.com.br/


Agora é tudo assim (uma letra e um número) : G1, R7, F5...
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 04 Ago 2011, 18:04

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... ragilizado

É uma profissão que passa seu tempo a auscultar os outros mas ignora quase tudo de si mesma. Na França, o instituto Technologia resolveu saber mais sobre os jornalistas franceses num momento em que esses profissionais se sentem fragilizados e se questionam sobre o futuro da profissão, ameaçada pela diminuição do número de leitores de jornais e pelas receitas publicitárias cada vez mais magras.

Os analistas costumam apontar a internet como o vilão da decadência da imprensa escrita e do jornalismo tal como o conhecemos até hoje. Mas a crise é estrutural, diz um estudo francês publicado pela revista Marianne. Ao divulgar as conclusões da pesquisa do instituto Technologia, o diretor de Marianne, Denis Jeambar, se pergunta se em vez de ser o vilão da morte da imprensa, a Web não constituiria, “ao contrário, o ideal democrático da informação para todos ao alcance de um clique”. Segundo ele, o que a imprensa francesa chama de printemps arabe (primavera árabe) é a prova de que povos mais educados, e consequentemente mais bem informados, se revoltam contra ditaduras utilizando todos os meios modernos da comunicação. Assim, Al-Jazira foi um starter quase tão importante quanto o Twitter, o Facebook ou os smartphones na origem desse vento de liberdade. Sendo assim, novos meios são a melhor rima para liberdade.

A pesquisa que o instituto Technologia realizou, juntamente com o Sindicato dos Jornalistas, para avaliar o trabalho real dos jornalistas na França tinha por objetivo avaliar os laços entre democracia e qualidade de informação. Para isso, ouviu 1.070 jornalistas, que responderam aos questionários enviados aos 7 mil profissionais que possuem uma carteira de imprensa.

A primeira constatação é que a profissão trabalha submetida a um enorme estresse. A segunda é que, graças aos novos meios como Twitter, Facebook e os smartphones, “os jornalistas não são mais os únicos a tratar as notícias e os acontecimentos podem abrir mão desses profissionais para serem divulgados”. Sendo assim, há risco real para a profissão de jornalista? Segundo os estudiosos, já estamos vivendo essa realidade em que na internet floresce o que os franceses chamam de “jornalismo cidadão”, de geração espontânea. Os jornalistas profissionais são cada vez mais criticados por conivência com as fontes, por aceitarem as pressões e as regras do jogo político, econômico e comercial das empresas em que trabalham.

Entre os jornalistas ouvidos por Technologia, os da imprensa escrita são os mais fragilizados: 62% dos profissionais da imprensa escrita veem a evolução da produção e do consumo da informação como uma ameaça; essa percepção baixa para 40% entre os profissionais de rádio e 32% entre os de televisão.

É bom lembrar que a imprensa escrita na França recebe anualmente 1,8 bilhão de euros do Estado. Se essa ajuda primordial for suprimida, muitos jornais que hoje sobrevivem com grande dificuldade simplesmente fechariam. Os números não são nada animadores: no primeiro trimestre deste ano, as vendas dos jornais diários caíram 4,5% em relação ao mesmo período de 2010. A própria Marianne, respeitada revista de esquerda, fundada por Jean-François Kahn e Maurice Szafran em 1997, nunca conseguiu ultrapassar os 50 mil exemplares semanais.

Uma das principais reclamações dos jornalistas ouvidos é a degradação das condições de trabalho pela multiplicação das tarefas em nome da racionalização dos custos. Evidentemente, os jornalistas aceitam as imposições para preservar seus empregos. “A rapidez e a emoção se tornam as regras de um jogo que nada tem a ver com a pesquisa da qualidade da informação”, escreve Denis Jeambar.

O diretor-geral de Technologia, Jean-Claude Delgènes, defende os profissionais da comunicação que, segundo ele, acabam sendo os bodes expiatórios pelo mal-estar da sociedade francesa. Para ele, os meios de comunicação são um elemento fundamental na democracia e seria muito perigoso diminuir sua importância. Marianne enfatiza que a liberdade de imprensa nunca está totalmente garantida e é consubstancial à democracia, como lembrava Victor Hugo quando escreveu: “O princípio da liberdade da imprensa não é menos essencial nem menos sagrado que o princípio do sufrágio universal; são dois lados da mesma moeda.”

Estaria a imprensa realmente ameaçada pelas novas mídias ? A resposta é “sim”. Segundo Marianne, nos Estados Unidos, pela primeira vez no mundo da edição, o número de livros digitais vendidos em 2011 ultrapassou os livros de bolso. A revista imagina que os jornais vivem a mesma ameaça.

O premiado e mundialmente célebre jornalista Bob Woodward é categórico: “Na lápide do diretor-presidente da Google deveria se escrever: `Eu matei os jornais.´” E conclui: “O sistema é obcecado pela rapidez, pela obrigação de responder a uma pseudo-impaciência do público, enquanto este mundo complexo tem necessidade de um jornalismo de grande qualidade, que exige trabalho e investigação em profundidade. Não se faz uma reportagem por telefone ou surfando na internet.”

Com as mudanças impostas ao trabalho do jornalista, Technologia detectou uma insatisfação generalizada entre os profissionais: 46% admitem não ter tempo de se recuperar entre dois períodos de trabalho particularmente difíceis; 68% pensam que têm de trabalhar mais rapidamente que antes; 73% dizem que a carga de trabalho aumentou nos últimos anos; 55% dizem que a atividade profissional tem um impacto negativo sobre a saúde e 88% dizem que ficaram estressados ou extremamente cansados por seus trabalhos nos últimos 12 meses.

Technologia conclui: “A degradação das condições de trabalho dos jornalistas tem um efeito direto sobre a maneira como os cidadãos pensam a atualidade e o bom andamento da sociedade. O enfraquecimento dos jornalistas como trabalhadores vem enfraquecendo a democracia como modelo político.”

***

[Leneide Duarte-Plon é jornalista, em Paris]
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 08 Ago 2011, 10:21

http://fredgol.com/blog/

DESABAFO DO JOGADOR DE FUTEBOL FRED CONTRA 2 JORNALISTAS DO JORNAL EXTRA :[/b]

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. Este seria apenas mais um caso de violência de torcida, não fosse a parcialidade dos joranalistas Caio Barbosa (do Jornal Extra) e Gilmar Ferreira (da Rádio Globo), que há tempos me perseguem sistematicamente em suas matérias e redes sociais.

Como que repórter e editor de veículos bem-conceituados, como o Extra e a Rádio Globo, que fazem parte de um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo, dão credibilidade a um bando de desocupados disfarçados de torcedores ?

Na verdade, tudo comecou em 2009, quando o Gilmar Ferreira publicou uma matéria afirmando que eu surfei quando estava lesionado. Dei uma entrevista ao Jornal Extra, do qual ele era o editor na época, e o chamei de irresponsável e mentiroso em seu próprio veículo. A partir dali, ele nunca mais parou de me perseguir.

Já a história do Caio Barbosa... Hum ! Esse eu fico até com vergonha de citar o nome dele, tendo em vista que há dois dias ele era um ilustre desconhecido. Está atingindo seu objetivo, que é aparecer às minhas custas. Deve ser o melhor discípulo que o Renato Maurício Prado teve até hoje.

Devo admitir que o Gilmar Ferreira pelo menos tem história no Jornalismo Esportivo e culhão, porque, quando ele errou comigo, em 2009, teve a hombridade de se retratar.

É pública e notória a ligação do Caio Barbosa com torcida organizada. Isso não é de hoje ! Inclusive, muitos de vocês podem comprovar o que estou dizendo.

Vejam o tweet que esse Piero Martins enviou pro Caio Barbosa no domingo, dia 31: "Acabamos de enquadrar o 9 na porta da casa dele".

Dois dias depois, o Caio Barbosa postou a seguinte mensagem : "O bonde (no caso, membros da Young Flu) tá na rua, vai dar merda...". Mensagem essa que foi apagada minutos depois. Ele apagou, mas eu tenho o print.

A partir de então, o Caio Barbosa começou a trocar mensagens com o Gilmar Ferreira falando sobre a "Tia Carmem". Para quem não sabe, Carmem é a mulher que trabalha lá em casa. Recentemente, ela apareceu no programa Tá Na Área, do Sportv.

O Caio Barbosa disse que estaria "preparando a sopa para o jogador" e diz, em seguida, que "a sopa vai ficar boa". Traduzindo : os desocupados estavam a caminho do restaurante onde eu me encontrava.

Gilmar Ferreira, então, orientou o colega a "mandar um fotógrafo lá para acabar com a farsa logo". E completou: "Boa. E manda um pratinho pro bobo formado nas areias de Ipanema".

Na quarta-feira, Caio Barbosa enviou mensagens dizendo que a matéria especial do jornal no dia seguinte (quinta-feira) seria com o "sobrinho da tia Carmen". No caso, eu. Resposta do Gilmar Ferreira: "Xiii"!

Isso sem falar nas inúmeras vezes que ambos denegriram a minha imagem em seus tweets. Por fim, se alguém mais da imprensa for complacente ou corporativista com a postura desses caras que se julgam jornalistas, só lamento por essa pessoa.


Esse negócio de jornalista avisar a torcedor de torcida organizada onde o jogador está, é muita falta de ética.

Aliás, o jornal EXTRA é cheio de sensacionalismo na área esportiva.
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Re: Jornais

Mensagem por E.R » 24 Ago 2011, 19:20

http://portalimprensa.uol.com.br/notici ... +da+fenaj/

Na última terça-feira (23), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgou relatório em que aponta cinco jornalistas mortos no Brasil em um período de 12 meses. Além dos assassinatos, o levantamento também mostra crescimento nos casos de censuras judiciais.


Diante deste quadro, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, aponta o sentimento da entidade em relação aos casos de processos contra jornalistas no Brasil e destaca que ações de violência física e judicial contra jornalistas prejudicam o trabalho da imprensa e, em muitos casos, compõem um esforço de alguns grupos em atingir a integridade do jornalismo.


Portal IMPRENSA - O que representam os casos recentes de violência contra jornalistas ?
Celso Schröder - Alguns sintomas mostram que precisamos ficar atentos, pois existe uma crescente mobilização de agressões e restrições a jornalista por parte do estado, seja federal, estadual ou municipal. Aqui, acolá, movimentos formais ou não, emitem ameaças, que incidem sobre o trabalho dos jornalistas de forma violenta. Leia-se : crimes e pressão.

IMPRENSA - O que exatamente seriam esses movimentos ?
Celso Schröder - É uma ofensiva contra o jornalismo. Não chega a ser algo paranoico, mas é uma compreensão plantada por alguns de que o jornalismo é desnecessário. E infelizmente, alguns jornais alimentam essa sensação de que o jornalismo não serve mais. Isso que eu chamo de movimento deve ser enfrentado. Essa desmoralização do jornalismo começa a permear perigosamente em setores da política, e outros grupos que vivem do silêncio, do não jornalismo como o crime. Com isso, eles se sentem à vontade para atuar contra jornalistas, tanto moralmente como fisicamente.

IMPRENSA - Pode explicar melhor a frase "desmoralização do jornalismo" ?
Celso Schröder - No Brasil temos que observar que existe um enfraquecimento do conceito de jornalismo. Até mesmo uma confusão entre novas tecnologias e a atividade jornalística. Você acaba colocando muitos profissionais nessa confusão e é algo que deve ser esclarecido. As organizações precisam fazer distinção; é necessário reafirmar o jornalismo como função social. O que acontece muitas vezes é que as pessoas colocam tudo no mesmo pacote e associam muita coisa que acontece na rede como jornalismo. Isso pode ser perigoso. Precisamos garantir um selo de qualidade, com os mesmos rigores e ética de sempre.

IMPRENSA - A ausência de uma Lei de Imprensa tem impacto nessa realidade ?
Celso Schröder - Existe outro elemento preocupante que é isso : a ausência de uma regulação especifica. Esse vácuo que temos da lei de imprensa. A lei de imprensa embora tenha origem ditatorial e rigorosa, ela tinha uma grande função de identificar os delitos contra o jornalismo. Ela tirava o julgamento do campo geral, e a ausência disso nos deixou a mercê de julgamentos imprecisos, não submetidos à lógica e sujeitos a interpretação de juízes a partir de um suporte penal e não a uma especialização da atividade.
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