Notícias e debates sobre os demais estados do Brasil

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Mensagem por E.R » 12 Ago 2022, 07:37

NOTÍCIAS
https://extra.globo.com/casos-de-polici ... 55058.html

Na madrugada desta quinta-feira, 13 usuários de drogas se amontoavam, entre barracas improvisadas com papelão e sacos de lixo, em um corredor que liga as ruas Humberto de Campos e Redentor, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

O local, que faz parte do Parque do Jardim de Alah - tem como vizinhos o conjunto habitacional Cruzada São Sebastião e o Shopping Leblon, vem sendo alvo de ações para impedir o avanço de uma cracolândia na região.

Desta vez, profissionais da Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura do Rio abordaram dez homens e três mulheres.

Todos assumiram o vício na droga e responderam a perguntas como de qual bairro são oriundos.

Apenas um aceitou o encaminhamento de assistentes sociais a um abrigo municipal, na Ilha do Governador.

Uma chave de fenda e uma caixa para triturar maconha foram apreendidas.

Na semana passada, outra operação, realizada por policiais da 14ª DP (Leblon) e agentes do Segurança Presente do Leblon e Ipanema, abordou 36 pessoas, todas elas com anotações por crimes como roubo, furto, tráfico de drogas e associação para o tráfico, homicídio, latrocínio, lesão corporal e desacato. Três foram conduzidas à delegacia, entre elas um morador da favela Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, que possuía 15 passagens na polícia por roubo e furto.

— Nossas investigações apontam que, com o início da venda de crack em algumas comunidades da Zona Sul, entre elas a Cruzada São Sebastião, houve o aumento do número de usuários nessa região — explica a delegada Daniela Terra, titular da 14ª DP.

De acordo com a Secretaria de Governo, durante as abordagens em todo o parque, que conta com 14 mil metros de canteiros, foram encontrados : material furtado de obras públicas, como luminárias e pás; 17 armas brancas, como facas, cutelos; além de utensílios para uso de drogas, como cachimbos de crack e seringas. Tudo foi descartado junto à Comlurb.

— Todos têm liberdade de ir e vir, mas não podem fazer do espaço público um ponto de consumo e venda de drogas. Mapeamos a região e iremos realizar ações diárias para impedir que esses locais sejam objeto de desordem, a exemplo do que já fazemos na altura de Manguinhos da Avenida Brasil; na Rua Serafim Valandro, em Botafogo; na Praça do Lido, em Copacabana; e na Praça General Osório, em Ipanema. Sem a atuação do poder público, a insegurança tende a imperar — afirma o delegado Brenno Carnevale.

— As ações integradas são importantes, pois restabelecem a ordem em locais públicos apropriados indevidamente por usuários de drogas e pessoas que cometem delitos, como roubos e furtos, se valendo desses espaços como esconderijos e para guardar objetos cortantes — completa o major Márcio Rocha, coordenador do Leblon Presente.
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Mensagem por Barbano » 12 Ago 2022, 11:09

Essas chuvas neoliberalistas são muito molhadas, complicado...

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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Ago 2022, 19:27

Abandono da Prefeitura
Prédio abandonado pega fogo na região central de Curitiba
Há risco de desabamento da estrutura


ImagemFachada do prédio – Reprodução


O descaso estrutural e social da prefeitura de Curitiba teve um resultado catastrófico na madrugada do dia 03. Um prédio abandonado pegou fogo, no bairro São Francisco, na região central de Curitiba.

Não há registro de feridos. O imóvel estava sendo usado por moradores de rua e usuários de drogas, que fugiram do local momentos antes do fogo começar. Os bombeiros foram chamados e controlaram as chamas.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -curitiba/
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Mensagem por Dias » 18 Ago 2022, 23:02

"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves

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Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Ago 2022, 23:22

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Ago 2022, 00:42

Cidade Integrada
Policiais já invadiram mais de 50% das casas do Jacarezinho
Os policiais são parte do "Cidade Integrada" e já foram vistos invadindo casas, roubando e destruindo pertences dos moradores

ImagemOperação na favela do Jacarezinho para implantação do projeto Cidade Integrada – Foto: Marcia Foletto

Oacesso dos moradores a prédios que abrigam escolas e vários projetos sociais localizados no altos das comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, assim como em outras comunidades no Rio de Janeiro, é dificultado ou impossibilitado pela inexistência ou má conservação dos elevadores nos morros. O conserto e/ou aquisição de novos elevadores foi requisitado, em 2021, pelo vice-governador do RJ, em ofício, como parte de urbanização e instalação de equipamentos sociais nas comunidades atendidas pelo então embrionário Projeto Cidade Integrada, um substituto das fracassadas UPPs. O projeto, principalmente em suas intenções “sociais” foi descrito pelo portal de notícias da burguesia G1, em 21/11/2021. Na época, a previsão para o início da implementação das ações do projeto era dezembro de 2021.

Naquela reportagem, somos informados pelo título de que: “Cidade Integrada: novo projeto de ocupação de comunidades prevê início por Muzema e Jacarezinho”. Delegacias foram destacadas para fazer levantamentos das “lideranças criminosas” da região, mapear o território que iria sofrer as intervenções do Estado, onde os próprios governantes afirmam que o Estado não está presente. As comunidades inseridas na política estatal de segurança pública são áreas onde milicianos e traficantes têm domínio sobre a população e suas relações econômicas e sociais.

Se no anúncio do projeto, há 9 meses, o lado “limpinho e cheiroso” do Cidade Integrada foi mostrado, o que a população experimenta no cotidiano do projeto em andamento é violência, uso excessivo do poder, crimes e intimidações. Nada de novos elevadores ou projetos educativos. Nada de incentivo ao trabalhador que mora nas comunidades, embora ainda exalte que o Cidade Integrada tenha boas intenções e vai fazer melhorias nas comunidades, em três fases de implementação, sendo a primeira de sondagem, a segunda de estudos e a terceira de ações sociais.

Reportagem do mesmo veículo de informação golpista afirma, em matéria de 19/08/2022, que: “Cidade Integrada: metade dos moradores relata que policiais invadiram casas sem mandato, diz pesquisa.” A reportagem traz dados obtidos por pesquisa junto a moradores do Jacarezinho, mostrando que 63% dos entrevistados já testemunharam ou foram vítimas de policiais que furtaram ou danificaram objetos de suas propriedades, sem mandato judicial, ou seja, de forma ilegal. Combater os criminosos intimidando e amedrontando moradores? Se for este tipo de presença que o Estado, através da Polícia, pretende intensificar nas comunidades do RJ atendidas pelo programa, seria melhor que nem existisse. De boas intenções, o inferno está cheio, e os morros estão exauridos pela força e constância da opressão violenta de bandidos e de PMs. O problema é que a ação dos PMs é uma ação de política pública, do Estado. As ações dos bandidos, não. Ou seja: a violência contra os moradores daqueles locais é duplamente reforçada pelos dois mais poderosos grupos que disputam o poder: PM e criminosos de várias espécies. Não há para onde fugir, se proteger ou recorrer, pois os acessos são limitados e difíceis, em todos os sentidos, desde a topografia dos locais até as resistências e integridades mentais, físicas e sociais dos moradores.

A pesquisa foi realizada por entidades como a Casa Fluminense, o Lab Jaca, o Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos (GENI) da Universidade Federal Fluminense e o Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) e contou com o apoio de várias organizações. A pesquisa foi organizada pelo Observatório da Cidade Integrada, que visa mapear o impacto do projeto nas comunidades. Dentre os 387 moradores ouvidos, 62% querem o fim do Cidade Integrada, iniciado em fevereiro de 2022, hoje com 7 meses de implementação. 69% dos moradores se sente mais inseguros com a presença dos agentes do projeto nas favelas. Para bons entendedores, esses números bastam. A cidade Integrada integra medo e insegurança a mais na vida dos trabalhadores do Jacarezinho e a maioria quer o seu fim.

Aparentemente, apenas uma etapa do Cidade Integrada foi realmente posto em prática: o costumeiro e habitual ritual de humilhação e violência de populares por agentes das forças policiais, dos PMs. Em estatutos e documentos oficiais, a função da polícia é a de proteger os cidadãos, mas essa proteção, na prática, torna-se perseguição. O que a PM defende são os interesses econômicos e políticos dos seus superiores e associados a eles. Eles defendem uma cerca de exclusão da população dos morros via intervenção militar e policial que é pura violência e terror. Para que os pobres e trabalhadores em geral sejam protegidos, a condição que se faz urgente é o fim da PM, órgão repressor do Estado.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/t ... carezinho/
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Mensagem por E.R » 23 Ago 2022, 00:54

NOTÍCIAS
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Mensagem por Barbano » 23 Ago 2022, 16:46

Não pode ser terra de ninguém. Prefeitura tem que botar o pau na mesa. Deveria ser assim: ou os responsáveis tomam uma providência, ou perdem o bem para o Estado.

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Mensagem por Barbano » 23 Ago 2022, 16:47

Dias escreveu:
18 Ago 2022, 23:02
Vai tarde esse lixo

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Mensagem por HOMESSA » 26 Ago 2022, 14:04

Ambos aqui perto de onde eu moro





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Mensagem por Chapolin Gremista » 01 Set 2022, 06:21

NOTÍCIAS
Polícia assassina
Duas pessoas são mortas em operação da PM em favela no Rio
A PM é um órgão nazista que precisa ser extinto, pois sua principal função é matar negros e pobres

ImagemComunidade Bateau Mouche, na Praça Seca – Reprodução

Ontem, 28, os moradores da Favela Bateau Mouche, uma das áreas em conflito por milicianos e traficantes, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, vivenciaram um novo tiroteio entre traficantes, a PM e o Bope como reforço tático. Dois moradores morreram no local.

Segundo a polícia militar encontraram drogas e um fuzil no local e que foram atacados primeiro e responderam às provocações, com reforço do bope, com duas vítimas que ainda não se confirmaram como traficantes ou criminosos.

A população que já não tolera mais a violência na periferia, realizaram um protesto, na Rua Cândido Benício, próximo às estações do BRT Ipase e Praça Seca. Essas iniciativas tem que ser econrajadas e cada vez mais frequentes para inibir a repressão criminosa do estado burguês sobre a classe trabalhadora mais pobre e necessitada.


https://www.causaoperaria.org.br/rede/t ... la-no-rio/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 01 Set 2022, 06:39

NOTÍCIAS
Selvageria
Polícia invade festa e joga bombas em moradores de Salvador
Corporação serve apenas para reprimir o povo pobre e da periferia; deve ser extinta!

ImagemAção policial em festa gerou correria e confusão – Reprodução

Mais um episódio de repressão do Estado burguês contra a população. Desta vez as pessoas do Nordeste de Amaralina que estavam em uma festa popular nas ruas da cidade, viram a brincadeira se transformar em um cenário de terror na noite do último domingo, 28.

Segundo moradores, por volta das 22h30, quando o som do Festival Nordeste Day já tinha se encerrado no fim de linha do bairro, a polícia dispersou a multidão que ainda estava no largo com tiros para o alto, bombas de gás lacrimogêneo e sprays de pimenta.

Esse abuso de autoridade e exposição ao perigo e completa imperícia dos policiais envolvidos é comum na periferia e bairros afastados com a população mais pobre.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Set 2022, 04:28

NOTÍCIAS
Fim da polícia, já!
Grande Rio registrou 1.008 civis mortos em chacinas em cinco anos
Tanto a PM como a Polícia Civil são responsáveis pelos massacres ocorridos invariavelmente nas favelas

ImagemO município do Rio de Janeiro lidera com o maior número de vítimas em chacinas policiais – Foto: Reprodução

─Brasil de Fato ─

Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado mostrou que a região metropolitana do Rio de Janeiro atingiu a marca de 1.008 civis mortos em chacinas desde 2017.

Segundo o estudo, houve 250 ações e operações policiais que terminaram com três ou mais mortos. A organização concluiu que três das operações policiais mais letais da história do Rio de Janeiro aconteceram em um intervalo inferior a dois anos, todas durante o governo de Cláudio Castro (PL).

Uma operação no Jacarezinho terminou com 27 civis e um policial mortos no dia 6 de maio de 2021. Em 2022, no dia 24 de maio, uma operação policial na Vila Cruzeiro deixou 23 mortos. E também este ano, uma operação no Complexo do Alemão deixou 16 civis e um policial mortos no dia 21 de julho.

Para a diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado, Cecília Olliveira, há um custo social pela alta letalidade.

“O Rio de Janeiro parece ter normalizado chacinas com mais de 20 mortos em operações policiais. Apostamos nas mesmas soluções – o tiro – há muitos anos. A pergunta que fica é: estamos mais seguros? Obviamente não. O que temos são policiais e moradores encurralados, gerações de crianças traumatizadas e cidades que se acostumaram com tiroteios e tudo que eles acarretam: escolas fechadas, trânsito interrompido, cenas de violência na televisão. Do ponto de vista da segurança mesmo, nada mudou. Pelo contrário. As milícias e as facções ocupam hoje mais que o dobro de áreas do que ocupavam 16 anos atrás, como mostra o Mapa dos Grupos Armados, que lançamos recentemente com o Geni/UFF”.

Sem Controle
Entre 2020 e 2022, houve 106 chacinas, nas quais morreram 463 pessoas. Seis desses casos tiveram 10 ou mais mortos. Entre 2017 e 2019, houve 132 chacinas policiais na região metropolitana do Rio, mas somente uma com mais de 10 vítimas. Na ocasião, uma operação policial no Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, bairro central da cidade do Rio de Janeiro, terminou com 13 mortos em fevereiro de 2019.

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a restringir operações policiais não urgentes nas favelas do Rio de Janeiro enquanto estivesse em vigor o estado de pandemia. A decisão foi tomada através da ADPF 635. Ainda assim, diversas operações policiais, muitas delas que terminaram em chacinas, aconteceram nas favelas do Rio de Janeiro. Este ano, o STF determinou ao governo do estado a elaboração de um plano para conter a letalidade policial no Rio de Janeiro. O plano apresentado foi rejeitado e o Supremo demandou a reelaboração. O governo ainda não submeteu uma nova proposta.

Além do elevado número de vítimas, as chacinas do Jacarezinho (27), da Vila Cruzeiro (23) e do Complexo do Alemão (17) também alertam para outro dado que chama atenção: a distribuição desigual da letalidade policial pela cidade. A zona Norte do Rio, região que concentra 87 bairros, é a mais afetada pela alta letalidade policial. Ao menos 338 civis foram mortos nas 67 chacinas policiais ocorridas na região nos últimos seis anos.

Outros 233 civis foram mortos em 65 chacinas na Baixada Fluminense; 211 civis foram mortos nas 60 chacinas do Leste Metropolitano; 113 nas 32 chacinas da zona Oeste; 39 em nove chacinas na zona Sul e 74 em 17 chacinas no Centro da capital. A zona Norte concentra 27% das chacinas e 34% das mortes, o que faz dela a área preferencial para atuação da polícia.

Como demonstrado recentemente no Mapa dos Grupos Armados, lançado pelo Fogo Cruzado e pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni/UFF), entre a área total da zona Norte da capital: 8,4% é dominada pelo Comando Vermelho, 4,7% pelas milícias, 4% pelo Terceiro Comando Puro e 0,5% pela facção Amigos dos Amigos.

Entre os municípios com mais mortes em chacinas policiais estão: Rio de Janeiro, com 564 vítimas, concentrou 56% do total; São Gonçalo, na região metropolitana, teve 138 mortos; Belford Roxo, na Baixada Fluminense, teve outros 73 mortos, e Niterói teve 49 vítimas.

Já com relação as localidades com mais mortos em chacinas policiais, o Complexo do Salgueiro lidera as estatísticas com 53 mortos. Em seguida estão Complexo da Penha (49), Complexo do Alemão (44), Jacarezinho (38) e Complexo da Maré (36).

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... inco-anos/
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Mensagem por BazzoNatalino » 21 Set 2022, 15:51

Só o Bat-Man pra nós salvar mesmo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Set 2022, 21:03

NOTÍCIAS
MG
Bairros de BH apresentam alta taxa de desigualdade social
Estudo aponta acentuada desigualdade social entre bairros de Belo Horizonte

ImagemSetor mais rico da bacia, o bairro Belvedere é 74 vezes maior que a do setor mais pobre da região do Cercadinho, o Ventosa – Street View – Foto: Reprodução

─Brasil de Fato ─

Um estudo, realizado pelo movimento Nossa BH, demonstrou que, mesmo localizados na mesma bacia, a do Cercadinho, bairros de Belo Horizonte (MG) possuem profundas desigualdades sociais.

Sistematizando informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da base de dados da Prefeitura de Belo Horizonte, o coletivo produziu mapas que evidenciam diferenças do perfil da população, considerando gênero e raça, acesso à renda, garantia de mobilidade e a condições de vulnerabilidade nos territórios da bacia.

Os dados foram apresentados a membros da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a moradores da região, na última quarta-feira (14). Entre os que chamam mais atenção, um deles demonstra que, em média, a renda por habitante do setor mais rico da bacia, o bairro Belvedere, é 74 vezes maior que a do setor mais pobre da região do Cercadinho, o Ventosa.

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Coordenador do projeto, Marcelo Amaral conta que o objetivo dos mapas não é apenas destacar a existência das desigualdades, mas também demonstrar como elas se desdobram nos espaços da cidade e provocar a discussão sobre políticas públicas.

“Não tem nenhuma grande novidade em trabalhar indicadores ou colocar isso num mapa. A grande vantagem desse tipo de instrumento para a sociedade civil é contribuir para pautar políticas públicas”, afirma.

Raça e gênero

No setor mais rico da bacia do Cercadinho, a proporção de mulheres negras é de apenas 2%. No setor do bairro Palmeiras, um dos mais pobres, a proporção de negros e negras é de 93%.

Para o movimento Nossa BH, os dados chamam a atenção para a necessidade de discutir desigualdades e pensar políticas públicas que ajudem a superá-las considerando questões de raça e gênero.

Engenharia com viés social

Uma das motivações para elaboração do mapa das desigualdades da bacia do Cercadinho é um projeto de saneamento ambiental, desenvolvido pela prefeitura. A iniciativa pretende contribuir para a criação de um parque na região, para a preservação da área.

Marcelo afirma que, além da prefeitura, o projeto articula mandatos de vereadores, lideranças da região do Cercadinho e arquitetos. Para contribuir, o coletivo foi convidado a apresentar o mapa.

O coordenador do movimento Nossa BH destaca que viu o convite como uma oportunidade para demonstrar que não é possível realizar o saneamento ambiental de uma região, sem conhecer as diferenças sociais que existem no território.

“Queremos que o projeto, que poderia ser tocado apenas como um projeto de engenharia, busque uma sensibilidade social. Não é apenas resolver o problema da inundação, mas é tratar da população que está ali”, argumenta.

Marcelo acredita que é necessário chamar a população do território para construir junto. “Tem que dar voz à comunidade. Quando você pensa na escala de uma bacia, você precisa envolver, convidar, ouvir e pensar soluções em conjunto com os moradores”, conclui.

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