Na madrugada desta quinta-feira, 13 usuários de drogas se amontoavam, entre barracas improvisadas com papelão e sacos de lixo, em um corredor que liga as ruas Humberto de Campos e Redentor, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O local, que faz parte do Parque do Jardim de Alah - tem como vizinhos o conjunto habitacional Cruzada São Sebastião e o Shopping Leblon, vem sendo alvo de ações para impedir o avanço de uma cracolândia na região.
Desta vez, profissionais da Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura do Rio abordaram dez homens e três mulheres.
Todos assumiram o vício na droga e responderam a perguntas como de qual bairro são oriundos.
Apenas um aceitou o encaminhamento de assistentes sociais a um abrigo municipal, na Ilha do Governador.
Uma chave de fenda e uma caixa para triturar maconha foram apreendidas.
Na semana passada, outra operação, realizada por policiais da 14ª DP (Leblon) e agentes do Segurança Presente do Leblon e Ipanema, abordou 36 pessoas, todas elas com anotações por crimes como roubo, furto, tráfico de drogas e associação para o tráfico, homicídio, latrocínio, lesão corporal e desacato. Três foram conduzidas à delegacia, entre elas um morador da favela Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, que possuía 15 passagens na polícia por roubo e furto.
— Nossas investigações apontam que, com o início da venda de crack em algumas comunidades da Zona Sul, entre elas a Cruzada São Sebastião, houve o aumento do número de usuários nessa região — explica a delegada Daniela Terra, titular da 14ª DP.
De acordo com a Secretaria de Governo, durante as abordagens em todo o parque, que conta com 14 mil metros de canteiros, foram encontrados : material furtado de obras públicas, como luminárias e pás; 17 armas brancas, como facas, cutelos; além de utensílios para uso de drogas, como cachimbos de crack e seringas. Tudo foi descartado junto à Comlurb.
— Todos têm liberdade de ir e vir, mas não podem fazer do espaço público um ponto de consumo e venda de drogas. Mapeamos a região e iremos realizar ações diárias para impedir que esses locais sejam objeto de desordem, a exemplo do que já fazemos na altura de Manguinhos da Avenida Brasil; na Rua Serafim Valandro, em Botafogo; na Praça do Lido, em Copacabana; e na Praça General Osório, em Ipanema. Sem a atuação do poder público, a insegurança tende a imperar — afirma o delegado Brenno Carnevale.
— As ações integradas são importantes, pois restabelecem a ordem em locais públicos apropriados indevidamente por usuários de drogas e pessoas que cometem delitos, como roubos e furtos, se valendo desses espaços como esconderijos e para guardar objetos cortantes — completa o major Márcio Rocha, coordenador do Leblon Presente.







Fachada do prédio – Reprodução
Operação na favela do Jacarezinho para implantação do projeto Cidade Integrada – Foto: Marcia Foletto
Comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca – Reprodução
Ação policial em festa gerou correria e confusão – Reprodução
O município do Rio de Janeiro lidera com o maior número de vítimas em chacinas policiais – Foto: Reprodução
Setor mais rico da bacia, o bairro Belvedere é 74 vezes maior que a do setor mais pobre da região do Cercadinho, o Ventosa – Street View – Foto: Reprodução