O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - CONCLUÍDO

Discuta aqui tudo relacionado aos trabalhos de Chespirito, como Chaves, Chapolin, Chaves em Desenho e Programa Chespirito. Discuta aqui também o trabalho de outros atores, como as séries do Kiko.
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Vários capítulos hoje, 18/04!

Mensagem por Cavallari » 18 Abr 2010, 15:35

Realmente, os pré série eram sensacionais. Mas eu gosto de todos, leio umas duas vezes :P

Agora to louco pra ler o Festival da Boa Vizinhança! :vitoria:
- Campeão da Casa dos Chavesmaníacos 8
- Campeão do GUF Série A
- Campeão da Vila dos Artistas do FUCH
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- Campeão do Foot Betting 2012
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- Melhor usuário do mês de Julho 2011
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Vários capítulos hoje, 18/04!

Mensagem por Antonio Felipe » 21 Abr 2010, 18:57

Aviso: em função de minha viagem a São Paulo, o Diário só será atualizado a partir de domingo ;)
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA

Mensagem por G@BR!&L » 26 Abr 2010, 22:34

Já passou Domingo... :lol:

--------------------
Achei que era para ser atualizado no Domingo e não a partir de Domingo... :duh:
Editado pela última vez por G@BR!&L em 26 Abr 2010, 22:36, em um total de 1 vez.
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA

Mensagem por Antonio Felipe » 26 Abr 2010, 22:35

Durante a semana teremos novidades...
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA

Mensagem por Antonio Felipe » 07 Mai 2010, 22:14

Olha só: estou meio sem feeling pra escrever nos últimos dias e também sem tempo. Nesse fim-de-semana, não vou escrever. Mas semana que vem já volto a publicar mais capítulos.

E uma curiosidade: falei com o Pablo Kaschner sobre o Diário. Ele viu por alto e achou bem legal e disse que, para editar, tem que acreditar no material e ir atrás. Bom, isso me motivou a, quando terminar o Diário, ir buscar uma editora para publicar a história. Não garanto que eu lance esse livro, mas vou tentar :D
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA

Mensagem por Antonio Felipe » 22 Mai 2010, 21:36

62. O Festival da Boa Vizinhança

Tantas pessoas, tantas faces, tantas aparências, tantas diferenças. Viver em uma vila com tantas pessoas distintas não é fácil, ainda mais quando nem todos se entendem. Às vezes os diferentes podem sim viver em harmonia, mas quando as brigas começam, fica difícil criar um clima de paz. Fato é que nos últimos dias passamos por momentos de conflito muito duros e que só serviram para deixar o clima mais azedo entre todos. Como no dia em que acabei entrando na brincadeira das crianças de jogar futebol americano. Acabei todo machucado depois de um montinho, me irritei e soltei a raiva em cima das crianças. Depois, houve a confusão por causa da roupa do Kiko, que as crianças resolveram sujar. Passado isto, resolvemos tomar uma atitude para, em parte, diminuir as tensões e criar uma atmosfera mais harmônica para todos: vamos fazer um Festival da Boa Vizinhança.

A idéia era juntar os vizinhos, deixar as crianças fazerem brincadeiras, apresentações e, assim, melhorar o ambiente. Levar alegria para todos. Quisera que tudo tivesse saído dessa maneira. Não foi bem assim. A começar pela montagem do palco do Festival, que fiz bem na porta de casa. O barulho “incomodou” a chata do 14, que acabou ficando bem quietinha depois que soube que o Professor Girafáles viria na festa também. As crianças ajudaram a me deixar nervoso, só atrapalhando a preparação para os festejos. Bom, no final consegui preparar tudo para a festa. Era a hora de juntar a vizinhança e confraternizar.

As coisas pareciam que dariam certo. Dona Clotilde fez um discurso bonito sobre amor (bonito até ela falar bobagem que só me fez enrubescer). Depois, tivemos as crianças no palco. Chaves inventou uma chatice de cão arrependido, a Chiquinha bem que tentou falar do Jeca Valente, mas o momento alto (e baixo) foi quando Kiko resolveu homenagear as mães. Não conseguiu, por obra de Chiquinha e Chaves, que quebravam o ritmo do filho da Florinda. A melhor parte foi quando ele calou a boca.

Após, uma peça de teatro. As crianças interpretaram uma cena do seriado do Chapolin. Nem tudo deu certo, mais uma vez, por briga de egos, por brincadeiras estúpidas, por intervenção da platéia. Foi um deus-nos-acuda. Ainda tivemos truques de mágica e uma canção interpretada pela Florinda e pelo Girafáles. O Festival transcorreu bem. Mas não ajudou muito a pairar um clima de alegria. Melhorou, mas não acabou com as brigas.

Fica claro que não é com festivais assim que fazemos a vizinhança mudar. Temos que mudar nossas atitudes. Mas isso é tão difícil...


Próximo capítulo: Um Ladrão na Vila
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no sábado, 22/05

Mensagem por Antonio Felipe » 22 Mai 2010, 22:10

63. Um Ladrão na Vila

Brigas, há muito temos na vila. Discussões, pontapés, correrias, isso acontece sempre por aqui. Mas nunca, nunca ocorreu de alguém ser roubado aqui na vila. Nunca! E isso começou estranhamente a ocorrer nos últimos dias. Primeiro foi o ferro da Dona Clotilde. Depois, o meu ferro também sumiu. Discute-se daqui, discute-se dali, ninguém sabia quem podia estar roubando as coisas na vila. Podia ser alguém de fora, podia ser alguém daqui da vila mesmo. Mas o que aconteceu ontem foi um soco no estômago. E que soco. Ou melhor, nem tanto no estômago. Foi no coração. Uma dor tremenda lá na alma, coisa que acontece quando quebra-se a confiança que você tem sobre uma pessoa. Por um infortúnio do destino, o Kiko achou um dos ferros roubados dentro do barril do Chaves. Aquilo foi um choque inenarrável. Todos nós acabamos acusando o Chaves de ladrão e ele, sem saber o que fazer, acabou saindo da vila cabisbaixo. Descarreguei a minha raiva pelo roubo ali, na hora. Gritei, xinguei-o de ladrão, participei do linchamento moral – e ninguém podia imaginar o revés que teríamos hoje. Depois daquilo, fui para casa. Fiquei sentado à mesa, pensando como o Chaves seria capaz de fazer aquilo, sendo que todos nós acolhemos ele de braços abertos, há tantos anos. Eu sentia o Chaves como um filho que nunca tive... Não pude segurar a emoção, chorei e chorei de uma maneira como há tempos não chorava. Era como a perda de um ente querido. Eu não acreditava que o Chaves seria capaz de fazer isso.

À noitinha, o Chaves reapareceu na vila. Pegou suas coisas e rumou para fora da vila. Hesitei por um momento, mas saí e fui falar com ele. Consegui pará-lo e troquei poucas palavras:


- Chaves, eu quero saber, foi você mesmo que roubou meu ferro e o de Dona Clotilde?
(silêncio)
- Chaves, por favor, me diga...
- Não fico mais numa vila onde me chamam de ladrão.

Tentei falar mais alguma coisa. Ele correu. Deixei ele ir. Voltei para minha casa e pouco dormi. Fiquei remoendo minhas tensões, meus sentimentos, tentando descobrir se o Chavinho era capaz de roubar alguém. Apesar de ser um moleque levado, era bondoso. Depois de muito tempo, consegui dormir.

Na manhã de hoje,a vila estava quieta como nunca. Era como se alguém tivesse morrido. Nem mesmo os pássaros cantaram naquela manhã. Uma das poucas pessoas a circular ali era o Senhor Furtado, um vizinho silencioso, mas educado e às vezes, pouco afeito à conversa. Por volta do meio-dia, o Chaves reapareceu. Disse que tinha ido numa igreja se confessar e lá falou com um padre, que lhe deu orientação espiritual e disse-lhe que, se Chaves sabia que não era ladrão, não tinha por que ir embora. O menino estava confiante de si. E o fato é que coisas seguiram desaparecendo. Minha espingarda foi a próxima. O mistério continuava. E do nada, tudo voltou a seu lugar! Como?, eu ficava imaginando. A resposta veio mais tarde. O Senhor Furtado bate à minha porta e pede para conversar.


- Senhor Madruga, primeiro eu quero dizer que estou aqui profundamente arrependido por tudo. Espero que o senhor tenha consideração pelo que vou dizer.
- O que se passa?
- Bem... Eu... É, que... FUI EU, FUI EU. Eu roubei seu ferro e sua espingarda! E o ferro de Dona Clotilde! E as calças de Dona Florinda.
- O quê? O senhor?
- Sim, sim, fui eu.
- E por que o senhor veio me dizer isso?
- Por que me arrependi. Sabe, hoje ouvi do menino Chaves algo que me tocou. Ele disse que rezou para que o ladrão dessa vila se arrependesse e voltasse atrás. Foi de uma pureza sem tamanho.
- Tá, mas por que vir aqui me dizer isso?
- Para que não reste dúvida da verdade, Senhor Madruga. Não quero que paire dúvida sobre a índole do menino Chaves. E também por que assim me sinto melhor. Eu vou embora daqui. Por mais que tenha surgido a verdade, por mais que o senhor possa – ou não – me perdoar, prefiro ir embora, de maneira que se saiba quem é o verdadeiro crápula. O senhor me desculpe profundamente pelo que fiz. Agora tenho que ir.

E ele foi embora. Não pude acreditar no que ouvi. Pelo menos uma vez se ouviu a voz de uma criança. Elas mentem, mas são sinceras. E puras.

Próximo capítulo: Todos os Cães do Mundo
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no sábado, 22/05

Mensagem por Antonio Felipe » 22 Mai 2010, 22:31

64. Todos os Cães do Mundo

Já falei que gosto muito de cachorros. Lembram meus tempos de infância, meu cachorro Valiente, especialmente. Mas não é que cachorros podem ser um bom negócio. Na falta de alguma boa oportunidade para faturar uma grana, decidi: todos os cães de rua são meus. Não têm ninguém mesmo, se eu os encontrar por aí vou tentar vendê-los. Ou então, podemos fazer algo mais engenhoso. Não é legal, mas também não é ilegal. Fazer um cachorro se perder de seu dono, por exemplo, só para levar o dinheiro da recompensa. É uma tarefa arriscada, eu sei, mas rende um dinheirinho legal.

A tática funcionou. Consegui levantar um pouco de dinheiro. Mas não imaginava é que os problemas apareceriam, da forma mais bizarra possível. Como quando o Chaves conseguiu ser mordido por um cachorro de rua. Bem no umbigo. A confusão foi incrível, com todos nós confabulando sobre o que fazer com o Chaves, se ele tomaria vacina ou não, além do Kiko desmaiando por causa do sangue. O pior foi a descoberta que tive, quando saí à caça do cachorro mordedor. Ele morreu por uma infecção no focinho. Culpa da sujeira do Chaves. Dei-lhe um bom banho, como ele há muito não tomava, de certo.

Agora, é a hora de preparar a vila para o ano-novo que se aproxima.


Próximo capítulo: Enfim, um Novo Ano!
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no sábado, 22/05

Mensagem por Antonio Felipe » 23 Mai 2010, 14:41

65. Enfim, um Novo Ano!

Depois de tantas confusões, depois de tantas discussões, depois de tantas desventuras, depois de tantas tentativas fracassadas de ter um emprego, depois de tantas alegrias, tantas lágrimas... Eis que chega um novo ano em nossas vidas. O fatídico 1973 finalmente chega a seu final. Entramos agora em 1974. Tempo de renovarmos as esperanças, de pensarmos o futuro, de tentarmos novas oportunidades.

Mas isso é fácil? Claro que não. Ainda sigo vivendo à margem do aceitável. Eu queria ter dinheiro para pagar o aluguel, queria poder dar à Chiquinha tudo que ela merece. Queria poder ter um pouco de alegria com a vida. E o que vejo? Apenas discórdia. Minha briga com a Dona Florinda só faz aumentar a cada dia. Tentamos fazer aqui duas festas para levar certa harmonia para todos. Não deu certo. O festival foi bem, mas não resolveu nada. A festa seguinte foi um tremendo fracasso, por causa da pichorra.

Bem, já estou aqui nesta vila há dez anos. Mais um ano vai entrando. Que tudo transcorra com alegria, serenidade e tenacidade. Que eu consiga melhores oportunidades. Com fé e esperança, tudo pode e dará certo.

Feliz ano novo!


Próximo capítulo: Um Fotógrafo Prodigioso
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no sábado, 22/05

Mensagem por Antonio Felipe » 23 Mai 2010, 15:08

66. Um Fotógrafo Prodigioso

Dizem que na hora do aperto, as pessoas descobrem que são capazes de fazer coisas que nunca imaginaram, para poder sobreviver. Nisso, afloram algumas capacidades que parecem escondidas lá no fundo da alma. Nessas horas, certas coisas saem como, por exemplo, ler e escrever, de maneira automática. No meu caso, muitas e muitas coisas já afloram nessa minha vida longa. Já fui boxeador, toureiro, mestre-de-obras, cabeleireiro, vendedor de flâmulas... e fotógrafo.

Não é tão difícil quanto se imagina. Basta um pouco de técnica e o todo o resto sai de modo intuitivo. Aquela velha máquina fotográfica do tio Herrera, por exemplo. Quando a usei pela primeira vez, só tive problemas no primeiro dia de trabalho. Depois, tudo transcorreu tranquilamente. Durante as Olimpíadas, aproveitei para lucrar uma boa grana tirando fotos para os turistas que vinham acompanhar os jogos. Aquela velha máquina me rendeu bons trocados.

E agora, vejo-me de frente para esta máquina mais uma vez. Sequer me lembrava dela, para ser sincero. Ela ficou guardada na despensa com tantas outras tralhas que já até tinha me esquecido de que estava lá. Fui jogando coisas e mais coisas e a máquina foi parar lá no fundo. Decidi que estava na hora de arrumar a despensa e eis que dou de cara com a máquina fotográfica. E com ela, veio uma idéia para conseguir dinheiro: voltar a fotografar.

Ora, uma máquina como essa é um luxo que poucos podem ter. Qualquer um irá pagar para registrar um momento em foto com seu filho, com sua esposa, com seu ente querido. Contudo... o difícil mesmo será ter êxito em meio a tantas pessoas chatas como as desta vila. Mas vamos tentar. Nada é possível nada vida sem a tentativa.


(passa-se um dia)

Para começo de conversa, até que a máquina foi uma boa. Consegui juntar uns bons trocados tirando fotos na rua. Como eu previa, bastante gente veio pedir para ser fotografada. Daí para faturar foi questão de tempo. Mas dentro desta vila é que os problemas começaram. A passar pelo Kiko, que insistiu em tirar fotos, o que quase danificou a pobre máquina. Depois, foi o Chaves, que fez ela cair várias vezes no chão – ela quase quebrou por causa disso. Vamos tentar em outro lugar.

(passa-se mais um dia)

Tive a idéia de ir fazer fotos no parque. No começo deu certo. Mas depois, com a intervenção das crianças, tudo deu errado. Me atrapalharam, me fizeram perder clientes e no fim, a máquina quebrou. Pelo que vi, o dano é irreparável. A máquina não agüentou tantos trancos causados pelo Chaves. E é curioso que a primeira foto da vida do Chaves partiu justamente dessa máquina fotográfica. Lá se vai mais uma chance de conseguir dinheiro. O que fazer agora?

Próximo capítulo: A Morte do Senhor Barriga
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no sábado, 22/05

Mensagem por Chápulo » 23 Mai 2010, 18:37

Antonio Felipe escreveu: O fatídico 1973 finalmente chega a seu final. Entramos agora em 1974.
Não estávamos em 1976-77?
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no domingo, 23/05

Mensagem por Antonio Felipe » 23 Mai 2010, 18:46

O período cronológico da série é um. O do livro é outro. Fosse assim, a Chiquinha já teria 12, 13 anos, por exemplo. Na série ela sempre tem 8-9 anos.
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no domingo, 23/05

Mensagem por Barbano » 23 Mai 2010, 21:34

O capítulo do ladrão na vila foi excelente. :sim: Parabéns! :vitoria:
Deixo aqui o meu apoio ao povo ucraniano e ao povo de Israel 🇮🇱 🇺🇦

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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no domingo, 23/05

Mensagem por Antonio Felipe » 29 Mai 2010, 16:14

67. A Morte do Senhor Barriga

Eu gosto do Chaves. Acho ele uma criança que, ainda travessa e atrapalhando, mantém uma certa pureza em seu coração. É ingênuo, até demais. O problema é que essas qualidades acabam ficando apagadas quando acontecem algumas coisas aqui na vila. A exemplo do que ocorre ao Senhor Barriga, que é quem mais sofre na mão do Chaves. Não há dia em que ele chegue aqui na vila sem ser recebido com uma pancada. Claro, não existe intenção. Mas o Chaves é tão atrapalhado e as circunstâncias só ajudam a fazer com que o Barriga acabe socado, tapeado ou abalroado. Eu sofro com isso também. Mas com o Senhor Barriga, parece pior. Tanto que ele resolveu assustar o Chaves.

Assustar de que forma? Fingindo-se de morto. Mais uma vez ele chegou aqui e levou uma pancada do Chaves. Ao invés de se levantar, ficou no chão. O Chaves achou que tinha matado o Senhor Barriga. O gordo veio tomar abrigo em minha casa e contou-me do ocorrido. Achei interessante, de momento, para que o Chaves aprendesse a ser mais cuidadoso. E o plano do Barriga não pararia por aí. Ele pegou um de meus lençóis e usou como fantasia de fantasma, tudo para assustar ainda mais o Chaves. Não gostei muito da idéia, mas não ia discutir com o gordo...

Contudo, nem tudo foram flores. De noite, o Barriga saiu ao pátio para cumprir seu plano e não contava com os obstáculos que estavam pelo caminho. Saiu aos trancos e barrancos tropeçando por todo lado e acabou indo se refugiar no outro pátio, para se recuperar. Nisso, eis que chega o Professor Girafáles, no alto da cafonice, para fazer uma seresta para a Dona Florinda, com mariachis e tudo! Ele acabou tropeçando em uns baldes que o Chaves espalhou pelo pátio e acabou apanhando de todo mundo, que achava que ele era o “fantasma”. A coisa podia ter ficado pior: Dona Florinda armou-se de espingarda, até deu um tiro pra cima e por pouco não acabou com seu “amoreco”.

Logo depois, eis que o Senhor Barriga chega, paramentado de fantasma. A ele ocorreu o mesmo que ao Professor. Tropeçou nos baldes e acabou apanhando. Salvei ele da espingarda de Dona Florinda por pouco. Depois, expliquei ao Chaves tudo o que tinha acontecido e pedi a ele que fosse mais cuidadoso. Mas de que adiantou? Na saída, o Barriga foi tomado de assalto por uma armadilha que o Chaves fez... Bem, vamos ver o que será daqui pra frente...


Próximo capítulo: Vendendo Balões
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Atualizado no sábado, 29/05

Mensagem por Antonio Felipe » 30 Mai 2010, 14:38

68. Vendendo Balões

Para ter sucesso na vida, você precisa de esforço, de criatividade, de suor e de integridade. Mas nem tanta integridade. Algumas vezes, você precisa driblar as dificuldades da vida e usar de soluções não muito usuais ou honestas, para poder chegar a algum lugar ou mesmo garantir sua sobrevivência. É assim que tem sido na minha vida nos últimos anos, não há como fugir disso. Infelizmente, é o tipo de coisa a que a gente tem que se submeter para poder ficar vivo. Um exemplo muito claro dessa situação veio essa última semana.

O Kiko andava para lá e para cá comprando balões com o dinheiro que sua mãe lhe dava. Só que, ao chegar na vila, o Chaves acabava estourando os balões que o Kiko comprava. Com isso, o bochechudo ia lá na rua comprar mais balões. Vendo essa situação, pensei: por que não usar isso a meu favor? Por que ele não pode comprar de mim os balões? Assim eu levo uma grana boa. Mais: posso acertar com o Chaves um esquema que favorecerá a ambos: eu vendo os balões, o Chaves estoura, o Kiko compra outro balão, o Chaves estoura outro, o Kiko compra outro e assim substantivamente. Dou uma parte da grana para o Chaves e ficamos todos felizes.

A princípio, a tática deu certo. Mas as trapalhadas do Chaves só me fizeram ter prejuízo depois. Ele começou a estourar meus balões por engano, acabou provocando a desconfiança do Senhor Barriga – que queria um balão para o Nhonho – e no fim, fez-me perder todos os globos, que foram aos céus depois que levei uma alfinetada. E justo nessa hora o Kiko vinha para comprar todos, todos os meus balões! Quanto infortúnio!

Foi uma tentativa. Agora, hora de tentar arrumar algumas coisas por aqui.


Próximo capítulo: Não se Pode Nem Fazer Carpintaria na Vila!
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