Letras: Português - Inglês.Borges escreveu:Qual o curso que você tá fazendo?
Ah, mas espero que inspire mesmo, ou que pelo menos alguém saia desse tópico entendendo que esses conceitos de pessoas apolíticas ou livres de ideologia não existem nem em séries tão simples quanto Chaves e Chapolin.
Ah, sim, não é possível ser apolítico, nem neutro. Somos sempre parciais, escolhemos lados e ideologias e nos guiamos por essa bússola.
Nosso trabalho, do escritor ao professor, é definido pelo todo de nossas experiências. Todo ato é um ato político.
Um pequeno acréscimo que eu gostaria de pontuar sobre a piada do Batman: essa história do Batman ser gay começou, na verdade, com Seduction of the Innocent, um livro escrito na década de 50 pelo psiquiatra Fredric Wertham em que ele alegava que, e eu parafraseio-o: "as histórias do Batman são psicologicamente homossexuais. (...)
O tipo de história que é contada em 'Batman' pode estimular crianças a inconscientemente ter fantasias homossexuais. (...) Somente alguém ignorante a psiquiatria e a psicopatologia do sexo não consegue perceber a sutil atmosfera de homoerotismo que permeia as aventuras do maduro Batman e seu jovem amigo, Robin."
Importante também ressaltar que isso foi propagado fortemente durante uma época em que o Macarthismo, a histeria coletiva da luta contra comunistas, estava em vigência.
Os homossexuais eram perseguidos e a homossexualidade era vista como doença mental por autoridades no período conhecido como "Lavender scare".