http://g1.globo.com/economia/midia-e-ma ... ncas.ghtml
O
Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar)
decidiu advertir a Dolly e pedir a retirada do ar da conhecida propaganda de Páscoa da fabricante de refrigerantes que traz crianças vestidas de coelhinho cantando o nome da marca e fazendo declaração de amor ao personagem Dollynho.
Segundo o Conar,
o processo foi aberto no dia 11 de abril por por iniciativa do próprio conselho, que constatou na peça descumprimento do artigo 37 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária,
que veda a participação de crianças em propagandas "como modelos para vocalizar apelo direto, recomendação ou sugestão de uso ou consumo".
O caso foi julgado na terça-feira (30) pelo Conar, que
decidiu por unanimidade pela "sustação agravada por advertência ao anunciante, por unanimidade”. Segundo informou o órgão,
a fabricante não apresentou defesa durante o julgamento do processo.
A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso ao próprio Conar. Mas a recomendação do Conar é que o comercial seja retirado imediatamente das páginas da marca na internet.
Procurada pelo G1, a Tholor, responsável pela marca Dolly, informou que não foi notificada pelo Conar e se disse surpresa pela abertura do processo neste ano uma vez que o comercial é veiculado desde 2007.
"A empresa se surpreende com a notícia, já que a Páscoa foi comemorada há mais 45 dias e o comercial é veiculado anualmente desde 2007 nas principais emissoras de televisão do país, sem nunca ter sido alvo de notificação do órgão", afirmou, em nota.
Até a última atualização desta reportagem, o comercial continuava disponível no canal da Dolly no YouTube e na página da marca no Facebook.
Empresa foi alvo de operação por suspeita de fraude
A empresa virou notícia neste mês também após ser alvo de uma operação da Secretaria da Fazenda de São Paulo por suspeita de fraude no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).
O grupo afirma que os débitos se devem a um desvio que soma mais de R$ 100 milhões feitos pelo contador da empresa, que agora está sendo investigado pelo Ministério Público e a Polícia Federal, segundo o dono da marca Dolly, Laerte Codonho, que explicou ainda que auditorias estão sendo realizadas para apurar o tamanho da fraude e o prejuízo causado.