Monarquia
Debate sobre esse tipo de regime
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Re: Monarquia
Hoje pior ainda!
A presidente caiu e o imbecil do Bocardi mostrando um buraco onde o Judas perdeu as botas.
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SBBHQK
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Re: Monarquia
Cor de capa de livro não é sinônimo de qualidade. Isso é uma das coisas que mais me incomoda e faz sentir nojo de uma ditadura. Censurar livros apenas pela cor da capa e não pelo conteúdo do livro. Mesmo se esse livro tivesse no título "Dom Casmurro" ou "Cyrano de Bergerac", estaria vetado só por causa da capa vermelha. É ridículo isso.Açougueiro da Esquina escreveu:Os militares censuraram esse livro baseando pela cor e dos detalhes dos livros.iago83 escreveu:Você está vendo alguma apologia ao comunismo?
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Qual é a cor do comunismo e do foice e martelo?, vermelho e amarelo
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Victor235
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Re: Monarquia
Então você está falando que o cara ser comunista/simpatizante do comunismo justifica que ele seja morto?Açougueiro da Esquina escreveu:Simples, mesmo que não fizesse parte da guerrilha, morreram porque admiravam o comunismo, quer provas?iago83 escreveu:Até pessoas inocentes morreram nas mãos da ditadura. Rubens Paiva e Vladimir Herzog nem eram da guerrilha, e morreram por causa da ditadura.
Rubens Paiva declarou apoio ao Jango no dia do golpe, como diz nesse link, http://noticias.uol.com.br/politica/ult ... nedita.htm .
E o João Goulart revelava ser simpatizante do comunismo (como revela nesse texto: ¹http://www.infoescola.com/historia/governo-de- ... art-jango/) , por isso que a ditadura militar veio para impedir a transição do sistema capitalista para o socialismo/comunismo.
¹. Nesta ocasião, Jango, que era tido como simpatizante do comunismo, estava em visita oficial à China (país comunista).
Quanto ao Vladimir Herzog, não preciso dizer mais nada, era filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que já responde essa questão.
As provas estão aí.
Então você acha certo eles não poderem manifestar seus pensamentos?Açougueiro da Esquina escreveu:Não podia por causa da desconfiança, já pensou dois simpatizantes do comunismo no bar ou no restaurante falando pelos ouvidos?
Então você achava boa a manutenção do status quo que a ditadura impôs?Açougueiro da Esquina escreveu:Porque se fosse ao vivo, algum apresentador ou radialista podia falar em público que era contra ditadura militar, que simpatizava o comunismo, que o comunismo é bom, e sei lá o que..., e isso poderia mudar o pensamento da população naquela época, então se ele falasse isso, poderia cortar fora, e só deixar intacto o que os militares achavam que é certo.
Então você está dizendo que o MCDonalds é comunista e merece ser fechado? E o Chapolin, deve ser censurado também?Açougueiro da Esquina escreveu:Os militares censuraram esse livro baseando pela cor e dos detalhes dos livros.
Qual é a cor do comunismo e do foice e martelo?, vermelho e amarelo!
Essa justificativa procede? Porque na época da ditadura o que mais tinha eram sertanejos compostos usando o linguajar caipira, e essas músicas foram liberadas.iago83 escreveu:Teve livros que foram censurados apenas por ter a capa vermelha ou o nome de autores russos, e músicas como a de Adoniran Barbosa que foram censuradas apenas por ter sido composta em caipira! Como pode uma ditadura censurar músicas ou livros por motivos ridículos?
Porém, vejam só, "Boate Azul", o clássico dos clássicos, foi censurada pela ditadura, por isso foi lançada apenas nos anos 80 (a música foi escrita no começo dos 60).
O que?Chad' escreveu:Mas é claro, vai ver o que aconteceu com a TV Excelsior.
"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano
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Re: Monarquia
Os donos da emissora eram favoráveis ao governo deposto em 1964.
A emissora começou a perder muito dinheiro e teve as concessões cassadas em 1970.
A emissora começou a perder muito dinheiro e teve as concessões cassadas em 1970.
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Re: Monarquia
Pelos militares sim.Victor235 escreveu:Então você está falando que o cara ser comunista/simpatizante do comunismo justifica que ele seja morto?
Pra mim não.
Mas que o socialismo é um inferno, não nego.
Já pensou se fosse o Lula e a Dilma falando pelos ouvidos?Victor235 escreveu:Então você acha certo eles não poderem manifestar seus pensamentos?
Não vivi na época da ditadura pra falar isso.Victor235 escreveu:Então você achava boa a manutenção do status quo que a ditadura impôs?
A única coisa que admiro desse governo é que botaram os comunistas pra correr. E a mídia gosta de passar pra população que a ditadura militar torturava qualquer um que achava pela frente, o que não é verdade.
Só torturava os socialistas/comunistas.
Se acha o socialismo bom, vai pra Venezuela então e veja o caos que está passando lá.
Nada a ver.Victor235 escreveu:Então você está dizendo que o MCDonalds é comunista e merece ser fechado? E o Chapolin, deve ser censurado também?
Mcdonalds é capitalista, e a ditadura militar foi financiada pelo governo dos EUA, e essa empresa foi fundada lá.
Pode parecer hipocrisia, mas é isso aí.
Quanto ao Chapolin, não sei te explicar.
- Paz
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Re: Monarquia
Eu vi falarem aqui que a Globo é imparcial, é isso mesmo? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
יעשה שלום
- Antonio Felipe
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Re: Monarquia
Se você acha que a pessoa ser simpatizante do socialismo mereça a morte, eu acho que você merece morrer por ser tão ignorante. Cala a boca, Paulo Victor.
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- Leandro Boutsen
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Re: Monarquia
Então é certo que o Estado use a máquina pública para matar/torturar quem é contra o governo vigente?
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Re: Monarquia
Falar bem do socialismo é fácil, quero ver é sentir na pele como é morar em um país socialista como a Venezuela e a Coréia do Norte.Antonio Felipe escreveu:Se você acha que a pessoa ser simpatizante do socialismo mereça a morte, eu acho que você merece morrer por ser tão ignorante. Cala a boca, Paulo Victor.
Se vc for pra um dos 2 países vai mudar radicalmente de opinião.
Veja que os governos de esquerda apoia a classe baixa, mas no final quem se ferra é a própria classe do qual o governo apoia.
Quem que aguenta perder dias de trabalho pra ficar numa fila imensa no supermercado o dia inteiro pra pegar um pouquinho de comida que não dá nem pro mês inteiro e ainda por cima com preços altíssimos.
Essa teoria criada pelo Marx é falha e nunca deveria ter sido colocada em prática.
Não esqueça essa frase, falar bem é fácil, difícil é viver.
A ditadura militar ficou no poder justamente pra que impedisse os comunistas de tomar o poder e transformasse esse país numa miséria.Billy Drescher escreveu:Então é certo que o Estado use a máquina pública para matar/torturar quem é contra o governo vigente?
Lembrando que foi o próprio EUA (capitalista) quem colocou eles lá.
O país não se sustenta com socialismo, pois se ferra sozinho e lasca o século inteiro pra colocar a economia nos trilhos novamente.
- O Gordo
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Re: Monarquia
O contexto histórico sob o qual o socialismo surgiu é bem diferente do atual.
O socialismo surgiu como uma alternativa à opressão dos proprietários dos meios de produção - burguesia - já que não existiria propriedade privada. Também seria uma alternativa às opressões sofridas pela classe trabalhista.
Hoje isso seria incabível...
O socialismo surgiu como uma alternativa à opressão dos proprietários dos meios de produção - burguesia - já que não existiria propriedade privada. Também seria uma alternativa às opressões sofridas pela classe trabalhista.
Hoje isso seria incabível...

- Antonio Felipe
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Re: Monarquia
E eles próprios transformaram o Brasil numa miséria: aumentaram muito a desigualdade social e a pobreza; aumentaram a dívida externa; levaram a inflação ao descontrole que se viu na década de 80 e só teve recuperação nos anos 1990...pspvitor escreveu:A ditadura militar ficou no poder justamente pra que impedisse os comunistas de tomar o poder e transformasse esse país numa miséria.
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SBBHQK
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Re: Monarquia
O contexto histórico em que Marx viveu era o da Revolução Industrial. Quando Lênin criou a União Soviética, ele discordava de Marx em alguns pontos.O Gordo escreveu:O contexto histórico sob o qual o socialismo surgiu é bem diferente do atual.
O socialismo surgiu como uma alternativa à opressão dos proprietários dos meios de produção - burguesia - já que não existiria propriedade privada. Também seria uma alternativa às opressões sofridas pela classe trabalhista.
Hoje isso seria incabível...
E comunismo de verdade é caracterizado pela ausência de estado, e isso na prática não existiu. O socialismo foi aplicado conforme o pensamento do ditador.
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Re: Monarquia
Não discordo de vc, mas prefiro mais uma ditadura militar do que uma ditadura comunista.Antonio Felipe escreveu:E eles próprios transformaram o Brasil numa miséria: aumentaram muito a desigualdade social e a pobreza; aumentaram a dívida externa; levaram a inflação ao descontrole que se viu na década de 80 e só teve recuperação nos anos 1990...pspvitor escreveu:A ditadura militar ficou no poder justamente pra que impedisse os comunistas de tomar o poder e transformasse esse país numa miséria.
A ditadura comunista é pior que a ditadura militar , não é a toa que o Mao Tse Tung e Josef Stalin (esse, inclusive, mandou erradicar religiões no país) são os políticos que mais derramaram sangue de inocentes, detalhe, todos de extrema-esquerda, incluindo o Vladimir Lenin, Pol Pot, Fidel Castro (Raúl Castro e Che Guevara), Slobodan Milosevic, Nicolae Ceaușescu, Kim Il-sung (adivinha o nome do partido dele?, Partido dos Trabalhadores!), José Eduardo dos Santos, Enver Hoxha e etc..., enfim, são vários.
Sem contar o Hilter e o Benito Mussolini que era de extrema-direita, mas tá no mesmo embalo de todos esses aí que citei.
Essa ideologia é carniceira (incluindo a extrema-direita), ferra com todas as classes.
O socialismo só funciona quando o país tem bastante petróleo e o governo administra bem esse recurso natural (o que não é o caso da Venezuela, pois tirar algo dos ricos pra dar pros pobres não é sinônimo de bom governo), fora isso, o capitalismo é a única saída. Apesar dos ditadores que governaram lá serem autoritários (Saddam Hussein, Omar Al-Bashir, etc...).
Por isso que os regimes de alguns países do oriente médio e do norte da áfrica eram bem prosperados.
E a ditadura militar não tem uma ideologia certa, já que é um governo provisório, não definitivo.
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Repostando:
http://www.forumchaves.com.br/viewtopic ... 86#p790986Açougueiro da Esquina escreveu:Levando em conta que a ditadura militar era financiada pelos americanos, ou seja, tudo que a gente consome hoje, 90% vem de lá e na maioria dos países capitalistas hiper desenvolvidos.
Se os socialistas tomam o poder, ninguém poderia lanchar no Mcdonald ou tomar uma Coca-Cola.
Editado pela última vez por [PV] em 22 Mai 2016, 20:51, em um total de 1 vez.
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SBBHQK
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Re: Monarquia
Veja os trechos dessa entrevista inédita recentemente divulgada:Açougueiro da Esquina escreveu: E o João Goulart revelava ser simpatizante do comunismo (como revela nesse texto: ¹http://www.infoescola.com/historia/governo-de- ... art-jango/) , por isso que a ditadura militar veio para impedir a transição do sistema capitalista para o socialismo/comunismo.
¹. Nesta ocasião, Jango, que era tido como simpatizante do comunismo, estava em visita oficial à China (país comunista).
Para Jango, criou-se uma confusão entre justiça social (o que ele disse ter buscado) e comunismo (que não compartilhava) e que após o assassinato do presidente John Kennedy em 1963, os EUA começaram a derrubar governos constitucionais na América Latina, entre os quais, o dele.
"As pessoas na América Latina não são inclinadas ao comunismo. Justiça social não é algo marxista ou comunista."
"Eram reformas a favor da independência, do desenvolvimento, do bem estar e da justiça social."
"As companhias estrangeiras estavam preocupadas. Quando o capital estrangeiro entra e sai, não há vantagem para o Brasil. Ao contrário, esse capital prejudica. Todo capital estrangeiro deveria ser bem-vindo se colaborasse com o desenvolvimento do país."
(João Goulart)
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014 ... 1964.shtml
Jango tinha 70% de aprovação às vésperas do golpe de 64, aponta pesquisa
Levantamento do Ibope contradiz suposta fragilidade do governo de João Goulart, um dos argumentos usados pelos militares para tomar o poder, há 50 anos. Reportagem especial retrata a opinião de deputados e especialistas sobre esse período da história brasileira.
Pesquisas feitas pelo Ibope às vésperas do golpe de 31 de março de 1964 mostram que o então presidente da República, João Goulart, deposto pelos militares, tinha amplo apoio popular. Doadas à Universidade de Campinas (Unicamp) em 2003, as sondagens não foram reveladas à época.
Pelos números levantados, Jango, como Goulart também era conhecido, ganharia as eleições do ano seguinte se elas tivessem ocorrido. Entrevistas realizadas na cidade de São Paulo na semana anterior ao golpe mostravam que quase 70% da população aprovavam as medidas do governo.
Em alusão aos 50 anos do golpe de 1964, a Câmara dos Deputados promoverá uma sessão solene nesta terça-feira (1º) para homenagear a resistência à ditadura militar.
Pesquisa contradiz militares
O professor Luiz Antônio Dias, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que uma das pesquisas do Ibope, desconhecida durante 40 anos, havia sido encomendada pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio), que fazia oposição a Jango. Ele participou do programa Ponto de Vista, da TV Câmara. O especialista destaca que o levantamento derruba uma das justificativas dos militares para tomarem o poder em 1964: a de que o governo de João Goulart era frágil e impopular.
"Muitos historiadores, até dez anos atrás, ainda tinham essa ideia de que Goulart caiu porque era frágil, não tinha o apoio dos partidos e, sobretudo, da população", comenta Dias.
Radicalização ideológica
Historiador da Universidade de Brasília (UnB), Antonio Barbosa ressalta o clima de polarização ideológica que o País vivia. Para os opositores, Jango representava uma "ameaça comunista". "A partir de 1963, cria-se um quadro de crescente radicalização: a Igreja Católica, o empresariado, as Forças Armadas e a imprensa vão assumir uma posição contrária às reformas defendidas por Jango, identificadas como a ‘comunização’, a ‘esquerdização’, a ‘bolchevização’ do Brasil", explica.
Mas para o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), o perigo comunista era real: "Estávamos à beira de ser implantada aqui a ditadura do proletariado. Os empresários e a igreja queriam que os militares assumissem o poder. Ou seja, toda sociedade queria afastar o fantasma da ditadura do proletariado que estava presente em nosso país."
Já o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) acredita que a população foi manipulada: "Criou-se a ideia de que o Brasil estava em um caos total, que Jango queria implantar o comunismo. Era a época da ‘guerra fria’, da forte polarização entre União Soviética e Estados Unidos, e acabaram fazendo uma manipulação grosseira para influenciar a opinião pública."
Imprensa
O professor Luiz Antônio Dias vai além e diz que a grande imprensa participou da articulação do golpe militar. Segundo ele, esse movimento inclui todos os maiores jornais da época, como: Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil.
"Eram recorrentes matérias ou editorais vinculando o governo aos comunistas. Não me lembro de ter visto nenhuma afirmação direta de que Goulart fosse comunista, mas era muito comum, por exemplo, atribuir ao Ministério da Educação, um programa comunista, como a criação de cartilhas para doutrinar nossos jovens", informa. "Outra situação relativamente comum, tanto na Folha quanto no Estadão, era a preocupação com a possibilidade de Goulart dar um golpe para se manter no poder", completa.
Dias lembra que o jornal A Última Hora, que apoiava o governo Jango, sofreu boicote de anunciantes e foi à falência, até ser comprado pela Folha de S.Paulo.
Fonte: Agência Câmara
http://www2.camara.leg.br/camaranoticia ... QUISA.html
Pesquisas feitas pelo Ibope às vésperas do golpe de 31 de março de 1964 mostram que o então presidente da República, João Goulart, deposto pelos militares, tinha amplo apoio popular. Doadas à Universidade de Campinas (Unicamp) em 2003, as sondagens não foram reveladas à época.
Pelos números levantados, Jango, como Goulart também era conhecido, ganharia as eleições do ano seguinte se elas tivessem ocorrido. Entrevistas realizadas na cidade de São Paulo na semana anterior ao golpe mostravam que quase 70% da população aprovavam as medidas do governo.
Em alusão aos 50 anos do golpe de 1964, a Câmara dos Deputados promoverá uma sessão solene nesta terça-feira (1º) para homenagear a resistência à ditadura militar.
Pesquisa contradiz militares
O professor Luiz Antônio Dias, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que uma das pesquisas do Ibope, desconhecida durante 40 anos, havia sido encomendada pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio), que fazia oposição a Jango. Ele participou do programa Ponto de Vista, da TV Câmara. O especialista destaca que o levantamento derruba uma das justificativas dos militares para tomarem o poder em 1964: a de que o governo de João Goulart era frágil e impopular.
"Muitos historiadores, até dez anos atrás, ainda tinham essa ideia de que Goulart caiu porque era frágil, não tinha o apoio dos partidos e, sobretudo, da população", comenta Dias.
Radicalização ideológica
Historiador da Universidade de Brasília (UnB), Antonio Barbosa ressalta o clima de polarização ideológica que o País vivia. Para os opositores, Jango representava uma "ameaça comunista". "A partir de 1963, cria-se um quadro de crescente radicalização: a Igreja Católica, o empresariado, as Forças Armadas e a imprensa vão assumir uma posição contrária às reformas defendidas por Jango, identificadas como a ‘comunização’, a ‘esquerdização’, a ‘bolchevização’ do Brasil", explica.
Mas para o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), o perigo comunista era real: "Estávamos à beira de ser implantada aqui a ditadura do proletariado. Os empresários e a igreja queriam que os militares assumissem o poder. Ou seja, toda sociedade queria afastar o fantasma da ditadura do proletariado que estava presente em nosso país."
Já o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) acredita que a população foi manipulada: "Criou-se a ideia de que o Brasil estava em um caos total, que Jango queria implantar o comunismo. Era a época da ‘guerra fria’, da forte polarização entre União Soviética e Estados Unidos, e acabaram fazendo uma manipulação grosseira para influenciar a opinião pública."
Imprensa
O professor Luiz Antônio Dias vai além e diz que a grande imprensa participou da articulação do golpe militar. Segundo ele, esse movimento inclui todos os maiores jornais da época, como: Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil.
"Eram recorrentes matérias ou editorais vinculando o governo aos comunistas. Não me lembro de ter visto nenhuma afirmação direta de que Goulart fosse comunista, mas era muito comum, por exemplo, atribuir ao Ministério da Educação, um programa comunista, como a criação de cartilhas para doutrinar nossos jovens", informa. "Outra situação relativamente comum, tanto na Folha quanto no Estadão, era a preocupação com a possibilidade de Goulart dar um golpe para se manter no poder", completa.
Dias lembra que o jornal A Última Hora, que apoiava o governo Jango, sofreu boicote de anunciantes e foi à falência, até ser comprado pela Folha de S.Paulo.
Fonte: Agência Câmara
http://www2.camara.leg.br/camaranoticia ... QUISA.html












