O Chile fica mais real no FIFA
Uma das principais decepções de um gamer chileno é escolher a seleção nacional no popular FIFA 16. Por duas razões: a campeã da América não tem seu uniforme oficial e seus jogadores não utilizam os números com que foram nas duas últimas Copas do Mundo e, depois, conseguiram a consagração no torneio continental. Alexis Sánchez, por exemplo, não usa sua clássica camisa 7, Arturo Vidal aparece com o 23 que usa no Bayern München e Gary Medel nem utiliza a 17 com que se transformou no jogador mais querido dos fanáticos de La Roja.
O mal-estar, se é este, acabará em pouco tempo. A gerência de marketing da ANFP, encabeçada por Mirko Hamame, e a multinacional EA Sports, que produz o jogo, trabalham faz nove meses para cumprir o desejo dos fãs: que La Roja virtual utilize os mesmos uniformes e numeração da esquadra de Juan Antonio Pizzi. Estarão disponíveis na próxima atualização para o FIFA 16 e também no FIFA 17.
A relação do futebol nacional com o jogo nasceu em 2013. No mesmo ano, também foi feito um acordo com a Konami, a concorrente da EA, que produz Pro Evolution Soccer. Ambas adquiriram os direitos para incluir o Campeonato Nacional.
Sem pensar duas vezes, neste ano os japoneses redesenharam sua estratégia comercial e apostaram nas licenças dos torneios internacionais, deixando as ligas nacionais em segundo plano. Tanto que algumas equipes chilenas aparecem com nomes fictícios.
A EA Sports, em troca, virou na contra-mão: deu mais força a relação. Neste contexto, na segunda-feira visitarão a sede da ANFP os dois principais executivos da empresa na América Latina, Héctor Sánchez e Martín Sibille. Vem ampliar o acordo.
Além da modificação que irá melhorar La Roja, há a aposta em uma novidade: incluir a Primera División B e alguns estádios oficiais no jogo. Também se diz que gravaram cânticos das equipes mais populares para incluir na próxima versão.
"É muito importante. Nós trabalhamos muito, e a marca que nos fornece o uniforme também, para que a imagem de La Roja seja transmitida da melhor maneira possível. Ficamos muito contentes que a seleção se assemelhe, tanto na realidade como no virtual, de todas suas características", opina o vice-presidente da ANFP, Andrés Fazio.
O contrato atual não dá muito dinheiro (500 mil dólares por 3 anos). Sem dúvidas, na ANFP veem de forma favorável a exposição que é gerada para os clubes nacionais e, desde agora, para La Roja.
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http://www.latercera.com/noticia/deport ... fifa.shtml