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O desafio está feito, de Gilmar Rinaldi, hoje coordenador de seleções da CBF,
ao senador e ex-jogador Romário. No “Bem, Amigos!” desta segunda-feira,
o ex-goleiro comentou as acusações feitas pelo político, inclusive de que "há interesses por trás das convocações", e desafiou Romário a abrir mão de sua imunidade parlamentar e revelar suas contas. Caso isso aconteça, Rinaldi garante que fará o mesmo. Também garantiu que uma ação judicial acontecerá, apesar de ainda estar em estudo. No programa,
Gilmar ainda questionou a conduta de Romário, e lembrou que assinou sua demissão do então atacante do Flamengo quando era diretor de futebol do clube.
- Realmente a gente ficou surpreso com o que ele falou, mas vamos fazer uma ação judicial. Estamos estudando como, porque ele tem imunidade, é senador. Os advogados estão estudando como se faz isso (...) Ele é senador, tem imunidade parlamentar, por que não abre mão da imunidade a abre as contas dele? Eu abro, se ele fizer eu abro, abro meu sigilo bancário, telefone, tudo, das minhas contas no exterior abro também, que são regulares e estão no Banco Central. É simples. Falar é uma coisa, numa tribuna protegido por uma imunidade, aí é muito fácil. Eu falo aqui no programa, e estou à disposição - desafiou Gilmar.
Gilmar se mostrou incomodado com as declarações de Romário ao jornal italiano “La Gazzetta dello Sport”, onde o senador lembra que o coordenador de seleções era empresário de assumir o cargo na CBF.
- Nós estamos num país engraçado, onde as pessoas hoje que falam em justiça se esquecem um pouco do passado delas. E os paladinos da justiça de plantão são muito perigosos hoje, então temos que tomar muito cuidado. Para resumir, as pessoas podem falar que sou incompetente, que não entendo nada de futebol e vou aceitar. Posso não gostar, porque estou tentando fazer o melhor com boa vontade, mas mexer não minha honra não vai (...) No meu caso, nunca fui amigo dele e ele não tem condição de ser meu amigo, até porque conheço bem o Romário. Fui diretor dele no Flamengo, realmente assinei a demissão dele para que fosse embora. O Caio (Ribeiro, comentarista) sabe muita história que não pode contar porque depois contei para ele. Eu conheço Romário, era diretor, estava à frente, tive que tomar uma decisão por três vezes, com dois avisos, e tenho os documentos.
Dunga, que já havia se pronunciado através de nota logo após Romário questionar a sua presença à frente da seleção brasileira,
se mostrou decepcionado por considerar o senador seu amigo.
- Uma grande decepção, pelo fato que sempre fui amigo dele. O amigo, entendo como respeito, o cara ser honesto, defender o companheiro. Se tem alguma dúvida, podia ter me ligado e perguntado. Estamos tomando providências, esperamos que a imunidade parlamentar dele não atrapalhe, não nos seja negado o direito de vir ao torcedor, já que estamos no mundo do futebol com muitas desconfianças, muitas acusações, mas os fatos até agora não. O senador Romário tem que trazer os fatos. Disparar para todo lado e atingir as outras pessoas, não importa se tem que matar um amigo, isso não é amigo, isso não é coisa de pessoas que têm uma linha reta - afirmou.
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http://globoesporte.globo.com/futebol/s ... iocre.html
O senador Romário rebateu as acusações do coordenador da seleção brasileira Gilmar Rinaldi, que desafiou o Baixinho a abrir mão de imunidade e revelar suas contas, durante participação no programa "Bem Amigos", nesta segunda-feira. Sem aceitar o desafio,
Romário escreveu um longo texto em suas redes sociais, dizendo que Gilmar só está no atual cargo por indicação e o chamou de " jogador e empresário medíocre".
- Gilmar Rinaldi tem que se colocar no lugar dele. Sou senador da República, legitimado por quase 5 milhões de pessoas, enquanto ele foi indicado para um cargo em uma entidade corrupta depois de ter sido um jogador e empresário medíocre. Ele só ocupa o cargo de coordenador da seleção porque foi indicado por pessoas como José Maria Marin, que está preso na Suíça, e Marco Polo Del Nero, outro alvo do FBI. Ele tem que desafiar seus iguais, pessoas iguais a ele - disse Romário, em parte do texto.
A polêmica entre os dois ganhou força quando, na semana passada, quando o ex-jogador e atual senador pelo Rio de Janeiro afirmou "há interesses por trás" das convocações da seleção brasileira, em entrevista ao jornal italiano "La Gazzetta dello Sport".
- Os problemas são refletidos nas convocações. Dunga é meu amigo, mas não é a sua hora. Não convoca-se mais os melhores, há interesses por trás. O diretor é Gilmar Rinaldi, que, até um dia antes de sua nomeação, era um agente de jogadores. Uma provocação! Você viu a convocação? Todos pertencem aos empresários que lucram com convocações. É evidente para todos - disse na ocasião o Baixinho.
Como resposta ao coordenador da seleção brasileira, o Baixinho disse que "imunidade parlamentar não tem nenhuma relação com a abertura do seu sigilo bancário" e citou o Artigo 53 da Constituição, que afirma que “Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.
