Texto sobre Representação Política do Chaves

[Valter May]

Bom gente, tudo bem? Meu nome é Valter e eu costumava frequentar esse fórum alguns anos atrás.

Pois bem, eu fiz um texto teórico sobre a representação das classes políticas em Chaves, através de alegoria nos personagens. Tentei explicar os elementos do seriado para sustentar essa ideia. Não sei o que vocês vão achar do texto, mas se alguém tiver interesse no assunto eu ficaria feliz que fosse lido.

Acho que é isso.

Abraços!

Link:http://marximelu.com/alegorias-de-class ... do-chaves/

[Leandro Boutsen]

A geração está tão nova que o Valter May precisa se apresentar, olha só.

[Chokito Cabuloso]

Eu ri com vc chamando a Chiquinha de depravada.

[João Neto (Eng. Camin)]

Essa parte das famílias incompletas é interessante, talvez explique mesmo o motivo (no mundo da época) de estarem todos num cortiço pobre passando dificuldades.

Mas acredito que a maioria das coisas citadas não foi pensada desse jeito "marxista" por Chespirito.

Sobre funcionário público, Jaiminho o carteiro também não seria? Se bem que ele costuma dizer que seria demitido se descobrissem que ele não sabe andar de bicicleta.

[Barbano]

Funcionário público também pode ser demitido...

[bebida com metanol CH]

é daora esses marxismo tudo no chaves pq tipo o Chespirito era um puta velho reacionário coxinha.

[Valter May]

Hahahaha, o que eu quis dizer no texto é que mesmo sendo conservador, o Bolaños considerava a separação de classes sociais, mesmo que representadas nos personagens individualmente. Tentei ao máximo fazer com que o texto não tivesse um viés marxista, sempre citando ele com referências. O universo da vila é muito mais complexa que isso, caso contrário existiriam outros seriados com a mesma qualidade se tudo se resumisse à fórmulas. E sobre a demissão de funcionário público, no Brasil só se demite por justa causa. Caso um departamento público feche, seus funcionários são transferidos para outras funções até se aposentarem. De qualquer maneira, o que eu quis dizer é que o risco é muito menor do que um funcionário de empresa privatizada ou do que um terceirizado. Mas eu realmente não sei qual era o contexto no México. Como disse no texto, é muito raro haver um funcionário público representado na televisão.

[ViniCuca]

Sempre percebi essa contradição entre a moralização individual e o cunho marxista da série.
No geral, parece que todos estão mesmo amarrados à um loop infinito, onde suas problemáticas são expostas de uma forma mais particular e intuitiva do que estruturadas em um discurso claro.
O que lembra mais ainda a vida real, se olharmos pela perspectiva daquele que marginalizado, acaba reconhecendo empiricamente com muito mais profundidade as cadeias que o circundam, mas não tendo uma consciência disso a um nível coletivo e linguístico.

Quanto ao conservadorismo de Chespirito, acho que ocorre o mesmo que com Nelson Rodrigues. As posições políticas e morais individuais dos autores não interferiram na clareza, sensibilidade e imparcialidade com as quais reproduziram situações extremamente humanas.

[João Neto (Eng. Camin)]

Sempre percebi essa contradição entre a moralização individual e o cunho marxista da série.
No geral, parece que todos estão mesmo amarrados à um loop infinito, onde suas problemáticas são expostas de uma forma mais particular e intuitiva do que estruturadas em um discurso claro.
O que lembra mais ainda a vida real, se olharmos pela perspectiva daquele que marginalizado, acaba reconhecendo empiricamente com muito mais profundidade as cadeias que o circundam, mas não tendo uma consciência disso a um nível coletivo e linguístico.

Quanto ao conservadorismo de Chespirito, acho que ocorre o mesmo que com Nelson Rodrigues. As posições políticas e morais individuais dos autores não interferiram na clareza, sensibilidade e imparcialidade com as quais reproduziram situações extremamente humanas.

Só eu não entendi?

[Fellipe]

Não.

[Ricardo Haertel]

Sempre percebi essa contradição entre a moralização individual e o cunho marxista da série.
No geral, parece que todos estão mesmo amarrados à um loop infinito, onde suas problemáticas são expostas de uma forma mais particular e intuitiva do que estruturadas em um discurso claro.
O que lembra mais ainda a vida real, se olharmos pela perspectiva daquele que marginalizado, acaba reconhecendo empiricamente com muito mais profundidade as cadeias que o circundam, mas não tendo uma consciência disso a um nível coletivo e linguístico.

Quanto ao conservadorismo de Chespirito, acho que ocorre o mesmo que com Nelson Rodrigues. As posições políticas e morais individuais dos autores não interferiram na clareza, sensibilidade e imparcialidade com as quais reproduziram situações extremamente humanas.

E isso em português quer dizer o quê?

[Dona Clotilde]

Só os inteligentes conseguem entender...