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Botafogo irá assinar novo contrato de fornecimento de materiais esportivos em breve. A Puma, cujo acordo de três anos expirou em dezembro passado, estendeu a parceria apenas até o fim do Campeonato Carioca, em maio, e pode sair.
A diretoria botafoguense recebeu três propostas – Penalty, Kappa e Go New (Netshoes) – e deverá escolher a próxima fornecedora até o fim da semana que vem.
A Puma já tinha avisado a nova gestão, do presidente Carlos Eduardo Pereira, que não tinha mais interesse em continuar com o clube. As duas partes entraram neste acordo – estender só até o fim do Estadual – porque esses meses seriam tempo suficiente para que o Botafogo encontrasse uma nova fornecedora e para que a Puma vendesse todos os materiais já fabricados e distribuídos às lojas.
Agora, com três ofertas na mesa da diretoria do clube, Botafogo e Puma acordaram que a marca alemã, pela parceria de 2012 a 2014, terá preferência para cobrir a melhor proposta se decidir ficar. Como não conseguiu assinar com o São Paulo, que ignorou pré-contrato assinado e resolveu fechar com a Under Armour, hoje a Puma ainda teria verba disponível, poderia mudar de ideia e continuar no time.
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Vamos analisar a capacidade de distribuição de cada empresa, porque hoje muitas não têm e fazem perder vendas por não entregar materiais no momento certo, como após uma final de campeonato. Também vamos considerar nosso pedido anual de enxoval, para vestir todos os esportes do clube, e queremos uma verba de marketing para ativações – antecipa Klay Salgado, diretor comercial do Botafogo.
Entre as potenciais novas fornecedoras alvinegras, a novidade no mercado é a Go New, marca própria da Netshoes lançada no fim de 2014. A empresa não fornece materiais esportivos para nenhum clube com a Go New, individualmente, mas tem parceria de alguns anos com a Nike. No Coritiba e no Santos, faz toda a operação, da fabricação à distribuição, e a empresa americana participa do negócio apenas com seu swoosh e com o dinheiro pago aos clubes. Agora, com a Go New, a Netshoes tira a Nike da jogada.
A Penalty, se fechasse com o Botafogo, fincaria novamente sua bandeira no Rio de Janeiro. A marca perdeu o Vasco no fim do ano passado para a Umbro. Saiu sob críticas da torcida vascaína, que chegou até a fazer um site para contar os dias para o fim do contrato. Também perdeu o São Paulo para a Under Armour, mas compensou ao fechar com Cruzeiro, campeão nacional, e Bahia.
A Kappa tem expandido o número de clubes patrocinados pelo Brasil, com objetivo de ter um em cada estado relevante para o futebol, mas não tem nenhum como o Botafogo. Hoje a lista de parceiros tem Brasil de Pelotas, Criciúma, Goiás, Fortaleza e América-RN. A vantagem da marca italiana é que a torcida botafoguense já a conhece bem – a Kappa vestiu o Botafogo por alguns anos logo após o rebaixamento à Série B em 2003. Se vencesse a concorrência agora, coincidentemente voltaria a fornecer materiais para o clube carioca logo após o descenso.
A Puma, por fim, tem reestruturado sua operação no Brasil desde que Fábio Espejo chegou à presidência no lugar de Roberto Goldminc. Diretores foram demitidos, e a lista de times parceiros diminuiu com a saída do Goiás, que a trocou pela Kappa no início desta temporada. Hoje a fabricante alemã tem Atlético-MG e Paysandu, ambos com contrato até o fim de 2015, e Vitória, este até 2018. De todos eles, o Botafogo é o único em que a Puma assumiu toda a operação, sem participação de terceiros. Nos demais clubes a marca repassa produção e distribuição para a fábrica brasileira Filon.