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Era uma vez uma floresta encantada, num reino distante, habitada por princesas, animais falantes e outras criaturas mágicas. Muitas lendas cercavam o misterioso bosque, cuja entrada era proibida aos simples mortais. Até que um dia, como num passe de mágica, os muros que cercavam a floresta desapareceram.
Não há fada madrinha nessa história, mas a partir da próxima quinta-feira a
Enchanted Forest abrirá suas portas oficialmente para o público do
Magic Kingdom, coração do Walt Disney World na Flórida. A área é a segunda fase da chamada New Fantasyland, expansão do mais tradicional setor do parque, aquele dedicado aos personagens mais clássicos do universo Disney. Na floresta encantada,
atrações dedicadas às histórias “
A Bela e a Fera” e “
A pequena sereia” já nascem candidatas a sucesso de público, misturando artifícios dos parques modernos com o encanto dos contos de fadas que passam de geração para geração.
Em 2014, uma outra princesa se juntará a Bela e Ariel.
Branca de Neve e seus pequenos companheiros serão tema do Seven Dwarfs Mine Train,
uma montanha-russa inspirada nas minas e no chalé dos sete anões.
Antes disso, em meados de 2013, será inaugurado o Princess Fairytale Hall, uma área de encontro dos visitantes com todas as princesas.
Mas nem só de contos de fadas vive a nova Fantasyland. Em março foi aberto o Storybook Circus, a primeira fase da expansão do parque, com temática circense inspirada em Dumbo, que agora voa em dose dupla.
A primeira semana de dezembro também marcará a abertura de um pacote de novas ou renovadas atrações do Walt Disney World.
No Hollywood Studios,
The Legend of Capitain Jack Sparrow será todo baseado no personagem mais popular da série de filmes “Piratas do Caribe”.
O castelo da Cinderela ainda é o principal símbolo do império Disney na Flórida, mas já não reina absoluto no Magic Kingdom. No horizonte, o sombrio castelo da Fera indica o caminho para a mais nova atração do parque. A Enchanted Forest, segunda área da chamada New Fantasyland, abrirá suas portas oficialmente na próxima quinta-feira, dia 6, depois de quase dois meses de concorrido soft opening.
A entrada principal para a floresta encantada fica no coração da antiga Fantasyland, ao lado do restaurante Pinocchio Village Haus e em frente ao carrossel. São duas fileiras de arcos, com pequenas torres, daquelas que ilustram inúmeros livros de contos de fada desde os tempos de Gutenberg. A partir daquele ponto, a decoração parece jogar o visitante dentro dos filmes de animação “A Bela e a Fera”, de 1991, e “A pequena sereia”, de 1989.
O chalé de Maurice, o pai de Bela, abriga a primeira atração da nova área, um teatrinho interativo chamado Enchanted Tales with Belle. A fila é longa, mas dá para se distrair com os detalhes, como os projetos das loucas invenções do dono da casa e os livros preferidos da mocinha.
Através de um “espelho mágico” que, graças a bons efeitos visuais, se transforma em uma porta, os visitantes vão do casebre ao castelo da Fera, onde são recebidos pelo guarda-roupa falante do filme, que distribui os papéis com o auxílio de uma animadora. É engraçado ver as crianças se oferecendo para encenar o dia em que Bela conheceu a Fera, e mais gracioso ainda assistir ao resultado, numa sala ao lado, com a própria Bela. Para os pequenos que não falam inglês, uma ajuda dos pais resolve. É interessante notar a tecnologia usada na animação tanto da Madame Guarda-roupas quanto de Lumière.
Apesar de a ação se passar no castelo, não é possível visitá-lo, até porque se trata de uma maquete. Mas a ambientação dos arredores, com gárgulas em postes e uma ponte gótica sobre um rio artificial, criam um clima bastante realista.
O universo de “A Bela e a Fera” continua na vila inspirada no interior da França, onde se passa a história. Aliás, esta é a única parte do Walt Disney World onde os visitantes ouvem mais bonjour que good morning. No centro está uma estátua do egocêntrico caçador Gaston, que batiza também a lanchonete. O grande atrativo da Gaston’s Tavern é a “cerveja” de Le Fou (seu amigo bajulador): suco de maçã bem gelado com espuma de maracujá e manga, servido em uma caneca tipo rústica para meninos, e em uma taça, para meninas. A loja de suvenires também é curiosa, e chama a atenção o quadro que retrata o vice-presidente do parque, Phil Holmes, em trajes renascentistas.
Como só é possível em ambientes intimamente ligados aos contos de fada, poucos passos separam a França de Bela do mundo submarino da sereia Ariel. Na mesma área onde já funcionou a atração 20.000 Léguas Submarinas (os mais atentos vão achar um desenho do submarino idealizado por Julio Verne numa das paredes da fila) está Under the Sea: Journey of the Little Mermaid.
Os visitantes passam sob a ponte de um castelo (menor e mais discreto que o da Fera) e entram numa área que representa um naufrágio. A fila de espera mistura elementos de um navio afundado com grutas submarinas. Uma placa avisa: “Amigos, uma tempestade misturou todas as nossas tralhas humanas. Os caranguejos ajudarão a arrumar tudo. Se um deles trouxer algo que não combine com os outros itens do conjunto, apenas aponte para o objeto que o caranguejo o levará embora”. E é assim que, nesse joguinho interativo, com crustáceos virtuais em telas camufladas de escotilhas de navio, a espera passa sem sofrimento.
A atração em si consiste num passeio por cenas da história de Ariel e o príncipe Eric, misturando animações e bonecos. A parte que mais vai agradar as crianças é a do grande baile, comandado pelo caranguejo Sebastião. Elas podem se assustar durante o trecho mais sombrio, da vilã Úrsula. Os visitantes seguem em carrinhos em forma de concha, com a tecnologia Omnimover — a mesma da Haunted Mansion, por exemplo — que permite movimentos mais elaborados. Para quem já conhece a Disneyland, na Califórnia, no entanto, a atração não será grande novidade. Por lá já existe um brinquedo da pequena sereia muito parecido. Antigos frequentadores do parque também vão reconhecer a Ariel’s Grotto, o local de encontro com a personagem, que fica exatamente no mesmo local de antes, mas agora com um visual mais caprichado.
O encanto só é quebrado pelo barulho vindo das obras na futura atração Seven Dwarfs Mine Train, inspirada em “Branca de Neve e os sete anões”, prevista para 2014. A estrutura da montanha-russa, que reproduzirá os tortuosos caminhos por dentro da mina de Dunga, Zangado e Cia, está à mostra. Quando estiver pronta será um passeio tranquilo por pedras brilhantes e bonecos animados, com a tradicional musiquinha — aquela do “Eu vou, eu vou...”— como trilha sonora. O brinquedo será composto ainda pelo chalé dos anões, onde haverá um show com a Branca de Neve em carne, osso e maçã.
O respeitável público que pegar o trenzinho na entrada do Magic Kingdom em direção à estação Fantasyland vai desembarcar dentro de um circo com direito a girafas cuspindo água, um avião descontrolado e elefantes voadores, agora em dose dupla. É esse o cenário do Storybook Circus, a primeira área da New Fantasyland a ficar pronta, inaugurada em março, com atrações clássicas como a montanha-russa The Barnstormer e Dumbo The Flying Elephant que foram repaginadas e inseridas no universo circense.
O Storybook Circus está na extremidade da Fantasyland, no mesmo local onde, até 2011, estava o Mickey’s Toontown Fair, endereço da casa do camundongo mais famoso dos desenhos animados e ponto de encontro com os personagens centrais da Disney, como Pateta e Donald.
Mas fama não garante nada a ninguém e até Mickey foi despejado com a chegada do circo. E no duelo de orelhas, Dumbo, o inocente elefantinho voador, saiu vencedor. A nova versão do The Flying Elephant não só duplicou o número de paquidermes alados como ganhou uma inovadora fila de espera.
O carrossel original, com 16 braços, foi retirado de sua posição original, no coração da Fantasyland, e transferido para a nova área, reformado e clonado. Nem os funcionários do parque sabem mais qual dos dois mecanismos é o original e qual é o novo. Dizem apenas que um gira em sentido horário e outro, no anti-horário. Apesar de toda a evolução no ramo dos parques temáticos ao logo dos últimos 50 anos, o funcionamento deste brinquedo, projetado por Walt Disney para a Disneyland, na Califórnia, é o mesmo, com um pequeno controle dentro de cada um dos 32 elefantinhos, que determina a altura do voo.
Mesmo com o dobro de lugares, a espera para a atração continua grande. Para evitar que o público-alvo, formado basicamente por crianças bem pequenas, se irrite ou durma antes de embarcar no brinquedo, no meio da fila há agora um playground, com escorregadores, carrinhos e outros brinquedos, um conceito batizado de “brinque enquanto espera”. Funciona da seguinte maneira: em um determinado ponto da fila, que passa por dentro de uma lona de circo, a família recebe um pager e registra seu nome e número de integrantes na entrada do parquinho. Depois de alguns minutos, que variam de acordo com a procura, o pager é acionado e os visitantes seguem direto para o carrossel, sem pegar mais fila. Não são raros os casos de crianças que preferem ficar no parquinho em vez de decolar.
Do antigo setor, que em nada lembra o atual, sobrou apenas a montanha-russa The Barnstormer, considerada uma junior roller coaster por ser voltada basicamente para crianças pequenas. O brinquedo reproduz um avião descontrolado, comandado por um nada confiável Pateta, ou o Grande Goofini. A premissa é a mesma do formato anterior (The Barnstormer at Goofy’s Wiseacre Farm), quando o cenário era uma fazenda. Desta vez, a aventura se passa num campo de demonstração de voo. Não há loopings, grandes quedas ou trechos muito acelerados, mas ainda assim é diversão garantida se você estiver acompanhado por alguma criança ou quiser evitar grandes emoções.
Ao longo da fila e nas proximidades do brinquedo, detalhes como foguetes amassados, alvos com a silhueta do personagem e sucata de aviões conferem humor à atração. Para esta, é uma boa ideia pegar fast passes (os bilhetes distribuídos com horários predeterminados, que encurtam as filas), já que a espera é longa.
Paciência também é item obrigatório para quem quiser tirar uma foto com Pateta, Donald, Minnie e Margarida, cada um num papel circense diferente, no Pete’s Silly Slideshow. O lugar segue os moldes dos antigos freak shows, com o mal encarado Pete (ou Bafo de Onça, para os brasileiros) anunciando seus exóticos personagens.
Na tenda ao lado está a loja de suvenires. A visita vale a pena pelo capricho na decoração, minuciosa ao recriar um circo em miniatura. Nas vitrines da estação de comida, há as tradicionais guloseimas do parque como as maçãs cobertas de chocolate com orelhas de Mickey feitas de marshmallow.
Em dias quentes, provavelmente será difícil tirar as crianças do Casey Jr. Splash ‘n’ Soak Station, bem no centro do Storybook Circus. A atração leva o nome do trem que transporta o circo do filme “Dumbo”, de 1941. No parque, os animais dentro dos vagões jogam jatos d’água nas pessoas que passam por ali, o que pode ser bem refrescante durante o inclemente verão da região central da Flórida. A brincadeira fica ainda mais engraçada nos dias mais frescos, quando visitantes desavisados são molhados por girafas, elefantes e macacos.
O Casey Jr. substitui, de certa maneira, as fontes do Pooh’s Playful Spot, que funcionou até dezembro de 2010, quando também foi fechado para dar lugar à expansão da Fantasyland. No “bota abaixo” promovido pela administração do parque entrou também uma das atrações mais antigas, a Snow White’s Scary Adventures. Mesmo fora da área da New Fantasyland, esta dark ride, que costumava assustar os menorezinhos ao contar a história da Branca de Neve, foi fechada em maio deste ano para dar lugar ao Princes Fairytale Hall. O ponto de encontro de todas as princesas já animadas pelos estúdios Disney, de Cinderela a Tiana, vai abrir em meados de 2013. Neste reino encantado, a magia sempre se renova.
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Cinco novas atrações marcaram este ano de 2012 no complexo Universal Orlando Resort, entre elas a inauguração de um simulador baseado em “Meu malvado favorito”, no Universal Studios, e a renovação da popular The Amazing Adventures of Spider Man, no Islands of Adventure. O número de novas atrações em um ano é recorde na história do parque. Mas quem passou por lá neste ano também notou que os canteiros de obras estavam como formigueiros. O mistério foi revelado este mês :
Transformers — The Ride 3D abre as portas no próximo verão americano, onde antes ficava a atração de Xena e Hércules, em frente à lagoa do
Universal Studios.
Os criadores do novo
simulador contaram que a empresa decidiu levar o brinquedo para a Flórida um ou dois dias depois da sua inauguração na Califórnia, em maio. A estreia mundial da atração baseada nos Transformers foi no final de 2011, no parque de Cingapura.
— Não quisemos mexer em time que já estava ganhando, então o simulador vai ser igual. Mas o prédio terá arquitetura própria, e também fizemos algumas mudanças na fila — explica Thierry Coup, vice-presidente sênior da Universal Creative.
Coup ressalta, entre os trunfos do simulador, a sensação de ver os robôs em tamanho real. São 14 telas, algumas com até 18 metros de altura. A aventura — somos um Autobot, o robô do bem, perseguido pelos malvados Decepticons — dura quatro minutos, passando por 609 metros de trilhos.
— Trabalhamos muito com Michael Bay, diretor dos blockbusters, e até mesmo com os atores do filme. Uma das cenas mais legais, a queda de um prédio, foi sugestão de Steven Spielberg, consultor da Universal Creative.
Sobre outras novidades, Coup fala bem menos. Mesmo que seja ele o responsável por levar
The Wizarding World of Harry Potter para o parque de Los Angeles (deve ser parecido com o que já existe na Flórida) e pela expansão prevista da área do bruxo no Islands of Adventure; ambos ainda sem data prevista de inauguração.
— Os fãs guiaram a nossa escolha. Vamos construir as áreas pedidas por eles. E é muito possível que os atores dos filmes voltem para gravar cenas especiais — revela.
Os rumores, claro, já correm pela internet. O
Beco Diagonal (área dos bruxos em Londres) e o
Banco Gringotes, com direito a montanha-russa nos trilhos que leva aos cofres subterrâneos, são dados como certos pelos fãs.
Também há rumores de que Harry Potter ocupe o espaço de Jaws (baseada no filme “Tubarão”), que fechou neste ano no Universal Studios.
Enquanto isso, as novidades inauguradas neste ano ainda geram filas consideráveis. Aberta em julho, a casa de Gru de “Meu malvado favorito” está logo na entrada do parque, onde antes ficava Jimmy Neutron. Criador do brinquedo e produtor-executivo da Universal Creative, Mike West conta que a ideia era ter um simulador 3D voltado para os pequenos. A base dos carros é a mesma da atração anterior, o que ajudou na agilidade da construção (18 meses), mas a tecnologia é nova.
— Este foi o primeiro longa de animação em 3D da Universal, por isso o escolhemos para ser tema da nova atração. Os personagens são o centro da história e partimos daí para criar o simulador. Mas também queríamos aproveitar essa nova tecnologia de 3D, usada também no novo Homem-Aranha — acrescenta West.
Há muito menos bate-bate que no simulador do aracnídeo, do bruxo ou dos robôs. Dá tempo de curtir melhor a história e os diversos detalhes na tela e mesmo na fila.
O Homem-Aranha reabriu repaginado em março, com vídeo refeito num sistema de alta definição (com direito a nova participação do criador do super-herói, Stan Lee), cenário, iluminação e áudio atualizados.