Economia

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 16 Mar 2012, 13:52

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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 16 Mar 2012, 14:13

É o seguinte: quanto mais abaixar a selic, provavelmente maior será o crescimento esperado. Quando maior o crescimento esperado e com taxas baixas de juros, maior a inflação, por uma série de motivos. Quanto mais baixa a selic e maior a inflação, mais os rendimentos da poupança vão se aproximar dos rendimentos dos títulos públicos. Quanto mais essa relação for próxima, mais problemático será o financiamento do governo através desses títulos, pois são menos atraentes que a poupança.

Remunerar os grandes capitais com títulos de renda fixa? Proteger o dinheiro do público? Crescer? Combater a inflação?

Bom, a minha impressão é que o governo quer alcançar níveis de crescimento mais atraentes visando as eleições.

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 14 Abr 2012, 04:39

http://extra.globo.com/noticias/brasil/ ... 39849.html

O governo prevê um crescimento da economia de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, como antecipou O GLOBO nesta sexta-feira, e um salário mínimo de R$ 667,75 em 2013, o que significa um reajuste de 7,36% em relação ao benefício atual, de R$ 622,00.

As informações fazem parte do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que está sendo enviada nesta sexta ao Congresso pelo governo.

Ao anunciar o salário mínimo para 2013, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reiterou que o valor inclui um reajuste real (acima da inflação) de 2,7% e que os aposentados que ganham mais de um mínimo continuarão sem aumento real.

A regra para quem ganha mais de um salário mínimo prevê a reposição apenas da inflação do período.

- O Brasil tem muitas prioridades. O dinheiro público é restrito. E há um enorme número de categorias que não tem sequer a reposição da inflação, como os aposentados que ganham acima do mínimo têm – disse Miriam.

O governo ainda faz uma projeção de uma pequena queda na inflação no ano que vem, fixando o IPCA em 4,5% contra os 4,7% estabelecidos para 2012.

No caso dos juros, o governo prevê uma queda da taxa, dos atuais 9,75% para 9% em 2013.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 04 Mai 2012, 01:03

http://extra.globo.com/noticias/economi ... 06191.html

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Criada há 151 anos por Dom Pedro II, a poupança passa, agora, pela maior modificação de sua história.

Uma medida provisória publicada ontem determina que o rendimento fixo de 0,5% ao mês deve ser substituído por um que corresponda a 70% da taxa básica da economia, a Selic, quando esta chegar a 8,5% ao ano.

Assim, a caderneta de poupança passará a render 5,95% ao ano, contra os 6,17% atuais.

As novas regras valem somente para os depósitos realizados pelos poupadores a partir de hoje.

A modificação da rentabilidade foi feita porque, com a queda da Selic, que está em 9% ao ano atualmente, os fundos de renda fixa perdem atratividade em comparação à poupança.

Uma redução maior da taxa básica de juros da economia levaria a uma migração em massa para a caderneta de poupança, dificultando a situação do governo, que depende da venda de títulos aos fundos para conseguir dinheiro em caixa.

Além disso, a medida garante a política do governo de baixar os juros para manter a economia aquecida.

Com o aumento da inadimplência, a queda das taxas de juros movida pelos bancos oficiais é fundamental para o consumidor endividado saldar os débitos e voltar a consumir, com crédito mais barato.

Caso a taxa básica fique acima de 8,5%, volta a valer a regra antiga. Ou seja, a mudança serve apenas se for para reduzir a rentabilidade do poupador. O diretor de Economia da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Andrew Storfer, defende que o limitador do teto foi criado por causa do crédito imobiliário.

— Do dinheiro investido na poupança, 65% têm que ir para habitação. Se o rendimento da caderneta estivesse atrelado à Selic quando ela chegasse a 14%, por exemplo, esse tipo de financiamento ficaria muito caro.

Antes de anunciar a alteração, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, enfatizou que a medida não afeta os interesses dos poupadores.

— Os benefícios para os detentores da caderneta de poupança continuam os mesmos : a liquidez é diária, ou seja, o poupador saca o dinheiro quando quiser, rentabilidade mensal, isenta do Imposto de Renda e sem limite de aplicação — disse Mantega.

O administrador de investimentos Fábio Colombo explica que o melhor é não desistir da poupança agora, pois todas as aplicações estão passando por mudanças neste momento, como os fundos de investimento, que estão reduzindo suas taxas.

- Quem tem R$ 5 mil aplicados na poupança e investir mais R$ 2 mil a partir de hoje passará a ter a nova rentabilidade calculada apenas sobre o valor equivalente à última aplicação. Caso resolva sacar mil reais depois, o banco vai considerar o saldo referente ao depósito feito sob as novas regras.
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Re: Economia

Mensagem por Barbano » 04 Mai 2012, 09:28

Legal a fórmula, né?

O juro tá baixo? Opa, vamos reduzir os juros da poupança também!

O juro tá alto? Ah, deixa a poupança nos 6% mesmo.

:]

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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 04 Mai 2012, 11:54

Fabão escreveu:Legal a fórmula, né?

O juro tá baixo? Opa, vamos reduzir os juros da poupança também!

O juro tá alto? Ah, deixa a poupança nos 6% mesmo.

:]
A dívida pública interna é uma forma de financiamento do governo. Se os rendimentos dos títulos públicos ficarem muito próximos dos da poupança, podem haver mudanças nas preferências dos investidores e haver problemas sérios de déficit orçamentário.

A poupança tem que ter um rendimento mínimo para pelo menos motivar as pessoas a deixarem seu dinheiro lá ao invés de qualquer outro lugar. Mas se seu rendimento fica próximo do principal índice de rendimento fixo da economia, os títulos públicos, aí é preciso baixar mesmo para que não haja rombos nas contas do governo.

A piada é o que eu disse antes: a poupança é uma das principais fontes para o financiamento habitacional, são receitas vinculadas, digamos. O principal programa da Dilma é o Minha Casa Minha Vida. Pode acontecer de as pessoas não deixarem mais dinheiro na poupança, caso ela passe a render claramente menos que a inflação. E aí, como é que sai?

Complementando: se os investidores preferirem a poupança aos títulos, os juros não poderão cair e terão de aumentar para que se mantenha o financiamento estatal via dívida. Isso é o Estado Moderno do século XXI e são problemas com isso aqui que estão devastando os Estados europeus. O que estamos fazendo é reduzindo os juros para ter uma sobrevida antes da nossa crise da dívida, que deve ser protelada ainda por uns tempos. Talvez quando chegarmos a 80% de gastos públicos direcionados para isso aí alguém resolva colocar uma bomba no Congresso...
E.R escreveu: - O Brasil tem muitas prioridades. O dinheiro público é restrito. E há um enorme número de categorias que não tem sequer a reposição da inflação, como os aposentados que ganham acima do mínimo têm – disse Miriam.
Deixa eu dizer uma coisa: cala a boca vagabunda. E vocês tomem cuidado com o que ouvem por aí. Este ano o Brasil vai pagar 1,2 TRILHÕES de reais somente em juros e amortizações da dívida.

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Cuidado com os apologetas.

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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 09 Mai 2012, 18:43

A banca ameaça o Brasil com a seca de crédito

O que antes era veiculado em linguagem cifrada, escandida no jargão economês e com pretensa universalidade técnica, agora se dá de forma desabrida. A luta política assumiu as rédeas da agenda econômica. É salutar. Política é economia concentrada. O que essa densidade mostra nas últimas horas, porém, é preocupante. Assiste-se ao repto das finanças, uma vingança dos bancos contra as urnas e governos soberanos, o do Brasil entre eles, que decidiram rejeitar a espoliação financeira sobre a sociedade e o processo de desenvolvimento. Está acontecendo na Europa, mas aqui também.

O Estado brasileiro coordenou a queda da Selic, cortou os juros nos bancos estatais e assumiu o risco de reformular a poupança, tirando o piso de apoio da espiral rentista. Acuada nessas frentes, a banca dissimulou sua resistência em silêncio, mas decidiu boicotar a estratégia no cerne: recusa-se a expandir o crédito, um dos requisitos para mitigar o contágio da economia brasileira pela recessão mundial. Nesta 3ª feira, o sindicato dos bancos, a Febraban, abriu o jogo pelos jornais. As declarações do economista -chefe da instituição, Rubens Sardenberg, excretavam uma postura desafiadora de boicote que não poderia ficar sem respostas. Disse Sardenberg: "Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água. É possível criar condições mais favoráveis à expansão do crédito reduzindo as taxas básicas, mas uma ampliação efetiva das operações passa por uma postura mais agressiva, tanto dos emprestadores como dos tomadores de crédito, que por sua vez depende de expectativas econômicas mais otimistas". Em resumo, boicotaremos a política oficial.

A desfaçatez cometida pelo sindicato dos banqueiros --o segundo episódio dessa natureza depois que o presidente do órgão, Murilo Portugal, afrontou o governo no caso dos spreads-- exigia resposta à altura. Dilma o fez; à tarde a Febraban recuou em nota oficial. Já havia recuado formalmente no atrito anterior há cerca de 15 dias;o recuo, como se vê, era um simulacro.

A crise mundial preocupa. O país não pode ficar a mercê de um lock-out de banqueiros que ameaçam colocar a economia a qualquer momento sob uma seca de crédito desestabilizadora. Mais que retratação, este novo conflito com a banca recoloca a grande pergunta iluminada pela crise neoliberal: a responsabilidade pública de prover crédito e financiamento à economia pode ficar sob controle da ganância privada? Crédito é um serviço público concedido à iniciativa privada. Uma ferramenta estratégica que exige compromisso com o país. Não pode ficar sob o controle de cavalos que recusam água -- e dão coice na Nação.
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... ost_id=978

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Re: Economia

Mensagem por CHarritO » 15 Mai 2012, 17:29

http://g1.globo.com/economia/mercados/n ... terca.html

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O dólar fechou em alta de 0,6% e alcançou R$ 2,0015, nesta terça-feira (15). É o maior patamar da moeda americana desde 10 de julho de 2009, quando encerrou a R$ 2,002. Desde então, o dólar não atinge os R$ 2.

Na sessão desta terça, os investidores testaram o nível de R$ 2 depois da forte valorização vista na segunda. Os problemas no cenário internacional continuaram a impactar os mercados, com o anúncio da Grécia de que não conseguiu formar um governo e terá de convocar novas eleições.

"O dólar chegou a cair ante o real, mas reverteu (a tendência) com essa notícia de que a Grécia vai convocar novas eleições, e por isso está voltando a se aproximar dos R$ 2", disse o estrategista-chefe da WestLB, Luciano Rostagno.

A Grécia vai realizar novas eleições, depois que líderes políticos não conseguiram entrar em acordo para formar um governo de coalizão nesta terça-feira, prolongando a crise política que deixou o país mais perto da falência e da exclusão da zona do euro.

O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, destacou ainda um movimento especulativo no mercado, uma vez que os investidores estão testando o patamar de R$ 2 para chamar possíveis atuações do Banco Central no câmbio.

"Temos um fator de especulação bastante embutido no câmbio", disse Galhardo. "O mercado está indefinido, sem saber se o BC vai entrar, e por isso está puxando os R$ 2", acrescentou, referindo-se a uma possível operação de venda de dólares no mercado pela autoridade monetária.
-_-
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 17 Mai 2012, 05:24

http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 3500,0.htm

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Entrevista com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Há risco de os países da zona do euro entrarem em recessão ?

A estratégia que abraçaram era ineficaz e não tem sustentação política. Fazer apenas um programa de austeridade não só trouxe problema de não trazer o crescimento como levou ao agravamento da dívida. E agora, em 2012, vamos ter uma bela de uma recessão.

É uma situação sem saída ?

A população aceita fazer sacrifícios por um ano, dois e anos e até três anos quando vê luz no fim do túnel. E o que viram é que a luz no fim do túnel era uma locomotiva em sentido contrário. Se continuarem nessa perspectiva, o que vão conseguir é quebrar vários países.

E qual é a situação agora ?

Estamos num impasse. A situação se agravou. Mesmo a Alemanha entra em recessão, porque corre o risco de ter o PIB próximo de zero. O PIB europeu para 2012 está entre menos 0,3% e menos 0,5%. Ou seja, a zona do euro entra em recessão, mas sem colher os resultados.

E como sair desse impasse ?

Eles têm de mudar a estratégia : combinar a consolidação fiscal com estímulo ao crescimento.

A solução vem logo ?

Essa é a dúvida. Temos duas hipóteses. A primeira de que a Grécia saia da zona do euro, o que causará uma reação e uma contaminação na Espanha, Irlanda e Itália, na chamada periferia da Europa.

E problemas com os bancos...

Se tiver algum banco com dificuldades é na Grécia. O efeito Lehman Brothers agora não é a quebra de um banco. É a saída da Grécia. Isso causará impacto nos credores, embora eles estejam mais preparados porque essa hipótese está no radar há algum tempo. Se o pior ocorrer, a turbulência vai demorar entre um mês e um mês e meio.

Parece que está se caminhando para esse desfecho.

Quando acontece o agravamento, o pessoal acorda. Eles podem tomar medidas que evitem isso. A situação está em nível 7 na escala Richter. Na escala 5, as commodities ainda não tinham sido afetadas. Os emergentes já foram afetados.

E qual é a segunda alternativa para a crise ?

Que a Grécia consiga sair da crise política. Nesse ínterim, a zona do euro redefine a estratégia e recoloca na pauta o estímulo ao crescimento. Tem de ter também consolidação fiscal. Combinar as duas coisas. Nós fizemos isso. Demos uma apertada no fiscal, porém não inibimos o crescimento. Eles estão onerando. Nós estamos desonerando e vamos continuar.

Para a Europa é difícil falar em estímulos.

Existem países em condições fiscais de fazer estímulos. A Alemanha será a primeira, obrigada pela população. É o sinal das urnas. Não se pode ignorá-lo.

Como podemos nos prevenir ?

Temos dois benefícios : pressão inflacionária menor por causa das commodities e do petróleo e o câmbio. A desvalorização do real é uma vantagem. Quando anunciamos o Brasil Maior, a primeira medida que coloquei foi ação permanente no câmbio. E nós estamos entregando.

Preocupa o dólar em R$ 2 ?

Isso é improcedente, e até saiu uma notícia de que a presidente Dilma disse isso. Ela não disse e não pensa isso. O governo está preocupado com a competitividade da indústria. Pode baixar o preço das commodities, mas se sobe o dólar há compensação.

A transmissão da alta do dólar para os preços é preocupante ?

Traz um pouquinho de preocupação, mas cada vez menos. A inflação é cada vez menor. O "pass through", a chamada contaminação da variação cambial para a inflação, é pequena.

Está todo mundo falando que o BC vai intervir vendendo dólar.

Não vi essa tendência. Quem está na posição vendida gostaria que o BC fizesse isso. Não acredito que o BC faça isso.

O sr. está satisfeito com esse patamar (1 dólar valendo 2 reais) ?

Eu estou satisfeito. Eu e toda a torcida do Flamengo.

O que acontece na pior hipótese da crise europeia ?

Talvez a gente não consiga 4,5% de crescimento este ano. No segundo semestre teremos uma situação melhor.

Poderemos crescer abaixo de 3% ?

Não existe essa hipótese. Teremos um crescimento maior do que em 2011. Você ter 2,7% como piso de crescimento está muito bom.

De quanto será o crescimento ?
Como estamos num momento de incerteza, não dá para afirmar. Os emergentes vão desacelerar. Nós estamos prontos a reagir.

Como o governo pode reagir ?

Estamos no caminho das desonerações. Não podemos sair enlouquecidos desonerando tudo porque senão quebramos. Tem de ser de forma graduada com o resultado fiscal. Nós estamos fazendo e vamos continuar fazendo. Por exemplo, novos setores que vão entrar na desoneração da folha de pagamentos.

Com os estoques altos, as montadoras precisam de ajuda ?

Elas têm mais um problema de crédito. As linhas de crédito se estreitaram e a inadimplência aumentou.

Qual a solução ?

Tem de aumentar as prestações, reduzir as taxas e exigir menos entrada. Tem de dar uma flexibilizada. O governo tem os seus bancos que estarão fazendo isso.

Elas querem desoneração.

A indústria sempre quer. Isso não quer dizer que aceitamos.

O mercado externo diz que o Brasil não é mais o queridinho.

Não faço questão de ser o queridinho dos especuladores. Gosto de investimento direto. O cenário criado no Brasil é de estímulo à produção e menos ganho fácil. Se aqueles que faziam arbitragem não gostaram, eu fico feliz. Pararam e nos dão menos trabalho.

Como tem sido as conversas com os bancos ?

Os banqueiros estão caindo na nova realidade e vão se adaptar às novas condições da economia. Nós queremos que os bancos sejam fortes. Agora, que deem crédito e não exagerem nas taxas.

O que os bancos disseram ?

Disseram que vão reduzir. Faz parte da concorrência. Os bancos públicos vão fazer. Podem me cobrar.

O crédito não está reagindo.

Vai reagir. Não é assim: aperta um botão e o crédito aparece. Até para os bancos públicos se adaptarem às novas condições têm de fazer uma programação.

A orientação é reduzir a Selic sem olhar inflação mais a frente ?

O único debate que não tem é em relação a Selic. Essa é uma questão do Copom. Podemos contribuir para criar as condições adequadas, fazendo um resultado fiscal adequado.

Como o sr. avalia a inflação de abril ?

Ela foi menor do que o mesmo mês do ano passado. São quatro meses consecutivos com a taxa menor que no ano passado. A inflação é assim mesmo, tem mês que tem uma concentração. Teve uma concentração especial dos fumantes.

Há pressão de alta em 2013 ?

Mal estamos vivendo este ano e já tem gente dizendo que a inflação está caindo, mas vai subir no ano que vem. Eu não entendo esse raciocínio. Ele é completamente ilógico.

É possível fechar o ano com a inflação no centro da meta ?

Perguntem ao Banco Central. Ela é representativamente menor que em 2011 e nós ainda temos a economia pouco aquecida, as commodities caindo no mercado internacional e o petróleo também caindo. Portanto, as pressões são baixistas.

Mas ainda tem aumento de bebidas.

O governo não vai voltar atrás. Mas haverá noventena. Se a medida provisória sair em maio, o aumento só será em setembro.

Se a crise externa piorar, o governo poderá flexibilizar a política fiscal ?

Vamos examinar. Poderemos usar vários instrumentos que estão à nossa disposição. Mas vamos pensar de forma positiva. Vamos dizer que, em vez de a crise piorar, os europeus e os americanos também, porque eles não fizeram a lição de casa, modifiquem a sua estratégia.

As empresas que tomaram o empréstimo no exterior, porque o dólar estava baixo, agora podem ter problemas ?

Quem mais tomou empréstimos são os bancos. Eu estou tranquilo quanto a isso. Em geral, a gente olha e as posições são casadas. O sistema financeiro brasileiro está muito sólido, como sempre esteve.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 31 Mai 2012, 08:14

FOLHA DE S.PAULO

O Banco Central aproveitou o momento de pasmaceira na economia brasileira e reduziu ontem a taxa básica de juros do país para seu menor patamar histórico.

Com a medida, entrará em vigor a nova regra para a remuneração das cadernetas de poupança, que resultará a partir de agora em ganhos inferiores - ligeiramente, por enquanto - aos tradicionais 6,17% anuais.

A taxa Selic, que serve de base para o rendimento das aplicações financeiras e o custo dos empréstimos bancários, caiu de 9% para 8,5% ao ano.

Trata-se do menor percentual desde a criação da taxa Selic, em 1986.

Se descontada a expectativa de inflação, o juro real no Brasil caiu para 2,8%, ainda um dos mais altos do mundo, mas o menor desde a edição do Plano Real, em 1994.

Foi justamente a nova regra da poupança, editada no início do mês, que permitiu a redução das taxas, um objetivo perseguido pela presidente Dilma Rousseff e por sua equipe econômica desde que ela chegou à Presidência.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 11 Jun 2012, 01:30

http://oglobo.globo.com/economia/pacote ... ne-5105551

O governo brasileiro trabalha em um pacote de medidas para reduzir os preços dos serviços de telefonia e ampliar a concorrência no setor de telecomunicações.

Em entrevista ao GLOBO, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, detalhou algumas das medidas que já têm data para sair do papel e deverão incentivar o consumo desses serviços, a partir da redução de custos, contribuindo no esforço do governo para turbinar a economia.

Um exemplo é a redução das áreas de interurbano, que tem tarifa mais cara, de DDD, de 4.200 para 67 no país.

Nos últimos dias, o ministro também cobrou aumento dos investimentos das empresas telefônicas no país.

No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, onde hoje existe praticamente uma área para cada município, deverão restar apenas dois DDDs e, dentro dessas regiões, as tarifas serão cobradas como ligações locais.

A mudança, prevista para setembro, vai significar uma diminuição de receita para as empresas, no país, de R$ 300 milhões ao ano, estima Paulo Bernardo, mas o ministro destacou que a perda será transitória e compensada no futuro com o provável aumento do consumo desses serviços.

As empresas vão perder receita num primeiro momento, mas isso será compensado com o aumento do número de ligações. E o consumidor vai ganhar porque as chamadas para as cidades vizinhas ficarão mais baratas — destacou.

Outra arma que o governo está utilizando para reduzir os custos dos serviços de telefonia e telecomunicações em geral é obrigar as empresas a compartilharem suas redes, acirrando a competição, com reflexos positivos para os consumidores. A primeira regulamentação já foi aprovada para o funcionamento do que no jargão do setor chama-se “linha dedicada”.

Uma empresa que construa uma rede de fibra óptica e esteja com capacidade ociosa terá que vender parte da rede para outras empresas. A nova regra entra em vigor em 120 dias e terá impacto de 30% nas tarifas, segundo o governo. Atualmente, como não existe essa obrigação de compartilhar as redes, as empresas que o fazem muitas vezes cobram preços abusivos.

— Ela (a empresa) diz : eu não estou com a linha disponível, mas posso fazer uma oferta especial para você, engabela o cara e enfia a faca nele. Agora a Anatel vai arbitrar, a regra é uma oferta padrão — afirmou o ministro.

O segundo regulamento para baratear e racionalizar os custos desses serviços já está no forno. Trata-se do Plano Geral de Metas de Competição, que obriga as empresas a compartilharem torres, dutos e outros equipamentos, além das redes, com preços regulados pela Anatel. A expectativa é que seja aprovado, no máximo, em julho.

— Significa que o pequeno (pequenas empresas) poderá entrar em uma determinada localidade onde não tinha rede e onde não iria entrar tão cedo, concorrendo com quem já está instalado. Isso com certeza vai baixar preço — disse Paulo Bernardo.

Outra iniciativa com o mesmo objetivo é o projeto de lei que disciplina a instalação de antenas de transmissão de serviços de telecomunicações, principalmente de celulares, e será enviado ao Congresso no segundo semestre. A proposta é de compartilhamento das antenas, para racionalizar o uso dos equipamentos já instalados, evitando, inclusive, o aumento da poluição visual em grandes cidades :

— Essa determinação de obrigar o compartilhamento vai evitar que a cidade seja espetada de antenas para todo o lado.

O ministro, que tem trânsito livre no Palácio do Planalto e uma relação muito próxima com a presidente Dilma Rousseff, disse que está empenhadíssimo no propósito de reduzir a carga tributária do setor de telefonia e conta com o apoio de Dilma. Mas para que esse propósito se concretize, seria necessário um acordo com os estados, já que o peso maior dos impostos nas tarifas de telefone é do ICMS, um imposto estadual.

Paulo Bernardo defende um acordo entre governo federal e os estados para a redução da carga tributária do setor, onde cada ente daria a sua contribuição, reduzindo impostos e encargos. E a compensação viria, mais uma vez, por meio do aumento do consumo desses serviços e da arrecadação :

— A presidente concorda, me disse: “o ICMS é um problema, mas vamos ter que conversar com os estados, seu Paulo Bernardo”, mas isso ainda depende de um acerto com a equipe econômica.

A possibilidade de reduzir somente os impostos federais, que são a menor parcela da carga tributária na conta do telefone, está fora de questão, segundo o ministro, porque o Ministério da Fazenda não concorda com esta possibilidade. Paulo Bernardo, que na semana passada participou de um debate no Congresso, carrega as planilhas que detalham o impacto dos tributos nas contas de telefones, que ele considera abusivo e inibidor do consumo. O peso dos impostos federais é de 8%, mas o ICMS varia entre 25% e 35%.

Outra tarifa que está mira de Paulo Bernardo é a dos celulares pré-pagos, duas vezes e meia acima de uma ligação pós-paga. Ele destaca que o consumo médio por unidade nos celulares pré-pagos é de R$ 7.

Se a tarifa do celular fosse mais barata, o consumidor ia gastar um pouco mais — destaca.

Em outra frente, o governo trabalha para baratear produtos e serviços voltados para um consumidor mais sofisticado. Paulo Bernardo informou que estuda a inclusão do smartphone na Lei do Bem (de incentivos à produção nacional). Em alguns casos, segundo ele, os preços desse equipamento poderão cair entre 30% e 35%. Os produtos poderão chegar ao consumidor entre com preços entre R$ 380 e R$ 390, segundo o ministro.

Paulo Bernardo informou ainda que a CCE já está produzindo smartphones na Zona Franca de Manaus. Além disso, há uma perspectiva de crescimento das vendas desses produtos entre 25% e 28% se os preços forem mais atraentes.
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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 26 Jun 2012, 16:24

Uma especulação sobre o fim da crise e a nova direção da história

A crise que estamos vivenciando não é uma crise cíclica convencional do capital. Também não é uma crise que tenha necessariamente como conseqüência a destruição do capital. É uma crise do liberalismo radical, ou do neoliberalismo. Os fundamentos doutrinários do sistema neoliberal, basicamente a idéia do Estado mínimo e da auto-regulação dos mercados, colapsaram espetacularmente. O artigo é de J. Carlos de Assis.
J. Carlos de Assis (*)

As causas da crise financeira mundial já não têm mais segredos para a maioria dos observadores, inclusive para o homem comum de bom senso. Trata-se de um descolamento entre a órbita financeira especulativa e a órbita real, num processo iniciado nos Estados Unidos em 2007/2008 e que vazou para a Europa. Entretanto, as conseqüências da crise ainda estão obscuras para maioria das pessoas, mesmo porque muitos “especialistas” contribuem para a confusão ao tentar encaixá-a em modelos e paradigmas que se esgotaram, perdendo toda força explicativa.

A crise que estamos vivenciando não é uma crise cíclica convencional do capital. Também não é uma crise que tenha necessariamente como conseqüência a destruição do capital. É uma crise do liberalismo radical, ou do neoliberalismo. Os fundamentos doutrinários do sistema neoliberal, basicamente a idéia do Estado mínimo e da auto-regulação dos mercados, colapsaram espetacularmente. Não é que tenham sido derrotados por correntes oponentes. Foram derrotados pelas próprias contradições internas que expuseram a fragilidade básica da doutrina.

A mais extravagante dessas contradições foi a gigantesca mobilização de dinheiro público, trilhões de dólares nos Estados Unidos e na Europa, para prestar socorro a um sistema bancário “liberal” que, de outro modo, quebraria e levaria consigo o próprio capitalismo. Diante disso, como falar em Estado mínimo? Ou de auto-regulação? É claro que sempre haverá um retardatário ideológico disposto a pregar as virtudes do velho sistema. Não será levado a sério. Enquanto doutrina de reordenamento do mundo, o neoliberalismo está morto.

Mas o colapso não é apenas do neoliberalismo. Também no campo ambiental a doutrina caracteristicamente liberal de produção sem levar em conta efeitos sociais e ambientais entrou em decadência. Também colapsou, pelo menos entre nações nuclearizadas, o paradigma da guerra como continuação da política por outros meios. É que, entre potências nucleares, a guerra perdeu sua condição de instrumento racional dos Estados para defender seus interesses, conforme o enunciado clássico de Clausewitz. Finalmente, também no campo científico, em especial na Genética, a liberdade individual tende a ser limitada por um código de ética consertado socialmente.

Todos esses paradigmas que estão colapsando nada mais são que aspectos particulares de um paradigma mais fundamental, o da liberdade individual ilimitada, o qual, junto com a liberdade política, constitui o próprio alicerce da Idade Moderna. Desses dois paradigmas surgiram as correntes políticas que têm caracterizado a civilização ocidental (e agora mundial): segundo Bobbio, a liberdade como não impedimento, e, no plano oposto, a liberdade enquanto autonomia para participar da elaboração das leis às quais o homem livre se sujeita. Da primeira resultou o liberalismo econômico, da segunda o liberalismo (em sentido americano) político.

O processo de que estamos participando nada mais é que a superação não revolucionária, porém incontornável, do liberalismo radical em favor da liberdade política. Não que os valores do liberalismo venham a ser totalmente negados. Muitos deles são fundamentais, porém serão limitados pelas liberdades políticas, em favor de um sistema regulado por um paradigma em nível superior que implique também os direitos sociais. É esse novo paradigma que devemos tentar vislumbrar. Mas antes que o velho caia por si mesmo e o novo se imponha também por si, teremos um período caótico, justamente o período que estamos vivenciando. Como se pode ver o que vem depois?

A melhor alternativa é observarmos as crises que se desenrolam à nossa vista e especularmos sobre os caminhos de sua superação. Assim, na ausência de um hegemon mundial – os EUA não o são, e obviamente também não o é a China -, a única saída para a superação da crise financeira, num mundo efetivamente globalizado, é a busca de soluções cooperativas num organismo coletivo como o G20. O mesmo se pode dizer da crise ambiental, das tensões geopolíticas e da busca de uma diretiva nas pesquisas genéticas, todos devendo subordinar-se a alguma autoridade coletiva agindo de forma cooperativa e coordenada.

Para melhor explicitar tudo isso, voltemos às contradições do capital. Um equívoco semântico leva muita gente a imaginar que o banco é a própria essência do capitalismo. Não é. A essência do capitalismo é o sistema produtivo, do qual o sistema financeiro é apenas um auxiliar. Assim, para salvar o capital, não é nenhum despropósito a estatização do sistema bancário, como na China e na Índia, e em boa parte no Brasil. O banco grande demais para quebrar está destruindo o sistema bancário de segunda linha nos Estados Unidos e na Europa, e acabará por entrar em contradição direta com o capital produtivo. O sistema político acabará percebendo que, para defender este último, o primeiro deverá ser sacrificado.

Isso significa que, se tivermos paciência, a democracia, entendida como liberdade para condicionar o liberalismo radical, nos levará inexoravelmente a um novo paradigma de relações internas e internacionais, o paradigma da cooperação. Lamento que isso não se encaixa perfeitamente nos modelos de lutas de classe convencionais, mas acho que o mundo mudou alguma coisa desde Marx. Julgo que a busca de um melhor estado de bem estar social para os mais desfavorecidos não precisa passar necessariamente pela luta de classes radical e pelas revoluções armadas, mesmo porque elas seriam quase tão destrutivas no plano nacional quanto as guerras entre paises industrializados avançados, no plano internacional.

(*) Economista, professor de Economia Internacional da UEPB, autor, junto com o matemático Francisco Antonio Doria, do recém-lançado “O Universo Neoliberal em Desencanto”, pela Civilização Brasileira. Esta coluna sai também no site Rumos do Brasil e, às terças, no jornal carioca Monitor Mercantil.
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=20463

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 11 Jul 2012, 03:56

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on- ... para-tras/

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Afinal, como o Itaú correu por fora e tomou o BMG do Bradesco, que já estava quase com a mão na taça ?

No sábado de manhã, Ricardo Pentagna Guimarães, presidente do BMG e integrante da família controladora do banco, recebeu um telefonema de Roberto Setubal.

O presidente do Itaú queria saber se o que lera há pouco era verdade – ou seja, que o Bradesco era o favorito para comprar o BMG. Pentagna Guimarães confirmou.

Neste momento, rápido no gatilho, Setubal se disse interessado e lançou a isca : propôs uma associação. Este, na verdade, era o negócio que Flávio Pentagna Guimarães, pai de Ricardo e chefe do clã mineiro, sempre desejou – venderia por falta de alternativa.

A proposta foi como música para os ouvidos do BMG. Horas depois, a equipe de negociação do BMG estava em São Paulo, na sede do Itaú, para o início de três dias de reuniões.

Ontem, por volta das 20h, Itaú e BMG chegaram ao acordo final e começaram a assinar a papelada. Uma hora depois, estava criado o Itaú BMG Consignado.
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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 11 Jul 2012, 17:21

Interessante a atualidade de Karl Marx para descrever certos fenômenos e tendências do capitalismo. [2]

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Re: Economia

Mensagem por @EA » 12 Jul 2012, 01:33

Karl Marx agora é efígie de cartão de crédito
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/11 ... dito.shtml

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Karl Marx, quem diria, virou este ano efígie do cartão de crédito MasterCard, na Alemanha.

Com isso, veio a ser o segundo líder comunista a se tornar foco de propaganda de empresas capitalistas --mas ainda perde de longe para o primeiro, Che Guevara, muito aproveitado, em todo o mundo, para ornar camisetas, pôsteres etc.

No caso de Marx, porém, não se trata de uma jogada de marketing, e sim de uma medida de relações públicas.

A iniciativa foi do banco Sparkasse Chemnitz, da cidade alemã de Chemnitz. A cidade, de 255 mil habitantes, fica no centro-leste do país.

O banco fez uma pesquisa entre seus clientes sobre qual era o marco urbano mais importante da cidade para ornar o seu cartão MasterCard. Enfrentando nove outras instalações --como castelos medievais e um hipódromo--, um busto de Marx de sete metros de altura, com 35% dos votos, foi o vencedor.


O busto foi instalado em 1953, quando os líderes comunistas da então Alemanha Oriental, onde fica Chemnitz, alteraram o nome da cidade para Karl Marx-Stadt (Cidade Karl Marx).

Com numerosos projetos de conjuntos habitacionais e um cuidado especial para a reconstrução pós-guerra (cuidado que não houve em outros centros importantes, como a própria Berlim Oriental), as autoridades comunistas procuravam apresentar a cidade como uma "cidade socialista modelo".

A cidade já retomou seu nome original, mas perdeu cerca de 20% de seus habitantes. Segundo pesquisas realizadas após a eclosão da crise mundial em 2008, por volta de 40% dos moradores na antiga Alemanha Oriental consideram o socialismo, tal como o conheceram, melhor do que o capitalismo.

Marx jamais esteve em Chemnitz. Os habitantes não gostaram das mudanças, embora muitos gostem do busto do líder comunista. O monumento é conhecido como Nischel ("cabeça", no dialeto saxão local).
Epic Troll.
Agente da Coroa a serviço da Rainha


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Ouça Don Cristóvão quero avisar que a tripulação está com fome!
E por que não comem?
Porque não há comida!
E por que não há comida?
Porque acabou!
E por que acabou?
Porque comeram!
E por que comeram?
Porque tinham fome!
Tá vendo, deveriam ter esperado!



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Dá licença, gente! Tô passando pelo tópico!!!
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