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http://www.suapesquisa.com/pesquisa/poluicao_sonora.htm
A poluição sonora ocorre quando num determinado ambiente o som altera a condição normal de audição. Embora ela não se acumule no meio ambiente, como outros tipos de poluição, causa vários danos a qualidade de vida das pessoas.
O ruído é o que mais colabora para a existência da poluição sonora. Ele é provocado pelo som excessivo de canteiros de obras, meios de transporte, áreas de recreação, etc. Estes ruídos provocam efeitos negativos para o sistema auditivo das pessoas, além de provocar dores de cabeça, insônia e agressividade.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que um som deve ficar em até 50 db (decibéis – unidade de medida do som) para não causar prejuízos ao ser humano. A partir de 50 db, os efeitos negativos começam. Alguns problemas podem ocorrer a curto prazo, outros levam anos para serem notados.
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Vou citar alguns exemplos (no meu caso) :
. O caminhão da Comlurb (que é a empresa que faz a coleta de lixo) costuma vir de madrugada (por volta de meia-noite), faz um barulhão danado, mas quanto a isso tudo bem. O problema é quando a Comlurb resolve fazer (algo que não sei bem o que é) e traz outro caminhão que faz um estrondo barulhentíssimo na rua, e vem mais tarde ainda, às vezes 2h da madrugada ou 3h da madrugada.
. Fora as obras em geral, que acontecem de segunda a sexta (no horário comercial, entre 10h e 18h). Fora as obras no meu prédio, que acontecem o ano inteiro (sempre tem alguma manutenção e todo ano inventam um novo vazamento na garagem). Então, na melhor das hipóteses (tem obras barulhentíssimas na sexta-feira, a partir de 9h da manhã, com furadeiras no chão e um barulho que parece que tá furando o meu ouvido). Disse na melhor das hipóteses, porque às vezes tem obras mais longas, que acontecem de segunda a sexta. Já perdi a conta de quantas vezes fui acordado por esses barulhos. E antigamente não era assim de jeito nenhum, piorou muito.
É uma coisa que tem acontecido cada vez mais nas cidades grandes. Felizmente, não tem criança pequena aqui em casa, tenho irmãos e sei o trabalho que é fazer uma criança pequena dormir, pra depois ser acordada com barulheira na rua.
Outra babaquice que eu acho é gente que solta fogos de artifício à meia noite por causa de jogo de futebol. Em finais de campeonato ou Copa do Mundo dá até pra entender, mas tem gente que conheço que a qualquer gol de seu time, faz esse barulho chato na rua.
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http://www.rio.rj.gov.br/web/smac/exibe ... -id=148006
À medida que a cidade cresce, as queixas públicas relacionadas ao ruído tornam-se cada vez mais numerosas. No Rio de Janeiro, pelo menos 60% das reclamações recebidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMAC, são relacionadas à incômodo sonoro. Esse percentual, em uma cidade com tantos outros focos potenciais de conflito ambiental, mostra com clareza a dimensão que a questão sonora ocupa junto a seus habitantes e sua importância para a determinação da qualidade do ambiente de seus habitantes.
Procedimentos de fiscalização de poluição sonora :
1 - Recebimento da Denúncia.
2 - Vistorias para constatação.
3 - Intimação ao infrator (em caso de constatação)
4 - Multas progressivas (pelo menos três)
5 - Edital de interdição parcial da fonte sonora
6 - Vistorias de constatação de cumprimento do Edital.
7 - Edital de Interdição Total (após o descumprimento de Interdição Parcial)
8 - Cassação do Alvará do estabelecimento.
9 - Apreensão de equipamentos.
10 - Encaminhamento do processo à Procuradoria Geral do Município
São diversos tipos de barulho : helicópteros (de dia, de tarde e de noite, inclusive aos domingos), obras em prédios, carros e motos dirigindo a "200 por hora" de madrugada, caminhões, trituradores de lixo, buzinas de carros, alarmes barulhentíssmos, etc.
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Especialistas acreditam que para acabar ou, ao menos, diminuir o barulho dos veículos, um dos maiores causadores de poluição sonora no Rio de Janeiro na opinião dos internautas do G1 , seria necessário uma grande modificação no sistema de transportes da cidade.
“O trânsito é o grande vilão da poluição sonora urbana, atingindo a cidade como um todo”, diz o professor de Engenharia Mecânica da Coppe / UFRJ, Fernando Castro, para quem o Rio tem uma “cultura do barulho”: “Deveria haver uma racionalização do transporte público, com mais metrô e trem, além de linhas de ônibus mais otimizadas. Diminuiria a poluição do ar e a poluição sonora”.
Já Jules Slama, professor de acústica ambiental do Centro de Tecnologia da UFRJ, vê a grande quantidade de ônibus e a má-distribuição da frota, com concentração em bairros como Copacabana, na Zona Sul do Rio, como os principais motivos para o barulho.
“Falta planejamento e há uma necessidade de otimizar o fluxo”, resume.
Para piorar, a sinfonia de buzinas, sirenes e roncos de motor não é fiscalizado por nenhum órgão, nem da prefeitura, nem do governo do estado.
“O problema foi o crescimento desordenado", explica Fernando Facim, da gerência de risco ambiental, no núcleo de ruídos e vibrações, do Instituto Estadual do Ambiente, ligado à Secretaria estadual do Ambiente. "É um problema estrutural. Não temos como impedir os ônibus de circularem na (Rua) Barata Ribeiro (em Copacabana). Não dá também para colocar uma proteção acústica, porque atrapalharia o comércio local”, diz ele.
Slama explica ainda que a Lei do Silêncio não é uma permissão para fazer barulho das 7h às 22h. O cidadão também tem responsabilidades e deve cuidar para não atrapalhar os vizinhos.
“Numa área estritamente residencial, o limite é 45 decibéis durante a noite e 50, para o dia. A diferença, portanto, é bem pequena. Numa área mista (residencial e comercial), são 50 decibéis para noite, 55 para o dia. Quando alguém fala normalmente já chega a 50 decibéis”, exemplifica Slama.
Ele lembra que, a 15 metros de distância, uma britadeira, o símbolo da poluição sonora, pode chegar a 90 decibéis. Mas, segundo o professor Slama, os caminhões e os ônibus podem produzir até 85 decibéis.
A internauta Tereza Rocha concorda : “Os ônibus, com seus ‘chiados’, quando freiam na madrugada e um bar, que funciona 24h na Avenida Nossa Senhora de Copacabana em frente ao número 1250 (de frente para a 13º DP), são insuportáveis! O referido bar não fecha e seus frequentadores gritam durante a madrugada”.
A mesma opinião tem a pensionista Rita Fernandes, moradora da região : “Sexta, sábado e domingo, não consigo dormir. Estou me mudando para ver se melhora”.
A Secretaria municipal do Meio Ambiente explicou, em nota, que faz a fiscalização dos estabelecimentos, tentando cumprir a lei.
“Toda medição é feita levando-se em conta o nível de ruído de fundo, excetuando-se a fonte causada do barulho”, e complementa: “O cidadão pode acionar a fiscalização sonora, pelo telefone (21) 2503-2979, de segunda a sexta-feira (em horário comercial)”, diz o documento.
A secretaria diz, entretanto, que não “vistoria carros de som itinerantes, vendedores ambulantes, reuniões e aglomerações de pessoas em logradouro público”.
A fonoaudióloga Ângela Garcia diz que é improvável que um morador tenha algum tipo de déficit de audição por causa de ruídos externos às residências. Para isso, seria necessário uma exposição por tempo prolongado à poluição sonora, o que não acontece, normalmente, em casas e apartamentos por causa do filtro de janelas, paredes e portas. Mas ela lembra : “Com o silêncio, o cidadão ganha em qualidade de vida”.