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Entrevista com o diretor de esportes da Rede TV! , Sidnei Bortotto
Primeiramente, qual foi a sua avaliação do UFC-Rio na Rede TV ?
Para mim, foi sensacional. Cheguei há pouco tempo na Rede TV!, mas sei que para a emissora também foi muito bom. Tenho duas Copas do Mundo e três Jogos Olímpicos na carreira e sei o que é um grande evento. O UFC no Rio de Janeiro deu muito certo.
Quanto tempo a Rede TV tem de contrato com o UFC ?
Não sei dizer como andam possíveis negociações com o UFC, mas
o contrato é anual. A parceria já era boa e, agora, melhorou muito. Já tínhamos a transmissão do UFC Sem Limite, sempre com lutas no VT. Com as lutas ao vivo no UFC-Rio, a modalidade se fortaleceu no Brasil, o evento se fortaleceu. E essa é a tendência quando se tem uma transmissão assim, ao vivo e para a rede aberta. Por isso há uma boa expectativa na Rede TV.
A Rede TV tem planos de aumentar o UFC na grade de programação ?
Temos um projeto para aumentar, sim. O UFC Sem Limites passará a ser transmitido às 22 horas no sábado. Antes, era à meia noite. Às 22 horas é um horário nobre, e nós fizemos essa mudança por causa do apelo crescente do UFC no Brasil.
Quanto à audiência, o Ibope foi o que a Rede TV almejava ?
A pontuação ficou entre as melhores já registradas com o esporte pela emissora. Ela estava dentro do que nós esperávamos.
Essa foi a primeira luta ao vivo da Rede TV? Outras serão feitas nesse formato ?
Foi a primeira ao vivo. Nesse contrato atual, não está previsto mais nada ao vivo. Mas não é nada que não possa ser mudado. O evento mudou a relação do UFC com o Brasil e já podemos imaginar mais transmissões ao vivo no futuro. Aí entra a questão da parceria entre a emissora e o UFC. As lutas fizeram sucesso grande no Brasil, aumentar a atuação aqui é de interesse de ambos.
Além da noite de sábado, existe a possibilidade de a Rede TV abrir mais dias para o UFC ?
Nós já temos um espaço grande para o UFC. Além do programa no sábado, fazemos cobertura diariamente, seja com o Rede TV Esportes ou com notas nos noticiários. Isso faz parte da divulgação do esporte na TV. Isso acontece não só com o UFC, mas com outros eventos esportivos com o Campeonato Inglês e o Campeonato Italiano. Quando se dá mais espaço, como algo sólido na emissora, é mais fácil distribuir melhor o evento. Nós não colocamos apenas o evento no ar, mas damos notícias, repercutimos.
E como transformar esses torneios, como a Liga Europa, em um maior sucesso na audiência ?
O futebol nunca vai deixar de ser o grande evento. No Brasil, temos uma falta de ídolos. Os jogadores ainda saem com frequência, muda-se muito. Nas Ligas europeias, não. Lá existe a figura do ídolo nos clubes. Mas ainda não há o costume aqui de acompanhar os jogos. A UEFA Europa League é no meio da tarde de quinta-feira. Às 16 horas no meio da semana não é um horário comum, as pessoas nem imaginam que tem jogo. Mas, no início, era pior. As pessoas vão se acostumando e a Rede TV faz bem esse trabalho de divulgação.
Com o UFC é a mesma coisa ?
Com o UFC é mais fácil porque há vários ídolos brasileiros. Na UEFA Europa League, as pessoas têm que criar um interesse pelo evento. No UFC, O interesse já existe. É o Anderson Silva, o Minotauro. E não são apenas os ídolos brasileiros. Os lutadores são personagens fortes.
E quais são os planos para dar ainda mais apelo ao UFC ?
A melhora é natural. Para o evento no Rio de Janeiro, nós fizemos um trabalho intenso. Começamos as transmissões na quarta-feira, com notas, cobertura intensa. Fizemos a pesagem dos lutadores ao vivo. Isso valoriza o evento, cria expectativas. Em termos de transmissão, acho que acertamos.