Lula
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Re: Lula
O Lula deveria ir ser presidente da Argentina. Ego grande é com eles.
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- Antonio Felipe
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Re: Lula
As formas de se fazer a coisa são bem diferentes entre um e outro.
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- Scopel
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Re: Lula
Não, não são. O FHC volta e meia diz que tudo de bom no governo Lula foi herdado do governo dele, ao passo que diz que tudo de ruim é culpa do Lula.
- E.R
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Lula
NOTÍCIAS
https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao ... aneamento/
Poucos indicadores são tão demonstrativos a respeito da ineficiência estatal contemporânea quanto os números do fornecimento de água e saneamento básico. Ainda existem 35 milhões de brasileiros sem acesso a água tratada, e quase 100 milhões sem coleta de esgoto – daquilo que é coletado, apenas metade passa por tratamento. Esta é a realidade de rincões no interior do país, mas também de bolsões de miséria nas grandes metrópoles; uma vergonha nacional que não tem cor ideológica, pois existe em locais governados pela direita, pela esquerda e pelo centro. Combater esta mazela brasileira é dever básico, civilizatório, de qualquer governante, pois a falta de algo tão básico condena a população a doenças facilmente evitáveis e promove a degradação ambiental.
O novo Marco Legal do Saneamento, aprovado em 2020 e que alterava legislação anterior, de 2007, definitivamente merece o nome que tem, pois sua aplicação tinha tudo para representar um salto na oferta de serviços tão essenciais.
A meta tão ambiciosa quanto necessária de levar o fornecimento de água potável a 99% da população e a coleta de esgoto a 90% dos brasileiros até 2033 jamais seria atingida em um cenário de estatais com pouco investimento e sem parâmetros de qualidade a atingir, beneficiadas por contratos assinados sem licitação e renovados automaticamente, e por isso o novo Marco Legal privilegiou o papel da iniciativa privada e delegou à Agência Nacional das Águas (ANA) o papel de regulador no setor. As estatais não ficariam excluídas, mas, se quisessem seguir atuando, precisariam demonstrar capacidade de realizar os investimentos necessário e competir em licitações. O setor privado respondeu ao chamado, como havia feito também no caso das ferrovias: os investimentos em água e saneamento subiram 15% em 2022.
Pouco mais de 20 leilões realizados entre a sanção da lei e o fim do ano passado garantiram cerca de R$ 85 bilhões em investimentos futuros.
Mas a esquerda não quer saber de nada disso e trabalha para bombardear o novo Marco do Saneamento. Logo no início do terceiro governo Lula, em 2023, a medida provisória que reorganiza o governo federal e um decreto específico sobre o Ministério das Cidades já tiraram da ANA atribuições de regulação do setor de saneamento – muito em linha, aliás, com a intenção lulista de enfraquecer todas as agências reguladoras, modelo a que a esquerda sempre se opôs. Além disso, o “revogaço” de Lula colocou de volta no jogo as estatais incapazes de demonstrar capacidade econômico-financeira de executar o serviço e realizar investimentos, premiando a ineficiência. A destruição do Marco do Saneamento, entretanto, não termina aí.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, já manifestou a intenção de seguir adiante com os planos do deputado federal de extrema-esquerda Guilherme Boulos (PSOL), um devoto do estatismo e do atraso a quem Lula deu protagonismo durante a transição para tratar de assuntos relativos ao saneamento básico.
Para Guilherme Boulos, não há problema algum em contratos assinados sem licitação; problema mesmo é a participação da iniciativa privada e o papel regulador da ANA. Em outras palavras, o objetivo é desfigurar a nova legislação no que for possível – de preferência, via decreto, que não exige negociação no Congresso Nacional – para devolver o Brasil à situação anterior a 2020.
Em demonstração descomunal de cinismo, o governo afirma que as mudanças têm o objetivo de “destravar investimentos”. Mas retornar ao status anterior não destravará nada, pelo contrário: garantirá que os investimentos simplesmente cessarão, já que o serviço poderá continuar sendo prestado por estatais ineficientes, sem metas a cumprir, sem necessidade nem mesmo de demonstrar sua capacidade em um processo licitatório. Os brasileiros sem água tratada e esgoto coletado que esperem e sofram, pois para Lula, Costa e Boulos eles são menos importantes que as “oportunidades” trazidas pela manutenção do poder das estatais. Pretender que os pobres sigam tomando água contaminada e convivendo com esgoto a céu aberto, negando-lhes a possibilidade de usufruir de um serviço bem prestado, é uma verdadeira atrocidade que o governo Lula quer levar adiante como se estivesse lhes fazendo um favor.
Poucos indicadores são tão demonstrativos a respeito da ineficiência estatal contemporânea quanto os números do fornecimento de água e saneamento básico. Ainda existem 35 milhões de brasileiros sem acesso a água tratada, e quase 100 milhões sem coleta de esgoto – daquilo que é coletado, apenas metade passa por tratamento. Esta é a realidade de rincões no interior do país, mas também de bolsões de miséria nas grandes metrópoles; uma vergonha nacional que não tem cor ideológica, pois existe em locais governados pela direita, pela esquerda e pelo centro. Combater esta mazela brasileira é dever básico, civilizatório, de qualquer governante, pois a falta de algo tão básico condena a população a doenças facilmente evitáveis e promove a degradação ambiental.
O novo Marco Legal do Saneamento, aprovado em 2020 e que alterava legislação anterior, de 2007, definitivamente merece o nome que tem, pois sua aplicação tinha tudo para representar um salto na oferta de serviços tão essenciais.
A meta tão ambiciosa quanto necessária de levar o fornecimento de água potável a 99% da população e a coleta de esgoto a 90% dos brasileiros até 2033 jamais seria atingida em um cenário de estatais com pouco investimento e sem parâmetros de qualidade a atingir, beneficiadas por contratos assinados sem licitação e renovados automaticamente, e por isso o novo Marco Legal privilegiou o papel da iniciativa privada e delegou à Agência Nacional das Águas (ANA) o papel de regulador no setor. As estatais não ficariam excluídas, mas, se quisessem seguir atuando, precisariam demonstrar capacidade de realizar os investimentos necessário e competir em licitações. O setor privado respondeu ao chamado, como havia feito também no caso das ferrovias: os investimentos em água e saneamento subiram 15% em 2022.
Pouco mais de 20 leilões realizados entre a sanção da lei e o fim do ano passado garantiram cerca de R$ 85 bilhões em investimentos futuros.
Mas a esquerda não quer saber de nada disso e trabalha para bombardear o novo Marco do Saneamento. Logo no início do terceiro governo Lula, em 2023, a medida provisória que reorganiza o governo federal e um decreto específico sobre o Ministério das Cidades já tiraram da ANA atribuições de regulação do setor de saneamento – muito em linha, aliás, com a intenção lulista de enfraquecer todas as agências reguladoras, modelo a que a esquerda sempre se opôs. Além disso, o “revogaço” de Lula colocou de volta no jogo as estatais incapazes de demonstrar capacidade econômico-financeira de executar o serviço e realizar investimentos, premiando a ineficiência. A destruição do Marco do Saneamento, entretanto, não termina aí.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, já manifestou a intenção de seguir adiante com os planos do deputado federal de extrema-esquerda Guilherme Boulos (PSOL), um devoto do estatismo e do atraso a quem Lula deu protagonismo durante a transição para tratar de assuntos relativos ao saneamento básico.
Para Guilherme Boulos, não há problema algum em contratos assinados sem licitação; problema mesmo é a participação da iniciativa privada e o papel regulador da ANA. Em outras palavras, o objetivo é desfigurar a nova legislação no que for possível – de preferência, via decreto, que não exige negociação no Congresso Nacional – para devolver o Brasil à situação anterior a 2020.
Em demonstração descomunal de cinismo, o governo afirma que as mudanças têm o objetivo de “destravar investimentos”. Mas retornar ao status anterior não destravará nada, pelo contrário: garantirá que os investimentos simplesmente cessarão, já que o serviço poderá continuar sendo prestado por estatais ineficientes, sem metas a cumprir, sem necessidade nem mesmo de demonstrar sua capacidade em um processo licitatório. Os brasileiros sem água tratada e esgoto coletado que esperem e sofram, pois para Lula, Costa e Boulos eles são menos importantes que as “oportunidades” trazidas pela manutenção do poder das estatais. Pretender que os pobres sigam tomando água contaminada e convivendo com esgoto a céu aberto, negando-lhes a possibilidade de usufruir de um serviço bem prestado, é uma verdadeira atrocidade que o governo Lula quer levar adiante como se estivesse lhes fazendo um favor.
Editado pela última vez por E.R em 26 Mar 2023, 23:02, em um total de 2 vezes.



- E.R
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Lula
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https://www.gazetadopovo.com.br/agroneg ... -e-feijao/
A combinação de arroz e feijão, típica da culinária brasileira, teve seus tempos áureos nas décadas de 1970 e 1980 e foi até tema de samba-enredo. Em 1989, a Estácio de Sá cantava na passarela: “Ê Brasil trigueiro! (Iaiá, Iaiá...), põe o preto no branco, é feijão com arroz, viva o povo brasileiro !”
Desde aquela época, contudo, feijão e arroz vêm perdendo espaço à mesa e também no campo. Um estudo do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado pela Universidade de Cambridge, estima que o feijão deixará de ser presença quase diária na mesa dos brasileiros em 2025 : de uma média de consumo de cinco a sete dias por semana, deverá cair para um a quatro dias.
A produção mantém-se estagnada abaixo de 3 milhões de toneladas há mais de 20 anos.
No caso do feijão, a redução se acentuou a partir de 2008. Desde então, o consumo per capita caiu 28%, de 17,5 kg para 12,7 kg ao ano.
Quanto ao arroz, no ciclo 2022-2023 o Brasil deverá colher a menor safra em 25 anos, abaixo de 10 milhões de toneladas, o que não garante autossuficiência.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta redução do consumo de arroz para 10,5 milhões de toneladas, em função da recuperação econômica. Trata-se de um cereal com elasticidade negativa, ou seja, o aumento da renda provoca diminuição da demanda.
A diferença entre produção e consumo de arroz tem sido resolvida por meio de importações, principalmente dos países vizinhos do Mercosul – Argentina, Paraguai e Uruguai.
Por outro lado, o Brasil também se transformou em exportador da commodity, o que ajuda a regular o mercado quando os preços domésticos estão mais baixos.
Desde a campanha eleitoral, e após a posse, quando restabeleceu o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Lula tem defendido a volta da política de preços mínimos e estoques reguladores para produtos como arroz e feijão.
Seria uma forma de ajustar os preços de mercado e incentivar a produção da agricultura familiar, visando colocar mais “comida” à mesa do brasileiro, em contraposição às commodities como soja e milho, que têm grande participação nas exportações.
Essa abordagem, contudo, pode bater de frente com o sistema de livre mercado já consolidado no país. O consultor agrícola Vlamir Brandalizze é incrédulo quanto à política de preços mínimos. E faz o cálculo : para ter algum poder de regular o mercado, e apoiar a agricultura familiar, o governo precisaria estabelecer um mínimo de R$ 100 reais pela saca de arroz.
“Para alcançar estoque de 2 milhões de toneladas, cerca de 20% do consumo brasileiro, seria preciso gastar R$ 4 bilhões só para a estocagem. Além do custo de carregar o estoque. É muito dinheiro envolvido, porque o custo de produção é alto no mundo inteiro. E o Brasil tem o arroz mais barato do mundo. Não adianta o governo intervir, porque não vai resolver. Só vai gastar e não vai resolver”, afirma.
Visão similar tem a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). “O setor passou a não depender de instrumento de política agrícola quando começou a exportar. No que se refere à falta do produto, não tem como falar em desabastecimento, porque a gente absorve os excedentes do Mercosul. Não faz sentido intervenção do governo", aponta Andressa Silva, diretora executiva da Abiarroz.
"Esse valor recorde de redução de área é muito conjuntural, por conta da estiagem. Com abastecimento do Paraguai, da Argentina e do Uruguai, a gente consegue manter essa regulação", explica.
A integração com os vizinhos sul-americanos ajuda a resolver gargalos logísticos e tributários nacionais. As alíquotas interestaduais de ICMS, por exemplo, acabam servindo como barreira para escoar a produção de uma região do país para outra.
“Hoje o arroz do Mercosul chega mais barato ao Nordeste do que o arroz gaúcho. Minas Gerais e São Paulo também são importadores de arroz”, observa.
A saída para o cereal nacional, segundo ela, deve estar cada vez mais na qualidade e sustentabilidade do produto, assim como no marketing de consumo.
“Temos práticas sustentáveis, um ativo importante, que não são conhecidas. E também é preciso comunicar os aspectos nutricionais. O alimento é o melhor plano de saúde que existe. Trocar por fast food é muito arriscado, é isso que precisamos comunicar ao consumidor”, avalia.
Praticar preços mínimos ou estoque regulador para o feijão também não é o que o setor precisa, segundo Mauro Bortolanza, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Feijão (Abifeijão).
“O consumidor gosta de feijão novo, recém colhido, no máximo de 60 dias. Tem o problema da armazenagem, o feijão envelhece e escurece de um ano para outro. Por outro lado, se fizer estoque regulador, e não remunerar adequadamente o produtor, que incentivo ele tem para entregar à Conab ?”, questiona.
Solução melhor, segundo o cerealista, seria uma reforma tributária que acabasse com as diferentes alíquotas de ICMS entre os estados, que, com frequência, inviabilizam a competitividade do produto além das divisas.
No mercado brasileiro, a variedade de feijão carioca, que detém 60% da preferência nacional, criou uma situação única e peculiar. Desenvolvido nos anos 60 pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o carioca só é produzido e consumido dentro do país.
“Se houver boa safra e sobrar no mercado, o preço cai facilmente abaixo do custo de produção. Se faltar por problema climático, o preço explode. Não há de quem importar e não há para quem exportar”, relata Eduardo Medeiros, produtor de Castro, nos Campos Gerais do Paraná.
Essa gangorra, contudo, costuma não durar muito tempo. “O ajuste é feito no próximo ciclo e se dá relativamente rápido, pois são três ciclos de produção por ano no país. Mas a explosão de preços por dois ou três meses é motivo de comoção social e ampla repercussão na mídia, enquanto se vendemos com prejuízo pouco se fala”, observa.
Na hora de decidir o que plantar, haveria na cabeça dos produtores uma relação ideal de equilíbrio entre as commodities: um saco de soja deve valer dois sacos de milho e um saco de feijão deve valer dois sacos de soja.
“Na relação de hoje, para um preço de milho de R$ 83, a soja deveria estar em R$ 166, e está próximo disso. Na mesma linha, o feijão deveria estar em R$ 372 – o carioca está em R$ 401 e o preto, R$ 261. Portanto, haverá uma tendência de maior plantio de feijão carioca nos próximos meses no país como um todo”, assinala Medeiros.
São cálculos próprios de um mercado livre, e é assim que deve funcionar, segundo ele. “É função do empresário buscar a melhor remuneração de seus fatores de produção, seja ele mini, pequeno, médio ou grande”, completa.
Um fato novo na cadeia do feijão, e com potencial disruptivo, está na mudança de estratégia produtiva dos chineses. Segundo Afrânio Cesar Migliari, presidente da Câmara Técnica de Feijão no Ministério da Agricultura, a mensagem da China em últimas reuniões com adidos brasileiros foi clara: o país asiático deixará a condição de exportador de feijão e passará a importar o alimento.
Basicamente, a China tentará dedicar mais área para a soja, diminuindo a dependência de importações da leguminosa, base da ração para criação de suínos. “A China representa uma oportunidade de ouro para o Brasil, mas precisamos pensar numa fórmula de médio e longo prazo. Ela com certeza vai pedir feijão para nós em 2024 e 2025”, destaca.
Esse aumento das exportações deve consolidar ainda mais a importação sazonal de países vizinhos, para assegurar o abastecimento interno. É o que espera Marcelo Luders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe).
“Isso não é ruim para o consumidor, porque vai dar tranquilidade para aumentar a produção, sem ter riscos. Se o produtor não tem onde pôr o feijão, como é que vai carregar o estoque ?", diz.
"A China, que era o grande exportador de feijão preto no mundo, está saindo do mercado. O pouco que ela importar, numa população de 1,3 bilhão de pessoas, vai ser muito. E agora temos o mercado externo. O México abriu a importação, os Estados Unidos e a Venezuela são importadores”, acrescenta.
Aproveitar essas oportunidades, no entanto, passa por melhorar a produtividade do feijão. Ainda convivem no país cultivos que rendem 1,5 mil kg por hectare com lavouras que colhem 3,6 mil kg na mesma área.
O problema estaria também na cultura de reaproveitar o grão como semente, que diminui a produtividade, e a falta de investimento em pesquisas, o que deixa o feijão para trás na comparação com o avanço tecnológico de milho e soja.
Ainda que não tolere muito calor, o feijão irrigado tem avançado como opção de terceira safra no Centro-Oeste, para abastecer à demanda da região Nordeste.
“Não adianta sentar e dizer que as commodities estão roubando espaço do feijão. O produtor vai plantar o que der maior rentabilidade para ele. Com essa nova demanda mundial, tem mais de 80 países que buscam importar do Brasil. Isso vai permitir que haja mais regiões produzindo feijão, e devemos ver mais áreas da pecuária sendo convertidas para o plantio”, acredita.
O analista também é cético quando à efetividade de uma política de preços mínimos.
“Em três mandatos, o governo do PT nunca conseguiu fazer isso. É muito difícil para o Estado fazer acontecer num país continental como o Brasil. A gente acredita que o recurso tem melhor uso fazendo Empréstimos do Governo Federal (EGF) para carregar o estoque, no pico da safra. Preço mínimo a gente nunca viu funcionar normalmente por muito tempo. O que vai fazer a diferença é a tecnologia, é o investimento”, diz.
Em curto prazo, a política de injeção de recursos na população de mais baixa renda, como o turbinamento do Bolsa Família, deve manter os preços do feijão firmes até maio, pelo menos.
É dinheiro novo, diz o consultor, estimulando a demanda por alimentos básicos. “Mas hoje o consumidor, mesmo o do Bolsa Família, busca também outros alimentos, como macarrão, frango e ovo. Se a oferta de arroz e feijão for limitada, ele vai para outros alimentos”, argumenta.
Eduardo Medeiros, que também cultiva soja e milho no Paraná, tem ciência de que o espaço da dobradinha “arroz e feijão” à mesa já não é o mesmo da época de seus pais.
“Eu mesmo, um orgulhoso plantador de feijão há mais de 40 anos, tenho diminuído o consumo. Saladas e frutas entraram na minha dieta", diz.
"Quando eu era criança no Nordeste, era feijão com farinha de mandioca todo dia. Mudei para o sul e nas décadas de 1960 e 1970 era feijão com arroz", conta. "É enorme a diversidade de alimentos que se oferecem hoje. Mudou o tipo de trabalho, com menos esforço físico, menor necessidade de energia – não se carpe mais a roça – e mudou a dinâmica da sociedade”, argumenta.
A diminuição das porções de arroz e feijão no prato não significa, necessariamente, menos produção no campo. A provável abertura de mercados "prime" para pulses (feijões, grão-de-bico, lentilha e ervilha), como a Índia, aliada a novas tecnologias de alimentos industrializados que substituem a carne por proteínas plant-based, devem garantir a continuidade da demanda.
"O feijão é uma cultura que dá muito dinheiro para os produtores. Só que é uma cadeia desorganizada, desde a formação do preço até a comercialização. Não existe indicador seguro de preço. Se essa cadeia puder se organizar e exportar pelos próximos dez anos, seria muito interessante", avalia Pedro Sarmento, analista da Embrapa Arroz e Feijão.
Uma pesquisa da Bloomberg Intelligence, de 2021, projetou que o mercado mundial plant-based deverá crescer de US$ 29,4 bilhões em 2020 para US$ 162 bilhões em 2030, alcançando participação de 7,7% no segmento de proteínas.
Assim, a dupla arroz e feijão deve seguir brilhando nos pratos como uma combinação perfeita de aminoácidos essenciais. Talvez não tanto em sua apresentação clássica, mas como uma das melhores matérias-primas da produção de alimentos para vegetarianos, celíacos, veganos ou flexitarianos.
A combinação de arroz e feijão, típica da culinária brasileira, teve seus tempos áureos nas décadas de 1970 e 1980 e foi até tema de samba-enredo. Em 1989, a Estácio de Sá cantava na passarela: “Ê Brasil trigueiro! (Iaiá, Iaiá...), põe o preto no branco, é feijão com arroz, viva o povo brasileiro !”
Desde aquela época, contudo, feijão e arroz vêm perdendo espaço à mesa e também no campo. Um estudo do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado pela Universidade de Cambridge, estima que o feijão deixará de ser presença quase diária na mesa dos brasileiros em 2025 : de uma média de consumo de cinco a sete dias por semana, deverá cair para um a quatro dias.
A produção mantém-se estagnada abaixo de 3 milhões de toneladas há mais de 20 anos.
No caso do feijão, a redução se acentuou a partir de 2008. Desde então, o consumo per capita caiu 28%, de 17,5 kg para 12,7 kg ao ano.
Quanto ao arroz, no ciclo 2022-2023 o Brasil deverá colher a menor safra em 25 anos, abaixo de 10 milhões de toneladas, o que não garante autossuficiência.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta redução do consumo de arroz para 10,5 milhões de toneladas, em função da recuperação econômica. Trata-se de um cereal com elasticidade negativa, ou seja, o aumento da renda provoca diminuição da demanda.
A diferença entre produção e consumo de arroz tem sido resolvida por meio de importações, principalmente dos países vizinhos do Mercosul – Argentina, Paraguai e Uruguai.
Por outro lado, o Brasil também se transformou em exportador da commodity, o que ajuda a regular o mercado quando os preços domésticos estão mais baixos.
Desde a campanha eleitoral, e após a posse, quando restabeleceu o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Lula tem defendido a volta da política de preços mínimos e estoques reguladores para produtos como arroz e feijão.
Seria uma forma de ajustar os preços de mercado e incentivar a produção da agricultura familiar, visando colocar mais “comida” à mesa do brasileiro, em contraposição às commodities como soja e milho, que têm grande participação nas exportações.
Essa abordagem, contudo, pode bater de frente com o sistema de livre mercado já consolidado no país. O consultor agrícola Vlamir Brandalizze é incrédulo quanto à política de preços mínimos. E faz o cálculo : para ter algum poder de regular o mercado, e apoiar a agricultura familiar, o governo precisaria estabelecer um mínimo de R$ 100 reais pela saca de arroz.
“Para alcançar estoque de 2 milhões de toneladas, cerca de 20% do consumo brasileiro, seria preciso gastar R$ 4 bilhões só para a estocagem. Além do custo de carregar o estoque. É muito dinheiro envolvido, porque o custo de produção é alto no mundo inteiro. E o Brasil tem o arroz mais barato do mundo. Não adianta o governo intervir, porque não vai resolver. Só vai gastar e não vai resolver”, afirma.
Visão similar tem a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). “O setor passou a não depender de instrumento de política agrícola quando começou a exportar. No que se refere à falta do produto, não tem como falar em desabastecimento, porque a gente absorve os excedentes do Mercosul. Não faz sentido intervenção do governo", aponta Andressa Silva, diretora executiva da Abiarroz.
"Esse valor recorde de redução de área é muito conjuntural, por conta da estiagem. Com abastecimento do Paraguai, da Argentina e do Uruguai, a gente consegue manter essa regulação", explica.
A integração com os vizinhos sul-americanos ajuda a resolver gargalos logísticos e tributários nacionais. As alíquotas interestaduais de ICMS, por exemplo, acabam servindo como barreira para escoar a produção de uma região do país para outra.
“Hoje o arroz do Mercosul chega mais barato ao Nordeste do que o arroz gaúcho. Minas Gerais e São Paulo também são importadores de arroz”, observa.
A saída para o cereal nacional, segundo ela, deve estar cada vez mais na qualidade e sustentabilidade do produto, assim como no marketing de consumo.
“Temos práticas sustentáveis, um ativo importante, que não são conhecidas. E também é preciso comunicar os aspectos nutricionais. O alimento é o melhor plano de saúde que existe. Trocar por fast food é muito arriscado, é isso que precisamos comunicar ao consumidor”, avalia.
Praticar preços mínimos ou estoque regulador para o feijão também não é o que o setor precisa, segundo Mauro Bortolanza, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Feijão (Abifeijão).
“O consumidor gosta de feijão novo, recém colhido, no máximo de 60 dias. Tem o problema da armazenagem, o feijão envelhece e escurece de um ano para outro. Por outro lado, se fizer estoque regulador, e não remunerar adequadamente o produtor, que incentivo ele tem para entregar à Conab ?”, questiona.
Solução melhor, segundo o cerealista, seria uma reforma tributária que acabasse com as diferentes alíquotas de ICMS entre os estados, que, com frequência, inviabilizam a competitividade do produto além das divisas.
No mercado brasileiro, a variedade de feijão carioca, que detém 60% da preferência nacional, criou uma situação única e peculiar. Desenvolvido nos anos 60 pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o carioca só é produzido e consumido dentro do país.
“Se houver boa safra e sobrar no mercado, o preço cai facilmente abaixo do custo de produção. Se faltar por problema climático, o preço explode. Não há de quem importar e não há para quem exportar”, relata Eduardo Medeiros, produtor de Castro, nos Campos Gerais do Paraná.
Essa gangorra, contudo, costuma não durar muito tempo. “O ajuste é feito no próximo ciclo e se dá relativamente rápido, pois são três ciclos de produção por ano no país. Mas a explosão de preços por dois ou três meses é motivo de comoção social e ampla repercussão na mídia, enquanto se vendemos com prejuízo pouco se fala”, observa.
Na hora de decidir o que plantar, haveria na cabeça dos produtores uma relação ideal de equilíbrio entre as commodities: um saco de soja deve valer dois sacos de milho e um saco de feijão deve valer dois sacos de soja.
“Na relação de hoje, para um preço de milho de R$ 83, a soja deveria estar em R$ 166, e está próximo disso. Na mesma linha, o feijão deveria estar em R$ 372 – o carioca está em R$ 401 e o preto, R$ 261. Portanto, haverá uma tendência de maior plantio de feijão carioca nos próximos meses no país como um todo”, assinala Medeiros.
São cálculos próprios de um mercado livre, e é assim que deve funcionar, segundo ele. “É função do empresário buscar a melhor remuneração de seus fatores de produção, seja ele mini, pequeno, médio ou grande”, completa.
Um fato novo na cadeia do feijão, e com potencial disruptivo, está na mudança de estratégia produtiva dos chineses. Segundo Afrânio Cesar Migliari, presidente da Câmara Técnica de Feijão no Ministério da Agricultura, a mensagem da China em últimas reuniões com adidos brasileiros foi clara: o país asiático deixará a condição de exportador de feijão e passará a importar o alimento.
Basicamente, a China tentará dedicar mais área para a soja, diminuindo a dependência de importações da leguminosa, base da ração para criação de suínos. “A China representa uma oportunidade de ouro para o Brasil, mas precisamos pensar numa fórmula de médio e longo prazo. Ela com certeza vai pedir feijão para nós em 2024 e 2025”, destaca.
Esse aumento das exportações deve consolidar ainda mais a importação sazonal de países vizinhos, para assegurar o abastecimento interno. É o que espera Marcelo Luders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe).
“Isso não é ruim para o consumidor, porque vai dar tranquilidade para aumentar a produção, sem ter riscos. Se o produtor não tem onde pôr o feijão, como é que vai carregar o estoque ?", diz.
"A China, que era o grande exportador de feijão preto no mundo, está saindo do mercado. O pouco que ela importar, numa população de 1,3 bilhão de pessoas, vai ser muito. E agora temos o mercado externo. O México abriu a importação, os Estados Unidos e a Venezuela são importadores”, acrescenta.
Aproveitar essas oportunidades, no entanto, passa por melhorar a produtividade do feijão. Ainda convivem no país cultivos que rendem 1,5 mil kg por hectare com lavouras que colhem 3,6 mil kg na mesma área.
O problema estaria também na cultura de reaproveitar o grão como semente, que diminui a produtividade, e a falta de investimento em pesquisas, o que deixa o feijão para trás na comparação com o avanço tecnológico de milho e soja.
Ainda que não tolere muito calor, o feijão irrigado tem avançado como opção de terceira safra no Centro-Oeste, para abastecer à demanda da região Nordeste.
“Não adianta sentar e dizer que as commodities estão roubando espaço do feijão. O produtor vai plantar o que der maior rentabilidade para ele. Com essa nova demanda mundial, tem mais de 80 países que buscam importar do Brasil. Isso vai permitir que haja mais regiões produzindo feijão, e devemos ver mais áreas da pecuária sendo convertidas para o plantio”, acredita.
O analista também é cético quando à efetividade de uma política de preços mínimos.
“Em três mandatos, o governo do PT nunca conseguiu fazer isso. É muito difícil para o Estado fazer acontecer num país continental como o Brasil. A gente acredita que o recurso tem melhor uso fazendo Empréstimos do Governo Federal (EGF) para carregar o estoque, no pico da safra. Preço mínimo a gente nunca viu funcionar normalmente por muito tempo. O que vai fazer a diferença é a tecnologia, é o investimento”, diz.
Em curto prazo, a política de injeção de recursos na população de mais baixa renda, como o turbinamento do Bolsa Família, deve manter os preços do feijão firmes até maio, pelo menos.
É dinheiro novo, diz o consultor, estimulando a demanda por alimentos básicos. “Mas hoje o consumidor, mesmo o do Bolsa Família, busca também outros alimentos, como macarrão, frango e ovo. Se a oferta de arroz e feijão for limitada, ele vai para outros alimentos”, argumenta.
Eduardo Medeiros, que também cultiva soja e milho no Paraná, tem ciência de que o espaço da dobradinha “arroz e feijão” à mesa já não é o mesmo da época de seus pais.
“Eu mesmo, um orgulhoso plantador de feijão há mais de 40 anos, tenho diminuído o consumo. Saladas e frutas entraram na minha dieta", diz.
"Quando eu era criança no Nordeste, era feijão com farinha de mandioca todo dia. Mudei para o sul e nas décadas de 1960 e 1970 era feijão com arroz", conta. "É enorme a diversidade de alimentos que se oferecem hoje. Mudou o tipo de trabalho, com menos esforço físico, menor necessidade de energia – não se carpe mais a roça – e mudou a dinâmica da sociedade”, argumenta.
A diminuição das porções de arroz e feijão no prato não significa, necessariamente, menos produção no campo. A provável abertura de mercados "prime" para pulses (feijões, grão-de-bico, lentilha e ervilha), como a Índia, aliada a novas tecnologias de alimentos industrializados que substituem a carne por proteínas plant-based, devem garantir a continuidade da demanda.
"O feijão é uma cultura que dá muito dinheiro para os produtores. Só que é uma cadeia desorganizada, desde a formação do preço até a comercialização. Não existe indicador seguro de preço. Se essa cadeia puder se organizar e exportar pelos próximos dez anos, seria muito interessante", avalia Pedro Sarmento, analista da Embrapa Arroz e Feijão.
Uma pesquisa da Bloomberg Intelligence, de 2021, projetou que o mercado mundial plant-based deverá crescer de US$ 29,4 bilhões em 2020 para US$ 162 bilhões em 2030, alcançando participação de 7,7% no segmento de proteínas.
Assim, a dupla arroz e feijão deve seguir brilhando nos pratos como uma combinação perfeita de aminoácidos essenciais. Talvez não tanto em sua apresentação clássica, mas como uma das melhores matérias-primas da produção de alimentos para vegetarianos, celíacos, veganos ou flexitarianos.
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- Antonio Felipe
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Re: Lula
Já que a Dilma não sabe fazer política, tem que chamar o Lula para socorrê-la...
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Re: Lula
Mais fácil é vetar o Kit-anti-homofobia e ganhar os cristãos pro lado dela. Assim saem um pouco de cima do Palocci. Ou não é assim que a banda toca? Ou o veto foi só para tirar a atenção do Novo Código Florestal? Ou não foi nada disso?
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Lula
http://www1.folha.uol.com.br/poder/9314 ... gico.shtml

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que completa 80 anos neste sábado (18), afirmou em entrevista ao jornal "Correio Braziliense" que não sente mágoa do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que se dá bem com o petista quando se encontram. Mas, segundo o tucano, a relação entre os dois não é mais civilizada porque Lula "tem dificuldade em fazer gestos" com ele.
Lula não se manifestou a respeito do aniversário de 80 anos de FHC, que ganhou um site especial para a ocasião e recebeu, inclusive, uma carta elogiosa da presidente Dilma Rousseff.
Ao jornal, o tucano afirmou que não acha estranho a falta de comunicação com o rival político. "Ele nunca me ligou por aniversário algum. O Lula e eu, quando estamos juntos, nos damos bem. Agora, ele deve ter algum problema psicológico, tem dificuldade em fazer gestos comigo."
Ele garantiu não estar magoado, mas lamentou a situação. "Não é que me doa. Mas, do ponto de vista do Brasil, ex-presidente é bom que tenha uma relação civilizada. Infelizmente, não pude ter uma relação mais civilizada com o Lula", disse.
Para FHC, porém, a manifestação de Dilma sobre seus 80 anos não é uma demonstração de que ela deseja brigar com seu antecessor e aliado. "Acho que ela entendeu que era melhor a distensão de um clima crispado. Mas acho que para aí. Não acho que ela queira brigar com Lula."
Na entrevista, o ex-presidente também afirmou que a guerra entre o PSDB e o PT - a quem chamou de "rei da infâmia" - é falsa e baseia-se essencialmente na disputa pelo poder.
Para ele, vários dos projetos de governo das duas legendas são parecidos, tanto do ponto de vista empresarial quanto o social.
"O que discrepa [entre os dois partidos] ? O PT mantém uma certa visão de partido, Estado e sociedade que é diferente do PSDB. O PT ainda acredita que o melhor para o país é que um partido, eles, ocupe o Estado e que o Estado mude a sociedade. O PSDB não vai nessa direção. É mais republicano, no sentido de separar mais", disse o tucano.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que completa 80 anos neste sábado (18), afirmou em entrevista ao jornal "Correio Braziliense" que não sente mágoa do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que se dá bem com o petista quando se encontram. Mas, segundo o tucano, a relação entre os dois não é mais civilizada porque Lula "tem dificuldade em fazer gestos" com ele.
Lula não se manifestou a respeito do aniversário de 80 anos de FHC, que ganhou um site especial para a ocasião e recebeu, inclusive, uma carta elogiosa da presidente Dilma Rousseff.
Ao jornal, o tucano afirmou que não acha estranho a falta de comunicação com o rival político. "Ele nunca me ligou por aniversário algum. O Lula e eu, quando estamos juntos, nos damos bem. Agora, ele deve ter algum problema psicológico, tem dificuldade em fazer gestos comigo."
Ele garantiu não estar magoado, mas lamentou a situação. "Não é que me doa. Mas, do ponto de vista do Brasil, ex-presidente é bom que tenha uma relação civilizada. Infelizmente, não pude ter uma relação mais civilizada com o Lula", disse.
Para FHC, porém, a manifestação de Dilma sobre seus 80 anos não é uma demonstração de que ela deseja brigar com seu antecessor e aliado. "Acho que ela entendeu que era melhor a distensão de um clima crispado. Mas acho que para aí. Não acho que ela queira brigar com Lula."
Na entrevista, o ex-presidente também afirmou que a guerra entre o PSDB e o PT - a quem chamou de "rei da infâmia" - é falsa e baseia-se essencialmente na disputa pelo poder.
Para ele, vários dos projetos de governo das duas legendas são parecidos, tanto do ponto de vista empresarial quanto o social.
"O que discrepa [entre os dois partidos] ? O PT mantém uma certa visão de partido, Estado e sociedade que é diferente do PSDB. O PT ainda acredita que o melhor para o país é que um partido, eles, ocupe o Estado e que o Estado mude a sociedade. O PSDB não vai nessa direção. É mais republicano, no sentido de separar mais", disse o tucano.
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Lula
http://odia.terra.com.br/portal/odianaf ... 74915.html

A escola de samba Gaviões da Fiel informou, nesta sexta-feira, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o tema do desfile da escola de samba Gaviões da Fiel no Carnaval de 2012.
O anúncio do enredo "Verás que um filho fiel não foge à luta : Lula, o retrato de uma nação" coincide com o 42º aniversário da escola, vinculada a torcedores do Corinthians, clube do qual Lula é presidente de honra e um dos mais fanáticos torcedores.

A escola de samba Gaviões da Fiel informou, nesta sexta-feira, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o tema do desfile da escola de samba Gaviões da Fiel no Carnaval de 2012.
O anúncio do enredo "Verás que um filho fiel não foge à luta : Lula, o retrato de uma nação" coincide com o 42º aniversário da escola, vinculada a torcedores do Corinthians, clube do qual Lula é presidente de honra e um dos mais fanáticos torcedores.
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Lula
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/0 ... 905688.asp
Há sete meses fora da Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso duro contra a imprensa, há pouco, no 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia (GO). Para uma plateia lotada de estudantes, Lula atacou os meios de comunicação por criarem divergências entre ele e a presidente Dilma Rousseff.
Ao discursar no II Encontro Nacional do ProUni, durante o evento dos estudantes, o ex-presidente comentou uma reportagem que mostrava o financiamento do congresso da UNE por empresas estatais, como a Petrobras, e classificava o encontro de "chapa branca".
"Quando ligamos a televisão, tem propaganda de quem ? Da Petrobras, da Caixa Econômica Federal. Elas financiam tudo. Para eles [empresas de comunicação] isso é democrático. Para vocês [UNE], é chapa branca", disse Lula.
O tom do discurso do ex-presidente mudou quando o petista começou a reclamar dos meios de comunicação. "Eu tô ficando invocado. Faz seis meses que eu saí da Presidência, mas eles não saem do meu pé", afirmou.
Em seguida, enumerou o que considera como intrigas feitas pela imprensa. "Primeiro disseram que há diferenças entre mim e Dilma, que somos diferentes. Não precisa ser um especialista para saber que ela é diferente de mim", ironizou.
"Falaram que divergimos. Eu já disse que, se houver divergência, é ela quem estará certa. Não há divergências. Depois, quando fui a Brasília e tirei uma foto com senadores, disseram que ela era fraca. O babaca que escreveu a matéria nunca deve ter sentado com a Dilma para conversar. Ela pode ter todos os defeitos do mundo, menos ser fraca", declarou o ex-presidente. "Ninguém que passa três anos na cadeia, sendo barbaramente torturada e é eleita presidente pode ser fraca."
Lula disse que a maior vingança de Dilma com seus torturadores, durante o regime militar, foi o fato de ter sido eleita presidente. "Agora, ela é a comandante chefe. Deu a volta por cima", disse. Entre elogios para sua sucessora, o ex-presidente continuou com os ataques à imprensa. "Inventaram também que ela é diferente nas coisas que faz, que eu falava muito. É que eu competia com o que eles falavam e o povo acreditava em mim", comentou.
O petista disse ainda que meios de comunicação torceram para que a inflação voltasse. "Chegaram a dizer que eu deixei uma herança maldita. A primeira herança maldita é o pré-sal. Tem o Prouni, o PAC 2. Quem sabe é o Minha Casa, Minha Vida 2 ? O dado concreto é que eles não perceberam que as coisas mudaram no Brasil".
O ex-presidente disse ainda que a população está se informando "de múltiplas formas" e não só por "aqueles que achavam que formavam a opinião pública". Os discursos do evento que Lula participou foram transmitidos ao vivo no site da UNE.
Há sete meses fora da Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso duro contra a imprensa, há pouco, no 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia (GO). Para uma plateia lotada de estudantes, Lula atacou os meios de comunicação por criarem divergências entre ele e a presidente Dilma Rousseff.
Ao discursar no II Encontro Nacional do ProUni, durante o evento dos estudantes, o ex-presidente comentou uma reportagem que mostrava o financiamento do congresso da UNE por empresas estatais, como a Petrobras, e classificava o encontro de "chapa branca".
"Quando ligamos a televisão, tem propaganda de quem ? Da Petrobras, da Caixa Econômica Federal. Elas financiam tudo. Para eles [empresas de comunicação] isso é democrático. Para vocês [UNE], é chapa branca", disse Lula.
O tom do discurso do ex-presidente mudou quando o petista começou a reclamar dos meios de comunicação. "Eu tô ficando invocado. Faz seis meses que eu saí da Presidência, mas eles não saem do meu pé", afirmou.
Em seguida, enumerou o que considera como intrigas feitas pela imprensa. "Primeiro disseram que há diferenças entre mim e Dilma, que somos diferentes. Não precisa ser um especialista para saber que ela é diferente de mim", ironizou.
"Falaram que divergimos. Eu já disse que, se houver divergência, é ela quem estará certa. Não há divergências. Depois, quando fui a Brasília e tirei uma foto com senadores, disseram que ela era fraca. O babaca que escreveu a matéria nunca deve ter sentado com a Dilma para conversar. Ela pode ter todos os defeitos do mundo, menos ser fraca", declarou o ex-presidente. "Ninguém que passa três anos na cadeia, sendo barbaramente torturada e é eleita presidente pode ser fraca."
Lula disse que a maior vingança de Dilma com seus torturadores, durante o regime militar, foi o fato de ter sido eleita presidente. "Agora, ela é a comandante chefe. Deu a volta por cima", disse. Entre elogios para sua sucessora, o ex-presidente continuou com os ataques à imprensa. "Inventaram também que ela é diferente nas coisas que faz, que eu falava muito. É que eu competia com o que eles falavam e o povo acreditava em mim", comentou.
O petista disse ainda que meios de comunicação torceram para que a inflação voltasse. "Chegaram a dizer que eu deixei uma herança maldita. A primeira herança maldita é o pré-sal. Tem o Prouni, o PAC 2. Quem sabe é o Minha Casa, Minha Vida 2 ? O dado concreto é que eles não perceberam que as coisas mudaram no Brasil".
O ex-presidente disse ainda que a população está se informando "de múltiplas formas" e não só por "aqueles que achavam que formavam a opinião pública". Os discursos do evento que Lula participou foram transmitidos ao vivo no site da UNE.
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Re: Lula
O Lula calado é um poeta. Digo, não? Continua o mesmo calhorda de sempre, abre a boca só pra falar merda. Sorte que a Dilma é ponderada, antes tínhamos que aguentar uma bobagem do Lula por dia.
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Re: Lula
Não sei se já postaram, mas é um vídeo bacana para aqueles que mesmo depois de tantos feitos do melhor governo da história deste país, ainda persistem em serem preconceituosos.
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Re: Lula
Lula sem dúvida fez a diferença no Brasil.
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