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Mensagem por E.R » 10 Fev 2023, 11:32

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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Fev 2023, 05:34

NOTÍCIAS
ARTISTA NÃO DOMESTICADO?
Roger Waters é atacado por não assumir posições do imperialismo
Roger Waters, ao se posicionar contra o ataque do imperialismo contra a Rússia, vem sendo atacado e perseguido pela imprensa imperialista e seus asseclas

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Nesta última semana, todos os fãs de Pink Floyd do mundo se surpreenderam com um tweet muito agressivo da escritora e esposa do guitarrista David Gilmour, Polly Samson, direcionado para o baixista Roger Waters, ambos ex-colegas de trabalho na banda Pink Floyd. O tweet de Samson é o que segue abaixo:


A tradução é algo como “Infelizmente, Roger Waters, você é anti-semita até o seu núcleo podre. É, também, um defensor de Putin e um mentiroso, ladrão, hipócrita, sonegador de impostos, utilizador de playback, misógino, doente de inveja e megalomaníaco. Chega de suas besteiras”. É fácil ver aí nas palavras de Samson uma defensora de ideologia bastante ligada ao imperialismo – o ataque a Putin, a acusação de uma suposta “misoginia” etc.


A resposta de Waters veio de forma mais contida nas suas redes: “Roger Waters está ciente dos comentários incendiários e altamente imprecisos feitos sobre ele no Twitter por Polly Samson, os quais ele refuta completamente. Ele está, no momento, se aconselhando sobre como proceder”. David Gilmour se posicionou, naturalmente, do lado da esposa


David Gilmour “Cada palavra é comprovadamente verdadeira”
A briga entre os dois não é de agora, é de muito tempo atrás, veio à tona quando Waters deixou o Pink Floyd no começo dos anos 80, e tem vários motivos e explicações. No entanto, neste momento, a razão pela virulenta crítica de Gilmour e de sua esposa é, evidentemente, os posicionamentos políticos de Roger Waters.

Recentemente, o ex-baixista do Pink Floyd deu uma entrevista para a revista alemã Berliner Zeitung, a qual foi uma chance para ele esclarecer alguns de seus posicionamentos, que o fizeram, inclusive, perder shows já marcado na Polônia e na Alemanha. Um deles foi que sua posição destoou daquela que expressa a maior parte dos artistas de grande projeção no rock internacional (particularmente neste que é classificado como o rock clássico – de bandas dos anos 70 e 80). Waters afirmou em diversas ocasiões que não concorda com a invasão da Ucrânia por Putin, mas que essa guerra foi provocada anteriormente pelo que ele chama de “Ocidente”.


Na entrevista, Waters mostra ter um conhecimento razoável do caso. O entrevistador lembra que ele já chamou Putin de gângster, mas ele afirma que volta atrás nessa colocação e que hoje percebe que ele é um governante que atende às necessidades do povo e até governa a Rússia com cautela. Sobre a guerra, ele afirma que viu, em discursos oficiais do próprio Putin de 2014, que ele já avisava que a tentativa do Ocidente de colocar a Ucrânia entre os países da OTAN e o genocídio contra as populações russas do Donbas iria levar a região a um conflito. Ele também lembra que há ucranianos que, durante a 2ª Guerra Mundial apoiaram os nazistas e que há nazistas no país até os dias de hoje.


O entrevistador também o questiona a respeito de suas posições sobre Israel, essas já controversas e problemáticas há mais tempo. Waters afirma que o Estado de Israel leva adiante um genocídio contra a população palestina e que vive sob uma espécie de regime de apartheid entre judeus e palestinos.

Em outro episódio controverso, Waters discursou numa reunião da ONU a pedido da Rússia, pedindo para que os países imperialistas parassem de enviar armas para a Ucrânia, apesar de sempre ressaltar que não está a favor da invasão feita pelos russos. Waters procura se colocar como um “humanista” ou “pacifista”.


Apesar de Roger Waters não assumir uma posição mais consciente na denúncia do imperialismo, o fato de ele não estar disposto a assumir, como um verdadeiro vendido, a posição de se colocar totalmente contra a Rússia, está levando a uma campanha de calúnias contra ele. Ela começa pelo seu próprio ex-colega de banda, que o próprio Waters dá a entender na entrevista que sempre teve uma posição mais direitista do que ele. O imperialismo não perdoa nenhum desvio ideológico e precisa domesticar seus artistas mais famosos. Apesar de Waters ser um artista famoso e popular demais para ser simplesmente esquecido, já começa a movimentação no sentido de cancelar suas apresentações e a briga no Twitter motivado pelo casal Gilmour tem ganhado bastante repercussão, procurando sempre colocar Roger Waters como o errado.

https://causaoperaria.org.br/2023/roger ... erialismo/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por E.R » 12 Fev 2023, 14:17

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Editado pela última vez por E.R em 11 Mar 2023, 20:37, em um total de 1 vez.
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Mensagem por E.R » 16 Fev 2023, 11:20

NOTÍCIAS
JOSÉ NORBERTO FLESCH

A cantora Dionne Warwick fará shows no Brasil.

A norte-americana de 82 anos volta ao país em maio de 2023, desta vez com sua turnê de despedida. Datas e locais das apresentações serão logo anunciados.
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Mensagem por E.R » 18 Fev 2023, 13:18

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https://www.vagalume.com.br/news/2023/0 ... ituto.html

Quem for ver o U2 em sua temporada de shows em Las Vegas, marcada para o segundo semestre de 2023 terá que assisti-los desfalcados.

Pela primeira vez na história da banda, o baterista Larry Mullen Jr. estará ausente. O músico está se recuperando de uma cirurgia e disse que, nesse momento, prefere cuidar da sua saúde a encarar uma série de concertos.

O substituto já foi anunciado. Bram van den Berg é um holandês de 40 anos que faz parte de uma banda chamada Krezip. Foi ele o selecionado para tocar na íntegra o álbum "Achtung Baby" na inauguração da MSG Sphere.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 14:10

NOTÍCIAS
MPB
17/02/1973: 50 anos da morte do mestre Pixinguinha
Um dos mais importantes compositores da música popular brasileira

Apalavra mestre, quando usada para descrever uma personalidade artística, conota alto valor à obra e ao seu idealizador, posicionando este último no topo em relação aos demais da sua área. Esse é o caso de Alfredo da Rocha Vianna Filho, que nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, e se consagrou na música brasileira como Pixinguinha.

Ainda pequeno, sob o incentivo dos pais e dos treze irmãos, Pixinguinha teve a experiência de participar de festas em sua residência que contavam com a presença de personalidades como Vila Lobos e Bonfiglio de Oliveira, este último eleito o melhor trompetista do mundo pela crítica europeia. Forjado em um ambiente festivo, musical e acolhedor, Pixinguinha cresceu compartilhando experiências musicais com seus irmãos e moradores da “pensão Vianna”, como era conhecida sua casa. Um dos hóspedes, o flautista Irineu de Almeida passou seus conhecimentos para o ainda jovem Pixinguinha. O flautista não imaginava que estava ajudando a construir uma das grandes referências da nossa música.


Em sua trajetória, tocou em bares, cabarés, navios e cassinos e fez seu nome nas noites da Lapa. Comandou o grupo os Oito Batutas, do qual eram integrantes nomes como Donga, Nelson Alves e China, seu irmão e melhor amigo. Foi regente de orquestras de 1925 a 1937, musicou filmes e peças teatrais e foi intitulado o primeiro orquestrador da Música Popular Brasileira. Vale destacar que só em 1933 Pixinguinha foi diplomado em um curso de música.


A genialidade de Pixinguinha aparecia nas suas músicas extremamente elaboradas, na simplicidade com que cantava o amor, a vida e nas características que atribuiu ao primeiro gênero musical brasileiro: o choro. Os questionamentos e polêmicas que surgiam no Brasil a cada incursão de sucesso na Europa fundavam-se em preconceito de cor e origem do maestro e dos demais componentes do grupo Os Oito Batutas. Mas, em nada abatia a reconhecida capacidade que ele tinha de brincar e embelezar combinações de notas musicais para fazer verdadeiros hinos nacionais, como Carinhoso e Rosa.


Cantor, compositor, músico e regente, a importância de Pixinguinha na Música Popular Brasileira é essencial. Ele extraiu dela cotidianos, lições de vida e fatos corriqueiros, como as 20 composições que fez quando estava hospitalizado devido a um infarto. Preto, pobre e marcado no rosto pela varíola, Pixinguinha representa o não limite da genialidade que habita esse país e da fonte inesgotável de obras musicais que temos e continuamos a produzir. Sua morte em 1974 o lançou na eterna galeria dos grandes músicos brasileiros. Sua obra continua “chorando” no Brasil e no mundo.
https://causaoperaria.org.br/wp-content ... 6x722.jpeg
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Mensagem por E.R » 20 Fev 2023, 20:38

NOTÍCIAS
https://veja.abril.com.br/coluna/radar/ ... ple-music/

A Associação Brasileira da Música Independente fechou acordo com a Apple Music para compositores independentes receberem os direitos autorais.

A Associação Brasileira da Música Independente já havia fechado acordo com Spotify e YouTube.

O próximo passo é negociar com as plataformas Deezer e Amazon Music. 
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 02:36

♫ 
Falem bem, falem mal, mas falem de mim
Falem bem, falem mal, mas falem de mim
Falem bem, falem mal, mas falem de mim
Falem bem, falem mal, mas falem de mim ♫ 


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Mensagem por E.R » 23 Fev 2023, 03:01

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/m ... osta.shtml

A cantora Adriana Calcanhotto prepara um tributo em homenagem à musa da Tropicália, Gal Costa.

Intitulado "Va-Gal (Coisas Sagradas Permanecem)", o espetáculo terá, a princípio, apresentações em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro entre os meses de abril e maio deste ano. "Logo que fui convidada, passei a chamar o show de 'Va-Gal', já que a lacuna que ela deixa nunca será preenchida", conta a artista.
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Mensagem por E.R » 24 Fev 2023, 01:53

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https://www.vagalume.com.br/news/2023/0 ... fonte.html

Há quase 20 anos sem lançar um disco de músicas inéditas, o novo álbum dos Rolling Stones parece que finalmente ganhará vida em 2023.

E os fãs da lendária banda podem esperar uma surpresa. O novo álbum trará uma parceria com ninguém menos que Paul McCartney.
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Mensagem por Marlombríssimo Kid » 24 Fev 2023, 16:01

Também não sei para que.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Fev 2023, 18:40

O jeito ranzinza do Régis Tadeu é bem engraçado.


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MÚSICA INSTRUMENTAL
Três anos sem a bateria de Jon Christensen
O jazz sempre esteve articulado com lutas sociais.

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No dia 18 de fevereiro de 2020, três anos atrás, veio a falecer o baterista de jazz Jon Christensen. Isso foi nos primeiros meses do início da pandemia de covid-19, para a qual todas as atenções estavam voltadas e da qual decorreram milhões de mortes, deixando quaisquer necrológios devidamente apagados diante de tamanho infortúnio; entretanto, atualmente, passados três anos de sua morte e com o final da pandemia, cabem algumas palavras sobre um artista reconhecidamente importante na história da música.

Devido a minha paixão pela bateria e demais instrumentos musicais de percussão, quando adolescente, sempre busquei me manter informado sobre bateristas e percussionistas inovadores; porque boa dessas informações, evidentemente, estavam nos discos, fitas, CDs e DVDs de então, atento aos trabalhos de Naná Vasconcelos, ainda me lembro da alegria de ter nas mãos o álbum “Saudades”, lançado no Brasil pela gravadora ECM em 1979.


O trabalho de Naná Vasconcelos não foi o único álbum da ECM a ser lançado no Brasil; juntamente com o percussionista brasileiro, vários artistas, tais quais Keith Jarrett, Chick Corea, Jack DeJohnette, Charlie Haden, Egberto Gismonti etc. fizeram parte dos projetos da gravadora. Entre eles, os álbuns “Solstice”, 1975, de Ralph Towner, “Photo with…”, 1979, de Jan Garbarek, e “Nude ants”, 1980, de Keith Jarrett, todos com a participação de Jon Christensen tocando bateria.


A bateria, igualmente a todos os instrumentos musicais, não surgiu prontamente do nada, há histórias da bateria a serem contadas, envolvendo técnicas e concepções em sua formação. Entre seus percussores, é necessário lembrar de Chick Webb (1905-1939) e Viola Smith (1912-2020), dos quais, felizmente, há numerosas fotografias mostrando as diferentes configurações da bateria no início de sua formação. Seja em Webb, seja em Smith, há sempre a presença do bumbo, da caixa, dos pratos chimbal e de alguns pratos de ataque; o número de tambores, porém, varia bastante, além do mais, Webb acrescentava campanas e temple blocks e Smith, tímpanos e vibrafones aos respectivos conjuntos de instrumentos. Com o passar dos anos, boa parte deles sumiu, ficando apenas os tradicionais pratos chimbal, bumbo, caixa, pelos menos dois tambores – um agudo, outro grave – e, no mínimo, um prato solto de condução, que é o conjunto no qual se notabilizaram Art Blakey, Max Roach, Elvin Jones, os bateristas de bossa-nova Edson Machado, Milton Banana e Rubens Barsotti, e os de rock Ringo Star e Charlie Watts.


Os bateristas de rock, principalmente os de rock progressivo e de heavy metal, incrementaram a bateria com bumbo duplo e numerosos pratos e tambores. Tais conjuntos não demoraram a ser incorporados no jazz rock pelos bateristas Billy Cobham e Simon Phillips, para citar os mais expressivos; no Brasil, Zé Eduardo Nazário e Realcino Lima Filho, certamente por influência de Hermeto Pascoal, com quem ambos tocaram, acrescentaram panelas, sinos, frigideiras, bandejas, tupperwares etc. a suas baterias. Outras artistas, porém, embora contemporâneos dessas inovações, permaneceram fiéis ao conjunto tradicional, optando por explorar ao máximo os recursos de apenas um bumbo, caixa, dois tambores e poucos pratos, entre eles, os saudosos Paul Motian e Jon Christensen.


Para valorizar ainda mais seu trabalho, vale a pena escrever algumas palavras sobre as muitas técnicas de tocar bateria. A bateria envolve as duas mãos e os dois pés para ser tocada, com manipulações bastante específicas dos dedos das mãos e dos pés, abrangendo, portanto, movimentos do tronco e dos quatro membros do músico. Outrossim, dependendo do ritmo, a distribuição das linhas de força através do corpo é diferente: (1) nos ritmos de samba, salsa, rock, por exemplo, o corpo pode ser pensado na linha da cintura, com as pernas fazendo a marcação e os braços, as subdivisões; (2) no jazz e em algumas adaptações da música indiana para bateria, a linha pode ser estabelecida de forma cruzada, com a mão condutora articulada com o pé do prato chimbal e a mão que divide o ritmo, com o pé do bumbo. Essa divisão é bastante esquemática; obviamente, quando se toca, os bons bateristas combinam as duas técnicas, com alguns, tais quais Christensen, acrescentando a elas concepções percussivas da música erudita, em que cada parte da bateria é considerada independentemente, enfatizando-se o conjunto de percussão, isto é, os fundamentos da bateria.


Por fim, enquanto baterista de jazz, Jon Christensen não se pretendia apenas acompanhante dos demais instrumentos solistas, mas se via solista também; isso se evidencia tanto ao acompanhar os solos dos demais participantes da sessão quanto nos solos de bateria.

A arte é um universo bastante complexo, cuja capitalização nunca estará à altura de acompanhar, por isso, com a abominável tendência à repetição e à normatização, a propensão da cultura de massas é esmagar quaisquer singularidades, apostando na mesmice. O jazz, caracterizado pela insistência em reformular constantemente a linguagem musical e por estar baseado predominantemente em improvisos, implica a singularidade e a criatividade dos músicos, indo de encontro, com veemência, às assimilações e repetições da cultura de massas, baseada na decadência da arte. Esse combate não é apenas estético, pois o jazz sempre esteve articulado com lutas sociais, admitindo, em suas fileiras, negros, ciganos, judeus e mulheres, cujas lutas refletiram diretamente em sua expressão, vale lembrar de Billy Holiday e sua inesquecível interpretação de “Estranhos frutos”, ou das manifestações políticas de Lois Armstrong, Duke Ellington e, recentemente, de Charlie Haden à frente da Liberation Music Orchestra.

Jon Christensen participou ativamente de um dos movimentos estéticos do jazz, o chamado neo-cool, registrado majoritariamente pela já mencionada gravadora ECM, sob a direção de Manfred Eicher. Desde seu nascimento, o jazz, apenas para traçar algumas linhas, afirma-se em revoluções ao conceber o jazz tradicional, o bebop, o cool-jazz, o hard-bop, o jazz rock e o neo-cool, cuja principal característica talvez seja a abertura do jazz para a música do mundo. Sempre aberto ao diálogo com outras músicas, por exemplo, os ritmos caribenhos e a bossa-nova nos anos 1960, o jazz, com o neo-cool, interagiu com as músicas indiana, médio-oriental, latino-americana e demais ritmos brasileiros, incluindo as músicas dos caiapós, contemplada no álbum “Sol do meio-dia”, 1978, de Egberto Gismonti com Ralph Towner, Collin Walcott, Jan Garbarek e Naná Vasconcelos, também pela ECM.

Por fim, o vídeo do Quarteto de Ralph Towner, gravado em 1978, com Jon Christensen tocando bateria, está completo no YouTube neste endereço:



https://causaoperaria.org.br/2023/tres- ... ristensen/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Fev 2023, 03:36

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UM BAMBA NO SAMBA
Germano Mathias se foi na quarta-feira de cinzas
Morre Germano Mathias, aos 88 anos, uma das grandes figuras do samba paulistano

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Faleceu nessa quarta-feira, 22 de fevereiro, um dos mais antigos e autênticos representantes do samba paulistano: Germano Mathias.

Quem já teve o prazer de assistir a um show de Germano pôde sentir a energia e a musicalidade desse paulistano que nasceu no bairro do Pari, no centro da cidade de São Paulo. Seu batuque na tampa de uma lata de graxa era impressionante, bem como sua capacidade de imitar perfeitamente com a voz o som de uma cuíca.


Germano Mathias frequentava o samba dos engraxates, na Praça da Sé, lá pelos idos de 1950. Seu convívio com a malandragem, seu trabalho de camelô, ou de marreteiro, vendendo pomada e sabonete contra coceira, faz dele um desses personagens que facilmente encontraríamos em algum conto de João Antônio. Uma coisa é ler as páginas de Malagueta, Perus e Bacanaço; outra, bem diferente, é ter diante de si alguém que é a própria representação daquela antiga São Paulo.

Carreira
Em uma entrevista, Germano disse que um amigo das rodas de samba falou para ele que em ‘em vez de ficar fazendo isso de graça pros outros (cantar sambas) deveria procurar ganhar algum dinheiro. Foi assim que se apresentou em um programa de calouros, em 26 de outubro de 1955. O programa, da extinta Rádio Tupi, se chamava À procura de um astro, e Germano foi o vencedor concorrendo com mais de trezentos calouros.

Apesar de seu brilhantismo, seu samba no pé e irreverência, Germano ficou durante décadas no ostracismo, algo muito comum na música brasileira, especialmente entre aqueles que vivem do samba, essa expressão popular.

Seu samba sincopado, sua tampinha de lata, felizmente, foram recuperados e esse sambista é marca que não se apaga da história do samba.

Ouvir a interpretação de, por exemplo, No Morro da Casa Verde, de Adoniram Barbosa, na voz de Germano era uma grata sensação porque se estava diante de alguém que viveu aquela realidade, havia nele a verdade.

Silêncio, é madrugada
No Morro da Casa Verde, a raça dorme em paz
E lá embaixo, meus colegas de maloca
Quando começa a sambar não para mais
Silêncio

Silêncio, é madrugada
No Morro da Casa Verde, a raça dorme em paz
E lá embaixo, meus colegas de maloca
Quando começa a sambar não para mais

Valdir, vai buscar o tambor
Laércio, traz o agogô
Que o samba na Casa Verde enfezou
Que o samba na Casa Verde enfezou
Silêncio.

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Mensagem por Arieel » 25 Fev 2023, 22:24


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Mensagem por E.R » 07 Mar 2023, 00:27

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