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Mensagem por E.R » 16 Nov 2022, 17:06

NOTÍCIAS
https://cinemacomrapadura.com.br/notici ... ot-robbie/

A atriz Margot Robbie disse à Vanity Fair que o spin-off de “Piratas do Caribe” que vinha desenvolvendo foi cancelado pela Disney :

“Tínhamos uma ideia e a estávamos desenvolvendo há algum tempo, para ter mais uma história liderada por mulheres – não totalmente liderada por mulheres, mas apenas um tipo diferente – o que achamos que seria muito legal. Mas acho que eles não querem fazer isso”.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 17 Nov 2022, 01:04

NOTÍCIAS
CINEMA E POLÍTICA
Argentina, 1985 e a forma cinematográfica hollywoodiana
Filme argentino mostra o processo de punição dos militares da ditadura; sua falha, no entanto, está na forma e no uso da catárse para nos apasiguar

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Há um filme que está fazendo um grande sucesso entre as esquerdas no momento. Trata-se de Argentina, 1985, dirigido por Santiago Mitre. O enredo conta a história do grupo de promotores, liderados por Júlio Strassera (Ricardo Darín), que condenou, em um julgamento civil, os principais comandantes da ditadura militar argentina por crimes contra a humanidade, incluindo o golpista Jorge Rafael Videla, que governou o país de 1976 a 1981.

Estima-se que, durante esses anos, mais de 30 mil argentinos foram levados para centros clandestinos, torturados sem piedade e mortos sem deixar vestígios. As forças armadas argentinas armaram uma guerra contra a população civil de seu próprio país, destruindo focos de resistência, principalmente os opositores de esquerda, que eram acusados de subversão e de ameaça à segurança nacional.

O filme tem o mérito de levantar uma discussão importante não só para o povo argentino, mas também para toda a América Latina, em especial o Brasil, ao dramatizar um ponto de virada histórico que resultou na condenação de um presidente da república militar por uma corte de justiça civil. Anos depois, Videla foi anistiado e só condenado novamente à prisão perpétua em 2010. A lei da anistia argentina foi considerada inconstitucional em 2005. O julgamento retratado no filme foi o primeiro de centenas que aconteceram neste país desde o fim da ditadura militar.

No Brasil, o filme tem repercutido na esquerda porque a Lei da Anistia de nosso país, de 1979, nunca foi revogada. Os militares brasileiros que impuseram os mesmos métodos de tortura, assassinatos e desparecimentos a opositores políticos nunca foram julgados e condenados por seus crimes.

Se tem o mérito de suscitar a discussão sobre o papel da justiça diante dos crimes cometidos na ditadura militar, Argentina, 1985 também lança uma outra questão, essa mais ligada às escolhas formais para a dramatização de um fato histórico desta magnitude. De um modo geral, a película pode ser classificada como um “thriller político” que, na tradição do cinema americano, já vimos em inúmeros filmes de julgamento, um gênero em si. Nesse momento, lembro-me, por exemplo, de Questão de Honra (A Few Good Men, 1992), dirigido por Rob Reiner, com Tom Cruise e Jack Nicholson.

Como integrante desse gênero, Argentina, 1985 tem uma característica contraditória que é nosso interesse explorar neste texto. Ele consegue entreter quem assiste ao apresentar o suspense que leva ao julgamento e as dificuldades pelas quais passa o personagem principal, Strassera, até seu triunfo. Podemos acompanhá-lo nos pequenos conflitos com os filhos inteligentes e a esposa confidente. Acompanhamos seus embates com políticos, juízes e demais colegas de trabalho. É através do que acontece com ele e com suas ações que a narrativa do filme avança.

Como se diz na construção de roteiros, há um arco que o personagem percorre: do funcionário público indeciso e medroso ao promotor que se torna um herói admirado por todos. Dessa maneira, apesar do tema ser a ditadura militar, o enredo é sobre a vida de Strassera e tem como função chegar à cena em que ele lê a sua peça de acusação e é aplaudido de pé. Videla e os demais comandantes militares aparecem no filme para serem somente o que são: vilões caricatos.

Em uma entrevista de 2008, o cineasta alemão Michael Haneke, diretor, entre outros, de A Fita Branca (Das weiße Band, 2009) fez uma reflexão interessante: “é possível fazer um filme anti-fascista com meios fascistas”? A esta pergunta, uma outra logo surge: é fascista o meio, ou seja, a narrativa hollywoodiana clássica?

Podemos dizer que, no mínimo, trata-se de uma manifestação artística de direita, principalmente quando é usada e aceita como sinônimo de realidade. É possível classificá-la também de reacionária quando esconde, embaixo da capa do herói, a conjuntura social e política que permitiu o surgimento de estados fascistas na Argentina e no Brasil, e exclui, de maneira proposital, as lutas anticapitalista e anti-imperialista da classe trabalhadora, no âmbito da Guerra Fria, que caracterizaram aqueles anos.

As jornadas do herói e do vilão suavizam estas questões. Bases estruturais das narrativas hollywoodianas são, muitas vezes, apenas a visão de mundo da classe dominante. A representação de um fato histórico de mais de 30 anos com essas características em 2022, na atual situação social e histórica na Argentina, e até mesmo no Brasil, torna-se assim a grande questão que Argentina, 1985 nos coloca.

No seu discurso, Strassera relativiza a guerra imposta pelos militares à população civil e a transforma em questão moral e psicológica, de sadismo de indivíduos cruéis. Contraditoriamente, poupa o sistema econômico capitalista e a burguesia argentina da perversidade e lava a história aos nossos olhos. Tal artifício diz muito mais sobre como a classe dominante capitalista atualmente orienta a percepção e a memória histórica do que com o que de fato aconteceu em 1985. Não por acaso, há muitos momentos leves e de humor no filme.

Ainda no âmbito da construção dramática, não podemos esquecer que, desde 2013, um enredo muito parecido foi usado no Brasil, via telejornais e mídias impressas e digitais, para justificar o golpe de estado de 2016 e de sua continuação em 2018. Até hoje, centenas de milhares de pessoas ainda seguem e admiram os promotores e juízes da Operação Lava-Jato. No caso, a perversidade está na manipulação da história como se fosse fato e realidade. Em sua essência, a Operação Lava-Jato é um teatro que segue a mesma receita dramática hollywoodiana, aplicada à realidade. De maneira contraditória, a esquerda, ao condenar juízes e promotores individualmente, apenas salva um sistema podre de uma transformação efetiva.

Em Argentina, 1985, há ainda um processo de identificação que é catártico, mais um elemento dramático da narrativa hollywoodiana. Ficamos felizes com a punição dos malvados (merecida, claro). Mas é bom ficarmos atentos ao fato de que Strassera e Videla, ambos funcionários públicos do Estado burguês argentino, são de classe média. Como é também a grande maioria da audiência deste filme.

A contradição está no fato de que esta necessidade de catarse – muitas pessoas dizem ter chorado na cena da leitura da peça de acusação – é da mesma natureza que faz com que os bolsonaristas, na sua grande maioria indivíduos da classe média e da pequena burguesia, ainda estejam nas ruas pedindo intervenção militar, ou divina, para que consigam o tão almejado final feliz para a história que eles defendem como real. Vivemos um momento histórico em que realidade e ficção se misturam de maneira perversa.

Por isso, é importante que a esquerda não se deixe manipular, buscando o mesmo final catártico só porque os vilões que lhe interessam são punidos no final. Isso é um comportamento de direita, não de esquerda. É necessário superar esse limite na arte e na atuação política. A realidade exige de nós sempre o distanciamento e a avaliação concreta dos fatos e da conjuntura à luz das condições materiais de existência impostas pelo capitalismo e do ponto de vista da classe trabalhadora. Caso contrário, corremos o risco de sermos reféns de nossa necessidade de expiação, de intervenção e de punição tal qual nossos compatriotas apaixonados por suas ilusões, sem nunca entender qual é a real necessidade de mudança.

https://causaoperaria.org.br/2022/argen ... ywoodiana/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por E.R » 17 Nov 2022, 02:08

O cinema argentino é o melhor da América do Sul.

E serve de inspiração para o cinema brasileiro.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 17 Nov 2022, 19:02

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Mensagem por E.R » 19 Nov 2022, 06:01

NOTÍCIAS
https://www.comboinfinito.com.br/princi ... ovo-filme/

Streets of Rage que, anteriormente já havíamos mostrado que contará com o criador de John Wick em seu filme live-action, agora ganhou um anúncio oficial de que contará com a Lionsgate em sua produção.

A produção cinematográfica da Sega terá a Lionsgate, de Jogos Mortais, na adaptação do jogo para as telonas.

O filme vai contar com o talento do criador de John Wick, Derek Kolstad.

“Quando Dmitri mencionou pela primeira vez a ideia de fazer um filme de Streets of Rage, eu imediatamente surtei. E para trabalhar com a Sega ? Meu eu de 10 anos ainda está sorrindo.”
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Mensagem por E.R » 20 Nov 2022, 07:43

NOTÍCIAS
O ESTADO DE S.PAULO

A gerente de banco Jéssica Belliomini e a filha Anne Hamaguti aguardavam na fila para assistir ao filme Lilo, Lilo, Crocodilo, que entrou em cartaz no dia 2 de novembro. Seria a primeira experiência da pequena Anne em uma sala de cinema e o retorno de sua mãe, que assim como milhares de brasileiros ainda não havia retomado o hábito de assistir a filmes nas telonas desde o início da pandemia. Para se ter uma ideia, na sessão em que mãe e filha assistiram à história do pequeno crocodilo cantor havia apenas outros três espectadores. “Hoje eu tirei o dia para trazê-la para conhecer o cinema, vamos ver, se ela gostar e se comportar, voltaremos mais vezes”, afirma Jéssica.

Assim como Jéssica e Anne, muitos brasileiros estavam receosos de entrar em uma sala escura e fechada com dezenas de estranhos apenas para assistir a um filme inédito. Em 2020, houve o fechamento dos cinemas na maior parte do ano, mas 2021 também foi duro para o segmento. A pandemia tirou não só o público das salas, mas também esvaziou a grade de lançamentos, devido às restrições sanitárias que levaram ao adiamento de produções. O segmento agora tenta se recuperar, mas ainda encontra dificuldades em tirar o público do sofá.

No primeiro semestre de 2022, as salas de exibição receberam 44,5 milhões de pessoas, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Apesar de ser um crescimento ante 2021, quando 52,6 milhões foram aos cinemas no ano completo, a retomada dos cinemas engatinha no país.

O público que foi ao cinema de janeiro a setembro de 2022 ainda está 48% abaixo do mesmo período de 2019, enquanto a renda de bilheteria tem queda de 38%.

O ano de 2019 foi de recuperação do público nos cinemas, com 177,7 milhões de espectadores. Em seguida, veio a pandemia, e o número de espectadores caiu para 39,4 milhões, um tombo de 78%. O baque no faturamento foi na mesma proporção, indo de R$ 2,8 bilhões para R$ 628 milhões, de 2019 para 2020. A dependência da quantidade de títulos se reflete nos números. Em 2019, 38 filmes tiveram público entre 500 mil e 2 milhões, enquanto 18 tiveram público superior a 2 milhões. Em 2022, os números passaram para 16 e 11, respectivamente.

O escritor Guilherme Dearo, 33 anos, por ano, ia cerca de 30 vezes ao cinema, conta, e em 2020 e 2021 foi apenas três. Aos poucos, retoma o hábito. “O orçamento está mais apertado, e os preços de comida e transporte estão mais caros. O ingresso para uma pessoa assistir a um único filme custa R$ 40. Os cinemas ainda estão vazios, sem filas e com muitas poltronas vagas. Por isso, muitos cinemas estão fechando as portas. Os teatros, os bares e os shows estão cheios, mas o cinema não fica mais lotado por causa dos aplicativos de streaming”, diz.

Como outros produtos e serviços do dia a dia do brasileiro, o preço do ingresso para assistir a um longa nas telonas também inflacionou nos últimos meses. Dados do Índice de Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontam alta de 8,57% no preço dos cinemas para o acumulado do ano, praticamente o dobro da inflação geral no período, que ficou em 4,70% até outubro.

A venda de ingressos de cinema no mundo é um mercado que deve faturar US$ 16,94 bilhões em 2022, segundo previsão da consultoria Statista. O número representa um salto de 237,7% ante 2021, quando a receita global foi de US$ 5 bilhões. Já no Brasil, a venda de ingressos faturou US$ 40 milhões em 2021 e deve fechar 2022 com US$ 142 milhões. A receita média por pessoa é de apenas US$ 9.53, pouco menos de um terço da média global. A recuperação do segmento no País deve ser em ritmo mais forte do que a média mundial até 2027, crescendo anualmente 4,62%, ante 3,6%.

No vácuo deixado pelos cinemas, as grandes empresas de streaming apostaram pesado durante a pandemia e colheram bons frutos. A Netflix superou a marca de 200 milhões de assinantes. A HBO ganhou novo fôlego com o HBO Max e produções originais, como episódios que reuniram elencos da série Friends e dos filmes da franquia Harry Potter. A Disney, enquanto perdeu público nos parques, viu seu serviço de streaming decolar e aproveitou para lançar produções originais da Marvel.

Mas, ainda no primeiro trimestre deste ano, a Netflix precisou demitir funcionários após uma queda brusca de assinantes pela primeira vez em 10 anos. Os motivos associados ao movimento são o fim das restrições sanitárias para conter a pandemia em diversos países, o aumento da concorrência e a redução do poder de compra no mundo. Ou seja, apesar dos desafios, os consumidores não têm intenção de abrir mão totalmente da experiência de ir ao cinema.

Tiago Mafra, diretor da Ancine, cita a redução de lançamentos de filmes desde 2020 e prevê que o público ainda levará algum tempo para retomar o hábito de ir às salas. “De longe, o cinema foi o entretenimento mais afetado. O cinema voltou quando academias, restaurantes e bares já estavam em pleno funcionamento. Isso impactou o hábito do consumidor. Esses dois anos sem a rotina de ir ao cinema prolongam o retorno aos patamares prépandemia”, diz Mafra.

O executivo ressalta que a janela de exibição do cinema em relação a outros formatos, como streaming e TV paga, foi reduzida para dar rentabilidade às produções no período mais agudo da pandemia. Mas isso já está mudando, e o público deve ser estimulado a voltar ao cinema, à medida que as produções voltem. “No ano que vem, poderemos ter melhor dimensão da recuperação do mercado porque teremos uma base de comparação melhor, com 650 filmes lançados por ano. Houve semanas neste ano sem filmes para o público infantil”, diz.

Para Luiz Marinho, sócio-diretor da consultoria Gouvêa Malls, o não retorno ao cinema tem uma combinação de fatores, como o custo, a redução do fluxo dos shoppings e a ascensão do streaming. “O cinema não perdeu a atratividade. Mas as pessoas estão sendo mais seletivas para investir em um programa de cinema. O público prefere ir ao cinema quando há grandes títulos da Marvel e da Disney. Esse é um comportamento global que é uma consequência do streaming. A distância entre o filme sair do cinema e chegar à TV fechada ou streaming era mais longa e diminuiu. Por isso, os cinemas precisam mexer em suas estratégias. O cinema se torna um programa mais excludente à medida que há preços mais altos e poltronas mais sofisticadas”, afirma.

Luiz Marinho diz ainda que o panorama do segmento mudou após o auge da pandemia, levando ao congelamento dos investimentos de expansão de grandes redes, o que abre uma oportunidade para as empresas conquistarem território País afora.

O segmento busca recuperar o público com novas produções chegando às telas. Além do fator sazonalidade, há investimentos para melhorar a experiência do consumidor. Desde antes da pandemia, o segmento já apostava em tecnologia para modernizar as salas. Segundo especialistas, há dois caminhos principais para atrair o consumidor : criar salas sofisticadas ou reduzir os preços.

Ainda em 2019, a sul-coreana Samsung se uniu à rede de cinemas Cinépolis e trouxe ao País a primeira sala Cinema Onyx 4K, que não tem projetor. Em vez disso, o painel da sala utiliza tecnologia LED, parecida com a dos televisores, mas com tamanho de 455 polegadas. A sala fica no Shopping JK Iguatemi, na Vila Olímpia, em São Paulo. Com a tecnologia, a tela pode oferecer picos dez vezes superiores em termos de brilho e contraste, em razão da ausência do projetor. A sala tecnológica representa um dos esforços do setor para atrair o público e, ao mesmo tempo, elevar o nível de experiência e preço dos ingressos.

Para criar uma receita perene e restabelecer o hábito de ir ao cinema, a rede Cinemark criou, neste ano, um novo programa de fidelidade, o Cinemark Club. A assinatura mensal dá acesso a benefícios, como dois ingressos 2D por mês válidos para qualquer dia da semana, até 20% de desconto em petiscos selecionados, um combo (pipoca e refrigerante) no mês de aniversário do cliente, além de brindes.

Na avaliação de Igor Kupstas, diretor da O2 Play – braço de vídeo da produtora O2 Filmes –, a retomada ainda morosa afeta também as produções do cinema nacional. “Os distribuidores ficam mais receosos de investir, os filmes são menos promovidos, há menos espaço para dinheiro bom, para riscos. Tem sido uma montanha-russa, pois há picos e quedas bruscas”, diz.

Enquanto as salas não voltam a ficar cheias, a maioria das empresas vai usando seu espaço de maneira a preencher as lacunas na sua agenda com eventos nem sempre relacionados ao universo dos filmes. Palestras, festas de aniversário, sessões privadas, workshops, confraternizações e todo tipo de evento corporativo passaram a ser uma forma extra de faturamento.

A rede Cinépolis oferece até pacotes de festas para crianças de 1 a 12 anos em um salão de festas próprio. Outra opção que foge ao tradicional, são as “Sala Junior”, voltadas às crianças. No local, o público conta com acesso a brinquedos, doces e até um tobogã instalado dentro de uma sala de cinema. Nesses espaços, o preço do ingresso pode chegar até R$ 107, conforme site Ingressos.com.

A rede Cinemark, durante o período de escassez de público, lançou o projeto “sua sessão”, em que os usuários poderiam fechar a sala do cinema por R$ 350. Pelo valor, quem contratasse o serviço poderia chamar até 20 pessoas para acompanhar um filme na rede e ter essa sensação de “serviço exclusivo”.

Assim como o público que ainda não voltou às salas, quem também não cravou seu retorno aos cinemas foram as marcas e os anunciantes. Isso fica claro em números do Cenp-Meios, o Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário, sobre os investimentos de mídia em cada tipo de veículo.

Segundo os dados da entidade, entre 2019 e 2021, os valores de anúncios feitos no espaço que antecede o início dos filmes despencou quase 80%. Para 2022, o desempenho não deve superar ainda os patamares pré-pandêmicos, isso porque de janeiro a junho deste ano – informações mais recentes compiladas pelo CenpMeios – o valor arrecadado era de apenas 30% do que foi arrecadado antes da pandemia.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Nov 2022, 00:34

NOTÍCIAS
ARTES
Criador do Novo Cinema Alemão morre aos 89 anos
Morre Jean-Marie Straub, importante nome do Novo Cinema Alemão

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Na madrugada do último domingo (20), faleceu o renomado cineasta Jean-Marie Straub, aos 89 anos, em Rolle, na Suíça. É uma grande perda para o cinema mundial, tendo sido um grande expoente do Novo Cinema Alemão.

A morte foi confirmada pelo jornal francês Le Monde, sem que a causa tenha sido divulgada.

O cineasta nasceu em 1933, na cidade de Metz, na França, e ingressou ainda jovem no circuito de cinema de Paris. Junto a sua esposa, Danièle Huillet, produziu uma importante e vasta obra cinematográfica, trabalhando fora dos grandes centros do cinema mundial. Em seus trabalhos, sua visão marxista acerca da sociedade se fez notável, trazendo críticas importantes às opressões do sistema capitalista.

Em 1958, foi convocado para servir ao exército durante ocasião da Guerra da França contra a Argélia. Contudo, decidiu exilar-se e passou a integrar o movimento do Novo Cinema Alemão, junto a nomes como Werner Herzog e Rainer Werner Fassbinder.

O Novo Cinema Alemão foi um movimento cinematográfico que visava estabelecer uma nova relação entre a obra e sua produção. A partir do Manifesto Oberhausen, esse movimento entendia que o cinema deveria livrar-se das amarras da Indústria, que, através de contratos, amarrava o cinema aos interesses das partes envolvidas no negócio. Assim, a arte não era mais uma produção genuína dos artistas, mas algo comprado e produzido a partir dos interesses de quem a financiava.

O movimento cinematográfico não criticava a própria indústria do cinema, mas a sociedade burguesa como um todo. Dessa forma, eram alvos de críticas e reflexões dos cineastas as instituições burguesas, a democracia liberal, a imprensa, os grupos oprimidos etc.

De certo, esse grupo de cineastas sofreu muita perseguição por parte da indústria, o que exigiu uma posição firme por parte deles.

Straub e Huillet exploraram muitas adaptações de texto literários para o cinema, principalmente de autores como Franz Kafka, Cesare Pavese e Bertolt Brecht.

Algumas das principais obras do diretor são “Moisés e Aarão” (1975), “Da Nuvem à Resistência” (1979), “Relações de Classe” (1984), “A Morte de Empédocles” (1987), “Antígona” (1992) e “Gente da Sicília” (1999).

Como obra mais aclamada, Straub tem “Crônica de Anna Magdalena Bach”, de 1968, produzido ao lado de Danièlle Huillet, que aborda a vida do renomado compositor clássico alemão Johann Sebastian Bach. O filme contou com entusiasmada recepção da crítica, embora a dupla de diretores tenha tido problemas para angariar recursos para a produção.



https://causaoperaria.org.br/2022/criad ... s-89-anos/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 27 Nov 2022, 06:16

NOTÍCIAS
FEMINISMO BARATO
Feminismo trash
Mais um filme previsível com alguma carga de identitarismo e lugares-comuns.

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Tive o desprazer de assistir ao filme Fresh (2022, Mimi Cave), dirigido por uma mulher, com roteiro de outra mulher (Lauryn Kahn).

O filme é um verdadeiro lixo, bem como o roteiro. Uma mulher vive atrás de encontrar um namorado. Tem algumas desilusões. E, quando encontra alguém que pensa ser o namorado ideal, acaba se dando mal. O sujeito é um médico que sequestra mulheres para retirar partes de seus corpos e traficá-las para clientes que apreciam a carne humana como uma iguaria.

A mulher é presa pelo médico; é-lhe extraída uma parte do traseiro e é obrigada a experimentar carne humana. Procura, então, seduzir o sequestrador como meio para escapar.

O roteiro do filme é banal e previsível; é um roteiro quase igual ao de diversos outros filmes do gênero.

Quando a moça, finalmente, vai para a cama com seu sequestrador, ao fazer sexo oral com ele, arranca-lhe o pênis com os dentes e foge. Consegue, ainda, livrar outras duas mulheres que também estavam no poder do sequestrador, prontas para irem para o abate.

As três conseguem fugir. São perseguidas pelo sequestrador, mas acabam matando-o com um tiro no olho. Em seguida, aparece a esposa do sequestrador. Uma loura submissa, que também havia sofrido na mão dele, mas que acabou como cúmplice e sócia de seus negócios.

Ela encontra uma das fugitivas e se diz também vítima do mesmo sequestrador, apenas para ganhar a confiança dela. Aproveita-se disso e começa a esganar a fugitiva. Mas acaba sendo morta por outra fugitiva que aparece de repente.

As três escapam. Final feliz. Uma bosta.

Mas, sobreveio a dúvida: Por que uma mulher faria um filmes como esse?

Expliquemos. É uma alegoria feminista. Mas não deixa de ser uma estupidez.

A mensagem que o filme quer passar é a seguinte. As mulheres que se sentem atraídas por homens, aparentemente seguros, e que inspiram a elas segurança, acabam, invariavelmente, caindo na armadilha de um relacionamento abusivo.

O homem é sempre um açougueiro interessado apenas em carne humana.

A libertação da mulher ocorre quando ela se livra do desejo pelo homem. E isso é retratado no filme pela emasculação de seu opressor.

O homem é opressor de todas as mulheres, sejam elas brancas, negras ou asiáticas, como as três prisioneiras do filme.

Por último, resta o papel atribuído à esposa do sequestrador. Ela é uma mulher loira, símbolo de opressão. Mas foi oprimida pelo homem e passou a oprimir outras mulheres. O filme quer dizer com isso que toda mulher que aceita a opressão é, por isso, opressora de outras mulheres. A mulher que aceita o papel de oprimida é inimiga das mulheres, é um obstáculo para a libertação da mulher.

O filme consegue colocar essas mensagens na tela, mas ninguém as percebe porque o filme é muito ruim. É um verdadeiro lixo. É aquilo que se chama, em linguagem de cinema, de filme trash (lixo). Trash não é uma forma de qualificar um filme, é um gênero cinematográfico, que faz do exagero, da escatologia e da apelação uma linguagem.

O grande problema desse filme Fresh é que ele é trash nos dois sentidos. Fresh significa “carne fresca”, referência ao que se come no filme e à mulher inexperiente. O grande problema desse filme é a mensagem que ele transmite: a mulher nunca pode se relacionar com um homem e só encontrará a verdadeira libertação ao lado de outra mulher. Essa mensagem está clara.

Ao final do filme, duas das vítimas do sequestrador, que eram amigas mesmo antes de serem sequestradas, repetem o quem uma dizia para a outra no começo do filme:

— Eu te amo, diz uma.

— Eu te amo mais ainda, diz a outra.



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Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Nov 2022, 02:17

NOTÍCIAS
CULTURA DO CANCELAMENTO
Atriz de Harry Potter detona identitários
"Você não pode banir as pessoas. Odeio a cultura do cancelamento. Tornou-se bastante histérico e há uma espécie de caça às bruxas e falta de compreensão”

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Diante da crescente campanha de cancelamento promovida pelo identitarismo, a atriz britânica Helena Bonham Carter defendeu a autora J. K. Rowling e o ator Johnny Depp, que foram alvos recentes da histeria identitária.

Em entrevista ao Sunday Times, a intérprete da bruxa Bellatrix Lestrange na saga Harry Potter afirmou que a justiça já havia sido feita no caso de Depp e que as pessoas deveriam respeitar os posicionamentos de J. K. Rowling.

A artista ainda disse odiar a cultura do cancelamento e denunciou que a autora esta sendo perseguida por conta de comentários que estão sendo interpretados como “transfóbicos”.

Ela completou o pensamento declarando o seguinte: “É horrível, um monte de besteiras. Eu acho que ela foi perseguida. Tem sido levado ao extremo o julgamento das pessoas.”



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Mensagem por CHarritO » 30 Nov 2022, 08:48

:D
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Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Nov 2022, 16:03

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Billy Drescher » 01 Dez 2022, 20:06

Seria mais interessante se o react fosse feito pelo Rui Costa Pimenta.
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Mensagem por Chavito.M » 01 Dez 2022, 20:56

CHarritO escreveu:
30 Nov 2022, 08:48
:D
Eu sinceramente já estava animado para o filme do Mario, mas depois de assistir esse trailer fiquei ainda mais animado. Estou achando à animação muito bonita e a dublagem está me agradando.
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Mensagem por E.R » 01 Dez 2022, 21:01

A dublagem em português desse filme (dessa animação) do Mario parece estar melhor que a dublagem americana.
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Mensagem por E.R » 01 Dez 2022, 22:21

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