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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Nov 2022, 18:15

NOTÍCIAS
"ROUBARAM NOSSA VIDA"
Arábia Saudita: mulher é presa por tuitar sobre direitos humanos
Monarquia absoluta saudita sempre foi protegida pelos Estados Unidos

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No domingo (31), a norte-americana Carly Morris, 34, denunciou em sua conta no Twitter, que ela e sua filha foram privadas de direitos humanos básicos durante sua extensa e forçada estadia na Arábia Saudita desde 2019.

“ Passamos os últimos três anos nestas condições e privados dos nossos direitos básicos, roubaram-nos a vida. ” Enfatizou.

Destaca que as autoridades locais não dão importância ao seu caso e sua situação continua sendo “negligenciada e mal administrada”. Morris viajou há três anos, para que a filha para que sua filha de oito anos pudesse conhecer seu avô paterno. A viagem seria breve, porém, logo se envolveu em uma briga para recuperar a guarda filha, porque as leis de tutela iranianas dá preferência ao pai e foram aplicadas à menor.

Segundo a imprensa norte-americana Carly foi intimada e presa pela promotoria saudita e sob a acusação de “perturbar a ordem pública”.

“Nossa embaixada em Riad [capital saudita] está envolvida neste caso e está monitorando a situação”, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, na terça-feira. Autoridades norte-americanas também confirmaram a prisão de Morris e disseram que acompanhariam o caso. Mas não se tem informações sobre a filha de Morris.

Mesmo com leis internacionais de proteção as autoridades ordenaram a prisão de centenas de ativistas, blogueiros, intelectuais e outros por suas críticas ao governo de Al Saud, do príncipe herdeiro saudita Muhammad bin Salman, desde 2017.


https://causaoperaria.org.br/2022/arabi ... s-humanos/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Nov 2022, 23:18

NOTÍCIAS
CRISE POLÍTICA
Peruanos saem às ruas contra possível golpe da direita
Governo Castillo não consegue se manter estável mesmo com todas as políticas direitistas e concessões à direita

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Centenas de peruanos se reuniram nas proximidades do Congresso Nacional no marco da marcha ‘La toma de Lima’, na manhã de hoje (10), em uma manifestação promovida por sindicatos e organizações sociais que se solidarizaram com o governo de seu presidente Pedro Castillo.

A população busca conseguir que o governo tome as medidas prometidas na campanha de 2021, como convocar uma assembleia constituinte para elaborar uma nova Carta Magna e o fechamento do Congresso.

A marcha provocou a suspensão da sessão que o Congresso peruano havia marcado para esta quinta-feira, a sessão ia discutir uma autorização de saída do país para o presidente Castillo, que deve viajar para a Cidade do México e Santiago para participar da XVII Cúpula Presidencial da Aliança do Pacífico e do IV Gabinete Binacional entre Peru e Chile.

Castillo, não consegue governar como deseja, tem uma política confusa e direitista, o Congresso é formado por maioria de oposição, está no poder desde julho de 2021, já enfrentou duas tentativas de impeachment e respondeu a seis investigações fiscais por suposta corrupção. Motivo pelo qual ele precisaria de autorização para sair do país. Porém os seus eleitores sustentam o seu governo, que se consagra popular.


https://causaoperaria.org.br/2022/perua ... a-direita/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Nov 2022, 22:00

NOTÍCIAS
E O POVO EMPOBRECE
Inglaterra: capitalistas lucram 2 vezes mais que alta da inflação
Burguesia joga o peso da crise econômica nas costas dos trabalhadores

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Em meio a maior taxa de inflação dos últimos 40 anos no Reino Unido, a renda dos patrões das maiores empresas britânicas aumentou duas vezes mais rápido que a própria, segundo um estudo da consultoria PwC.

Esse resultado trouxe ainda mais raiva aos trabalhadores ingleses, em meio à crise do custo de vida atual. O aumento da renda se deve em grande parte às crescentes bonificações após “a reabertura das empresas e o retorno da demanda após a pandemia”, declara Andrew Page, especialista em remuneração de executivos da PwC.

Essas quantias poderiam ser “distribuídas de forma mais igualitária”, disse o diretor do think tank High Pay Center, Luke Hildyard, à imprensa inglesa. “Ao longo da última década, os investidores começaram a ser mais rigorosos quando se trata de remuneração de diretores” e as empresas do FTSE 100 raramente pagam mais de “três a quatro milhões de libras” anualmente aos seus executivos-chefes, declara o diretor.

“isso equivale pagar a eles mais de cem vezes o salário de um trabalhador britânico médio”, reafirma Hildyard.

Há meses a classe trabalhadora inglesa está nas ruas , em greves e paralisações consistentes para exigir salários melhores e elas se multiplicaram pela inflação generalizada no Reino Unido.


https://causaoperaria.org.br/2022/ingla ... -inflacao/
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Mensagem por E.R » 15 Nov 2022, 17:31

NOTÍCIAS
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Nov 2022, 02:30

NOTÍCIAS
IMPRENSA PRÓ-IMPERIALISTA
PIG só lembra que o Afeganistão existe quando é para falar mal
A imprensa burguesa servil ao imperialismo busca fazer crer que o Afeganistão estava melhor sob as botas dos EUA.

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Nesta última quinta-feira (10/11), a imprensa burguesa divulgou amplamente um novo decreto implantado no Afeganistão, que proíbe as mulheres de entrarem em parques e academias de ginástica.

Segundo o porta-voz do Ministério da Virtude e do Vício, responsável pelo novo decreto, Akef Mohajer, o decreto foi necessário pois a população não respeitou as ordens de segregação sexual e também porque as mulheres não usavam o hijab, conforme exigido pelas leis islâmicas e costumes do país.

Desde que o Talibã expulsou o imperialismo do Afeganistão em agosto de 2021, vimos tentativas de evolução em relação aos direitos das mulheres. É importante dizer que a imprensa burguesa e as feministas identitárias se preocupam em fazer críticas a aspectos secundários da política do Talibã em relação às mulheres, como por exemplo criticar o uso do Hijab, que finalmente muitas mulheres usam e usaram inclusive durante os 20 anos de invasão norte-americana, onde não eram obrigadas. As mulheres usam o Hijab pois o uso está baseado na sua religião, na sua fé.

Em relação aos casamentos, foi proibido o casamento não consentido, um avanço importante, segundo o decreto: “Uma mulher não é uma propriedade, mas um ser humano nobre e livre; ninguém pode dá-la a ninguém em troca de paz (…) ou para acabar com a animosidade”

Inicialmente em relação a frequentar escolas, o governo Talibã anunciou que as mulheres poderiam voltar às universidades, o que começou a acontecer, no entanto as mulheres puderam voltar às universidades públicas, as privadas não aceitaram.

Em relação ao ensino fundamental e médio, as meninas ainda estão proibidas de frequentar as escolas, pois segundo o governo, é necessário montar uma estrutura que combine os estudos e os costumes Islâmicos, que por exemplo, precisa ser de classes separadas por sexo e professoras mulheres.

Outra questão que torna mais complicada a evolução das questões das mulheres no Afeganistão e que a imprensa burguesa não aborda, é que o Afeganistão é um país extremamente atrasado, cujo governo é baseado, pelo atraso econômico, em uma forma da religião que é extremamente reacionária , proporcionalmente ao desenvolvimento do país, e que foi implantada com a larga colaboração do próprio imperialismo norte-americana. Quando o feitiço se virou contra o feiticeiro, os EUA trataram de invadir o país a fim de “promover a paz”.

Essa paz nunca existiu com a invasão, pelo contrário, o que o imperialismo fez foi destruir o Afeganistão e, mesmo agora que foram expulsos, continuam a torturar as mulheres afegãs, pois o dinheiro do Afeganistão foi bloqueado e a população está passando fome. Além disso, nestes 20 anos que o imperialismo ficou por lá, as mulheres também não puderam estudar. Cerca de 80% da população é analfabeta e conta com escolas que não possuem sequer estrutura física, com prédios sem paredes, muitas vezes sem estrutura física nenhuma.

Nos mais de 300.000 bombardeios, 43% das vítimas foram de mulheres. Cerca de 70% das crianças afegãs são subnutridas, isso segundo dados da ONG Human Rights Watch. A grande maioria das crianças afegãs não podem estudar simplesmente porque precisam ajudar os pais no trabalho, tamanha a pobreza do país, um dos mais pobres do mundo.

Por mais vagarosa que seja a evolução das mulheres no Afeganistão, é preciso dizer que, nestes 20 anos de invasão do imperialismo, elas não tiveram chance nenhuma, pelo contrário, foram violentadas por ele, literalmente falando também. Agora, as mulheres têm chance de lutar de verdade pelos seus direitos, e pelos motivos alegados pelo governo Talibã para proibir as mulheres de frequentar parques e academias, parece que tem muitos homens que concordam, pois pelo que parece, os homens também não estão cumprindo os costumes e estão frequentando os espaços junto com as mulheres. A janela para o avanço está aberta no Afeganistão.




https://causaoperaria.org.br/2022/pig-s ... falar-mal/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Nov 2022, 22:30

Palhaço cagão, marionete do imperialismo!

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Nov 2022, 04:16

NOTÍCIAS
ATAQUES
Míssil na Polônia é prova de desespero da Ucrânia
Até mesmo os EUA não se arriscam a afirmar que o míssel saiu da Rússia

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Nesta terça-feira (15) um míssil que foi disparado contra a Polônia e deixou dois mortos, caso que é muito grave no contexto da operação militar especial da Rússia em território ucraniano, visto que a Polônia é vizinha destes dois países e faz parte da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que possui diversos membros com armamentos nucleares e deve responder qualquer agressão militar a um de seus membros como um bloco.

A Ucrânia e a máquina de propaganda imperialista logo trataram de culpar a Rússia pelo ataque, mesmo sem provas, algo que eles vêm fazendo constantemente: culpabilizar a Rússia unilateralmente por todo e qualquer problema, para conseguir tirar proveito e fomentar a sua narrativa criminosa que coloca os russos como vilões do mundo. Porém, esse caso é mais sério e gera maiores consequências, pois se fosse realmente um ataque russo à Polônia, isso significaria automaticamente o início de um gigantesco conflito, a Federação Russa estaria em confrontação direta com a aliança militar comandada pelos Estados Unidos, o que acarretaria em um embate com consequências desastrosas. Isso acontece porque os membros da aliança (OTAN) têm o compromisso de se defender mutuamente em caso de ataque armado contra qualquer um deles. Inclusive, é esse fato que faz com que a própria Polônia aja com soberba e ataque constantemente a Federação Russa em seus discursos russofóbicos, pois sabe que os russos não irão retaliar. Vale lembrar que é o governo da Polônia que surgiu com a ideia de proibir vistos e cidadãos russos em toda a Europa.

Dada a gravidade do tema, poucas horas após o ataque do míssil, o governo polonês de início pediu calma e cautela à sua população e, tempos depois, o presidente Duda falou com a imprensa dizendo que o mais provável é que o míssil saiu de um sistema de defesa ucraniano próximo à fronteira entre os dois países e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, veio a público para informar que é pouco possível que o disparo tenha sido efetuado pelos russos e para reforçar a fala do presidente polonês, na tentativa de abaixar as animosidades sobre o caso pois eles sabem o que está em jogo e qual seria o resultado se o ataque viesse realmente da Rússia. No fim, mesmo o império teve que aparecer para desmentir Zelenski, que só pensa em si mesmo e quer que a OTAN entre em confronto com a Federação Russa a todo custo para que ele tenha alguma chance de não sair derrotado desse confronto.


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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Nov 2022, 21:21

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Mensagem por Chapolin Gremista » 19 Nov 2022, 15:49

NOTÍCIAS
BOLÍVIA
Imperialismo prepara golpe contra governo de Luis Arce
Luis Fernando Camacho, líder da extrema-direita que comandou protestos contra Evo Morales em 2019, voltou a convocar manifestações golpistas

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Depois de derrotar parcialmente o golpe que impediu Evo Morales, a maior liderança popular da Bolívia, de exercer seu quarto mandato como presidente do país, a direita golpista busca organizar novas manifestações agora contra o governo de Luis Arce. O governador de Santa Cruz de La Sierra, Luis Fernando Camacho, líder da extrema-direita que foi responsável por violentos protestos na região diante da vitória do presidente Evo Morales, em 2019; voltou a convocar atos e greves para desestabilizar o atual governo. A situação demonstra que Evo Morales precisa desde já mobilizar as bases de seu partido, Movimento ao Socialismo (MAS), e da Central Obreira Boliviana (COB) para impedir um novo golpe de Estado.

O atual presidente boliviano, Luis Arce, foi eleito depois de grandes mobilizações, incluso com uma centena de bloqueios de rodovias em todo país pelo fim do golpe de Estado promovido contra seu correligionário de partido eleito em 2019. A sua candidatura, entretanto, representou uma capitulação de Morales frente ao golpe de Estado, assim como o fato do MAS frear as mobilizações populares contra o governo de Jeanine Añez antes das eleições.

A crise atual remonta a luta contra a privatização da água em 1999, seguida da luta contra a exportação do gás natural boliviano a preço de banana em 2003 e, por fim, da luta pela nacionalização dos hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) em 2005. O movimento revolucionário deste período projetou o primeiro indígena como grande liderança do país, depois de derrotado na eleição de 2002 e das seguidas quedas de presidentes neoliberais, Evo Morales se tornou presidente pela primeira vez em 2006. Em 2008, a tentativa de governos direitista de separar a região leste (Meia Lua) colocou o país à beira de uma guerra civil, mas a mobilização popular impediu a divisão da Bolívia e Morales realizou um referendo no qual 68% do povo defendeu seu mandato.

Em 2009, o estado boliviano foi refundado por meio de nova Carta Magna. A Assembleia Nacional Constituinte promoveu uma série de mudanças como a eleição de juízes da Suprema Corte e mandato presidencial de 5 anos. Em 2018, ano que precede o golpe contra Evo Morales, o país apresentava a maior taxa de crescimento da América do Sul (4,4 %), isso em decorrência da política de reestatização da exploração do petróleo e gás boliviano. Além disso, o governo de Evo Morales implementou o Sistema Único de Saúde (SUS) e também um programa social análogo ao Bolsa Família. Diante da profunda crise do sistema capitalista, o imperialismo não estava mais disposto a tolerar essa situação.

O referendo de 2016, pela limitação de reeleição de mandatos presidenciais, no qual Evo Morales estranhamente saiu derrotado já que tinha aprovação de 80% da população, representou um revés em relação à lei aprovada em 2013, que retirava restrições para a reeleição presidencial, e a preparação de uma ofensiva contra um possível novo mandato do então presidente.

Em 2019, antes mesmo da corrida eleitoral ser iniciada, quando a Suprema Corte Eleitoral aceita a candidatura de Evo Morales, a direita serviçal do imperialismo já começava a articular um movimento golpista contra sua candidatura. Em Santa Cruz, estudantes em protestos encomendados pelo imperialismo incendiaram repartições do Tribunal Eleitoral. Parlamentares de oposição ao governo enviam uma carta à Donald Trump (então presidente dos Estados Unidos) para intervir no país. A direita buscou impulsionar uma greve contra o governo, mas, depois de dois meses, conseguiu reunir somente 5 mil pessoas.

O presidente Evo Morales, antes da campanha eleitoral se iniciar, buscou mobilizar as bases do MAS e da COB contra as investidas golpistas e denunciou os planos do imperialismo. A vitória de Evo Morales foi anunciada depois da contagem de votos ser paralisada por três dias. Assim, o candidato derrotado, Carlos Mesa, que foi um dos presidentes derrubados pelo movimento revolucionário dos anos 2000, chamou suas bases a não aceitar o resultado da eleição e se iniciaram protestos violentos em diversas províncias como La Paz, Santa Cruz de La Sierra, Potosí, Cochabamba e Chuquisaca. Diante da ameaça dos militares, o presidente eleito foge do país e assim começaram as perseguições contra membros do governo, autoridades políticas (governadores, prefeitos e parlamentares), lideranças sindicais e de movimentos sociais, bem como contra seus familiares.

Após a renúncia dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, a golpista Jeanine Añez se autoproclama presidente e tenta submeter o país a uma ditadura. Nomeia novos generais e lança mão de uma política de perseguição fascista. O golpe teve apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), que é controlada pelos Estados Unidos, também da Inglaterra e dos então presidentes do Brasil e Argentina, Jair Bolsonaro e Maurício Macri. Em contrapartida, Venezuela e Cuba condenaram o golpe contra Evo Morales. Além desses países, aconteceram mobilizações no Brasil lideradas pelo Partido da Causa Operária (PCO), na Argentina e até em Viena contra o golpe. Apesar da violência dos fascistas, as poderosas mobilizações das organizações populares fizeram com que o governo golpista recuasse e realizasse novas eleições.

Ainda que o candidato do partido de Evo Morales tenha ganho as eleições, a direita golpista conquistou importantes governos e cidades do país. Além disso, o crescimento do país depois da pandemia já não se compara a outrora. A questão da miséria e fome no país está muito longe de se resolver. É diante desta nova realidade que o líder de extrema-direita, Luis Fernando Camacho, em conjunto com Rómulo Calvo, presidente da organização fascista Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, e Vicente Cuéllar, reitor da Universidade Autônoma René Moreno, buscaram impulsionar, no último mês, nova greve contra o governo de Luis Arce.

Até mesmo o atraso na elaboração da pesquisa do censo demográfico do país serviu de pretexto para a direita golpista promover protestos contra o atual governo. Isso é um sinal de que a situação ainda não está nada resolvida e coloca para as organizações populares novos desafios. Somente a constituição de um verdadeiro governo operário e a expropriação completa da burguesia pode varrer de uma vez os políticos serviçais do imperialismo.



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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Nov 2022, 20:47

NOTÍCIAS
SPUTNIK
Turquia ataca Kobani, no norte da Síria, afirmam forças curdas
As Forças Democráticas da Síria (FDS) acusaram a Turquia de estar atacando a cidade de Kobani, no norte da Síria

Imagem
─ Sputnik News ─

As Forças Democráticas da Síria (FDS) — lideradas pelas Unidades de Proteção Popular curdas (YPG, na sigla em curdo) — acusaram a Turquia de estar atacando a cidade de Kobani, no norte da Síria, neste sábado (19). A região é controlada pela FDS.

“Kobani, a cidade que derrotou o Daesh, está sendo bombardeada pelas aeronaves da ocupação turca”, disse Farhad Shami, chefe do centro de mídia da FDS, no Twitter na noite de sábado.

O ataque acontece cerca de uma semana após a cidade de Istambul ser alvo de uma explosão, na qual o governo turco classifica como um atentado terrorista.

O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, prometeu uma “resposta dura” na ocasião e disse que havia suspeitas de que as ordens para o ataque vieram de Kobani.

No domingo, ocorreu uma explosão na rua turística de pedestres Istiklal, em Istambul, que provocou a morte de seis pessoas e deixou outros 81 feridos. O suspeito detido confessou ter ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é proibido na Turquia.

Em comunicado, no entanto, o PKK negou envolvimento no ataque. “Não temos nada a ver com este incidente e é bem conhecido do público que não atacaríamos civis diretamente ou aprovaríamos ações dirigidas a civis”, disse a organização.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Nov 2022, 19:04

Entenda a campanha contra o Catar.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Nov 2022, 10:15

NOTÍCIAS
IMPERIALISMO
Não existe Ocidente, existe imperialismo e a OTAN
A noção de Ocidente é uma continuação do poder brando dos Estados Unidos e toda sua rede de instituições, que existem para utilizarem o ataque permanente, como a melhor defesa

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Recorrentemente lemos e ouvimos em análises das relações internacionais a ênfase a um suposto “confronto” entre Ocidente e Oriente. Essa divisão arbitrária, pouco útil para o confronto contra o imperialismo, é bastante antiga, secular. Entretanto, essa proposta de divisão do mundo em dois polos, foi reforçada com o conjunto de transformações advindas da queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e derrubada do muro de Berlim, quando diversas teses foram criadas a “toque de caixa” para justificar e reforçar a nova etapa do regime imperialista. Entre as mais conhecidas e lembradas é a tese de Francis Fukuyama sobre o “fim da história”.

À época do fim da URSS, na América Latina foi aplicado o receituário do Consenso de Washington, também conhecido como “regionalismo aberto” (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe – CEPAL/ONU), que impôs o neoliberalismo a partir das medidas de redução da participação dos Estados na economia, privatizações e desindustrialização. Em outros termos, a “globalização” veio como política de abertura econômica em favor dos Estados Unidos e da banca internacional. A imposição de regras para dissolver o aparato industrial na América Latina seria executada por Fujimori, Menem, Collor, Fernando Henrique entre outros fantoches de Washington.

Durante os anos 1990, os Estados Unidos aplicaram sua doutrina para balcanizar o leste europeu e a União Soviética, forjar guerra às drogas contra a Colômbia, invadir o Afeganistão e a Somália, ensaiar a primeira revolução colorida sob os novos parâmetros de poder brando contra a China, a partir dos eventos da “Praça da Paz Celestial”. Com a Rússia arrasada, o Oriente Médio em dificuldades pela guerra ao terror, a tática de sugar o petróleo na porta escancarada no Afeganistão e anteriormente na primeira guerra do Golfo, preponderou sobre a tomada do então combalido “coração da Terra”, a Rússia, e seu entorno.

Essa noção de “Ocidente”, apesar das tentativas de teorias geopolíticas conservadoras, como as teorias “multipolar” de Samuel Huntington e Alexandr Dugin, ao visarem maior compreensão das civilizações e suas especificidades a fim de se evitar eminente confronto do “imperialismo” (nas palavras de Huntington) e “globalismo” (Dugin), é bastante vazia de sentido crítico. Embora seja duas propostas de dissuasão e antiguerra, ressalta-se os aspectos pouco realistas das teorias, embora sejam assim consideradas. Ambas as teorias, ao criticar a “arrogância do Ocidente” e denunciar seus objetivos, não fundamentam o confronto que deveria ser mobilizado, isto é, o confronto entre os países atrasados e países imperialistas.

Guerra é o fator que desmorona a existência de um “Ocidente”
Entre as teorias da “globalização”, a “ocidentalização” é uma ideologia propagada pelo imperialismo junto à expansão da rede de poder brando, formalizado após o término da Segunda Guerra Mundial, quando normas vão sendo produzidas a partir do novo centro do imperialismo, Washington. Diversas diretrizes para desestatização, desregulamentação, liberalização do comércio, padrão monetário, “indústria cultural” são elaboradas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BIRD) administram as novas normas junto com uma grande rede de segurança institucional, espionagem e filantropia. Universidades recebem fomento para propagar o liberalismo e os valores “universais” do pós-guerra, enquanto a ideia de “soberania nacional” pouco a pouco se amalgamava a uma internacionalização a partir do país imperialista dominante, os Estados Unidos.

O poder brando, baseado na força da ideologia imperialista, é parte importante do poder duro, a guerra em seu estado puro. Na atual virada histórica, a tese de Huntington de visar a paz acabou reproduzindo o seu oposto, a guerra se tornou a própria política do imperialismo, e o uso do território ucraniano pela OTAN, demarca didaticamente isso. O estágio atingido pelo imperialismo, com todo aparato de segurança que tem vida própria sobre os governantes, além de empresas que lucram com a indústria da guerra, a mais rentável após o capital financeiro.

Toda a indústria de espionagem, os interesses de expansão de atividades produtivas e improdutivas colocam a OTAN como o mecanismo de defesa dentro de uma estratégia ofensiva. O aumento da desigualdade em face do aumento da pobreza e do número de bilionários escancara que a OTAN precisa de inimigos para justificar sua existência, manter aliados sob controle, ao contrário da tese de Huntington. Senão por cinismo, a ideia de Huntington em não expandir a OTAN para não provocar reações das “civilizações”, teve eco para ampliar as “guerras por identidade”. O choque de civilizações evidentemente não transparece cinismo algum, mas reforça que entre todas as teses das relações internacionais, apenas Trotski e Lênin tinham razão, ao entenderem que o imperialismo demanda das “civilizações” (para usar termo de Huntington para analogia) uma revolução permanente e confronto contra o imperialismo.

O imperialismo se dissimula através do poder brando, com a finalidade de ativar permanentemente, uma de suas principais forças produtivas, a guerra e toda sua logística. A guerra mobiliza toda sorte de capital – trabalho e promove a permanência da OTAN como expressão da autonomia que as instituições imperialistas assumem atualmente. As instituições Wall Street, Pentágono, Petroleiras e empresas produtoras de armamentos dos Estados Unidos controlam completamente o governo de seu país e faz toda a administração da guerra 24 horas por dia, por intermédio de uma grande rede de espionagem, controle e filantropia no mundo inteiro.

Enfim, essa rede imperialista demarca que não existe “Ocidente”, existe um tratado do “Atlântico Norte” que visa o controle de todas as regiões. Para isso, além da guerra como motor do Imperialismo, a ideologia de poder brando pode até ter um “corte civilizacional”, “cultural”, “diverso”, mas desde que se baseie no modo universal de “direitos humanos”. Esse sim variando de acordo com o tempo e com o ritmo das transformações na própria correia de transmissão na rede de administração e manutenção do imperialismo. Evidentemente que as velocidades das mudanças na correia de transmissão, bem como a liquidez e volatilidade do capital financeiro e toda sorte de títulos podres; a busca interminável pelo capital monopolista etc. expõem a permanente crise, mas o imperialismo mantém forte capacidade de mutação pela existência dos diversos campos de batalhas abertos para fins de guerra por procuração.

Com o uso permanente do termo “ocidente” por forças nacionalistas, reforça uma tese cultural inexistente para os propósitos centrais do imperialismo, que não é “pasteurizar” o mundo em uma única cultura (“globalismo”). Essa questão é apenas uma parte da guerra contra os povos, não a centralidade dos propósitos dos Estados Unidos e suas redes de instituições mantenedoras. Por isso, as forças “nacionalistas” precisam reforçar que o imperialismo é um regime de força que por meio de diversas armas força sua passagem para continuar extraindo mais-valia, infinitamente, por meio da violência e brutalidade, travestida de guerra cultural.



https://causaoperaria.org.br/2022/nao-e ... -e-a-otan/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Nov 2022, 02:03

''Maior democracia do mundo'' meu ovo!
NOTÍCIAS
PRESO POLÍTICO
Wikileaks chega ao Brasil em campanha pela liberdade de Assange
Julian Assange está preso no Reino Unido sob sérios riscos de ser extraditado aos EUA, onde pode receber pena de prisão perpétua

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Uma delegação do Wikileaks vai chegar na próxima quinta-feira (24) ao Brasil como parte de um giro internacional do seu porta-voz, Kristinn Hrafnsson, e do seu editor, Joseph Farrell, pela América Latina.

Eles estão em campanha pela liberdade de Julian Assange, fundador e maior expoente do portal de vazamento de informações secretas de interesse do público. Assange é um preso político dos EUA, do Reino Unido e do imperialismo mundial, precisamente por ser o maior responsável pelas revelações de torturas e outros crimes desses governos cometidos neste século.

A equipe deverá se encontrar com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e com membros de sua equipe de transição. Lula já criticou os países imperialistas pela perseguição política a Assange e o apoio do governo brasileiro à causa da sua libertação certamente seria um trunfo para os defensores da liberdade de expressão ─ ao mesmo tempo que indisporia ainda mais o novo governo com o imperialismo.

O Wikileaks irá se reunir, nessas visitas que está realizando na América Latina, com movimentos sociais, políticos de esquerda e outras organizações e pessoas que defendem a liberdade de Assange.

https://causaoperaria.org.br/2022/wikil ... e-assange/
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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Nov 2022, 00:52

Viva Fidel, viva a revolução cubana!

NOTÍCIAS
UMA MENSAGEM DE LUTA
Putin: “Fidel Castro dedicou vida a libertar os povos oprimidos”
As contradições com o imperialismo estão obrigando a Putin a assumir uma posição cada vez mais independente e radical, e revela que o país está em um caminho sem volta

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“Fidel Castro dedicou toda a sua vida à luta pelas ideias do bem e da justiça… Um dos líderes mais brilhantes e carismáticos do século 20… uma personalidade verdadeiramente lendária, um símbolo de toda uma era”, foram com estas palavras que Valdmir Putin, presidente da Rússia, iniciou as homenagens feitas na Praça Fidel Castro, em Moscou, na inauguração da estátua em homenagem à maior figura revolucionária da segunda metade do século XX.

Com a participação de Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba e representante do Partido Comunista Cubano, o presidente russo reafirmou o seu compromisso na defesa da luta contra o imperialismo e da soberania dos países atrasados. Em um discurso com inúmeros elogios ao revolucionário, Putin demonstrou de maneira não demagógica, mas com a sinceridade de quem luta hoje contra a OTAN, o seu respeito a Fidel e aos revolucionários cubanos, que colocaram abaixo o antigo regime de opressão pró-imperialista na ilha caribenha e até hoje, mais de 60 anos após a revolução, enfrentam com muita luta as sanções, boicotes e ataques do imperialismo contra seu povo.

No discurso, Putin ainda citou uma das últimas conversas que teve com o comandante cubano, antes de sua morte. Putin relatou que Fidel tinha como preocupação número um a organização de um verdadeiro bloco de resistência entre os países oprimidos pelo imperialismo, e destacou em particular um futuro conflito envolvendo a Rússia contra as forças da OTAN, que se confirmaria no início de 2022.

As declarações de Putin em defesa do legado de Fidel não são a de um revolucionário socialista, contudo são de uma figura que vem assumindo cada vez mais a posição de inimigo dos interesses do bloco e na defesa da soberania dos países oprimidos. O início da guerra na Ucrânia contra as forças da OTAN, foi um passo em definitivo que vem colocando Vladmir Putin a uma posição cada vez mais à esquerda no terreno internacional. Putin iniciou confrontando com armas nas mãos o imperialismo, posteriormente passou a dar discursos mais radicalizados atacando a política colonial dos países europeus e dos Estados Unidos. Hoje, Putin já busca se aliar com todos os movimento anti-imperialistas no mundo, desde os nacionalistas de países atrasados até mesmo às figuras revolucionárias e socialistas como Fidel Castro.

A decisão de prestar homenagens a Fidel, é um forte exemplo desta tendência expressa pelo presidente russo. A Rússia está no centro dos acontecimentos da guerra contra o imperialismo, e suas contradições com os países imperialistas vem atingindo um ponto de inflexão, um caminho sem volta para um confronto generalizado e para a tentativa de fortalecer o poder e a soberania dos demais países do globo. Com o confronto, diversos países atrasados, oprimidos pelo imperialismo, iniciaram um processo de alinhamento com a Rússia e bloco do BRICS, que possuí em suas cadeiras os mais importantes países atrasados do mundo.

São estes os casos de países como Argentina, Irã, Venezuela, Nicarágua, Síria, e muitos outros, que com a ação tomada por Putin assumiram de maneira mais objetiva uma luta direta contra o imperialismo mundial.

Assim, as contradições com o imperialismo estão obrigando Putin a assumir uma posição cada vez mais independente e radical, e revela que o país está em um caminho sem volta de contradições com o bloco, onde a própria população russa, como também ocorre em demais países oprimidos, está pressionando e impulsionando o governo local para uma séria política de ruptura com a dominação imperialista.

Putin assim, tem feito inúmeras declarações cada vez mais radicais desde o início da intervenção na Ucrânia. O presidente russo, destaca a necessidade de libertação dos países oprimidos, da luta contra o imperialismo e da necessidade de se formar um bloco entre os países atrasados contra o domínio europeu e norte-americano.

Dessa maneira, o fortalecimento do BRICS, como principal ferramenta de organização econômica dos países oprimidos, vem ganhando destaque no embate internacional. As pressões do imperialismo contra a China em Taiwan, a ação criminosa realizada contra os países árabes e todo oriente médio, demonstrando esta evolução do confronto político. O imperialismo está enfraquecido, abrindo as portas para uma ação mais contundente dos países oprimidos, no entanto, o futuro reserva um enorme embate entre essas forças, que será decisivo para o mundo inteiro.


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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Nov 2022, 19:36

NOTÍCIAS
PRESO POLÍTICO
Caso Assange expõe hipocrisia sobre direitos humanos no Catar
Julian Assange é a verdadeira prova de que o imperialismo não se importa nem um pouco com direitos humanos

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Nesta sexta-feira (25), o futuro presidente Lula e parte de sua equipe devem se encontrar com uma delegação da WikiLeaks, em São Paulo, para discutir a oposição à extradição de Julian Assange, jornalista preso pelo imperialismo, no Brasil. A visita faz parte de um tour pelo mundo realizada pela equipe da WikiLeaks para intensificar a campanha pela liberdade de Assange.

A delegação, formada por Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell, passará também pelo Rio de Janeiro e por Brasília. No momento, eles se concentram em uma campanha pela América Latina, visitando líderes de países de esquerda e movimentos sociais para aumentar a campanha pela liberdade do jornalista.

A hipocrisia imperialista

Julian Assange é um dos exemplos mais gritantes da atualidade da violação de direitos humanos por parte do imperialismo. Preso por revelar crimes imperialistas, sobretudo crimes de guerra, a equipe da WikiLeaks, assim como a família de Assange, denuncia que a perseguição política imposta ao jornalista, com vigilância constante, é uma violação absurda dos direitos humanos imposta pelo imperialismo. Afinal, o imperialismo o encurralou por sete anos na embaixada do Equador, onde ficou exilado de 2012 a 2019, e o prendeu em um presídio de segurança máxima por três anos, com risco constante de uma extradição aos EUA onde pode muito bem ser torturado física e psicologicamente.

Mas isso, obviamente, é escondido. Atualmente, o imperialismo, em conjunto com a imprensa burguesa, realiza uma campanha ferrenha contra o Catar, país sede da Copa do Mundo de 2022, afirmando que o país viola os direitos humanos, os direitos das mulheres e dos homossexuais. Decerto que se trata de um regime autoritário que deve mudar, mas não é por meio da imprensa burguesa e da pressão do imperialismo que isso vai acontecer.

Obviamente que todas essas acusações são intensificadas, como no caso onde a imprensa acusou o país de ter matado 6.500 pessoas nas construções dos estádios para a Copa — acontecimento facilmente desmentido, uma vez que, além do número ser absurdo por si só, seria necessário jogar uma bomba nas obras para chegar a essa estatística. No fim, não existe nenhum tipo de prova sobre o assunto.

Quanto às mulheres e aos LGBTs, nada mais natural do que um país fundamentalista religioso não permitir os relacionamentos em questão, assim como cercear diversos direitos das mulheres que já foram conquistados em outros países. O interessante é que a imprensa coloca como se, agora, o Catar fosse o único país o qual passa por essa situação, apagando do mapa, por exemplo, diversos países do Oriente Médio, região que inclusive é atrasada por culpa do próprio imperialismo. Desconsidera completamente que o país atrasado sempre foi uma monarquia absolutista, fundamentalista religiosa, que possui uma visão, sobretudo moral, bem diferente dos países imperialistas.

Nesse sentido, se o imperialismo acusa o Catar de violação dos direitos humanos, é de se esperar que todos os países chamados desenvolvidos sejam um verdadeiro exemplo na questão, não é mesmo? Pois bem, não é bem assim que se sucede à questão

O caso Assange

Julian Assange é fundador da WikiLeaks, sendo preso em 2019 após passar 7 anos exilado na embaixada do Equador em Londres, quando teve seu pedido de asilo político revogado pelo golpista Lenin Moreno, recém empossado no cargo de presidente no país latino-americano.

A WikiLeaks fez sua fama após, em 2010, divulgar mais de 700 mil documentos relacionados à crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos e outros países imperialistas. Documentos, vídeos, fotos — tudo isso foi jogado na internet como uma bomba, fazendo com que o imperialismo perseguisse Assange até o inferno com todo tipo de falsas acusações, armando emboscadas e tentando comprar seus aliados para colocá-lo na cadeia.

Assange, no final das contas, havia conseguido asilo político na embaixada do Equador, onde passou 7 anos de sua vida, tendo inclusive casado e tido dois filhos. O jornalista é acusado de 18 crimes pelos Estados Unidos e, juntas, suas penas de prisão acumulam 175 anos. Posteriormente foi descoberto que, durante seu tempo na embaixada, o jornalista era observado por meio de câmeras e escutas implantadas pelos EUA — algo que, curiosamente, configuraria o crime de espionagem, algo que o país acusa Assange de fazer. Sua equipe de advogados até mesmo processou a Central de Inteligência Americana (CIA) por esse fator, mas o caso, obviamente, não foi para frente.

Julian Assange vem sendo mantido em um presídio de segurança máxima desde então. São poucas as informações que recebemos sobre o jornalista, mas é certo que sua saúde piora cada dia mais, tendo inclusive sofrido um pequeno derrame cerebral, de acordo com sua esposa, no final de 2021.

Um processo de extradição para os EUA tem tramitado na corte britânica por um bom tempo, com inclusive uma juíza não aprovando sua extradição imediata por ter medo do que os EUA fariam com o jornalista. No fim das contas, a extradição não faz nenhum sentido porque, assim como afirmou o próprio Assange, ele nunca nem mesmo pisou nos Estados Unidos.

Agora, com o imperialismo tentando abafar a campanha pelo seu nível estrondoso de violação de direitos humanos, a delegação da WikiLeaks tenta angariar apoio para que o jornalista consiga, no mínimo, fazer como Edward Snowden, perseguido pelo imperialismo também por revelar seus crimes, e levar Assange para algum país que o proteja minimamente das garras dos EUA.

Considerações finais

Assange é apenas um caso de violação extrema dos direitos humanos cometidos pelo imperialismo. Poderíamos, por exemplo, citar cada um dos 700 mil documentos, fotos e vídeos disponibilizados pelo jornalista para exemplificar ainda mais a hipocrisia da burguesia.

Do que adianta acusar, nesse sentido, o Catar de violar os direitos humanos sem nenhuma prova e desconsiderando completamente a cultura do país quando, com provas, o imperialismo realiza coisas mais absurdas ainda, violando tudo o que é tipo de direito humano desde sempre? Tudo isso deixa evidente que o imperialismo utiliza tais alegações apenas quando o interessa e, por esse motivo, sempre devemos manter os dois olhos bem abertos para quando esses países acusam outro de alguma coisa.




https://causaoperaria.org.br/2022/caso- ... -no-catar/
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