Política

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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Out 2022, 19:32

NOTÍCIAS
CLAMOR POPULAR
Torcida do Palmeiras: “Ei Bolsonaro vai tomar no …”
Bolsonaro é rejeitado em todo o Brasil desde o ano de 2019, mas só pode ser derrotado nas urnas por meio da mobilização de ruas

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No jogo Palameiras x Avaí deste sábado na 33ª rodada do Brasileirão no Allianz Parque na cidade de São Paulo, o Bolsonaro não foi bem recebido pela torcida do Porco. Em um vídeo gravado pelos no corredor do estádio o presidente é esmurraçado pelos torcedores aos gritos de “Ei bolsonaro vai tomar no …!”, palavra de ordem muito famosa desde o carnaval de 2019.



O acontecimento deixa claro a rejeição do atual presidente entre a população brasileira, que aparece em suas mais tradicionais manifestações como o carnaval e as partidas de futebol. Mas é preciso que fique claro que a impopularidade e popularidade do ex presidente Lula só se expressarão nas urnas com uma grande mobilização popular nas periferias e favelas de todo o país.



https://causaoperaria.org.br/2022/torci ... -tomar-no/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Out 2022, 12:00

NOTÍCIAS
BOLSONARISMO
Vitória não é prender Bolsonaro, mas liquidar sua força política
Derrotar as extrema-direita não se resume a colocar determinadas figuras na cadeia, mas eliminar sua base social. Para isso, a esquerda precisa retomar sua posição antissistema.

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Às vésperas da eleição vemos uma polarização crescente, um acirramento total de ânimos. Na mente da esquerda de classe média, isso se traduz num sentimento de total desespero. Em um determinado artigo vimos ser levantada a seguinte ideia “A vitória de Lula apenas será plena se for Bolsonaro preso” logo seguida de uma lamúria pelo simples fato de que isso tende a não acontecer, afinal, ganhando ou perdendo, Bolsonaro terá uma base importante no Senado e na Câmara.

O pensamento é bastante exemplar da confusão da pequena burguesia neste momento da luta política nacional. O que estamos vendo aqui, é uma tentativa de eliminar o problema percebido, sem, de fato, eliminar coisa alguma. Os que levantam essa hipótese não estão, de forma nenhuma, compreendendo o problema Bolsonaro. Bolsonaro não é um risco por ser corrupto, antidemocrático, fascista ou ditatorial. Não são estas as características que o tornam particularmente destrutivo. O PSDB era todas essas e muito mais. Neste sentido, era uma força bastante mais ameaçadora. O que torna o bolsonarismo um grande problema é sua característica de movimento de massa, de movimento de contestação e seu caráter mais ideológico.

O bolsonarismo reúne nessas características, um movimento tipicamente fascista. Seu caráter fica oculto pelas particularidades do Brasil, além da falta de unidade da burguesia em torno desse movimento. Diferentemente, contudo, de movimentos fascistas tradicionais, o bolsonarismo, há de se reconhecer, ganhou muito terreno entre setores que não são tradicionalmente fascistas por erros da esquerda, e por bandeiras por ele empunhadas.

É o caso com a defesa bolsonarista da liberdade, com a defesa que fazem de questões como o armamento e até a bastante hipócrita defesa que fazem em relação à defesa nacional. O bolsonarismo conseguiu, entre setores mais politizados e esclarecidos, abrir um flanco, um caminho por onde se desenvolver, até mesmo na classe operária, por conta desse programa e essa aparência que se convém chamar de “antissistema”.

Há um enorme descontentamento com a chamada “Democracia Liberal” que vigente na maioria do mundo e no Brasil, que vigora praticamente apenas no papel. Há um gigantesco descontentamento popular em relação à política sistemática de fiscalização estatal, à política neoliberal e de austeridade. Essa revolta permeia a situação e se desenvolve numa rejeição sistemática do modelo político, que é visto, corretamente, como uma ditadura de fachada democrática. O bolsonarismo surge da decomposição deste sistema político e da total falta de capacidade da esquerda de se apresentar como alternativa.

A prisão de Bolsonaro, de seus agrupamentos, seus propagandistas, não fará nada de significante para abater o movimento de direita, podendo até ocorrer o exato oposto.

O movimento de Bolsonaro compartilha muitas características com o lulismo dos últimos 20 anos. Lula sempre foi visto por amplas parcelas do povo como um elemento de fora do sistema e da máquina podre que é a política nacional. Seus mandatos, e subsequentemente os de Dilma, foram mandatos que, apesar de jogar o jogo da burguesia, se desenvolveram numa guerra de atrito, onde a burguesia foi obrigada a atacar o governo por diversas vezes, culminando no golpe de Estado de 2016; que foi, para todos os efeitos propósitos, um mandado de despejo que o sistema realizou contra o PT, seguido da prisão de Lula em 2018.

Todas as medidas de repressão disponíveis dentro do regime político brasileiro e algumas fora dele, foram usadas contra o PT. Lula passou mais de 500 dias preso, qual o motivo da sua recuperação tão rápida? As raízes sociais do lulismo, as coisas que o tornaram uma força importante, continuaram intactas. No momento em que foram devolvidos seus direitos políticos, Lula voltou mais forte do que estava quando o governo caiu.

Mas se o lulismo é antissistema, de onde saiu o espaço para a criação do bolsonarismo? Da guinada ao centro que o PT deu durante os anos de governo. O PT foi uma força antissistema durante toda a sua história, este caráter contudo foi sendo mudado durante seus anos de governo. O Partido perdeu suas organizações de base, tornou-se uma massa amorfa. O caráter antissistema ficou confinado à figura de Lula, não à sua política e ao seu partido. A figura do líder messiânico é uma figura natural da política em países atrasados. Este fenômeno se repete no Brasil, na Argentina, no Equador, na Bolívia e na Venezuela. Mas vê-se que em alguns lugares, como no caso do chavismo na Venezuela, criou-se partidos, organizações e até mesmo uma política para acompanhar estas lideranças.

O caso da Venezuela é emblemático, não há no país grande força de extrema-direita. Não há bolsonarismo, existem protótipos, mas nenhum com o poder que tem a direita aqui ou no resto da América Latina. Muito menos em Cuba. A extrema-direita que existe nesses países é alimentada diretamente pelo imperialismo norte-americano e com muito pouca influência de massas. É uma direita castrada, vista como o sistema tentando invadir novamente o ambiente político. A esquerda, com características mais combativas, varreu a direita do mapa.

Prender e perseguir o bolsonarismo não resultará em nada. Ele precisa ser derrotado no campo da política, das ideias, precisa ser expurgado das suas posições adquiridas no seio do povo. Se isso acontecer, não haverá nem a necessidade de prender. Mesmo que haja, será como prender meia dúzia de tresloucados, fracassados, sem nenhuma relevância. A esquerda, para vencer o bolsonarismo, precisa romper com o sistema e derrotar o bolsonarismo naquilo que é o seu ponto mais forte.



https://causaoperaria.org.br/2022/vitor ... -politica/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Out 2022, 02:19

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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Out 2022, 15:41

NOTÍCIAS
ENTREGUISMO
Centralidade da questão nacional e patriotismo de fachada
Desde o golpe de 2016, o Brasil vem sofrendo uma sangria em sua economia e recursos naturais. Com a crise, o imperialismo cresce os olhos sobre a Amazônia.

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Aeleição presidencial brasileira é um dos acontecimentos dos mais importantes do mundo neste momento, se não o mais importante. Isso em função da grandeza da economia brasileira, de sua população e território, e pela abundância de matérias-primas que possui o país. Ao contrário do que muitos divulgam, o Brasil é um país muito importante no cenário internacional e, por isso mesmo, sofre uma férrea vigilância do imperialismo, especialmente da sua cabeça, os EUA, que se consideram donos daquilo que pensam ser o seu “quintal”, a América Latina.

A imensa polarização política existente no País, simplesmente dizimou o chamado centro político, a direita chamada de “neoliberal” foi varrida do mapa político nacional. A polarização aumentou muito a partir do momento em que a reação começou a organizar o golpe de 2016, com coordenação internacional, inclusive. A polarização não é obra do espírito santo, mas decorrência de uma crise econômica sem precedentes e sem um fim previsível. Como ocorre em graves crises, a cada ação encaminhada, em vez de aliviar a crise, esta é alçada a um patamar superior.

É o caso da guerra da Ucrânia, provocada para afetar um dos principais inimigos eleitos pelo imperialismo, a Rússia. Cercaram o país geopolítica e economicamente e a reação armada desse, com todas as suas consequências, mergulhou a Europa numa grave crise. Em função do interrompimento do fornecimento de gás natural da Rússia, o Continente está numa sinuca de bico, sem suprimento estável de energia, o que é vital para o funcionamento de qualquer economia. Isso somado ao baixo crescimento, inflação, desemprego elevado, tudo levando a uma imensa crise política, na qual a extrema-direita se encontra em ascensão. Um caso ilustrativo da gravidade da crise foi a renúncia da primeira-ministra britânica, Liz Truss, ocorrido nesta quinta-feira (20). Terceira líder do Reino Unido consecutiva a sair antes da hora, Truss foi a que menos tempo ficou no cargo, na história do país.

Com o agravamento da crise mundial, as forças que historicamente não querem que o Brasil se desenvolva (impressiona a atualidade da carta-testamento de Getúlio Vargas, divulgada em agosto de 1954), intensificaram seu ataque ao País. Não é difícil entender que num quadro de crise mundial aguda, cujas consequências neste momento são imprevisíveis, aumenta a disputa por matérias-primas, fontes de energia e mercados mundiais. Um país com os recursos naturais e com a extensão territorial do Brasil, com uma política de desenvolvimento, petroquímica desenvolvida, com as reservas petrolíferas que dispõe, seria imbatível como nação desenvolvida. Porém, colocar toda essa riqueza a serviço do País e da maioria de sua população, requer uma mudança significativa na correlação de forças.

O que acontece no Brasil em relação à Amazônia reflete a polarização e as disputas que estão em jogo. Não existe região em qualquer parte do globo terrestre que disponha de mais recursos naturais do que a Amazônia. O potencial de existência de grandes quantidades de minerais raros, gás, petróleo, naquela região, é imenso. Nesse contexto, os grandes capitais internacionais estão fomentando, na imprensa, e em outros espaços, a aceitação da ideia de que a Amazônia deva ter uma administração internacional. Inclusive alguns setores de esquerda vêm defendendo essa maluquice. É claro que esse debate está sendo estimulado por grandes capitais internacionais, que querem simplesmente roubar os recursos da Região. Tais ambições são disfarçadas por objetivos nobres, como a proteção das populações indígenas, preservação do meio ambiente, e outros. Jornalistas da mídia comercial, aqui e ali, vêm defendendo isso em nome da “racionalidade” e da “civilidade”.

Uma das teses difundidas é a de que o Estado brasileiro é incompetente para administrar a Amazônia. Nessa sórdida campanha, usam como pretexto a verdadeira desgraça que é o governo Bolsonaro, que já pode ser considerado um dos piores da história. Este é um governo incompetente em qualquer área, especialmente no tema ambiental, que é complexo e exige um mínimo de capacidade de planejamento e gestão. A campanha defende que a Amazônia deveria ser gerida por um conjunto de países, inclusive de fora da Região. Claro, estão se referindo aos países ricos, que, nessa versão dos fatos, seriam mais “organizados” e “civilizados”, e, portanto, mais preparados para administrar a Amazônia.

Esse tipo de abordagem esconde que a Alemanha está destruindo uma floresta de 12 mil anos e vilarejos para extração de carvão marrom, ou lignite, um dos combustíveis fósseis mais poluentes que existe no Planeta. Empresas e o governo estão utilizando a guerra na Ucrânia para continuar a minerar o produto, além de outras medidas tomadas, como a reativação de usinas de energia nuclear, que estavam com seus dias contados. O debate sobre gestão internacional da Amazônia não é banal. Está se falando em entregar para administração internacional 59% do território brasileiro, compreendido pela Amazônia Legal, que é distribuído por 775 municípios. A Amazônia compreende nada menos que 67% das florestas tropicais do mundo. Se fosse um país, como querem alguns, a Amazônia Legal seria o 6º maior do mundo em extensão territorial.

O governo de Bolsonaro está destruindo as ferramentas de execução de política econômica, o conjunto de medidas encaminhadas ou anunciadas pelo governo tendem a debilitar ainda mais a economia brasileira. Venda de estatais estratégicas sem política de valorização dos ativos; entrega do pré-sal e de outros recursos naturais; achatamento do mercado consumidor interno via arrocho salarial; regressão em décadas na regulamentação do trabalho; esvaziamento do BRICS, fragilização do Mercosul, tudo isso enfraquece ou dificulta muito a possibilidade de retomada do crescimento do País.

A destruição da indústria, e a transformação do Brasil num fornecedor de commodities baratas para os países centrais, não são efeitos colaterais, ou “erros”, da política econômica desenvolvida desde Michel Temer, é parte constitutiva de um projeto de recolonização do Brasil. Paulo Guedes e Bolsonaro apenas deram continuidade à política entreguista que vem sendo implementada desde o golpe. Por exemplo, as reservas internacionais do Brasil, que foram fundamentais até agora para o País não quebrar financeiramente, se encontram no patamar mais baixo em mais de 11 anos, segundo dados do Banco Central (BC)., US$ 326 bilhões, o mesmo registrado em abril de 2011.

Temos que considerar que, mesmo sendo um país subdesenvolvido, com milhares de problemas, o Brasil é o único país na América que pode rivalizar com os EUA, enquanto potência. Por exemplo, a classe trabalhadora brasileira, de quase 108 milhões de pessoas, é superior à população total de praticamente todos os países da América, com exceção do próprio Brasil, EUA e México.

O governo ilegítimo de Bolsonaro sustenta um patriotismo de fachada, com ações de aparência e atos comemorativos destituídos de conteúdo nacional autêntico. Enquanto faz demagogia barata com os símbolos nacionais, desenvolve uma política econômica que massacra a população e compromete o futuro do País. O caráter antinacional do governo Bolsonaro se revela não por atos vazios, mas por ações muito concretas. Por exemplo, há poucos meses entregou a Eletrobrás, maior empresa de geração de energia da América Latina, a preço de banana, um grave crime de lesa-pátria. Está desmontando a Petrobrás, e é responsável pela maior distribuição de dividendos do mundo, entre as petroleiras, para deleite dos especuladores estrangeiros.

Agora, aproveitando que a opinião pública está voltada para as eleições, colocou à venda 8 mil km de fibra óptica da Petrobrás, que é uma rede estratégica, distribuída por todo o País, acompanhando gasodutos e oleodutos em todo o território. A intenção de Bolsonaro é a de que grupos estrangeiros controlem toda a rede de comunicações da empresa. É simplesmente uma política de torra-torra do patrimônio da companhia. Já vendeu parte das refinarias, obrigando o País a importar derivados do petróleo e, agora, está levando o capital internacional a controlar também as linhas de comunicação da empresa

Em função de tudo que acontece no mundo e no Brasil nessas eleições, a questão nacional está no centro do debate. A extrema-direita, que sequestrou os símbolos nacionais, é patrioteira de fachada, do tipo que bate continência para a bandeira dos EUA. Enquanto Bolsonaro distrai a opinião pública com bobagens diárias, as ações essenciais do seu governo são movimentos de entrega das riquezas do País e de subserviência aos interesses estrangeiros, especialmente dos EUA.

O golpe, desde Temer, manteve dois eixos principais: 1. Destruição de direitos, 2. Entrega da soberania e das riquezas. E Bolsonaro leva a execução desses eixos às últimas consequências.

https://causaoperaria.org.br/2022/centr ... e-fachada/
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Mensagem por Dias » 25 Out 2022, 18:26

"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves

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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Out 2022, 19:09

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Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Out 2022, 21:41

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Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Out 2022, 03:38

Os bolsonaristas estão fora de controle.


NOTÍCIAS
ACIRRAMENTO
Carla Zambelli saca arma e aponta para eleitor de Lula na rua
Zambelli afirmou que "militantes de Lula" a "cercaram e agrediram quando saía do restaurante"

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247 – A deputada federal reeleita por São Paulo Carla Zambelli, apoiadora de Jair Bolsonaro, sacou uma arma e apontou para um homem na rua na tarde deste sábado (29), véspera do segundo turno da eleição.

O episódio aconteceu na travessa da Joaquim Eugênio Lima com a Lorena, no bairro nobre Jardins, segundo Antonio Neto, do PDT, que divulgou um vídeo da cena no Twitter (veja abaixo).

https://www.brasil247.com/regionais/sud ... -rua-video

No vídeo, ela segue o homem por uma distância, que foge e entra num bar. Ela entra atrás e ordena aos gritos: “Deita no chão! Deita no chão!”. “Quer me matar para quê, mano?”, pergunta o homem.

Segundo o jornal O Globo, Zambelli afirmou que “militantes de Lula” a “cercaram e agrediram quando saía do restaurante”. As imagens, no entanto, não mostram agressão, e sim Zambelli correndo – e caindo enquanto corria – atrás de um homem negro. Outro vídeo mostra um homem que acompanha Zambelli também correr e atirar – não é possível identificar em qual direção.

Leandro Grass, candidato ao governo do Distrito Federal pelo PV, já anunciou que vai pedir a cassação do mandato da deputada. “Estou preparando o pedido de cassação da Zambelli. Assim que protocolar, enviarei aqui”, postou no Twitter.

https://causaoperaria.org.br/2022/carla ... la-na-rua/
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Política

Mensagem por Chespolin Chavolorado » 30 Out 2022, 13:29

NOTÍCIAS
No Fórum Chaves desde 27/01/2020: 3 anos
Chapeta escreveu: É, pois é, é que eu não tomei banho desde que voltei pra casa de madrugada, aliás, bonito o quarto da sua irmã.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Out 2022, 14:44

NOTÍCIAS
CARNICEIROS
Truculência bolsonarista não pode servir para indultar MDB e PSDB
Com a histeria em torno das espalhafatosas cenas de violência protagonizadas pelos bolsonaristas, um setor da esquerda nacional decidiu esquecer a brutalidade da direita nacional

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Nas eleições deste ano, o crescimento indiscutível do bolsonarismo como força política fez nascer, nos setores mais confusos da esquerda nacional, a ideia de que o regime estaria sendo infiltrado por “bichos papões”. Isto é, por monstros que nada têm a ver com a política nacional, que vieram do além e cujos valores morais estariam infinitamente abaixo dos figurões tradicionais.

Seriam “bichos papões” homens como Roberto Jefferson, presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que, já cumprindo sentença de prisão domiciliar, xingou uma ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e atirou contra agentes da Polícia Federal quando esses vieram lhe transferir para um presídio. Pessoas como a deputada federal Carla Zambelli (PL), que, ao se ver em meio a populares hostis, sacou uma arma e ameaçou um indivíduo de prisão. Pessoas como o candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos, Tarcísio Freitas, que está sendo acusado de forjar um atentado e até mesmo de ter assassinado uma pessoa para omitir detalhes dessa suposta farsa.

Todos eles são de fato figuras violentas. E mais que isso: são pessoas execráveis, covardes e psicopatas. Um lixo humano que não deveria ter a simpatia de ninguém. O problema, no entanto, é que a campanha atual que esses setores da esquerda nacional fazem contra os “bichos papões” peca fundamentalmente em duas questões: 1) dão a entender, ou mesmo dizem explicitamente, que os políticos burgueses antepassados não eram figuras igualmente repugnantes; 2) focam a denúncia em aspectos unicamente morais e negligenciam por completo a luta de classes. Ambos os pecados, conforme veremos, se complementam.

Tome-se o exemplo da candidatura de Tarcísio de Freitas. Hoje, qualquer um que caminhe entre os apoiadores de Fernando Haddad (PT) ouvirá: “é preciso votar em Haddad contra Tarcísio, pois esse será o pior governador da história de São Paulo. Ele não é civilizado, é violento, é apoiado por Bolsonaro”. Não há dúvida que o governo de Tarcísio Freitas seria uma desgraça para o povo de São Paulo. Mas o que teria de especial nessa desgraça? O povo paulista vive na desgraça há décadas, vítima de governos verdadeiramente monstruosos.

São Paulo está há mais de vinte anos sob gestão do PSDB, o partido mais capacho dos bancos no País. O PSDB simplesmente largou o estado às moscas, destinando o orçamento inteiro aos bancos e transformando uma das maiores e mais ricas cidades do mundo, que é a capital paulista, em um local que parece que foi bombardeado. E não é só a miséria, em comparação à riqueza do estado, que salta aos olhos. A repressão do PSDB foi uma coisa bárbara. O último mandato de Geraldo Alckmin frente ao governo do Estado de São Paulo, com Alexandre de Moraes (também conhecido como “Xandão, o caçador de fascistas”) como secretário de segurança pública, viu números recordes de chacinas policiais. A Polícia Militar de São Paulo sempre foi extremamente violenta, matando de 500 a mil pessoas por ano. É uma estatística, não tem nada a ver com o bolsonarismo em si. O aparato de repressão é uma máquina de extermínio.

E antes mesmo do PSDB? Quem não lembra do maior massacre da história do sistema prisional, que foi a chacina no complexo do Carandiru, quando 111 detentos foram assassinados, sendo que 84 deles sequer haviam sido julgados? O governador dessa época não era Tarcísio Freitas, nem Bolsonaro, mas sim Luiz Antônio Fleury Filho, do MDB, partido de Simone Tebet e Michel Temer.

O que agora justificaria um pavor de Tarcísio Freitas? Absolutamente nada. A não ser uma operação política, consciente ou não, de absolvição dos políticos da direita tradicional. Isto é, uma política de indulgência ou mesmo de beatificação dos criminosos que torturaram a população de São Pulo ao longo das últimas décadas. “Tarcísio é o maior monstro da face da Terra” corresponde, neste momento, a uma política que tem como sentido “José Serra, Geraldo Alckmin, João Doria, Bruno Covas e companhia são grandes homens públicos”.

E é justamente por isso que a campanha contra os “bichos papões” são fortemente moralistas. Afinal, se a esquerda, em vez de criticar Tarcísio de Freitas por ser um elemento do golpe de Estado, defender as privatizações e toda a política neoliberal, simplesmente criticá-lo por arrotar à mesa, os direitistas inimigos do povo, que hoje se travestem de “civilizados”, passarão impunes.

Os bolsonaristas não são seres do além que vieram para rebaixar o nível moral da política brasileira. Eles são, na verdade, a expressão mais sincera da decadência e do deslocamento à direita da burguesia, que diante da crise política cada vez maior, precisa recorrer cada vez mais à truculência para represar o desmoronamento completo do regime.

O regime como um todo deve ser combatido pela esquerda: Tarcísio de Freitas, Fernando Henrique Cardoso, Bolsonaro, João Doria, Michel Temer — todos eles. Do contrário, não salvará a “civilização”, mas morrerá soterrada agarrada a um regime prestes a despencar.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Out 2022, 18:31

NOTÍCIAS
PASSANDO PANO
Operações da PRF não impediram que eleitores votassem, diz Moraes
Alexandre de Moraes minimizou o efeito das operações da PRF: "com base no Código de Trânsito Brasileiro", defendeu

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Opresidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fez uma defesa velada da operação golpista desencadeada pela Polícia Rodoviária Federal neste domingo de eleições. “As operações realizadas, e foram inúmeras operações realizadas, foram, segundo o diretor da PRF […], realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro. Ou seja: um ônibus com pneu careca, com farol quebrado, sem condições de rodar era abordado, e era feita a autuação”, declarou Moraes.

Segundo levantamento divulgado no as primeiras 549 operações registradas se distribuíam da seguinte forma pelo país:

272 operações no Nordeste (49,5% do total);
122 no Centro-Oeste (22,22%);
59 no Norte (10,7%);
48 no Sudeste (8,74%);
48 no Sul (8,74%).

https://causaoperaria.org.br/2022/opera ... iz-moraes/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Out 2022, 23:31

NOTÍCIAS
INTENSIFICAR A MOBILIZAÇÃO
Ocupar as ruas para garantir a posse de Lula
Maior liderança operária do país foi matematicamente eleito às 19h55 de hoje

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Em uma das disputas mais acirradas da história, Luiz Inácio Lula da Silva, o companheiro Lula, venceu o segundo turno das eleições presidenciais. O candidato do PT foi consagrado presidente eleito às 19h57 horas, quando cerca de 99% das urnas já haviam sido apuradas.

Diferentemente da maioria das eleições, quando o povo é obrigado a escolher entre dois ou três picaretas quem será o próximo a governar em nome dos seus patrões, a vitória de Lula representa uma vitória espetacular para a classe operária. Afinal, trata-se de uma liderança operária — a maior da América Latina —, perseguida pelo regime político e eleita em meio a uma revolta crescente contra o golpe de Estado de 2022. A vitória de Lula é uma vitória da classe operária contra o golpe de Estado.

Em vários momentos, durante a campanha eleitoral, esse aspecto veio à tona. Lula participou de atos muito grandes e combativos, onde compareceu os favelados, os trabalhadores vestidos de vermelho, os sem terra — enfim, o povo. Às vésperas da eleição, o candidato petista divulgou uma carta com um programa reformista extremamente limitado, mas em que se recusava a levar adiante a política neoliberal. No debate da Rede Globo, Lula destacou que Bolsonaro é herdeiro do golpe de Estado e ainda criticou a sua política externa de capacho norte-americano. Tanto foi assim que os principais jornas da burguesia imperialista não se eximiu de criticar, em vários momentos, a falta de compromisso de Lula com o tal “mercado”.

As condições em que essa vitória ocorreram, contudo, precisam ser bem avaliadas. Bolsonaro teve mais de 50 milhões de votos — um índice altíssimo, que já era muito alto no primeiro turno, quando tinha um apoio muito inferior na classe dominante. Bolsonaro, embora muito menos popular que Lula, tem uma base de milhões de pessoas, sobretudo composta por elementos da classe média, mas também composta por trabalhadores mais atrasados. O resultado, portanto, expôs um nível altíssimo de polarização.

E não é só isso. No último período, os setores cada vez mais majoritários da burguesia que defendiam a candidatura bolsonarista organizaram uma verdadeira mobilização patronal em prol do candidato do PL. Mais de 2 mil denúncias de “assédio eleitoral” — na verdade, a coação dos patrões aos seus empregados — vieram a público, empresários doaram mais de 60 milhões de reais para a campanha de Bolsonaro e as cidades que tinham uma maior propensão ao voto em Lula ficaram ameaçadas de não terem transporte gratuito. Não foram crimes eleitorais isolados, mas uma iniciativa da burguesia, uma mobilização de classe para impedir a vitória de Lula, que inclusive contou com a conivência total da Justiça eleitoral.

Essa mobilização só se intensificou no dia da eleição. Empresas de ônibus se recusaram a disponibilizar o transporte gratuito em vários lugares, o metrô de Minas Gerais desobedeceu, por horas, a determinação da Justiça que garantia o passe livre no estado, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuou explicitamente para impedir o deslocamento de milhares de eleitores. As operações da PRF, inclusive, teriam sido articuladas pelo próprio governo federal, segundo um colunista do jornal O Globo.

Tudo isso demonstra que a vitória de Lula só foi possível por causa de uma imensa crise no interior do regime político. O apoio de Lula na medida em que o petista mobilizou sua base no segundo turno, se mostrou tamanha que inviabilizou um golpe eleitoral contra o petista. Isto é, não fosse o imenso apoio popular de Lula e o receio da burguesia da crise que se abriria com sua derrota provocada por um golpe eleitoral, Bolsonaro poderia ter ganho.

Esse quadro mostra que a situação não está nada garantida. Da mesma forma que os patrões se mobilizaram para tentar dar a vitória a Bolsonaro, a burguesia poderá muito bem organizar uma iniciativa para impedir que Lula tome posse. Lula, afinal, representa a reversão de toda a política que os capitalistas vêm levando desde o golpe de Estado.

Por isso, é preciso uma iniciativa igualmente classista para garantir que o governo Lula aconteça. É preciso que os trabalhadores, utilizando os seus métodos, se mobilizem em torno da posse de Lula. Isto é, ocupem as ruas e as fábricas — que declarem guerra aos golpistas!

https://causaoperaria.org.br/2022/ocupa ... e-de-lula/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 31 Out 2022, 11:45

NOTÍCIAS
MOBILIZAÇÃO POPULAR
Por um congresso do povo convocado pela CUT
Para garantir que o governo Lula não seja alvo de ainda mais um golpe, as organizações operárias e, em especial, a CUT devem convocar um amplo congresso popular

ImagemNeste domingo (30), os trabalhadores brasileiros elegeram Lula que, a partir do dia primeiro de janeiro de 2023, irá se tornar presidente do Brasil. A votação, extremamente acirrada, foi resultado de uma ampla mobilização da classe operária que, pintando as ruas de vermelho, derrotaram a burguesia em uma etapa fundamental na luta contra o golpe.

Entretanto, justamente por representar os interesses dos trabalhadores e, com isso, mobilizar o povo, Lula é inimigo do imperialismo que, na última década, fez de sua missão acabar com o PT e, principalmente, com o ex-presidente agora reeleito.

As últimas duas semanas mostraram isso de maneira evidente. Afinal, toda a máquina estatal estava ao lado de Bolsonaro, que despejou centenas de bilhões de reais nas eleições deste ano. Sem contar no empresariado de conjunto que, como visto por meio de milhares de denúncias, realizou uma verdadeira operação de coação eleitoral para garantir a derrota de Lula nas urnas.

Consequentemente, ainda é preciso lutar para garantir, além de sua eleição, que Lula efetivamente tome posse e, então, possa governar o País. Fato é que o imperialismo continua em crise portanto, não pode admitir um governo nacionalista no Brasil, o país mais importante da América Latina, que possui riquezas absolutamente indispensáveis para que o capitalismo não desmorone completamente.

Ademais, são os trabalhadores brasileiros a principal arma de Lula para garantir que possa governar. Sem a sua mobilização, ele irá, muito provavelmente, ser vítima de ainda mais um golpe do imperialismo no Brasil, algo que teria consequências absolutamente devastadoras para o povo brasileiro, já que representaria um avanço do neoliberalismo no País.

Por isso, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior central sindical de toda a América Latina e uma das maiores do mundo, deve ter papel central no próximo período político. A sua força de mobilização, simplesmente imbatível por qualquer outra organização nacional, deve ser utilizada justamente para garantir que o governo de Lula tenha forças para lutar contra o imperialismo e que, além disso, governe conforme a vontade da classe operária brasileira.

Nesse sentido, é imprescindível que a CUT convoque um congresso do povo, ou seja, um congresso que agrupe os mais amplos setores da população e discuta quais devem ser os pilares da mobilização popular nesse próximo período. É um passo essencial para garantir que a luta que os trabalhadores estão travando agora continue e se torne cada vez mais combativa, conscientizando as massas sobre o seu papel, a sua força e as suas tarefas frente à luta contra a burguesia.

Além disso, dada a atual conjuntura política brasileira, com a total falência do chamado “centrão”, peça fundamental para a manutenção do regime burguês erguido após o fim da Ditadura Militar de 1964, é preciso que tal congresso discuta a convocação de uma Constituinte.

Dessa forma, os trabalhadores, de maneira consciente e organizada, decidirão o seu próprio futuro. A evolução da luta política no Brasil contra o imperialismo deve se dar justamente dessa maneira, é uma tarefa essencial para impor a vontade do povo sobre a ditadura que a burguesia pode implantar no País. A eleição de Lula, por esse ângulo, é apenas o começo.

https://causaoperaria.org.br/2022/por-u ... -pela-cut/
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Política

Mensagem por Chapolin Gremista » 31 Out 2022, 17:53

NOTÍCIAS
GOVERNO DOS TRABALHADORES
Por um governo Lula sem patrões e sem golpistas
Ao lado da mobilização dos trabalhadores, Lula deve governar para o povo brasileiro e expulsar a burguesia de seu novo governo

Imagem
Aluta contra o golpe no Brasil atingiu um marco importantíssimo. Neste domingo (30), segundo turno das eleições de 2022, Lula foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez com 50,90% dos votos válidos. A disputa, a mais acirrada desde o fim da Ditadura Militar, deu fim a uma campanha eleitoral, que durou cerca de 2 meses e meio, profundamente polarizada.

Desde o começo, a campanha de Lula teve como uma de suas principais diretrizes realizar amplas alianças com setores verdadeiramente reacionários da política brasileira. O principal caso sendo Geraldo Alckmin (PSB), consagrado inimigos dos trabalhadores que foi escolhido para ocupar a vaga e vice na chapa do petista.

Com o passar do tempo, mais figuras foram sendo incorporadas às fileiras de Lula, principalmente após o fim do primeiro turno das eleições, quando diversas figuras direitistas não obtiveram o desempenho que buscavam e, consequentemente, não atingiram nenhum cargo. Foi o caso de Ciro Gomes (PDT) e da principal representante da terceira via, Simone Tebet, que, lentamente, adentraram a campanha de Lula.

Finalmente, o principal objetivo desses setores não era, de forma alguma, apoiar Lula. Tanto é que a maioria, na prática, nem mesmo fez isso. Antes, buscavam sua reabilitação política já que, como foi reforçado pela primeira votação das eleições deste ano, não possuíam popularidade alguma. Lula é, para esse propósito, o candidato perfeito, já que é um dos políticos mais populares de toda a história do Brasil.

Isso ficou ainda mais claro nos casos de Marina Silva, Henrique Meirelles, Neca Setúbal, Fernando Henrique Cardoso (FHC) e outros que saíram de suas tocas, no segundo turno, para declarar voto em Lula. Ao mesmo tempo, nada fizeram para sua campanha senão atrapalhá-la.

Afinal, todos os citados anteriormente são inimigos dos trabalhadores. Servem justamente aos interesses da burguesia que, por definição, depende do massacre da classe operária simplesmente para existir. Ao invés de beneficiar Lula, afastaram setores do povo de sua candidatura, verdadeiras infiltrações que sabotaram a campanha do ex-presidente agora eleito.

No final, ficou mais do que evidente que o verdadeiro diferencial na candidatura de Lula foram os trabalhadores brasileiros. A guinada à esquerda de sua campanha, logo após o primeiro turno, levou o povo às ruas que, pintando-as de vermelho, garantiram a eleição de Lula por meio de sua própria força. Lula é uma figura que, construída pela história da luta dos oprimidos, depende da classe operária para agir e, além disso, governar.

Nesse sentido, seu novo governo deve continuar o legado de sua campanha mais recente e ter como ponto central os trabalhadores brasileiros. Nada de patrões e nada de golpistas, pois esses setores não farão nada senão parasitar Lula para, eventualmente, derrubá-lo e instaurar ainda mais um governo golpista baseado na exploração do povo pobre.

Todos os seus ministérios devem ser compostos por representantes do povo, figuras que irão, de maneira concreta, lutar pelas reivindicações dos trabalhadores em suas respectivas áreas.

Acima disso, é o povo quem deve ditar os rumos do novo governo de Lula que deve, por sua vez, utilizar a força da mobilização popular para passar por cima das decisões reacionárias do Congresso que, neste momento, está infestado pela burguesia e seus capachos bolsonaristas.

Esta é a única forma de garantir que Lula possa governar e que, mais importante, possa governar para e com a classe operária brasileira.

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Política

Mensagem por Chapolin Gremista » 01 Nov 2022, 05:42

NOTÍCIAS
GOVERNO LULA
É preciso ter uma política para a classe operária urbana
Lula deve voltar os seus esforços para retomar os direitos da vanguarda da classe trabalhadora e ampliá-los

Imagem
Lula venceu a eleição em 11 capitais. Bolsonaro venceu em 16.

O candidato do PT venceu em São Paulo, Porto Alegre, Salvador, São Luís, Aracaju, João Pessoa, Recife, Natal, Fortaleza, Teresina e Belém.

O candidato do PSL, no entanto, além de ter vencido em mais capitais, venceu em centros urbanos importantes como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A vitória em São Paulo, o maior centro industrial do País, comprova que Lula ainda tem um imenso apoio no seio da classe operária mais organizada e avançada do Brasil. No entanto, a derrota em outros municípios industrializados acende um alerta.

O PT nasceu dos centros industriais, onde a classe operária se organizou em partido político. Enquanto era oposição, o partido cresceu muito no eleitorado do sudeste industrializado. Porém, quando chegou ao governo ele perdeu apoio nesse setor devido à colaboração com a direita que levou Lula e Dilma a aplicarem algumas políticas de ataque aos direitos dos trabalhadores, como a reforma da previdência e privatizações.

Por outro lado, aumentou o apoio entre o povo pobre do nordeste, porque o PT investiu em importantes (embora limitadas) políticas de transferência de renda, que atingiram os mais necessitados, sendo a maior parte deles do nordeste.

A vitória nas capitais nordestinas, bem como no interior desses estados, que foi acachapante, é comprovação de que as políticas sociais petistas continuam surtindo um poderoso efeito eleitoral. No entanto, se Lula quiser ter poder para governar apesar das sabotagens da direita e da pressão da burguesia, precisa recuperar o apoio dos trabalhadores industriais do sudeste.

É primordial que uma das primeiras medidas de Lula seja um pacote de políticas voltadas diretamente aos trabalhadores industriais. Mesmo antes de assumir, em 1° de janeiro, Lula poderia fazer anúncios nesse sentido. Por exemplo, a elevação real do salário mínimo, um programa para reduzir drasticamente o desemprego, a recuperação da CLT, rasgada pelo golpe, a reestatização das empresas privatizadas pelos golpistas, a retomada do controle da Petrobras pelo Estado, a criação de novas empresas em setores chave da indústria, gerenciadas pelo Estado, a redução da jornada de trabalho etc.

Lula falou muito timidamente de algumas dessas questões na campanha eleitoral. Precisa aplicar planos concretos nesse sentido. Não pode passar o governo oferecendo apenas socorro aos setores mais pobres, mas sim aplicar uma política que dê uma vida digna a essas pessoas que impeça a volta à marginalização, ao mesmo tempo que concede maior poder aos trabalhadores para que eles organizem a luta de todo o povo oprimido por seus direitos universais.



https://causaoperaria.org.br/2022/e-pre ... ia-urbana/
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