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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Jul 2022, 13:23

Bolsonaro não manda
O Globo estimula poder paralelo do STF
Além da má-compreensão de como Bolsonaro trata a questão do armamento, a esquerda mais uma vez será arrastada pela Globo para posições que só interessam à própria burguesia.

ImagemO Estado contra o povo – “Encouraçado Potemkin’ (1925)

Não é de hoje, nem do governo Bolsonaro, que o armamento da população permanece e sempre permanecerá como um dos temas centrais da sociedade brasileira e mundial, por ser um meio de expressão da violência, mas principalmente o meio determinante da subjugação de uma classe sobre a outra.

Por parte da direita, seu posicionamento já é sabido pelas incontáveis décadas de programas sensacionalistas e jornais, que sempre atribuíram toda responsabilidade da violência social à classe operária, que busca sobreviver e se defender do Estado e de suas milícias e jagunços, de todas as maneiras e formas legais e ilegais possíveis.

Da esquerda, uma crise pacifista, que se instalou desde o neoliberalismo, na década de oitenta, e que, agora, iludida, se posiciona junto ao Estado, que é capitalista e controlado pela classe dominante e seus mercenários organizados, tanto nas instituições políticas da direita – a imprensa e partidos -, quanto pelo velho aparelhamento estatal, historicamente marcado pelo coronelismo, mandos e desmandos, em todos os âmbitos da burocracia, tal como o Supremo Tribunal Federal (STF), as Forças Armadas, a Polícia Federal e todos os demais aparatos de repressão, que compõem a chamada “segurança pública”.

A burguesia deixou o Bolsonaro brincar

Bolsonaro ganhou ganhou fama como “O Mito”, por defender variados tópicos populares, “antissistema”, mesmo que de maneira demagógica, como a liberdade, mesmo que uma liberdade abstrata, por vezes parecida com o ‘salve-se quem puder’ ao estilo da distopia do filme “Mad Max”, a liberdade de expressão contra a censura da imprensa burguesa, mesmo também fazendo parte dela, além da liberdade ao armamento, mesmo que restringindo ainda à uma parcela da classe média.

Concretamente o armamento, pregado por Bolsonaro, nunca foi para a população em geral, mas sim para sua base social, que uma parcela, inclusive, sempre esteve armada, com ou sem registro, e uma outra parcela agora pôde ter acesso pelos decretos de flexibilização do porte, visto que os entraves ao acesso às armas sempre foram extremamente pesados, visto que, como já dito, é determinante para o controle social da burguesia ao povo.

Neste sentido, Bolsonaro está correto, já que é uma vontade e necessidade popular em se armar e se proteger, que está em ressonância com os direitos democráticos, mesmo que a Constituição brasileira se oponha desde a promulgação do Estatuto do Desarmamento em 2003, já que se o povo não confia no Estado para sua segurança, está claramente tem o direito de buscar sua própria proteção.

Obviamente que esta não é uma defesa do bolsonarismo, já que como um bom fascista, este somente se utiliza de pautas populares para ganhar popularidade e voto sob a direita tradicional que faz tudo contrário ao povo. Porém, mesmo chegando ao poder, Bolsonaro foi e somente é uma das cartas da burguesia para manter o golpe de Estado em vigor. Em 2018 os golpistas não tiveram escolha, mesmo com Lula preso, suas melhores cartas que são e sempre foram os elementos da direita tradicional, tal como o PSDB, não tiveram força alguma graça à deterioração do regime tradicional, do centrão, não polarizado.

Aceitaram desde então algumas pautas de Bolsonaro, mas nunca permitiram a Bolsonaro que concluísse quaisquer que fossem. Os mandatários dos crimes mandam e desmandam, e assim, sempre brincaram com Bolsonaro, de modo que ele fosse somente um fantoche, assim como Zelenski, presidente da Ucrânia, que serve ao governo norte-americano.

O avanço do golpe

Agora, passada as eleições de 2018 e todo movimento da esquerda pelo fora Bolsonaro, ou seja, passado os riscos do rompimento do regime golpista, visto também que a própria esquerda, por influência do completo carreirismo político, está voltada às eleições que se aproximam, deixando de lado a luta real contra a burguesia, esta, prepara um novo ataque, em uma terceira etapa do golpe, e vai mostrar que nem Bolsonaro, muito menos a esquerda, não mandam nada.

A Rede Globo já está chamando o STF para intervir em decisões do Executivo, amordaçando Bolsonaro, pode emplacar a terceira via com Simone Tebet e outros candidatos. Além disso, a campanha contra o armamento da imprensa burguesa, tem não somente apoio da classe dominante para restringir às armas à polícia, a qual é um exército particular desta classe, como tem também o apoio de significativa parcela da esquerda, que dado o pacifismo cai e vai continuar caindo nas manobras ilegais e anti-democráticas do judiciário contra os poderes eleitos, sob o lema da defesa da “segurança pública”.

O que tem que ficar claro é isso, que, o que a direita não quer é que a população se arme, já que é a única defesa do cidadão comum, da classe trabalhadora, operária, contra o Estado opressor. Os massacres dos trabalhadores nas favelas, no campo, nas cidades, não passaria de forma alguma, como passou em Odessa, no famoso filme “O Encouraçado Potemkin”, exterminou a população desarmada em meio à revolução social russa e do leste europeu.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... lo-do-stf/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Jul 2022, 20:46

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Jul 2022, 12:48

Juiz ou vidente?
O terrorismo de Edson Fachin
Próximo às eleições, Fachin mostra já saber resultado das eleições com preocupações envolvendo o Capitólio

ImagemO juiz Edson Fachin foi a Washington “receber as ordens do Tio San” sobre como serão as eleições brasileiras – Foto: reprodução.

Na última quarta-feira (06), o ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), que também ocupa o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez declarações demonstrando preocupações sobre a conclusão do processo eleitoral brasileiro deste ano, afirmando temer a ocorrência de episódios similares aos que aconteceram nos Estados Unidos há exatos um ano.

Fachin estava em Washington (EUA) em evento organizado pelo instituto Wilson Center para falar sobre as eleições brasileiras, quando afirmou; “Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do 6 de janeiro daqui, do Capitólio”, relembrando o ocorrido em 06 de janeiro de 2021, quando centenas de pessoas invadiram o prédio do Congresso norte-americano em protesto contra o resultado das eleições presidenciais que resultou na vitória de Joe Biden sobre Donald Trump.

O juiz do STF asseverou suas previsões em tom profético: “o Judiciário brasileiro não vai se vergar a quem quer que seja”. Disse ainda que “cada uma das instituições brasileiras precisa cumprir o seu papel nos limites que a Constituição atribui”, afirmou. Ainda sobre a questão do armamento, tema intensamente discutido nos EUA e parcialmente no Brasil, afirmou que a população brasileira deveria se armar “unicamente do seu voto”, complementando que “sociedade armada é sociedade oprimida”.

A imprensa burguesa brasileira noticiou as declarações como respostas ao presidente ilegítimo Jair Bolsonaro (PL) e as suas críticas ao sistema eleitoral. Entretanto, nas suas afirmações sobre um possível resultado o juiz não indica quais seriam as supostas ameaças, perigos concretos que poderiam vir a pôr as eleições em risco, como este afirma.

Juiz ou vidente?

As declarações do juiz antes de tudo soam com tons, em parte profético e em parte ameaçador, principalmente por não deixarem às claras de onde viriam as “preocupações”, quem ou o que estaria ameaçando o processo eleitoral. Tudo o que é declarado são colocações subjetivas que, também nos fazem questionar o que os juízes do STF sabem que a população brasileira desconhece? Ou que está sendo omitido do âmbito público?

Fachin aproveita a oportunidade da data, já que o próprio evento teve tal motivação, um ano do grande protesto na capital norte-americana no dia do anúncio oficial do resultado das eleições, para afirmar que no Brasil poderia acontecer algo ainda pior. Novamente não citando fatos como ameaças de pessoas ou algum grupo, provas ou evidências de alguma investigação em curso, nada. Somente, reafirma suas conclusões aparentemente rebatendo críticas que os juízes da corte têm recebido nos últimos tempos. Isso seria o mais concreto que uma pessoa normal poderia relacionar as declarações com fatos reais.

Tratam-se portanto de afirmações vazias que, até o momento, não passam de uma opinião e, caso não fosse o declarante, uma das autoridades máximas da República, passaria despercebida como um comentário de rede social.

Logo, de forma inevitável a única conclusão possível no momento, considerando a falta de “informações” sobre a concretude dos temores relatados por Fachin e seus colegas de toga, é de que se tratam de declarações com a finalidade de causar medo, temores, criar um clima de medo generalizado, ou seja, um clima de terrorismo, parafraseando o departamento de defesa norte-americano.

O medo justifica a repressão

Ao que tudo indica Fachin, foi “convocado” pelo Tio San, exatamente no aniversário de um ano da grande manifestação de caráter popular que invadiu as dependências do prédio do Congresso americano e, estranhamente, rapidamente foi capitalizado pelos donos do poder em Washington – que aliás, colocaram Biden na presidência – para através de um clima de terror e perseguição, supostamente contra atos anti-democráticos, sacramentou a vitória duramente criticada de Biden e calou, temporariamente, os republicanos trumpistas à força.

Parece ser emblemático que o mesmo remédio usado nos EUA contra uma onda de protestos contra a manipulação eleitoral, que se iniciou já durante a campanha, seja “receitado” às eleições brasileiras diretamente em Washington, nas mãos da pessoa que seria o principal responsável pelo andamento do próximo processo eleitoral presidencial.

Fachin, discursou fazendo suas afirmações “subjetivas” de temores, medos, ameaças, não para o público do evento, mas para o Brasil e, principalmente, para qualquer um que ouse questionar minimamente as eleições, os juízes e suas decisões.

A finalidade de tais declarações é criar um clima de medo generalizado, por uma suposta grande ameaça “à democracia, às eleições, às instituições”, grande ameaça não identificada, ao menos até o momento. Até porque argumentos podem ser fabricados a qualquer momento, basta as condições estarem dadas, como vimos no golpe de 2016, na prisão do ex-presidente Lula, na “facada” contra o Bolsonaro etc.

O clima de terror que está sendo alimentado pelos juízes do STF visa dar aval a um aumento da repressão com a falácia de “defesa da lisura do processo, da democracia, das instituições etc.”. E pior, quando se trata das decisões do tribunal, não há que se falar em leis, pois estes há tomam decisões que imediatamente viram leis, praticamente, diariamente. Ou seja, o clima de medo generalizado alimentado propositalmente, servirá para que leis sejam criadas ilegalmente por decisões dos juízes, que poderão simplesmente aumentar a cassação de mais direitos democráticos da população, ou pelo menos o que restam deles, determinar prisões e outras penalidades contra quem eles quiserem e inclusive por falar, por escrever um comentário em uma rede social. O que, de fato, já está acontecendo.

Logo, as declarações do juiz mostram as verdadeiras intenções das declarações ameaçadoras: basicamente colocar o país, ou melhor, a classe trabalhadora a um passo de um regime plenamente ditatorial.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... on-fachin/
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Mensagem por E.R » 12 Jul 2022, 17:26

NOTÍCIAS
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E a censura continua.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Jul 2022, 18:54





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Mensagem por FLASH » 13 Jul 2022, 19:05

Barbano escreveu:
06 Jul 2022, 15:31
E.R escreveu:
29 Jun 2022, 13:18
NOTÍCIAS
https://revistaoeste.com/politica/pec-p ... de-9-anos/

O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL) apresentou proposta de emenda constitucional (PEC) para limitar poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) e mudar alguns parâmetros de funcionamento da Corte.

O projeto altera a idade mínima para ingresso no STF, de 35 para 50 anos.

A PEC proposta por Paulo Eduardo Martins ainda estabelece mandato de nove anos para os ministros do STF.

A proposta também se concentra em limites a decisões colegiadas do plenário. A intenção é que uma lei ou ato normativo só vai poder ser declarado inconstitucional por dois terços dos membros do tribunal.

Atualmente, a inconstitucionalidade é válida pela maioria absoluta do STF, em algumas ocasiões por diferença de apenas um voto.

A PEC também proíbe decisões monocráticas em matérias constitucionais.

O parlamentar levou as sugestões à Câmara.
O projeto de aparelhamento do Estado pelo bolsonarismo segue a todo vapor. Espero que o Congresso seja renovado decentemente e esse tipo de projeto autoritário não tenha a menor chance de passar.

Imagine um governante ficar 8 anos no poder com os ministros do STF tendo mandatos de 9 anos. Ele vai poder indicar praticamente toda a corte, e aparelhá-la do jeito que quiser.

A única medida que achei interessante é a elevação da idade mínima. Para chegar ao STF deveria ser preciso um ótimo know how.
A única coisa do projeto que concordo, na verdade, é a redução do mandato. E discordo, dentre todas as outras partes do projeto, da proposta de idade mínima. Acho uma idiotice, até porque idade por si só não estabelece propriedade, principalmente pra um cargo onde o requisito é possuir "relevante saber jurídico".

Pra mim, os ministros deveriam ser selecionados via concurso público, rotativo, selecionando um integrante de cada Estado por oportunidade e com duração máxima de 9 anos, sem poder retornar ao cargo.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Jul 2022, 19:21

Skinhead de Toga banca o bom moço.

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Mensagem por E.R » 14 Jul 2022, 16:00

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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Jul 2022, 20:58

Quando o cachorro é grande...
Tigrão com o PCO, tchutchuca com os milicos
O que fará o STF, agora que os militares estão abertamente questionando a lisura do processo eleitoral?

ImagemAlexandre de Moraes e Fernando Capez com autoridades militares em 2015 – Foto: Marco Antonio Cardelino/ALESP

Por influência do bolsonarismo, setores das Forças Armadas têm levado adiante uma ofensiva contra o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal no que diz respeito à questão das urnas eletrônicas. Em 2021, os militares já haviam enviado mais de 80 questionamentos ao TSE sobre as urnas, ainda como parte da Comissão de Transparência para as Eleições, grupo criado pelo próprio TSE e que os militares integram a convite do Tribunal. Além dos questionamentos, havia também sete sugestões para melhorar o funcionamento do processo eleitoral.

Posteriormente, em dezembro de 2021, o TSE emitiu uma resolução que legitimava as Forças Armadas como entidades fiscalizadoras das eleições de 2022. Agora, o Ministério da Defesa montou uma equipe com oficiais do Exército, da Força Aérea e da Marinha para traçar o plano de atuação dos militares nas próximas eleições. Já há uma colocação por parte deste grupo de que o TSE não forneceu respostas às 80 perguntas enviadas ainda no ano passado, e procura pressionar a Corte para que sejam enviadas as respostas o quanto antes.

O que está sendo proposto pelo Ministério da Defesa e pelas F.A., na prática, é uma fiscalização das eleições feita pelos militares. O plano de atuação envolve sua participação em oito diferentes etapas das eleições, etapas que envolvem a lacração das urnas, testes de autenticidade e integridade e a verificação da totalização dos votos. Os militares ainda pretendem cobrar da Corte que as urnas sejam submetidas a testes.

Arquivos de eleições passadas

Além disso, as Forças Armadas também emitiram um ofício ao final de junho para o TSE, em que solicitam uma série de arquivos relacionados às eleições de 2014 e 2018, as quais Bolsonaro afirma que teriam sido fraudadas. Os militares afirmaram que o propósito de requisitar acesso aos arquivos seria para “esclarecer e conhecer os mecanismos do processo eleitoral com a finalidade de permitir a execução das atividades de fiscalização do processo eleitoral”.

O que foi solicitado com relação às eleições de 2014 e 2018 são os arquivos de imagens dos boletins de urnas; os arquivos com o registro digital do voto e os logs das urnas registrando todas as atividades pelas quais os aparelhos passaram durante as eleições. As Forças Armadas também pediram acesso ao relatório de urnas substituídas, ao relatório de boletins de urnas que faltaram e ao de comparecimento e abstenção em cada seção eleitoral.

A ingerência golpista dos militares deve ser repudiada

Ainda que seja evidente que as eleições no Brasil são extremamente fraudadas, é preciso dizer, primeiramente, que elas não deveriam ser, de forma alguma, fiscalizadas pelos militares. Essa fiscalização deve ser feita pela população, pelos partidos políticos e pela sociedade civil. Ainda que o STF e o TSE sejam instituições anti-democráticas e que defendamos a sua extinção, é preciso dizer também que essa usurpação por parte das Forças Armadas das funções dos Tribunais é algo totalmente ilegal e coloca em risco todo o processo eleitoral.

Não é possível depositar nenhuma confiança nas cortes superiores, mas a confiança nas Forças Armadas é ainda menor. Os militares possuem uma forte tendência golpista e nada do que fazem está alinhado com os interesses da população. Essa truculência com que eles se colocam para intervir no processo eleitoral deve ser repudiada totalmente.

“Xandão” irá conter ou punir os militares?

É preciso também questionar: qual será agora a reação do STF? O Partido da Causa Operária foi colocado em dois inquéritos (um aberto pelo STF e outro pelo TSE) por questionar a veracidade do processo eleitoral no Brasil, ou seja, um crime de opinião. O mesmo ocorreu com parlamentares e figuras ligadas ao bolsonarismo – como Daniel Silveira, Allan dos Santos ou Roberto Jefferson. No caso de Silveira, foi proposta até pena de prisão para o deputado por suas críticas ao STF.

No caso dos militares, eles não estão simplesmente emitindo uma opinião, mas tomando ação diretamente contra o processo eleitoral. É muito mais grave do que a acusação que recai sobre o PCO, por exemplo, pois as F.A. têm a capacidade e o poder para agir diretamente sobre as eleições, coisa que o PCO não tem.

No entanto, o STF e o TSE não esboçam reação alguma. Não há despacho algum de Alexandre de Moraes procurando incluir os oficiais das Forças Armadas no inquérito das fake news. Isso ocorre porque o STF não tem nenhum poder diante dos militares. A valentia deles contra um partido de esquerda é muito grande, mas contra os militares se mostram covardes.

Isso também é uma prova de que, se houvesse uma disposição por parte dos militares para dar um golpe de estado no Brasil, o STF não seria capaz de fazer nada a respeito. A única força capaz de impedir um golpe no país é a mobilização popular. É também o povo que terá a capacidade de derrubar o golpe dado em 2016 e que procura se consolidar a cada nova etapa política que há pela frente. A esquerda não deve depositar nenhuma confiança no STF e em nenhuma das outras instituições podres que permitiram que o golpe ocorresse. É preciso recorrer ao povo mobilizado para levar adiante a luta.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... s-milicos/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 15 Jul 2022, 18:29

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Jul 2022, 17:38

Censura
Xandão: todo dia, dez pessoas deveriam ser processadas
Alexandre de Moraes está na missão de controlar as eleições para que vença o candidato que os antigos e atuais golpistas acharem melhor

ImagemMinistro do STF, Alexandre de Moraes – Foto: Reprodução.

Em matéria publicada em O Estado de S. Paulo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, em palestra, que as instituições do Poder Judiciário são atacadas pelo menos dez vezes por dia, através de “discursos de ódio” e ameaças.

O discurso de ódio, segundo pesquisa no próprio Google, não tem uma definição clara. Mas basta dizer que é uma expressão de descontentamento, crítica ou algo que o valha contra uma pessoa, organização ou instituição, do Estado ou não.

O plano do ministro e de outros integrantes das cortes superiores é impedir, ou seja, combater criminalmente pessoas que pratiquem tal ação. Ou seja, censurar as pessoas que possuem críticas contra o judiciário e mesmo contra o altamente criticável processo eleitoral.

De acordo com o ministro, o plano é combater atividades ilícitas, “crimes praticados pelas milícias digitais, garantindo a liberdade do eleitor em escolher seu candidato, qualquer que seja, para que ele possa escolher com liberdade. Só escolhe com liberdade aquele que tem informações corretas”.

Ou seja, só escolhe com liberdade aquele que teve informações filtradas pelos senhores do regime. Pelos tutores das consciências alheias. Afinal, a que interesse respondem os integrantes dos órgãos repressivos do Estado? Aos interesses do povo? Claro que não.

Estas mesmas instituições, agora tão preocupadas com a informação, não tiveram vergonha nenhuma em apoiar e ratificar o golpe fraudulento contra Dilma Rousseff em 2016, e nem se manifestaram contra, pelo contrário, apoiaram formalmente a prisão do ex-presidente Lula em 2018. Esses são os fiscalizadores das informações das eleições de 2022. Tanto fiscalizam que já censuraram toda a rede social do Partido da Causa Operária, sob o pretexto escandaloso de atacar as instituições do Estado e o próprio Poder Judiciário.

Ora, se todo dia ocorrem dez expressões de ódio ou matérias tidas como falsas, e, no entender do Sr. Alexander de Moraes, isso é crime, em um mês teríamos 300 pessoas processadas e possivelmente presas, como aconteceu com Daniel Silveira. Esse é o melhor jeito de aumentar a população carcerária nacional, ou uma boa forma de controlar o que se diz das eleições, e, por tabela, controlar seu próprio resultado.

É uma farsa total a ideia de controlar as informações divulgadas sobre qualquer coisa. Propaganda se combate com propaganda. É preciso lutar pela ampla liberdade de expressão, de imprensa, de manifestação. Não pode haver um tutor das ideias do povo, um fiscal de informação. Isso é uma perspectiva, em primeiro lugar, preconceituosa contra a população.

Em segundo lugar, filtrar informação não pode ter outro objetivo que não seja a censura. A imprensa capitalista é ela mesma uma indústria de falsificação de informações e mentiras. Basta ver tudo que se passou com o Partido dos Trabalhadores nos últimos dez anos. Nesse sentido, a informação deveria ser a mais ampla possível, irrestrita, sem fiscais, e o povo decide o que deve ou não fazer.

Alexandre de Moraes está na missão de controlar as eleições para que vença o candidato que os antigos e atuais golpistas acharem melhor. É só isso que explica tamanha sanha por reprimir matérias e informações e censurar toda a rede social de um partido político, como aconteceu com o PCO.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... ocessadas/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Jul 2022, 01:36

"Acendendo vela para o diabo"
São Braúlio da Cabeça Lustrada vai nos salvar?
Depois de votar com a direita a favor da PEC do estado de emergência e da "compra de votos", esquerda parlamentar pede a ministro golpista do STF nos "livre do mal"

ImagemCabeça de Piroca cumprimenta Bolsonaro.

Peço licença ao companheiro Jota Camelo, para tomar emprestada sua charge, que apareceu pela primeira há cerca de um mês, para não apenas dar título à essa nossa Coluna, com o também para destacar o caráter

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“premonitório”, não só da charge, como também das previsões políticas feitas pelo Partido da Causa Operária, sobre as consequências da política da esquerda pequeno burguesa, que Jota expôs de modo satírico e eficiente.

Em várias oportunidades apontamos que a política dessa esquerda de crença nas instituições do regime, desde o golpe de Estado de 2016, totalmente dominadas pela direita golpista, como o Congresso Nacional, o Judiciário etc., em contraposição com o abandono da perspectiva tradicional da esquerda de mobilizar os trabalhadores e suas organizações no sentido conquistar suas reivindicações e/ou defender suas necessidades contra os interesses mesquinhos da burguesia. Aliás, para boa parte da esquerda, sequer acredita mais que exista luta de classes e “vende” a ilusão de que os problemas centrais da classe trabalhadora possam ser ser resolvidos por meio da conciliação com o imperialismo e a burguesia “nacional” que, em meio a uma crise histórica do capitalismo, defendem seus ganhos às custas da miséria, fome e morte de milhões de trabalhadores. E para isso não economizam em golpes e guerras e todo tipo de genocídio de parcelas da população.

A “profecia” de Jota, “inspirada” na política do PCO, se consumou. No último dia 14, representantes dos partidos que compõem o movimento “Vamos Juntos pelo Brasil” (PT, PSB, PCdoB, Rede, se reuniram com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na reunião, segundo o relato do próprio PT, foi apresentado “um pedido de providências para conter a escalada de casos de violência política que vêm ocorrendo no país“, diante de acontecimentos recentes como o assassinato do tesoureiro municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçú.

Os dirigentes da esquerda parlamentar foram pedir “socorro” e medidas de repressão para o ex-filiado ao PSDB, ex-secretário de segurança publica em SP (onde reprimiu manifestações de estudantes, professores sem teto etc.) e que, depois de indicado para o STF pelo presidente golpista, Michel Temer (MDB), voltou com outros elementos direitistas do STF a favor de medidas que garantiram a prisão de Lula por mais de 580 dias, que asseguraram a fraude que colocou Bolsonaro na presidência.

Ao se “ajoelharem” pedindo socorro para “São Braúlio da Cabeça Lustrada” e pedir ações repressivas, como multas individuais de “R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por ato” contra Bolsonaro (mas que podem se estendidas, obviamente, até por pela “magnânima” equidade da suprema Corte), essa esquerda mostra que esta depositando suas esperanças nas mesmas pessoas e instituições do regime que promoveram o golpe e levaram o País ao gigantesco retrocesso que vivemos.

Não se trata, infelizmente, de um acontecimento casual.

A reunião ocorreu na mesma semana em que toda essa esquerda e seus aliados da direita, votaram juntos com a extrema direita e a “oposição” golpista a favor do estado de emergência que coloca nas mãos do mesmo Bolsonaro, um enorme poder e mais de R$41 bilhões para “comprar os votos” de uma parcela da população e distribuir, de fato, recursos públicos para os grandes monopólios (como os bancos que foram autorizados a fazer empréstimo consignados para os beneficiários do auxílio emergencial; ou especuladores que receberam os recursos que passaram pelos caminhoneiros e motoristas de aplicativos, que garantiram seus lucros).

Nos Estados, o PT, maior partido da esquerda e que detém a maior liderança popular do País, entregou a disputa para atender aos interesses de seus “aliados” (como no caso desta semana, no Espírito Santo).

Por todos lados, uma abdicação da luta, da mobilização popular, única arma capaz de levar os trabalhadores e seu candidato à vitória.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/b ... os-salvar/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Jul 2022, 00:01

A censura vem aí
Gordofobia pode virar crime, e é melhor você não falar mais nada
Depois do crime de racismo, de homofobia, de machismo e entre outros, chegou o crime de gordofobia

ImagemAcabou a piadinha, agora é CANA! – Foto/Reprodução

Vivemos na era do preconceito, em um tempo onde qualquer coisa, por mais sem intenção possível e imaginável que seja proferida por alguém, pode e será usado contra você na delegacia, pois já passamos da época em que seria usado no tribunal. Não há mais direitos, apenas cadeia.

Esse regime se construiu discretamente, logo abaixo de nossos narizes, e surgiu a partir do uso malicioso do imperialismo das péssimas ideias de indivíduos supostamente bem intencionados. É nessas horas que a frase de Marx: “O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções” passa a fazer todo o sentido.

Depois de vermos a heróica série de criminalizações dos chamados discursos de ódio (leia-se: pensamentos que alguém não gosta que você tenha), nesses contidos o racismo, o machismo, a antiga homofobia, hoje chamada de LGBTQIAP+fobia, agora, se tudo correr como correram essas campanhas com as quais ja temos bastante familiaridade, surge a gordofobia.

No dia 28 de Maio de 2022, foi ao ar uma matéria no órgão de imprensa mais vil e sinistro do imperialismo de todos os tempos, a BBC, uma reportagem cujo título é uma indagação no mínimo ousada: Está na hora de criminalizar a gordofobia?

A reportagem acompanha uma mulher chamada Courtney, que aparentemente sofre de sobrepeso e teria sofrido discriminação, em decorrência de seu porte físico, no ambiente de trabalho por colegas e superiores, tendo sido essa discriminação prejudicial para sua saúde mental e sua progressão na carreira. A reportagem procura introduzir ao leitor, através dos relatos de Courtney, os perigos da gordofobia para a sociedade.

Apesar de aparentemente bem intencionada, a matéria da BBC procura, através da exploração de uma “causa nobre”, iniciar mais uma campanha que vai culminar no cerceamento das liberdades democráticas, em especial da liberdade de expressão.

A utilização do caso de Courtney em específico tem duas vantagens para o propósito sinistro da BBC: primeiro, dar um ar de justiça social à campanha que está sendo preparada, mostrando a questão da proibição como uma questão “trabalhista”, a princípio; e segundo, associar o problema da gordofobia à questão do machismo, como é evidenciado pelos vários estudos que são citados no texto, que mostrariam que as mulheres são as mais afetadas pela gordofobia estrutural. Um estudo chega a afirmar o seguinte: o aumento de uma unidade no IMC de uma mulher está correlacionado com uma diminuição de 1,83% no salário.

Apesar de toda a maquiagem de campanha em defesa dos oprimidos, sabemos que, se vem da BBC, é mais do que certo esperar um propósito maligno. Nesse sentido, é importante no próximo período que nos atentemos aos sinais dessa campanha e a combatamos, pois com as restrições à liberdade de expressão que já nos são impostas a coisa está longe de estar simples, com juízes fazendo o que bem entendem e sendo vistos como guardiões da democracia e do estado de direito. Sendo assim, não vamos deixar que a coisa fique mais feia do que já está, permitindo que mais motivos sejam legitimados para colocar alguém que abriu a boca para falar na cadeia.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/g ... mais-nada/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Jul 2022, 03:44

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Mensagem por Chapolin Gremista » 27 Jul 2022, 10:57

Contra a ditadura do STF
Em Honduras, a esquerda não é tão demente como no Brasil
Hondurenhos aprovam a eleição para os juízes da Suprema Corte

ImagemEdifício da Corte Suprema de Justiça de Honduras – Foto: Reprodução

O Judiciário, no Estado burguês, é o único poder em que seus participantes não são eleitos. Por isso, o povo é constantemente alvejado pelos juízes, que interpretam a lei a seu favor ou a favor de seus protegidos e da burguesia para cumprir seus interesses, tudo com suposto aval da Constituição.

A população sabe disso e procura se defender da maneira que for possível. Em Honduras, por exemplo, a radicalização foi tanta que o povo se rebelou contra esse sistema e pressionou o governo e os parlamentares a aprovarem o projeto de lei que institui que os juízes sejam eleitos. Cerca de 30 organizações da Articulación Ciudadana por la Transparencia y la Justicia (ACTJ), junto com a Plataforma Amplia Nacional Liberadora (Panal), propuseram que os juízes da Corte Suprema de Justiça fossem eleitos e que esses processos fossem transparentes, projeto que foi aprovado com 73 votos a favor.

É importante que estabeleçamos o papel do judiciário em Honduras nos últimos anos. O golpe em 2009, o primeiro da onda de golpes na América Latina, foi dado pelo imperialismo, pela polícia e pelos militares. O Judiciário também teve sua parcela de culpa, e foi controlado pela ditadura no país desde então, colaborando para sua imagem de tiranos e corruptos.

Com a mudança de governo e a subida ao poder de Xiomara Castro, uma disposição maior para a mobilização e a radicalização se instaurou na população. Após anos de ditadura, uma brecha se abriu e foi utilizada para atender as reivindicações dos hondurenhos — os movimentos sociais encabeçaram uma ação, a qual teve apoio inclusive de partidos de direita que estão coligados com o governo de Xiomara, pressionando para que a proposta passasse no Congresso, o que efetivamente ocorreu.

É possível perceber que, diferentemente da esquerda pequeno-burguesa brasileira, os movimentos sociais de Honduras de fato aprenderam a lição e começaram a tomar atitudes quanto ao futuro da população de seu país. É importante afirmar que, enquanto essa medida não passa nem perto da posição revolucionária sobre o assunto, ela acaba sendo um progresso para os setores do nacionalismo burguês, como a própria Xiomara.

Nesse sentido, é importante fazermos uma comparação com o Brasil. Xiomara e seu partido podem, em certa medida, serem comparados ao Partido dos Trabalhadores. As condições em Honduras foram dadas, e a esquerda e o povo se mobilizaram. Se Xiomara consegue passar uma medida que, apesar de insuficiente, já proporciona um avanço para a sociedade, é plausível pensar que ações desse tipo não devem ser impossíveis para o PT e para Lula.

Na medida em que a população se radicaliza e se levanta, a pressão sobre o governo aumenta, fazendo com que a situação dê uma guinada à esquerda e vire para o lado do povo. A esquerda brasileira, assim como a hondurenha, precisa tomar essas oportunidades para colocar o seu programa em prática — e, mesmo se tratando de uma medida do nacionalismo burguês, não podemos adotar o sectarismo e ignorar o fato de que existe algum progressismo na ação.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... no-brasil/
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