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Mensagem por E.R » 11 Mar 2021, 09:30

NOTÍCIAS
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/notic ... emia.ghtml

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Passageiros reclamaram de aglomerações em ônibus que circulavam lotados na manhã desta quarta-feira em São Paulo.

As cenas foram registradas pelo Bom Dia São Paulo e ocorrem todos os dias na capital.

Essas denúncias ocorrem na semana que o estado de São Paulo está na fase vermelha implantada pelo governo estadual para combater a pandemia de coronavírus.

A fase vermelha é a mais restritiva do Plano São Paulo de flexibilização da economia.

Mas essas restrições não estão ocorrendo dentro do transporte público, segundo usuários do sistema ouvidos pela reportagem.

“Os ônibus sempre lotados, uma movimentação intensa. Nenhuma mudança”, disse Katiane Silva de Oliveira, que vende cafés da manhã em frente a um ponto de ônibus no Capão Redondo, Zona Sul da capital.

E apesar de a maioria dos passageiros usarem máscaras, item obrigatório para entrar nos ônibus, os veículos estão circulando lotados, sem distanciamento social.

Além disso, os assentos e apoios das barras de ferro dentro dos veículos acabam sendo um meio de transmissão do vírus já que não são higienizados com frequência com álcool em gel, de acordo com os usuários.

“A minha preocupação maior dentro do ônibus é a questão dos ferros. Você segurar, todo mundo põe a mão. Tem lugar que você coloca e é um grude. Esse horário não tem muita gente, mas tem horas que tá lotado”, falou a líder em condomínio residencial Adriana Aparecida. Ela usa os ônibus da Zona Norte.

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Como muitas pessoas precisam do transporte público integrado para realizar suas tarefas diárias ou trabalhar, elas também correm risco de se contaminar em trens e metrôs.
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Mensagem por Barbano » 12 Mar 2021, 10:53

E.R escreveu:
11 Mar 2021, 09:30
“A minha preocupação maior dentro do ônibus é a questão dos ferros. Você segurar, todo mundo põe a mão. Tem lugar que você coloca e é um grude. Esse horário não tem muita gente, mas tem horas que tá lotado”, falou a líder em condomínio residencial Adriana Aparecida. Ela usa os ônibus da Zona Norte.
Pessoal ainda tá nas recomendações de um ano atrás. O maior risco de contágio é pela aglomeração, não por tocar em superfícies contaminadas. Se não levar a mão ao rosto, e higienizar o mais rápido possível quando sair do ônibus, risco zero de contágio por pegar nos balaústres.

Se as pessoas ficarem quietas e utilizarem máscaras reduz muito o risco também. Tanto que o transporte público não é considerado um foco de contágio pelos especialistas:

https://cnt.org.br/agencia-cnt/estudo-c ... e-covid-19
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Mensagem por E.R » 12 Mar 2021, 11:06

Aqui no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes tomou a decisão de colocar diferentes horários de abertura de lugares (o comércio de rua passou a abrir em um horário, os shoppings em outro horário, os estabelecimentos públicos em outro horário), acredito que tem sim que ter horários de abertura e de fechamento dos lugares, para tentar evitar aglomeração em transportes públicos, mas também precisa colocar mais ônibus em circulação, principalmente nas regiões mais pobres da cidade e principalmente em algumas regiões da Zona Oeste (como Freguesia, Jacarepaguá, Taquara), lá tem poucos ônibus e muitos ônibus lotados, principalmente no sentido Zona Oeste - Zona Sul.

A maioria dos passageiros são trabalhadores que moram em favelas como a Rocinha e que pegam esses ônibus.
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Mensagem por Dias » 12 Mar 2021, 19:06

Barbano escreveu:
12 Mar 2021, 10:53
E.R escreveu:
11 Mar 2021, 09:30
“A minha preocupação maior dentro do ônibus é a questão dos ferros. Você segurar, todo mundo põe a mão. Tem lugar que você coloca e é um grude. Esse horário não tem muita gente, mas tem horas que tá lotado”, falou a líder em condomínio residencial Adriana Aparecida. Ela usa os ônibus da Zona Norte.
Pessoal ainda tá nas recomendações de um ano atrás. O maior risco de contágio é pela aglomeração, não por tocar em superfícies contaminadas. Se não levar a mão ao rosto, e higienizar o mais rápido possível quando sair do ônibus, risco zero de contágio por pegar nos balaústres.

Se as pessoas ficarem quietas e utilizarem máscaras reduz muito o risco também. Tanto que o transporte público não é considerado um foco de contágio pelos especialistas:

https://cnt.org.br/agencia-cnt/estudo-c ... e-covid-19
"O setor de transporte público sofre muito devido à falta de informações corretas. Ele ficou sendo visto como um local de alto risco, por isso fizemos a pesquisa. Ela mostra que o sistema possui segurança. As empresas atuam com protocolo de segurança e saúde, como a higienização dos ônibus, o uso de máscara, janelas abertas e a informação certa de como se transmite a doença”, diz o presidente da NTU, Otávio Cunha.
Aqui no Rio de Janeiro, tem muito ônibus, especialmente ônibus municipal, que não possui janela, e esse protocolo de segurança e saúde só é seguido quando tem algum telejornal filmando. Nos ônibus, pelo menos aqui da Baixada Fluminense que são os que pegava e que eu vi, ainda existia painel de acrílico separando o motorista dos passageiros, e tinha álcool em gel. Agora não tem mais.

E isso é só pro ônibus, trem, metrô, BRT e VLT não tem como ter janela aberta.
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Mensagem por E.R » 13 Mar 2021, 22:22

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Mensagem por E.R » 20 Mar 2021, 04:52

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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/e ... anos.shtml

A Covid-19 desarrumou de vez o setor de ônibus urbanos.

O segmento opera hoje com 50% a 55% dos passageiros em comparação ao período anterior à pandemia, de acordo com cálculos apresentados pela Mercedes.

A diminuição do número de usuários é recomendada neste momento para evitar aglomerações, mas o problema não é apenas esse.

A crise vem de antes, com quedas acentudas entre 2014 e 2016 e um ensaio de recuperação nos três anos seguintes.

Com a Covid-19, a venda de chassis para ônibus acima de oito toneladas despencou 33,3% na comparação entre 2019 e 2020. Foram comercializadas 13.830 unidades ao longo do ano passado.

No primeiro bimestre de 2021, a perda acumulada é de 22,1%.

Ao dividir o setor em categorias, é possível observar um grande desequilíbrio. Por exemplo : as vendas de chassis para ônibus em janeiro e fevereiro foram puxadas pelo setor escolar, que cresceu 176 % em relação ao mesmo período de 2020. Em geral, são compras feitas por meio do programa federal Caminho da Escola para renovar a frota de municípios.

A comercialização para fretamento também cresceu : alta de 26% no primeiro bimestre, segundo os dados da Mercedes. Esse segmento foi aquecido com o incremento das frotas privadas para transporte de funcionários. Como é preciso manter o distanciamento a bordo, a lotação máxima tem sido reduzida pela metade, sendo necessário aumentar o número de veículos em circulação.

Já os dados negativos estão concentrados nos segmentos de ônibus urbanos e rodoviários. As vendas de chassis para essas categorias no primeiro bimestre caíram 64% e 67%, respectivamente.

Os caminhões, no entanto, seguem no sentido oposto, com vendas impulsionadas pelo agronegócio. Esse setor que tem garantido a rentabilidade das fabricantes de veículos pesados.

Apesar do momento difícil, as montadoras mantêm a esperança na retomada — que é aguardada para 2022 e se baseia na vacinação em massa.

A Mercedes até está apostando em um novo produto, o Super Padron O 500 R 1830. É um chassi de dois eixos para ônibus urbanos de até 14 metros de comprimento, que foi pensando para atuar em corredores segregados e pode ter até cinco portas.

A montadora diz que será possível transportar até cem passageiros nos ônibus encarroçados sobre o novo chassi de motor dianteiro e dois eixos. A empresa afirma também que essa configuração gera menor custo de aquisição e de manutenção.

Ou seja, é aposta para uma retomada com menos dinheiro circulando e mais gente vacinada e disposta a retomar os deslocamentos em transporte público.
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Mensagem por E.R » 22 Mar 2021, 10:42

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Mensagem por E.R » 23 Mar 2021, 08:45

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https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/j ... ra-brasil/

Ocorreu a suspensão, decretada pelo ministro Alexandre Moraes a pedido do PSOL e com o apoio do MPF, do projeto de uma ferrovia essencial para os interesses do país – a Ferrogrão, cerca de 900 quilômetros de trilhos que devem ligar uma das áreas mais produtivas de soja em todo o mundo, no norte de Mato Grosso, ao complexo portuário do Rio Tapajós, no Pará.

Dali, ela seria levada aos mercados internacionais, com uma decisiva redução nos custos e na emissão de carbono por parte dos milhares de caminhões que hoje se encarregam do transporte desta parte da safra brasileira de grãos.

A medida nada tem a ver com as leis ou, como se alega, com a “defesa do ambiente” e dos “povos indígenas” – é um ato puramente político.

Não há nenhuma justificativa decente para a decisão, nem no terreno da lógica nem em qualquer outro. A Ferrogrão foi suspensa porque atravessa, já no seu trecho final, a beirada de uma reserva florestal. Vamos aos fatos. Essa reserva ocupa um território de 1.300.000 hectares; a ferrovia afeta uma área pouco acima de 850 hectares, que foi excluída do parque para possibilitar as obras. Você não leu errado. São 850 hectares em 1.300.000, ou menos de 0,1% da área total.

Há mais. A exclusão dessa porção mínima da área oficial do parque foi decidida por lei, em 2017, pelo Congresso Nacional. Não há absolutamente nada de errado com a medida, salvo uma coisa : o PSOL é contra. E toda vez que a esquerda perde uma votação na Câmara ou no Senado, seus militantes recorrem ao STF para virar a mesa. Levam quase todas.

Se o Parlamento brasileiro não tem o direito de aprovar uma mudança mínima na área de um parque nacional, teria direito a fazer o que, então ? O fato é que o ministro Alexandre de Moraes disse que a lei aprovada dentro de todos os trâmites legais pela Câmara não é “constitucional” – e, portanto, não está valendo. A história vai agora para o plenário.

Enquanto aqui os inimigos do Brasil sabotam todos os dias uma atividade essencial para a sobrevivência econômica nacional, lá fora os competidores deitam e rolam. Enquanto o PSOL, o Ministério Público e o ministro do STF proíbem a construção dos 900 km da Ferrogrão; a China, a cada ano, constrói mais de 4.000 quilômetros de ferrovias de alta velocidade. Isso mesmo : mais de 4.000 quilômetros por ano.

É por essas e por outras que a China vende tanto no exterior; é assim que gera renda e oportunidades na sua economia, e é assim que se tornou o exportador mais competitivo do mundo.
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Mensagem por Barbano » 23 Mar 2021, 19:09

Rede e PSOL adoram judicializar tudo, e acabam freando o desenvolvimento do país. Nas próximas eleições tem que passar longe desse tipo de partido.

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Mensagem por E.R » 25 Mar 2021, 01:01

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https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/ ... -brasil-2/

Eram quase sete horas da manhã do dia 18 março, na cidade do Rio de Janeiro, vendedores ambulantes no trem da SuperVia, anunciam : "comprar barato não é vergonha ! 1 é 2, 3 é 5 !".

Durante as paradas nas estações, avisos sonoros orientam sobre o uso obrigatório de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento de 1,5 metro.

Mas na realidade tudo fica no papel pois os trens estão sempre lotados e as orientações são seguidas por apenas alguns passageiros porque não há fiscalização.

Assim milhares de pessoas seguem rumo aos seus compromissos, seja a trabalho ou estudo. Essa é a realidade de muitos brasileiros, que pouco viram mudanças em suas rotinas no transporte público diante da pandemia do Covid-19.

Enquanto um trem estava lotado numa viagem de quase duas horas, do outro lado da cidade a praia seguia interditada, banhistas e vendedores ambulantes estão proibidos de pisar na areia com fiscais e policiais rondando o local a todo o momento. Algo que tem revoltado algumas pessoas que denunciam o que seria uma hipocrisia : Enquanto os ônibus estão liberados para circular, muitas vezes lotados, locais abertos como a praia, são interditados.

Essa situação não é exclusividade dos trens do Rio de Janeiro. A reportagem também presenciou na última segunda-feira, dia 22, aglomerações, comércio irregular e até música nos metrôs de São Paulo em apenas uma hora de viagem. E também recebeu relatos de todo o país de pessoas apontando situações semelhantes.

Apesar de os muitos governos estaduais e prefeituras assegurarem a segurança do transporte coletivo, ainda não estão totalmente claros quais são os seus riscos exatos. O que se sabe é que locais fechados e com grande número de pessoas são mais favoráveis a “supertransmissões”. E o transporte coletivo contém todos os ingredientes para isso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o transporte público deve ser considerado um ambiente de alto risco em virtude do grande número de pessoas em um espaço fechado e com ventilação limitada, não existir controle de acesso para identificação de pessoas potencialmente doentes e uma variedade de superfícies que podem ser tocadas — corrimões e maçanetas, por exemplo.

Estudos realizados em países desenvolvidos como Japão, Áustria e França, no entanto, apontam que o transporte público de seus respectivos países é seguro.

No Brasil, uma nota publicada pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) indicou não haver correlação entre o uso do transporte público e o aumento de casos de Covid-19.

Mas estudos da Fiocruz e de universidades de São Paulo apontam que há, sim, grande risco de transmissão em massa do vírus no transporte público e que parte das mortes por Covid-19 são explicadas pela sua utilização.

A razão para esta discrepância se dá pela diferença entre teoria e a realidade. O transporte público seria seguro se fossem seguidas uma série de medidas de segurança, mas muitas delas acabam por ser inviáveis diante da realidade brasileira.

Diversos estudos no Brasil e no mundo se dedicaram a tentar esclarecer se o transporte coletivo é propagador ou não de Covid-19. Mas isso não é tarefa fácil. Isso porque cada país possui a sua própria peculiaridade e comportamentos únicos. Além desse fator, a questão do tempo também atrapalha. Com as novas cepas em circulação no Brasil, alguns desses estudos acabam ficando desatualizados e precisam de revisão.

Além da diferença entre o transporte público do Brasil e de países desenvolvidos, há também desigualdade de recursos entre as várias regiões brasileiras e até dentro das cidades.

É o que mostra um estudo realizado em agosto do último ano pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que cruzou os dados de mortes na cidade de São Paulo com os usuários do transporte público.

O estudo concluiu que os distritos com maior presença de população de baixa renda lideram tanto no uso de transporte público quanto nas mortes em decorrência do coronavírus.

Segundo o professor do Instituto das Cidades da Unifesp, Anderson Nakano, urbanista e demógrafo, que liderou a pesquisa, há uma forte correlação entre os dois dados coletados.

“Nós vimos uma alta correlação. Conforme aumenta o número de óbitos, aumenta o número de viagens de transporte coletivo. O fator circulação na cidade por meio de transporte coletivo ajuda a explicar bastante a disseminação. Porque quando fizemos o mesmo procedimento de viagens por automóveis não deu nenhuma correlação. Porque as pessoas que viajam de carro não se aglomeram. Vimos uma diferença muito grande no gráfico”, afirma.

Para ele, esse efeito acontece pois as pessoas de baixa renda utilizam com mais frequência o transporte público, já as pessoas de maior renda dão preferência ao transporte individual. Então as pessoas de baixa renda não teriam outra opção senão utilizar o transporte público para se deslocarem de suas residências a trabalho.

“O fato é que nem a prefeitura e nem o governo estado de São Paulo enfrentaram o problema da circulação das pessoas. Não tiveram nem coragem nem expertise, porque de fato não é simples. Numa cidade como São Paulo a circulação das pessoas é um motivo de sobrevivência. Não é só deslocamento, é pra ir trabalhar, sobreviver e ganhar o pão”.

Foi publicada em fevereiro deste ano uma análise realizada pelo urbanista Bernardo Loureiro, criador do site de análises urbanísticas Medida SP, que reforça essa questão.

A partir da análise de dados da SPTrans sobre o uso das linhas de ônibus municipais, verificou-se que em 23/03 do ano passado, no começo da pandemia, o número de passageiros teve uma redução média de 68%, em comparação com os níveis anteriores à pandemia. Já no final de 2020, na época do Natal, o número de passageiros teve uma redução média de apenas 26%, sinalizando uma retomada significativa do uso do transporte público na cidade.

Ele destaca que essa retomada não se distribui igualmente pela cidade. Nas linhas periféricas da cidade o isolamento tem caído mais acentuadamente.

“No fim de 2020, enquanto boa parte das linhas centrais em São Paulo continuavam com poucos passageiros, linhas que partem das periferias já estavam com uma quantidade de passageiros próxima ou até superior à do período pré-pandemia”

“Com as linhas mais cheias, aumenta a exposição potencial dos passageiros ao coronavírus, devido ao maior contato com outras pessoas dentro dos ônibus. Como são as linhas de ônibus que partem da periferia que estão sendo mais utilizadas, podemos concluir que os moradores da periferia estão sendo expostos a um risco maior de serem contaminados nos seus deslocamentos”, afirma.

Uma explicação para esse fenômeno seria o fim do auxílio emergencial, que teria feito com que os moradores dessas regiões passassem a se deslocar mais para trabalhos presenciais ou procurar emprego.

Um outro estudo publicado em junho pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que a redução na oferta de ônibus em São Paulo expôs com maior intensidade os moradores da periferia ao Covid-19. A pesquisa, desenvolvida pelo Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo, concluiu que a redução da frota adotada por várias cidades brasileiras durante as medidas de distanciamento social piorou as condições de contágio por conta das aglomerações e da lotação. Segundo o estudo, a redução da frota de ônibus, pode até fazer algum sentido do ponto de vista financeiro, mas provoca lotações, aglomerações e aumenta o risco de contágio da população.

O grupo analisou as alterações autorizadas pela Prefeitura de São Paulo, em março do ano passado, para reduzir a frota de ônibus nas ruas e acompanhar a redução do número de passageiros. A conclusão foi que isso aumentou o risco de contágio dos grupos vulneráveis. Os ônibus municipais estariam circulando com até seis passageiros por m². E ainda : “alterações operacionais realizadas pelos governos estaduais e municipais no transporte público, como redução na circulação de ônibus, trens e metrô, não teriam acompanhado adequadamente a demanda e aumentaram as lotações, particularmente nas periferias de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, o que teria elevado o risco de contágio de doenças infecciosas, como a Covid-19, a síndrome respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2.”

Em nota, o Metrô de São Paulo nos informou que ampliou a higienização das estações e trens desde o início da pandemia, e que agora há limpeza ao final de cada viagem, além da lavagem profunda feita durante as madrugadas. O sistema de ar-condicionado dos trens também passa por manutenção rigorosa, com aplicação de ozônio e lavagem dos dutos, evaporadores e condensadores do ar. Segundo o Metrô, a eficiência dessas medidas é atestada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Além disso, o Metrô anuncia que apenas permite a entrada de passageiros de máscara e que distribuiu um milhão de máscaras aos passageiros (circulam diariamente pelo Metrô de SP mais de sete milhões de pessoas) e faz intensas campanhas de orientação sobre os comportamentos que ajudam a prevenir a contaminação.

O secretário Alexandre Baldy defende o escalonamento obrigatório de entrada e saída de trabalhadores em atividades essenciais que sejam permitidas funcionarem, como um caminho possível para evitar a concentração de passageiros nos horários de pico no Transporte, desafogando o horário de pico (5h30 às 7h30 e de 17h às 19h30) otimizando a utilização da infraestrutura existente.

A SuperVia nos informou como medidas de proteção e conscientização dos seus clientes, instalou totens e dispensers de álcool em gel em suas estações e passou a vender passagens apenas aos passageiros que estejam utilizando máscaras no momento da compra nas bilheterias.
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Mensagem por E.R » 27 Mar 2021, 00:32

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Mensagem por E.R » 13 Abr 2021, 04:29

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Mensagem por Chapolin Gremista » 15 Abr 2021, 01:31

Com mil mortes por dia, João Doria é o principal responsável pelo caos nos transportes metropolitanos (metrô, CPTM e ônibus intermunicipais)
Responsável pelo transporte sobre trilho em São Paulo, Doria, é considerado “o científico” conforme divulga a imprensa capitalista, cujo principal estado do país está colocado no epicentro da contaminação e mortes, inclusive em relação a vários países do globo terrestre, em relação à contaminação e mortes por Covid-19, atingindo a marca de 86 mil mortos e 2.7 milhões de contaminados desde o inicio da pandemia. Ontem, mais uma vez superou a marca de mil mortes por dia chegando a 1.389 e todos os dias vêm superando a marca de mil mortes. No entanto, os transportes, onde deveria haver uma enorme preocupação, devido aos milhões de usuários que os utilizam, como foi o relato de ontem (14) pela imprensa burguesa, têm visto suas frotas reduzirem. O Metrô é um dos exemplos disso.

“A fotógrafa e auxiliar de marketing, Ludmilla Corrêa, publicou, nesta segunda-feira (12), por meio das redes sociais uma mensagem de indignação com as aglomerações no transporte público de São Paulo. “A maior loucura nessa pandemia é o descaso com os serviços de locomoção de massa”. Parece até que o covid-19 não existe nesses locais, frotas reduzidas, transportes precários, superlotação.” (Estadão – 12/04/2021)

Quando do início da pandemia do coronavírus que ocorreu no mês de março de 2020, quando não havia vacina e sequer testes eram feitos, além de insumos de proteção e segurança para os trabalhadores e a população explorada, como luvas, máscaras, muito menos álcool gel, etc., essa população que tem como único meio para trabalhar e se locomover foi obrigada utilizar os transportes superlotados porque o governo que desde aquele período deixou-a à própria sorte, mesmo numa situação caótica diante da contaminação existente no estado de São Paulo, governado pelo João Doria Jr. do golpista PSDB, “o científico”. Seu secretário dos transportes metropolitanos, inclusive, afirmava que houve redução nos transportes, como o Metrô, por exemplo.

A retirada de trens ocorreu tanto nos intervalos entre os horários de rush quanto nas horas de pico. Os dados são do Relatório Integrado Anual Metrô, que a empresa tem de publicar em seu Portal da Transparência. Ao longo de 2020, em mais de uma ocasião, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que a empresa operava com “100% da frota disponível” ante as queixas de lotação. Ou seja, era para ser o ano com o maior número de trens disponíveis, em circulação, justamente devido ao vírus, para que houvesse menos gente em cada vagão. Mas foi o contrário: houve uma redução da frota, aumentando a lotação, bem como o tempo de espera, causando aglomeração e mortes. Foi uma política deliberada do governo Doria para causar milhares de mortes.

Diante do caos, os trabalhadores e a população pagam com a vida

Apesar da demagogia, propalada pelo governo do golpista PSDB, através de seu secretário dos transportes, o que se vê é um enorme contingente da população, correspondente a mais de quatro milhões de cidadãos diários, somente no sistema metropolitano, incluindo o Metrô, CPTM e ônibus intermunicipais, obrigado, todos os dias, a utilizar os transportes superlotados, jogando por terra as declarações falaciosas de Baldy.

Conforme dados da venal Globo, através do portal G1, Um relatório feito pelo Metrô de São Paulo aponta que em 2020 foi registrado aumento de espera nas plataformas das estações, diminuição no número de viagens da rede, gerando prejuízos à Companhia.

Em 2019, a média do tempo de intervalo entre os trens foi de 2 minutos e 12 segundos. Já no ano passado essa média subiu para 2 minutos e 35 segundos. Além de intervalos maiores, a oferta de viagens diárias foi menor. A média de viagens diárias em 2019 foi de 3.317, já em 2020 foi de 2.604 – 713 viagens a menos.

Qual é a realidade?

O governo “científico” do estado de São Paulo vem levando os professores e o conjunto dos trabalhadores e da população explorada à situação de risco constante de contaminação e morte por coronavírus. No entanto, os números de casos são guardados a sete chaves pelo golpista do PSDB, que ignora olimpicamente a situação catastrófica dentro desse segmento. É como se nada ocorresse no setor, no entanto, segundo a avaliação de especialistas em epidemiologia e infectologia, o transporte coletivo é um dos vetores mais potentes para a proliferação do novo coronavírus.

Em discussão recente na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), bem como na Câmara Municipal da capital paulista, houve debate sobre a colocação de insumos, como o álcool-gel, nos transportes. Porém, os parlamentares golpistas não concordam que os trabalhadores e o conjunto da população que se utiliza desse meio de transporte possam se proteger. A sorte dos usuários dos transportes coletivos foi lançada desde o início da pandemia: quem conseguir suportar mais quem sabe poderá sobreviver.

Quem ganha com isso?

O Metrô de São Paulo divulgou um balanço onde apresenta um prejuízo de R$ 1,7 bilhão e aproveita para culpar a população que não deveria pagar um único centavo de passagem, uma vez que já paga imposto suficiente para cobrir toda e qualquer despesa oriunda dos transportes públicos. O governo se utiliza da “culpa” da população para justificar esse prejuízo. Ou seja, o governo, tanto de João Doria, quanto de Bruno Covas, governador do estado e prefeito da capital, ambos do golpista PSDB, que estão forçando os idosos a voltar a pagar passagem após terem garantido a gratuidade, neste momento, coloca o povo como o vilão da história. No entanto essa é nitidamente uma manobra para lançar, em primeiro lugar, o aumento das passagens nos transportes, que deveria ser gratuito.

O sucateamento dos serviços

Utilizando-se da mesma desculpa, de prejuízo a Cia do Metropolitano (Metrô e CPTM), o governo também decidiu fechar parte das bilheterias. As consequências dessa manobra espúria serão demissões dos trabalhadores e consequentemente o sucateamento desse meio de transporte da população paulistana, uma forma utilizada para continuar o processo de privatização.

Doação às empresas privadas

Em segundo lugar, há a política de entregar setores do estado para as mãos das empresas privadas, ao capitalistas. A preocupação é de dar de graça todos os setores públicos, como nesse caso, onde está sendo privatizados todo o sistema de transporte público do estado, a exemplo do Metrô Via Quatro, a linha amarela, a empresa que tinha como promessa investir durante o período de 30 anos R$ 2 bilhões, está recebendo do próprio governo privatista – que até conseguiu que fosse editado um livro com o título “Privataria Tucana” – a despeito do “prejuízo” nos transportes metropolitanos, R$ 1 bilhão. É ou não é um negócio da China?

O sindicato de portas fechadas

Desde o início da pandemia, os sindicatos, a exemplo do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, da CPTM, etc., mantiveram as portas fechadas aos trabalhadores, o que demonstrou uma política de capitulação. Várias iniciativas dos trabalhadores para lutar contra a situação de caos deixada pelo governo através das direções das empresas foram sufocadas, foram várias greves desmarcadas, uma traição atrás da outra. As assembleias não eram presenciais, onde os trabalhadores pudessem ver de perto o que estava acontecendo. No final, a burocracia deixou os trabalhadores à própria sorte.

Não dá para fazer greve de casa, é preciso mobilizar os trabalhadores para impor uma derrota ao governo golpista “científico” de Doria que consegue levar dezenas de milhares da população à morte, agracia empresários e quer privatizar todas as empresas estatais do país.



https://www.causaoperaria.org.br/doria- ... meracao-2/
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Mensagem por E.R » 15 Abr 2021, 11:18

O problema no setor de transporte público é muito mais complexo.

Por um lado, alguns politicos demagogos como Sérgio Cabral Filho criaram leis que deram gratuidade de transporte para várias pessoas, prejudicando as empresas de ônibus.

Por outro lado, as empresas de ônibus não cumpriram várias coisas que deviam ter feito : como colocar ar condicionado nos ônibus, colocar mais linhas de ônibus nas ruas, colocarem mais ônibus em regiões como, por exemplo, Zona Norte, Baixada e partes da Zona Oeste (mais pobre do RJ) em bairros como Taquara, Freguesia, Jacarepaguá, que sempre sofreram com poucos ônibus nas ruas e ônibus completamente lotados na maior parte do dia (principalmente no sentido Zona Oeste - Zona Sul), prejudicando os trabalhadores desses bairros que trabalham na Zona Sul.

Além disso, outro problema é que no Rio de Janeiro antigamente as vans eram liberadas e as vans circulavam em ruas que os ônibus não passavam e era muito comum ver trabalhadores pegando ônibus que não saltavam perto da rua onde eles trabalhavam e logo depois pegar a van - essa sim que passava na rua onde estava o prédio onde a pessoa trabalhava.

Então, é muito complexo, não é tirando apenas a porcaria do João Dória, que vai resolver isso de forma mágica.
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Mensagem por E.R » 25 Abr 2021, 05:20

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