Política

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Re: Política

Mensagem por Bugiga » 12 Mar 2020, 00:51

Adoto a eterna ginástica argumentativa da esquerda radical pra não admitir que tem que defender o Lula porque ele é o seu guia espiritual, mesmo que ele tenha roubado o que podia e não podia do país...
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Re: Política

Mensagem por Dona Clotilde » 12 Mar 2020, 00:53

O PT seguiu a risca a cartilha do Consenso de Washington criado pelo Friedman.

Isso não é e nunca foi desenvolvimento, corta o bolsa família pra você ver a calamidade que vai ser o país. Porque não pensaram em renda básica universal? Renda mínima? Palocci, o réu confesso, é o preferido do Lula, pois foi ele que mostrou a verdadeira face direitista dele.
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Ruan Fonseca » 12 Mar 2020, 00:57

Phoebe Buffay escreveu:
Bugiga escreveu:Ciro é tão de direita que seu "programa econômico" de governo era praticamente o mesmo dos governos do PT: keynesianismo na veia pra estimular a economia através do consumo...
Projeto nacional de desenvolvimento. Qual é a única forma do Brasil crescer mais do que 2% ao ano? Investimento, inovação, industrialização. Nenhum país do mundo prosperou com o modelo Guedes, e nem vai prosperar. O Brasil tem a plena capacidade de alcançar o nível da Espanha na década de 2010 se seguisse o plano do Ciro. Perdemos muito tempo.
Ou o plano desenvolvimentista dos anos 50, do JK, que fez o Brasil se industrializar. Mas aí correria o risco do aumento colossal da dívida externa e da inflação, como ocorreu.
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Bugiga » 12 Mar 2020, 01:02

Phoebe Buffay escreveu:
Bugiga escreveu:Ciro é tão de direita que seu "programa econômico" de governo era praticamente o mesmo dos governos do PT: keynesianismo na veia pra estimular a economia através do consumo...
Projeto nacional de desenvolvimento. Qual é a única forma do Brasil crescer mais do que 2% ao ano? Investimento, inovação, industrialização. Nenhum país do mundo prosperou com o modelo Guedes, e nem vai prosperar. O Brasil tem a plena capacidade de alcançar o nível da Espanha na década de 2010 se seguisse o plano do Ciro. Perdemos muito tempo.
Praticamente todos os países que hoje são desenvolvidos prosperaram no modelo Guedes, com a iniciativa privada fomentando o crescimento econômico e o governo intervindo o mínimo possivel: EUA, Reino Unido, Suíça, Alemanha, Japão, Coreia do Sul... Todo o intervencionismo e estado de bem-estar social vieram depois de eles se desenvolverem (e já vem cobrando seu custo, diga-se).

E o Brasil durante praticamente toda a sua existência (ao menos de Getúlio Vargas para cá) seguiu esse mesmo plano do Ciro, com o Estado intervindo fortemente na economia para fomentar desenvolvimento e industrialização via subsídios etc. O resultado é que continuamos atrasados durante todo este tempo.

Estado fomentando crescimento resulta é numa China, cuja economia "desenvolvida" é na verdade uma bolha que a qualquer momento vai explodir; numa URSS, cuja suposta pujança econômica mascarava uma indústria obsoleta e incapaz de atender às necessidades básicas da população e por aí vai.
Chafundifórnios escreveu: Ou o plano desenvolvimentista dos anos 50, do JK, que fez o Brasil se industrializar. Mas aí correria o risco do aumento colossal da dívida externa e da inflação, como ocorreu.
O desenvolvimentismo do JK é um dos principais responsáveis pela merda que estamos até hoje, pois foi feito à base de crédito subsidiado no puro estilo "campeões nacionais" e enorme endividamento interno e externo.
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Re: Política

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Mar 2020, 01:03

O PCO não apoiou o PT exceto a partir do momento quando foi verificado via análise política de que havia ali então um golpe de estado em andamento.


A partir daí ficou claro que era melhor defender o país e o povo do que ficar aí a reboque dos imperialistas batendo no PT jogando água no moinho deles.
Extrema-direita
Clube Militar se declara bolsonarista e apoia atos golpistas
Clube de militares da reserva convoca extrema-direita para os atos golpistas do dia 15 de março. É necessário agir para impedir os fascistas de levantarem a cabeça


O Clube Militar, formado por militares reformados, declarou apoio aos atos do próximo dia 15 de março, chamados por Bolsonaro e por toda a extrema-direita contra o Congresso Nacional. Segundo o documento, Bolsonaro não consegue governar por conta de uma espécie de “parlamentarismo branco”.
Segundo o comunicado, os atos são a favor de que Bolsonaro consiga governar e implantar políticas que, segundo eles, sanariam a economia brasileira. É claro que isso é uma perfeita mentira, já que as reformas já feitas por Bolsonaro, como é o caso da reforma da Previdência, só pioraram a situação da economia do país. A política neoliberal só serve aos interesses dos grandes capitalistas, em especial aos capitalistas do imperialismo norte-americano.
O apoio do Clube Militar aos atos do dia 15 vem para confirmar o fato de que a extrema-direita está por trás das manifestações golpistas e que esse setor político parte de dentro das próprias forças armadas. Também serve para demonstrar como os generalzões das forças armadas não tem interesse na defesa do Brasil, mas sim, de fazerem com que a política aqui seja favorável ao imperialismo internacional, principalmente ao imperialismo norte-americano, da mesma maneira com que Bolsonaro bateu continência para a bandeira desse país.
É extremamente importante que os militantes de esquerda, bem como seus partidos políticos, os coletivos de mulheres, negros, grupos LGBTs e indígenas se unam sob a bandeira da derrubada do governo fascista e golpista, que demonstra cada vez mais querer fechar o regime e entrar em uma ditadura de forma mais acabada.
Por isso é tão importante que se levante a palavra de ordem “Fora Bolsonaro”, que vem ganhando força, como aconteceu no carnaval e no último dia 8 de março, dia internacional das mulheres trabalhadoras.
Em resposta aos atos do dia 15, a esquerda está organizando atos para o dia 18 de março, quando na verdade deveria organizar atos para o mesmo dia e impedir que a extrema-direita levante a cabeça. Porém, já que os atos acontecerão no dia 18, o PCO chama a todos para se juntar à luta pelo Fora Bolsonaro nas próximas manifestações.
https://www.causaoperaria.org.br/e-prec ... onaristas/
Editado pela última vez por Bugiga em 12 Mar 2020, 07:44, em um total de 1 vez.
Razão: Unir posts. Não adianta zurrar, post duplo aqui, não
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Dona Clotilde » 12 Mar 2020, 01:06

Chafundifórnios escreveu:
Phoebe Buffay escreveu:
Bugiga escreveu:Ciro é tão de direita que seu "programa econômico" de governo era praticamente o mesmo dos governos do PT: keynesianismo na veia pra estimular a economia através do consumo...
Projeto nacional de desenvolvimento. Qual é a única forma do Brasil crescer mais do que 2% ao ano? Investimento, inovação, industrialização. Nenhum país do mundo prosperou com o modelo Guedes, e nem vai prosperar. O Brasil tem a plena capacidade de alcançar o nível da Espanha na década de 2010 se seguisse o plano do Ciro. Perdemos muito tempo.
Ou o plano desenvolvimentista dos anos 50, do JK, que fez o Brasil se industrializar. Mas aí correria o risco do aumento colossal da dívida externa e da inflação, como ocorreu.
Nada a ver, JK tava sem grana e se submeteu ao FMI pra pagar as obras faraônicas. Hoje em dia isso é roubada, só ver a situação Argentina.

E não seria esse intervencionismo todo não, é simplesmente as melhores práticas internacionais.
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Mar 2020, 07:04

Derrotar a direita
É preciso uma resposta contundente aos atos bolsonaristas
Só é possível se opor de forma consequente aos atos bolsonaristas levantando a palavra de ordem que toma conta do País…”Fora Bolsonaro”


A crise aguda do bolsonarismo e do conjunto do regime burguês-golpista tem dado lugar a toda uma movimentação por parte da extrema direita nacional, seja ela institucional (parlamentar, palaciana) ou popular, mais especificamente o núcleo apoiador mais fiel do presidente fraudulento, eleito sob a égide do golpe de Estado de 2016 e da grotesca e vil manipulação das eleições presidenciais de 2018.

Até o presente momento, Bolsonaro não vem sendo incomodado em sua política de terra arrasada contra o País e a população pobre e explorada. Os ataques da burguesia e dos golpistas contra as massas veem sendo respondidos de forma tímida e acanhada pelos partidos da esquerda institucional, parlamentar, que se limitam a discursos e pronunciamentos onde predomina a retórica esquerdista puramente formal, sem qualquer eficácia para enfrentar e derrotar a ofensiva da extrema direita reacionária.

Os discursos e o fraseado pretensamente radical lançados dos púlpitos e das tribunas parlamentares já se mostraram ineficazes como forma de ação e método de luta para deter os fascistas, o bolsonarismo e as hordas direitistas que veem ameaçando o País e a população com golpe e ditadura. A crise na qual o governo Bolsonaro está imerso é produto da suas próprias contradições, do seu programa neoliberal de privatizações e outras medidas que não foram capazes de alavancar a economia, conforme prometido pelos golpistas e não da ação raquítica e desidratada da “oposição” institucional, parlamentar, da esquerda nacional.

No terreno da ação direta, extra-parlamentar, a política que tem orientado a ação da esquerda também não tem sido a melhor para enfrentar o bolsonarismo, a burguesia e a direita nacional. As mobilizações ocorridas até agora têm ido segmentadas, realizadas em defesa de um determinado setor (educação, saúde, meio ambiente) e não colocam como perspectiva a derrota e o fim do governo golpista, explorador, neoliberal e reacionário. A ofensiva do governo serviçal do imperialismo e dos banqueiros, dos especuladores, não pode ser e não será derrotado com lutas parciais setorizadas, localizadas. Somente uma contra-ofensiva de conjunto das massas populares e dos mais diversos segmentos de trabalhadores, da cidade e do campo, é capaz de reverter a situação de paralisia e projetar a luta para um confronto direto contra o regime político, contra Bolsonaro, contra os generais golpistas, conspiradores.

Neste sentido, os trabalhadores e os explorados somente podem ser vitoriosas se a sua organização e sua luta se derem de forma independente, sem acordos ou vinculações com elementos direitistas, reformistas; sem os elementos que foram os responsáveis diretos pelo golpe contra o governo petista eleito em 2014 e que neste momento endossam os planos de Bolsonaro e Paulo Guedes contra as massas populares, via aprovação de pacotes e medidas no Congresso Nacional. Desta forma, a consigna a ser levantada nos atos contra Bolsonaro não pode ser a defesa abstrata das instituições (Parlamento, STF, etc), da “democracia”, do regime constitucional, republicano, como advogam diversos setores da própria esquerda brasileira. Esta não é uma bandeira que deva ser empunhada pelos trabalhadores.

Para ser consequente e abrir uma etapa de lutas vitoriosas das massas populares contra os fascistas, contra os golpistas, contra o regime político de opressão, violência e miséria, contra a maioria explorada da população, é necessário ir para as ruas com a palavra-de-ordem popular do “Fora Bolsonaro”; Fora todos os golpistas; exigir novas eleições presidenciais, com a garantia da participação do ex-presidente Lula como candidato, removidos e cancelados todos os processos contra a liderança petista.
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Barbano » 12 Mar 2020, 11:22

Chapolin Comunista escreveu:É um exagero, porque estou desconsiderando a época esquerda do Getúlio Vargas. Adivinha o que aconteceu com ele. Tomou golpe também.
Tomou?

Foi exatamente o oposto. Esse ditadorzinho de bosta entrou por um golpe que derrubou o presidente Washington Luiz, e impediu Júlio Prestes, eleito democraticamente, de tomar posse. E depois ainda deu outro golpe em cima do golpe, que culminou no Estado Novo.

Era Vargas = ditadura.
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Dona Clotilde » 12 Mar 2020, 13:26

Mas o governo constitucional até 1954 todo mundo ignora...

Vargas foi extremamente necessário, assim como Perón, pra impedir a ascenção dos milicos na década de 50.
GILBERTO MARINGONI: Há brigas dentro do governo, mas isso não o derruba
Portal Disparada
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Há fissuras sérias no bloco dominante e em torno desses atritos acontece o que há de importante na disputa política no Brasil. A oposição não existe, fato que dá ares de tragédia à situação atual.

Entenda-se aqui como bloco dominante o conjunto de classes e frações de classes dentro e fora do governo a lhe dar sentido e sustentação. Tal bloco compreende concretamente a cúpula do governo, a alta burocracia estatal – em especial os comandos das forças armadas – o capital financeiro e produtivo (indústria, agricultura e comunicações), igrejas evangélicas e setores da alta classe média. Leve-se em conta que no quesito capital estão arrolados setores externos e internos.

A OPOSIÇÃO NÃO ENTRA em nenhuma dessas pendengas. Depois da família Gomes – Cid e Ciro – se manifestarem com vigor, impera o silêncio. Todos fazem as contas de perdas e danos. O PT hesitou em se colocar, o PCdoB manifestou-se formalmente e o PSOL fez cara de paisagem e omitiu-se diante do ocorrido. Tomou a popular decisão “nem-nem”. O episódio, repita-se, não é do âmbito meramente policial, mas indica grave sintoma de dissolução do Estado.

A esquerda não morreu. Mas está de tal forma enredada em suas contradições intestinas (o PT, principalmente), que não consegue ter posição sobre pontos de extrema relevância para a população.

https://portaldisparada.com.br/politica ... o-derruba/
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Bugiga » 12 Mar 2020, 14:01

Barbano escreveu:
Chapolin Comunista escreveu:É um exagero, porque estou desconsiderando a época esquerda do Getúlio Vargas. Adivinha o que aconteceu com ele. Tomou golpe também.
Tomou?

Foi exatamente o oposto. Esse ditadorzinho de bosta entrou por um golpe que derrubou o presidente Washington Luiz, e impediu Júlio Prestes, eleito democraticamente, de tomar posse. E depois ainda deu outro golpe em cima do golpe, que culminou no Estado Novo.

Era Vargas = ditadura.
Golpe (o de 1930) em termos, né, pois o que menos havia na época da República do Café-com-Leite era democracia....

Mas, concordo que o golpe de 1937 foi injustificável e que o Getúlio foi um atraso para o país com seu estatismo.
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Victor235 » 12 Mar 2020, 14:58

Não devia ter deixado essa imagem dentro do spoiler :lol:
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Mar 2020, 18:03

É preciso derrubá-lo
Bolsonaro é o caos: Bolsa despenca, “centrão” veta e coronavirus dobra
Bovespa perde em uma semana ganhos de mais um ano. “Centrão” enfrenta governo e derruba veto presidencial. Aumenta a crise em torno do ato do dia 15 e do governo,


Por Antônio Carlos Silva

Nessa quarta (11/3), a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu oficialmente que a crise mundial em torno do coronavírus, que já atinge mais de 101 países – incluindo todos os países da Europa, fechou fronteiras internacionais em diversos países – e já matou mais de 4 mil pessoas, é uma pandemia.

O coranavírus impulsiona a gigantesca tendência de crise capitalista em todo o mundo, que governos e imprensa capitalista procuraram esconder, alimentando a fantasia de que o mundo encaminhava-se para uma superação da crise por conta de iniciativas ultra limitadas, como no caso do recente acordo parcial entre EUA e China, que segundo a propaganda imperialista teria aberto o caminho para um novo período de prosperidade. Isso quando estamos diante de uma crise histórica do capitalismo, de superprodução, resultado da concentração cada vez maior de recursos nas mão de um punhado de monopólios, enquanto bilhões de seres humanos não tem nenhuma capacidade de consumir nem mesmo os produtos mais elementares e necessários à subsistência humana.

O coronavírus não é a causa fundamental da crise, mas um estimulador da mesma. Uma situação semelhante a um doente acometido por uma doença de enorme gravidade que em luta para sobreviver fosse acometido por uma pneumonia. Por isso as Bolsas despencam em todo o mundo e as economias mais fragilizadas, como não poderiam deixar se der, se vêm mais ameaçados, mas toda a economia capitalista se vê ameaçada, como mostra as perdas que se aproximam dos U$ 10 trilhões nas Bolsas de Valores de todo o mundo, em poucos dias, a brutal queda nos preços do petróleo, refletindo a tendência de crise geral e a crise política de todos os regimes políticos pelo mundo afora.

O caso do Brasil é exemplar. O governo ilegítimo de Bolsonaro, que toda a burguesia – e também setores da esquerda – vinham fazendo questão de apresentar como um governo forte, legítimo e que não pode ser derrubado, intensifica sua crise evidenciando sua capacidade de oferecer qualquer resposta real diante do aprofundamento da crise, sendo ele mesmo um fator de intensificação da crise.

A Bolsa do País despenca, com perdas superiores a R$ 500 bilhões (cerca de 25% em duas semanas), dispara a fuga de capitais estrangeiros (em dois meses já se aproxima do total do ano passado) e as falsas expectativas de crescimento são seguidamente rebaixadas (na verdade caminhamos para uma recessão).

Essa situação impulsiona recordes de desemprego e subemprego, crescimento da fome e miséria, uma enorme intensificação da repressão contra os explorados e suas organizações. O que alimenta a enorme e crescente revolta popular contra do governo, como se viu no carnaval, marcado em todo País pelas manifestações pelo “Fora Bolsonaro” e suas variantes.

Neste momento, a iniciativa da extrema direita de impulsionar a convocação de um ato em apoio ao governo se vê confrontada com a divisão no interior da própria direita e particularmente do “centrão”que controla o Congresso Nacional, um dos alvos dos protestos, que ontem derrubou vetos do governo, em um claro enfrentamento. Uma situação que mostra o aumento da divisão interna nas próprias fileiras do golpistas.

Tudo isso, se vê impulsionado também pela ameaça de que o coronavírus se torne uma epidemia no País, com o crescimento de quase 50% do número de casos confirmados em apenas 24 horas como se viu nesta terça (dia 11), alimentando a desconfiança de que os números divulgados pelo governo não tenham a menor credibilidade e a certeza, de que o País não tem a menor condição de enfrentar a epidemia da doença, assim como não combate e faz alastrar, outras epidemias que vem matando milhares a cada ano em todo País, como a dengue, febre amarela, sarampo etc.

As manifestações do último dia 8 de Março, evidenciaram as claras tendências à intensificação da mobilização e enfrentamento contra o governo, nas mesma proporção que cresce a consciência de parcelas do ativismo dos trabalhadores, da juventude e demais setores explorados de que é preciso colocar abaixo o governo, mobilizar pelo Fora Bolsonaro. Uma perspectiva que se opõe à orientação geral da imensa maioria das direções da esquerda e das organizações do movimento operário de capitular diante do regime golpista, de acompanhar o “centrão” (com quem setores da esquerda, como o PCdoB e da direita do PT, defendem a formação de uma “frente ampla”) e apenas pressionar o governo e procurar “controlá-lo”, “colocá-lo na linha” etc. e, quando muito, realizar apenas protestos parciais contra as medidas do governo, contra seus crimes etc.

Nos próximos dias 14 e 18 (principalmente), estão sendo convocadas mobilizações da CUT, Frente Brasil Popular e inúmeras outras organizações em todo País.

Para muitos setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, trata-se apenas se realizar protestos genéricos contra o governo, com um claro intuito de exploração eleitoral, e sem que se coloque como objetivo dar à mobilização o cárter de continuidade da mobilização que se levanta pelo Fora Bolsonaro, confrontar o ato convocado pela direita golpista, no dia 15 etc.

Essa política capituladora e de derrotas, precisa ser e pode ser superada – imediatamente – para o que é preciso impulsionar uma perspectiva independente dos explorados, visando unificar a mobilização nas ruas pela derrubado do governo golpista, que tenho como eixo o “fora Bolsonaro e todos os golpistas”.

Nesses atos, e em torno da construção dos Comitês de Luta e das suas atividades, é preciso agrupar o setor classista, as alas cada vez maiores de ativista que querem impulsionar a luta por uma política independente dos golpistas e fazer avançar essa mobilização.
https://www.causaoperaria.org.br/bolson ... rus-dobra/
Editado pela última vez por Bugiga em 12 Mar 2020, 18:10, em um total de 1 vez.
Razão: Redundante dizer
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Bugiga » 12 Mar 2020, 18:09

Phoebe Buffay escreveu:Mas o governo constitucional até 1954 todo mundo ignora...
É justamente o contrário que acontece. O Getúlio "pai dos pobres" e "mártir" é o mais lembrado, enquanto o Getúlio ditador é quase sempre esquecido, sendo visto apenas de relance nas aulas de História.
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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Mar 2020, 18:13

Sobre Getúlio:

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Re: Jair Bolsonaro

Mensagem por Victor235 » 12 Mar 2020, 20:55

Bolsonaro fala com Luciano Hang, cita black blocs e deve desestimular ida a protesto
Além de apoiar o presidente, os organizadores da manifestação carregam bandeiras contra o Legislativo e o Judiciário e a favor das Forças Armadas. Nas redes sociais, usuários compartilharam convocações com mensagens autoritárias, pedindo, por exemplo, intervenção militar.
Ao longo do dia, Bolsonaro consultou aliados sobre a hipótese de desestimular publicamente a presença de apoiadores no ato. Segundo interlocutores do presidente, o empresário Luciano Hang foi um dos que o aconselharam a desencorajar a participação dos simpatizantes.
Entre os argumentos apresentados a Bolsonaro estava o risco de o medo do coronavírus inibir a mobilização a favor do governo. Nas conversas, o presidente citou a ameaça de aparição de blackbloc, usando como exemplo o fato de o governador do Distrito Federal, por exemplo, ter informado que não enviaria policiais para a proteção do ato em Brasília.
Com o risco de contágio, a rotina administrativa do Palácio do Planalto será alterada. Além da maior restrição ao acesso de pessoas, os eventos e solenidades devem ser suspensos e o cumprimento diário do presidente na entrada do Palácio da Alvorada deve ser modificado.
Em coletiva de imprensa nesta quinta, o governador paulista, João Doria (PSDB), não recomendou o cancelamento de eventos. "Não há nenhuma recomendação do Governo do Estado de São Paulo para cancelamento de eventos públicos de nenhum tipo, apenas a orientação para que pessoas com mais de 50 anos evitem aglomerações", disse ele.
As decisões, afirmou Doria, são sanitaristas e não têm "qualquer cunho político". O governador se aliou ao bolsonarismo ao ser eleito em 2018, mas rompeu com Bolsonaro e pretende concorrer à Presidência em 2022.
https://www1.folha.uol.com.br/poder/202 ... esto.shtml
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