Bebidas

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 13 Jan 2020, 02:35

https://valor.globo.com/eu-e/noticia/20 ... rtas.ghtml

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Estudar mais sobre o assunto ou fazer um curso podem ser bons atalhos para saber como comprar ou apreciar um bom vinho, segundo especialistas.

No Brasil, o interesse pelo produto tem estimulado o aumento do número de escolas que ensinam a decifrar os sabores de cada garrafa.

“A quantidade de cursos no país teve mais de 50% de crescimento, no mínimo, entre 2017 e 2019”, diz o sommelier Manuel Luz, presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (Sbav-SP), a primeira confraria do segmento no Brasil, em atividade desde 1980.

Além da variedade de conteúdo nas aulas, algumas escolas registram um aumento médio de 250% no número de alunos, nos últimos dois anos. Há um avanço na participação de mulheres entre as matrículas e uma mudança na faixa etária dos inscritos, com uma maior representatividade de jovens a partir de 25 anos de idade.

Para os professores do setor, a busca pelos cursos é impulsionada pela vontade dos compradores de conhecer um leque maior de rótulos, amparada pela disseminação dos canais de venda, principalmente on-line.

Depois da China (41%) e do Reino Unido (30%), o Brasil apresenta a maior fatia de consumidores entre os países que compram vinho pela internet, com 26% do total, segundo a pesquisa Wine Intelligence Vinitrac 2018. “As pessoas se cansam de beber a mesma coisa e precisam saber mais para acessar uma maior variedade de opções”, diz a sommelière Alexandra Corvo, professora e fundadora da Ciclo das Vinhas, aberta há 14 anos.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 14 Jan 2020, 03:23

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... naus.shtml

Preocupadas com a pressão que a indústria de refrigerante pode fazer contra a recente redução de seus créditos de IPI na Zona Franca de Manaus, a ONG ACT Promoção da Saúde e a rede Aliança pela Alimentação Saudável e Adequada fizeram um texto pedindo ao governo que mantenha a medida.

As organizações dizem que, com os benefícios, o país abre mão de receitas ao mesmo tempo em que estimula o consumo de bebidas prejudiciais à saúde.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 14 Jan 2020, 09:30

https://exame.abril.com.br/revista-exam ... o-drinque/

Diversas citações sobre o uísque, atribuídas a artistas e literatos, circulam por aí. “Qualquer coisa em excesso é ruim, mas uísque em excesso raramente é suficiente”, teria afirmado o escritor americano Mark Twain.

O ator Humphrey Bogart teria apelado para o humor ao dizer : “Nunca deveria ter trocado o scotch pelos martinis”.

Já nosso poeta Vinicius de Moraes também deixaria seu registro sobre o tema ao afirmar que o uísque é o melhor amigo do homem, é um “cão engarrafado”.

O uísque sempre foi uma referência nos círculos mais sofisticados, associado a um padrão de comportamento maduro e elitizado. Para ficar numa referência pop, quem não se lembra da classe de Bill Murray, de smoking, gravando um comercial de uísque no Japão em Encontros e Desencontros ?

As destilarias, por sua vez, mantiveram a seriedade nas campanhas de marketing, sempre voltadas para o consumidor conservador que conhece as técnicas de envelhecimento em barris e valoriza a qualidade do malte.

Isso vem mudando. O gim é a bebida preferida dos paulistanos e cariocas das classes A e B, segundo uma pesquisa encomendada pela Bacardi e realizada pela agência de comunicação Llorente & Cuenca.

Em seguida vem a vodca e só depois o uísque.

Ante esse cenário, as destilarias estão focando suas novas estratégias de marketing no público mais jovem e nas mulheres. Isso passa, impreterivelmente, pela popularização dos drinques feitos com uísque. O rigor na escolha do malte, o cuidado durante o processo de destilação, tudo isso continua. O aroma de um single malt e a harmonia de notas de um blended continuam sendo valorizados e têm seu público cativo. Mas as marcas querem levar essa experiência para os balcões dos bares e para os lares das novas gerações.

A Chivas, do grupo Pernod Ricard, promoveu em agosto, pelo sexto ano, o Chivas Masters, concurso mundial de bartenders a postos para mostrar suas habilidades em coquetéis à base de blended scotch, o uísque escocês.

Após etapas nacionais, 14 profissionais de países como Brasil, México, Japão, China e Reino Unido passaram por quatro provas, entre Speyside, na Escócia, e Londres, até a escolha do campeão. Ao lado deles estavam embaixadores contratados pela marca. Espalhados pelo mundo, eles levam o nome da Chivas em eventos, degustações e ativações. Entre uma prova e outra, os bartenders passearam pelas highlands escocesas colhendo ingredientes para seus drinques e visitaram bares de sucesso, como o londrino Happiness Forgets, há sete anos no ranking The World’s 50 Best Bars.

No ano passado, a marca lançou a campanha Success is Blend em 53 mercados ao redor do globo para difundir o blended scotch por meio de eventos e parcerias locais.

Com essa estratégia, a Chivas alcançou um crescimento de 6% de faturamento no último ano fiscal, até julho. A marca também tem procurado aliados estratégicos para atingir audiências específicas.

A parceria com o Manchester United, iniciada em 2018, por exemplo, permite ao rótulo aparecer para 650 milhões de torcedores do clube inglês no mundo.

Outro exemplo é a escolha do cantor e ator chinês Kris Wu, famoso entre os millennials de lá, como influenciador. O alcance estimado da colaboração foi de 700 milhões de pessoas.

A Jim Beam, do grupo japonês Beam Suntory, começou em 2018 uma estratégia no Brasil focada em popularizar os coquetéis com bourbon, o uísque americano, em especial o highball.

A inspiração veio do Japão, onde o drinque é vendido até em máquinas de rua. Em 2013, a Jim Beam, então uma empresa americana, vendia 30.000 caixas de uísque por ano no Japão. Após a Suntory comprar a marca, no ano seguinte, e apostar no highball, o consumo saltou para 830.000 caixas.

A ideia, agora, é fazer o mesmo no Brasil e dobrar as vendas neste segundo semestre. Mesmo porque o consumo de bourbon está crescendo, dentro da categoria uísque, a uma taxa anual de 20% nos últimos cinco anos, segundo a consultoria International Wines and Spirits Record.

Para promover o highball com o bourbon, a Suntory passou a investir em eventos de churrasco, como o Festival Bárbaros, e casas de carne, associando o coquetel refrescante à paixão do brasileiro. “Dobramos o volume de vendas em relação ao ano passado. Nesse perío-do, multiplicamos por 4 os investimentos na operação brasileira”, diz Walter Celli, presidente da Beam Suntory para Brasil, Paraguai e Uruguai. “O bourbon tem boa aceitação do público mais jovem, de 25 a 35 anos. Na Austrália, ficou popular o highball com Coca-Cola. No Brasil, apostamos na água tônica e no limão.”

A Diageo, com os rótulos Johnnie Walker, é outra empresa que vem investindo para tirar o uísque do pedestal aos olhos do consumidor. A estratégia pode ser vista em diversas frentes, desde a aparição do produto no filme Blade Runner 2049, em que o personagem de Harrison Ford toma a bebida de uma garrafa da marca com design futurista, até uma colaboração com a grife Reserva no Brasil para lançar uma coleção de roupas. A marca também lançou a garrafa especial White Walkers, baseada na série da HBO Game of Thrones, e uma edição do Red Label cujo rótulo o cliente podia personalizar com a própria foto.

Para os rótulos mais premium da Diageo Reserve, como Johnnie Walker Gold Label e Johnnie Walker Blue Label, a empresa investiu em ações, como a campanha Merece um Blue Label, com o influenciador Pedro Andrade, propositalmente jovem e de perfil mais descolado.

Para o Gold Label, a Diageo decidiu focar as mulheres e promoveu ativações em eventos como o da grife Carolina Herrera e no lançamento do livro A Elegância do Agora, da consultora de moda Costanza Pascolato. Já na seara dos drinques criou uma plataforma de ativação em eventos como o Baile da Vogue e o Baile da Arara. “Estamos dobrando o investimento em ativações e experiências em torno dos coquetéis com uísque. Isso atrai o consumidor mais jovem, e já percebemos uma mudança positiva no consumo em bares de alta coquetelaria”, afirma Guilherme Martins, diretor das marcas Diageo Reserve.

Os novos drinques fogem dos clássicos incontestáveis, como whisky sour e old fashioned. Licores, chás, sucos, xaropes, bitters, frutas, sal: vale quase tudo para criar uma experiência sur-preen-dente.

Rhys Wilson, embaixador global da Chivas, aponta as tendências para os coquetéis com uísque nos próximos anos : a demanda crescente por produtos locais e sazonais, pensando em questões ambientais; o foco nos drinques icônicos, porém com toques modernos; e a exigência dos consumidores não só de bons drinques mas da experiência completa. Ou seja, o bar é tão importante quanto a bebida.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 14 Jan 2020, 20:48

https://exame.abril.com.br/marketing/cu ... -carnaval/

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A Ambev lançará como aposta para o Carnaval de 2020 mais um sabor da sua linha de bebidas alcoólicas Skol Beats.

Desta vez, o escolhido foi o drink gim tônica, mistura que se tornou popular nos últimos anos no Brasil.

A Skol Beats GT estará disponível na versão 269 ml em todo o país ainda neste mês de janeiro.

Segundo a Ambev, o preço sugerido não foi definido e os locais de venda terão liberdade para precificar.

Com teor alcoólico de 7,9%, a marca promete manter a leveza do drink.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 15 Jan 2020, 07:41

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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 16 Jan 2020, 07:58

O ESTADO DE S.PAULO

Empresas de concentrados de refrigerantes da Zona Franca de Manaus receberam de forma positiva a sinalização de Jair Bolsonaro de que aumentará para 8% o benefício fiscal em Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedido ao setor.

Apesar do entusiasmo, representantes do setor avaliam que a fala do presidente não foi tão clara sobre a manutenção do crédito no longo prazo. Se ele for reduzido, empresas podem deixar a região.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 16 Jan 2020, 17:58

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Giraffas Fresh, nova bebida vendida no Giraffas, com Sprite, gelo e mix de frutas vermelhas e maracujá.
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Re: Bebidas

Mensagem por Victor235 » 16 Jan 2020, 21:07

Acabei de tomar um suco chamado XTapa :lol:
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Re: Bebidas

Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Jan 2020, 21:09

LEITE
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Re: Bebidas

Mensagem por Victor235 » 16 Jan 2020, 21:11

Chapolin Comunista escreveu:LEITE
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Re: Bebidas

Mensagem por Dona Clotilde » 17 Jan 2020, 01:08

Eu acho que a gente é muito injusto com o Gremista, vamos fazer as pazes, okay? Te ofereço até uma gelada:

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Re: Bebidas

Mensagem por Victor235 » 17 Jan 2020, 01:09

Sacanagem :lol:
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 17 Jan 2020, 08:20

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... acao.shtml

As exportações da cachaça 51 subiram 6,7% em volume e 2,4% em receita no ano passado ante 2018, segundo a companhia Müller de bebidas.

O início das vendas internacionais da linha Reserva 51 e a entrada da marca na África do Sul, Uruguai, Angola e Panamá contribuíram para a alta.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 18 Jan 2020, 09:34

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... -rio.shtml

Indústrias de água mineral no Rio de Janeiro tiveram de aumentar seus turnos para atender a demanda turbinada pela crise na qualidade da água distribuída pela Cedae (companhia de águas e esgotos), segundo Marcelo Pacheco, diretor do Sindinam, sindicato do setor, que visitou empresas para avaliar a capacidade de produção.

O segmento já estava preparado para atender a sazonalidade do verão, mas a demanda extra saturou as indústrias no entorno do Rio de Janeiro e começa a ser sentida entre as distribuidores de galões de 20 litros no interior do estado, de acordo com Pacheco.

De acordo com a Minalba Brasil, a demanda por água mineral no Rio cresceu 30% na comparação com janeiro de 2019. A empresa afirma que ainda não é possível atribuir o crescimento somente à crise de água que acontece no estado.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 20 Jan 2020, 00:41

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... emos.shtml

A vontade de produzir vinhos no Brasil parte de uma boa intenção, mas não poderia existir clima mais difícil para uma Vitis vinífera crescer do que o tropical.

A planta se desenvolveu especificamente na Europa, no clima de estações bem definidas, principalmente inverno e verão.

Por ser perene, pode durar anos. Uma planta saudável dura em torno de 50 a 70 anos. E para que tenha vida saudável, as estações devem ser definidas – com um descanso de inverno de cerca de 60 dias de temperaturas constantes abaixo de 10 graus, escreve Robert Weaver em "Grape Growing".

É o momento de dormência, para que a brotação seja regular. Na primavera folhas brotarão e cachos se formarão – o clima deve ser suave. No verão, para que os cachos amadureçam bem, a vinha precisará de 3 meses de muita luz, calor, sol e tempo seco.

Estes fatores farão com que no final do verão as uvas tenham concentrado açúcares, matéria colorante e aromas e equilibrado o excesso de acidez.

No Brasil, nem o verão nem o inverno são assim. O calor úmido constante faz com que a vinha brote sem parar e irregularmente. Há métodos para coordenar esse crescimento desenfreado, mas são trabalhosos e potencialmente danosos para a saúde da vinha no longo prazo, explicam Glen e Leroy Creasy em seu livro "Grapes".

Na serra da Mantiqueira o inverno é seco, morninho e ensolarado, parecendo (para a vinha) um verão fresco cheio de luz. É assim que os produtores dão uma "enganadinha" na planta – eles colhem os frutos produzidos no inverno. Mas há um porém : a dormência natural não ocorre. A planta não descansa, pois não há frio suficiente, e raramente há uma primavera fresca e sem fungos. Não há ciclo.

Colherão no inverno e farão vinhos. E serão bons. Mas e a planta, suas necessidades orgânicas, a construção saudável de suas partes lenhosas, reservas e açúcares que produzirão qualidade e estabilidade no vinhedo ao longo de décadas ?

É conhecida a consistência na qualidade de uvas que vêm de vinhas velhas, que produzem menos e melhor. Essas plantas ali talvez não atinjam essa velhice saudável.

Vinho não é álcool. Não precisamos de tanto e a qualquer custo. O vinho verdadeiro vem da mais harmônica e respeitosa interação do ser humano com a natureza.

Uva não é soja. Dizer "boa safra" para uvas não significa produzir toneladas, mas sim ter um clima generoso em cada estação, bem marcada, com descanso, brotação, frutificação e, depois, mais repouso.

Não estamos todos em um momento de resgate do nativo ? Não queremos uma boa agricultura, orgânica, de pequenos artesãos que respeitam o que cultivam ? Por que com o vinho seria diferente ?

O futuro da agricultura precisa se basear nesse olhar generoso e amoroso com a natureza das coisas. Podemos buscar a glória das medalhas ? Sim. Podemos fazer vinho a qualquer custo ? Podemos... mas, devemos ?
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