O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - CONCLUÍDO

[Ruuki]

Eu vou gostar mesmo é do Epílogo! (Onde vai falar o futuro de cada um)
Eu espero que o Chaves seja pai de uma menina e que o nome dela seja Sônia Abrão Gómez! HUAHAUAHAUAHAAU!

[ClebersonP]

Ótimo capítulo, mais uma vez parabéns Antônio.

[Antonio Felipe]

A HISTÓRIA CHEGA AO FIM!

100. Ato Final

Dormi. Acordei. A imagem do meu sonho continuava fixa na minha retina, mesmo horas depois de acordar. Nem dor eu sentia, por que só pensava no sonho. Maribel veio para mim. Eu estava em um lugar vazio, um campo verde, um espaço aberto, como uma planície. O vento era moderado e fazia a grama bailar. O céu era azul. O cenário era algo perfeito. Parecia que eu estava em outro plano. Então, ela veio até mim. Vestido branco que lhe deixava apenas os pés à mostra. Maribel sorria para mim. Eu estava também com uma roupa branca. Ela tinha seus cabelos soltos, que dançavam com a brisa suave. Ficamos frente a frente. Ela me beijou longamente. Tudo aquilo era tão real... Eu sentia seus lábios tocando os meus, como há vinte e poucos anos atrás. Nossos rostos unidos pelo beijo. Nossas peles se tocando. Éramos um casal apaixonado. Linda mulher que Maribel era.

Eu não queria parar de beijá-la. E como num passe de mágica, as horas foram passando. O beijo era infinito e a minha sensação de elevamento era algo indescritível. Toda a dor se foi, todo o sofrimento havia acabado. Eu estava junto da mulher que eu amava. Então, ela deixou meus lábios. E falou:

- Não há mais futuro.
- Como assim, Maribel?
- Dor e sofrimento, nada disso mais importa. Todos estão felizes. Não faça sua dor acabar com essa alegria.
- Mas, mas... O que está dizendo?
- É a hora do mundo se lembrar apenas de quem você era. De quem você foi. Do pai amoroso, do homem caridoso.
- Então... Eu devo partir?
- Não é questão de decidir quando. O tempo vai cobrar. É só esperar. Eu estou aqui e você estará aqui também.

Foi um sonho tão real. Quando acordei, foi algo desesperador. Não sabia se era realidade ou não. A ficha só caiu depois de alguns minutos. Eu ainda estava no hospital, preso a uma maca, com dores horríveis no peito, com um câncer corroendo meu pulmão.

Todo o tempo fiquei pensando nesse sonho. Será que é mesmo a hora de partir?

Não sei. Tenho medo.

Ou melhor, eu tinha medo.

Depois de tudo isso, fiz algo que nunca tinha feito na vida. Folheei este diário que escrevi ao longo desses vinte e cinco anos. Nem sei por que comecei a escrevê-lo. Nem é bem um diário, somente escrevia aqui quando me lembrava, como forma de reunir ou compilar algumas memórias, alguns fatos da minha vida. Só ficava escrevendo, mas sem olhar para trás.

Agora, olhei para trás. E vi o quanto minha vida foi sofrida. Quantas profissões eu tive. Encarei a morte de perto tantas vezes... Fui toureiro, fui lutador de boxe. Vendi coisas usadas, vendi churros, fui mestre de obras. Atravessei um continente. Passei fome. Envolvi-me em tantas confusões com Dona Florinda, tantos aluguéis não paguei ao Senhor Barriga. Minha vida tinha tudo para ser uma tragédia dramática.

Mas então, eu passo pelas páginas que falam da minha vida com Maribel. Páginas que falam de Chiquinha. Páginas que mostram o reencontro de Roberto com seus pais. Páginas que mostram o quanto eu dediquei minha vida para cuidar da Chiquinha. Por que ela foi a verdadeira força que eu tive para continuar aqui. E com suor, choro, determinação, ela está numa vida melhor.

Eu realmente não sei quando vou morrer, mas acho que vai ser logo. Só sei que não vou mais escrever neste diário. Ele já está mesmo no fim. Não tenho muito mais a acrescentar.

Não posso colocar um fim nesse Diário.

Por isso, Chiquinha, espero que você faça isso por mim. Daqui a alguns anos, diga como tudo ficou depois que eu parti. E mostre isso para seus filhos, ou guarde com você. Aqui está a história do seu pai. É para você que eu vivo há tanto tempo.

Este é meu ato final. A página já está acabando. E minha vida também. Um lugar bom me espera. Repousa o lápis agora.

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Epílogo

Papai.

Como você pediu, estou completando esse diário. Já se passaram vinte anos de sua morte. Meu primeiro filho tem agora dez anos. As minhas duas meninas estão muito bem e a elas já mostrei a sua história. Elas riram e se emocionaram muito com tudo o que te aconteceu. Eu estou vivendo bem com Frederico. Somos felizes. Ele trabalha em um jornal da capital. Eu sou diretora de teatro e meu trabalho está sendo reconhecido em outros países.

Roberto está casado com Paty e eles têm cinco filhos. Roberto assumiu os negócios do pai depois que ele morreu. Roberto, quem diria, passava fome e agora dá de comer a quem não tem nada. Ele resolveu fazer um trabalho social para ajudar crianças que, como ele, não têm nem um sanduíche de presunto para se alimentar. Paty é psicóloga.

Nhonho trabalha na corretagem de imóveis, como o pai, que ainda está vivo, assim como Elisa. Ele e Pópis têm dois filhos. O Senhor Barriga não trabalha mais, apenas vive feliz com sua esposa Elisa.

Já Florinda vive agora em Acapulco com o Professor Girafáles. Ela está um pouco doente por causa da idade. Ele abandonou a carreira de professor em 1996, para poder cuidar da esposa. Os dois ainda cultivam o hábito de tomar xícaras de café, como nos velhos tempos.

Elisandro, pelo que soube, morreu em 2006. Malu continua bem.

Ah, já ia me esquecendo. Você me mostrou esse diário dois dias depois de ter escrito a última página. Você me pediu para nunca jogar o diário fora. E não vou fazê-lo nunca. Sua morte aconteceu vinte dias depois, de infarto. Você não resistiu ao câncer. Não houve tempo para a cirurgia. Nós enterramos seu corpo do lado do de Maribel, perto de vovó e da biscavó. Toda a família unida, como você sempre quis. Você morreu em nove de agosto de 1988.

E que coisa, quis o destino que nesse dia, em 1998, nascesse meu primeiro filho homem. Eu sempre quis ter um menino, a quem chamei de Ramón. As meninas são Maribel e Maria.

Vinte anos depois, obrigado por tudo, papai. Mas acho que essa história não pode ficar escondida nesse diário. Ela precisa ser conhecida. O homem que você foi não pode desaparecer assim. Vou tentar fazer com que o mundo conheça essa história. Será “O Diário do Seu Madruga”.

Você estará sempre na minha memória.

Te amo,

Chiquinha.

Depois de três anos de trabalho, finalmente O Diário do Seu Madruga chega ao fim. Muitas dificuldades pelo caminho, muitos hiatos, até que, enfim, essa história é completada. Muito obrigado a todos que acompanharam desde o começo essa história, com certeza o mais ambicioso projeto de fã já realizado no meio CH. Um livro com início, meio e fim.

Já de pronto, adianto que vou buscar a publicação dessa história.

Não à toa, o final foi estruturado dessa forma.

Mais uma vez, obrigado a todos. Em breve disponibilizarei o Diário em um único arquivo, para download.

[Chompiras]

Muito legal Antonio!

Parabéns pelo empenho nesse projeto! Sei o quanto é exaustivo um projeto como esse, que foi feito por você com seriedade e com uma dedicação incrível!

Que venha logo essa publicação! Estaremos no lançamento!

Forte abraço!

[Matheus_CH]

Nota 100000000 para você Antonio , parabéns

Chorei aqui em casa.

[G@BR!&L]

Parabéns por ter chegado até aqui! (Capitulo 100)

[Me Sacaron del Programa CH]

Já estou juntando dinheiro pra comprar o livro no dia que houver um lançamento oficial.

[Antonio Felipe]

Quem quiser baixar a obra completa, faça aqui: http://www.megaupload.com/?d=73G7O58F

[Johnny Wilker]

Se você conseguir uma editora pra publicar seu livro, lembre de colocar imagens de episódios, para ilustrar o que diz no diário

[Ruuki]

Parabéns Antonio, sua história é 100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000!
Eu sei que essa obra cansa, foi muito legal! Se voce fizer uma outra obra, nada vai superar essa!
P.S:Eu acho que foi exagero voce ter escrito que Chaves e Paty tiveram 5 filhos, mas fora isso foi sensacional!

[Bruno Bolaños]

Sensacional o uso das palavras e sentimentos no final do diário. Conseguiu terminá-lo de uma forma nada mais do que espetacular!

Parabéns, Antonio!

[Tchory]

Antonio, eu vi que só faltou uma coisinha...
Você não falou muitas coisas sobre o Godinez. Ele merecia um capítulo contando a história dele, falando um pouco da família, da condição social, com quem ele mora, etc...

[ClebersonP]

Capítulo lindo, perfeito, emocionante. Li o capítulo ouvindo Buenas Noches Vencidad e Boa Noite Vizinhança.

Parabéns Antônio por essa obra incrível, esse diário foi algo incrivel, e que concerteza mesmo sem imagens, conseguiu passar a mesma imagem, sensação e Mensagem que as séries passavam, Parabéns.

[Ruuki]

Antonio, eu vi que só faltou uma coisinha...
Você não falou muitas coisas sobre o Godinez. Ele merecia um capítulo contando a história dele, falando um pouco da família, da condição social, com quem ele mora, etc...

Taí uma ideia, Antonio! Pq vc não faz um "Diário do Godinez"? MUAHHUAUHUAUHUHAUAAU

[Ecco - Kiko Botones is my life]

Esse capítulo foi o melhor, senssacional e emocionante.
Tomara que seja publicado por alguma editora, e eu quero garantir o meu.