Finanças dos Clubes

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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por CHarritO » 04 Mai 2013, 09:58

http://globoesporte.globo.com/futebol/n ... vedor.html

Com a publicação dos balanços dos clubes brasileiros no fim de abril, como é exigido por lei, a empresa de consultoria BDO procedeu com a análise dos dados que aponta mais uma vez o Corinthians com ampla vantagem na liderança do ranking de receita no exercício de 2012: R$ 358,2 milhões. O segundo colocado foi o São Paulo, com R$ 282,9 milhões, seguido do Internacional, com R$ 252,9 milhões arrecadados no ano passado. O relatório, contudo, mostra também a evolução das receitas de 2011 para 2012 e, neste aspecto, quem conseguiu o melhor resultado entre os 12 clubes analisados foi o Botafogo, passando de R$ 58,9 milhões de receita em 2011 para R$ 122,8 no último ano, um aumento de 109%. O único a ver a sua arrecadação reduzida no período foi o Cruzeiro, com baixa de 6%: foram R$ 128,7 milhões em 2011 e R$ 120,4 milhões em 2012.

O Corinthians também é o líder no ranking de receitas sem inclusão de valores de transferências de atletas, com R$ 324,7 milhões. A relação de custos do departamento de futebol não inclui o Flamengo, já que o balanço do clube não discrimina esses valores. Os três primeiros no ranking de receitas também são os líderes em gastos com o futebol: Corinthians (R$ 233,3 milhões), São Paulo (R$ 189,6 milhões) e Internacional (R$ 160 milhões).
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por Barbano » 04 Mai 2013, 14:01

É bom ressaltar que, sabe-se lá porque, a grana do Lucas só entrou esse ano. Não fosse isso o faturamento do São Paulo passaria o do Corinthians.

A grana da Penalty também entrou só agora em 2013. Tem que vir gordo o próximo balanço...

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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por E.R » 06 Jun 2013, 03:00

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Toda segunda-feira o carioca Luiz Eduardo Baptista, presidente da operadora de TV por assinatura Sky, deixa São Paulo, onde mora, para passar algumas horas em sua cidade natal. A rotina é puxada. Bap, como é conhecido, embarca no fim da tarde e volta logo na manhã seguinte. No Rio de Janeiro, reúne-se com outros figurões do mundo dos negócios - como Rodolfo Landim, sócio da Mare Investimentos, Wallim Vasconcellos e Eduardo Bandeira de Mello, ex-diretores do BNDES, e Flávio Godinho, sócio do Grupo EBX. As conversas costumam avançar na madrugada. Horas depois, Bap já está no Santos Dumont esperando o avião que o levará de volta a São Paulo. O que une esse grupo de executivos com interesses aparentemente difusos é o time do coração de todos eles, o Flamengo. Em dezembro, eles foram eleitos para comandar o clube pelos próximos três anos. O plano deles é levar para o futebol as práticas com que convivem há anos no mercado corporativo. Tem sido um choque. Clube com a maior torcida do país, o Flamengo se tomou célebre por levar a má gestão a um patamar que oscila entre o trágico e o cômico. Salários atrasados, dívidas não pagas, bens penhorados na Justiça (o time em que "a diretoria finge que paga e a gente finge que joga", nas palavras de um ex-jogador). Era, enfim, uma bagunça. E tem dado trabalho ao time de executivos que assumiu. O primeiro passo foi um arrocho nas contas. Em janeiro, eles iniciaram um processo de cortes de gastos que levou ao rompimento do contrato do maior ídolo da torcida, o atacante Vágner Love - que fingia receber 1 milhão de reais por mês e mal fingia que jogava. A ordem é cortar 40% dos custos em todos os departamentos até o fim do ano. A atual gestão promete transparência incomum. Em abril, a auditoria Ernst & Young descobriu que as dividas do Flamengo somavam 750 milhões de reais, 50% mais que a estimativa anterior. Em seguida, o grupo anunciou que a torcida poderia monitorar as finanças em balanços trimestrais, disponíveis na internet. "O que nos uniu foi a indignação pelo momento do clube", diz Bap, vice-presidente de marketing do clube. "Só de fazer o básico, os resultados já estão aparecendo." Os custos mensais com o futebol caíram de 8 milhões para 6 milhões de reais. E, em 2013, o clube pagará 80 milhões de reais em dívidas. "O Flamengo era uma empresa quebrada", diz Eduardo Bandeira de Mello, presidente do clube. "Parece óbvio, mas, a partir de agora, a gente só gasta o que tiver."

E cedo para dizer se a nova gestão do Flamengo será tão revolucionária quanto promete, mas o currículo e a postura inicial de seus diretores são exemplos de um novo momento do futebol brasileiro. Apesar de ser profissional desde 1933, o esporte ainda é comandado de forma amadora no país. Os dirigentes das principais equipes são em geral torcedores com conhecimentos limitados de administração. Práticas de gestão comuns em qualquer padaria - como planejamento - ainda são coisa rara. E a ladroagem é grande. O resultado é que os clubes brasileiros vivem em uma penúria eterna. Os 20 maiores do país acumularam 2 bilhões de reais em prejuízo nos últimos oito anos. Devem, em conjunto, 4,7 bilhões de reais. Suas partidas têm média de público menor até do que o campeonato dos Estados Unidos, onde o futebol que importa é aquele jogado com bola oval.

Mas, de uns tempos para cá, algo parece estar acontecendo com o futebol brasileiro. Casos de boa gestão de clubes surgem aqui e ali, com resultados excepcionais, inclusive dentro de campo. Com ousados planos de marketing e finanças em ordem, o Internacional e o Corinthians tomaram-se campeões mundiais de clubes. O Santos montou um comitê formado por executivos de grandes empresas para tocar o clube. Eles criaram um modelo único para manter o jogador Neymar no país - mesmo custando quase 1 milhão de reais por mês de salários, manter o craque fez com que as receitas triplicassem em quatro anos e o clube desse lucro (no fechamento desta edição, Neymar estava finalmente prestes a ser vendido). O clube criou uma regra para garantir que 20% do investimento em futebol seja aplicado na formação de novos jogadores. Esses e outros exemplos dão esperança de que, com uma boa dose de capitalismo, o futebol brasileiro pode ser salvo.

Uma conjunção de fatores dá razão a esse otimismo. O primeiro é político. Diretores de clubes estão constatando que ter uma gestão minimamente em ordem ajuda a ganhar títulos - e a definir vencedores na eleição seguinte. E um fenômeno parecido com o que marcou a administração dos estados brasileiros na última década. Quando os políticos notaram que gerir as contas públicas de forma racional dava voto, tornaram-se fiscalistas apaixonados. E os exemplos de Corinthians, Inter e Santos já estão sendo seguidos. Metade dos clubes da primeira divisão deu lucro no ano passado, algo inédito.

Mas talvez o principal fator a impulsionar a atual mudança seja financeiro. O futebol brasileiro está se tornando um negócio grande demais para ser deixado nas mãos, e nos bolsos, de amadores. A receita dos clubes brasileiros quadruplicou desde 2004. Em 2012, os 20 principais times do país faturaram mais de 3 bilhões de reais. No mesmo período, a receita dos 20 maiores clubes europeus avançou 60% e chegou a 12 bilhões de reais. A distância ainda é enorme, mas está diminuindo rapidamente. A maior responsável por esse salto é a televisão. Em 2012, a Rede Globo assinou um novo contrato com os principais times do país que rendeu 1,2 bilhão de reais de receita. Para TVs do mundo todo, transmitir esportes é um negócio extremamente rentável - ao contrário do que acontece com séries ou filmes, ninguém grava uma final de futebol. A graça está em ver o jogo ao vivo, e o público acaba sendo obrigado a assistir aos anúncios. Por isso, a Globo não pôde se dar ao luxo de perder a concorrência para a rival Record, que demonstrou interesse no Campeonato Brasileiro. A cota de TV subiu, de um ano para o outro, 50%. A Copa de 2014, obviamente, ajuda a criar um ambiente positivo. Irregularidades e estouros de orçamento à parte, os novos estádios - que custaram 7 bilhões de reais - podem trazer de volta um público que há anos preferia assistir aos jogos em casa. Há semelhanças com o momento que o campeonato inglês viveu em 2004, quando um expressivo aumento dos contratos de televisão transformou o torneio no mais valioso do futebol mundial. Ou com o futebol alemão, que, após construir estádios para a Copa de 2006, passou a ter a maior média de público do futebol europeu: 45.000 pessoas por jogo, o triplo do que temos aqui.

Com tantas oportunidades, as empresas estão desbravando novas formas de ganhar dinheiro com o futebol - o que rende ainda mais dinheiro para os clubes. A seguradora alemã Allianz investiu cerca de 300 milhões de reais para batizar o novo estádio do Palmeiras pelos próximos 20 anos. "O estádio é um meio fantástico de aparecer para os consumidores", diz Edward Lange, presidente da Allianz no Brasil. O Grupo Petrópolis, dono da marca Itaipava, investirá 200 milhões de reais para nomear a Arena Fonte Nova, em Salvador, e a Arena Pernambuco, com o propósito de aumentar sua participação de mercado por lá. Mas a iniciativa mais inovadora é da Ambev. Em janeiro, a cervejaria lançou o projeto "Movimento por um futebol melhor". É um programa que dá descontos na compra de determinados produtos - entre eles, claro, cerveja - para os sócios dos clubes. Em quatro meses, o quadro social dos principais times do país passou de 159.000 para 465.000 pessoas. "Se tivermos ambição e boas ideias, poderemos aproveitar os novos estádios e ter o melhor campeonato do mundo", diz Ricardo Tadeu, executivo da Ambev responsável pelo projeto. A meta é chegar a 2015 com 3 milhões de sócios, o que renderia um acréscimo de 1 bilhão de reais por ano aos clubes.

Não é a primeira vez que os clubes brasileiros flertam com gestão profissional e lidam com somas vultosas. Em versões anteriores, a coisa acabou mal. Em 1992, a fabricante de laticínios italiana Parmalat assinou um contrato com o Palmeiras e passou a gerir o departamento de futebol do clube. Contratou craques e foi bicampeã brasileira. Mas, com a saída da empresa, o time vencedor foi junto. Depois, ao longo dos dez anos seguintes, diversas multinacionais de marketing esportivo fecharam acordos com clubes como Corinthians, Flamengo e Grêmio. A promessa era sempre a mesma: um caminhão de dinheiro para faturar todos os títulos possíveis. Mas os acordos terminaram antes do prometido, com os clubes ainda mais endividados. Por que desta vez será diferente?

Um bom termômetro é o fato de que, agora, os projetos partem dos próprios clubes. Todos parecem ter percebido que a era das soluções mágicas ficou no passado e que o trabalho à frente é árduo. O Fluminense, dono de uma dívida de 430 milhões de reais, começou em 2012 um plano de corte de gastos - as despesas caíram 7 milhões de reais em relação a 2011. O clube gastava mais de 200.000 reais por mês apenas em água por causa de um vazamento na piscina de sua sede social. Corrigir essas anomalias não resolve o problema, mas é um começo. Aos poucos, práticas corriqueiras de gestão começam a mudar o destino dos clubes. O caso mais emblemático é o Corinthians. Em 2007, o time foi rebaixado para a segunda divisão. Gastava 85% de sua receita para pagar os custos do time. Desde então, o Corinthians enxugou os gastos e montou um agressivo plano de marketing. Em parceria com a fabricante de material esportivo Nike, o clube lançou a marca "República Popular do Corinthians" para vender produtos oficiais do clube a 30 milhões de torcedores. A receita triplicou, e os custos com futebol foram limitados a 63% do orçamento. Em 2012, o time teve lucro de 7 milhões de reais e conquistou o Mundial de Clubes. Um dos pilares dessa nova fase é uma análise criteriosa dos investimentos. "Clubes ainda compram jogadores com base no impulso. Nós passamos a fazer contas", diz Edu Gaspar, ex-jogador do time e atual gerente de futebol. Gaspar importou do Arsenal, clube inglês que defendeu por cinco temporadas, um departamento de estatística. No Arsenal, 48 pessoas analisam partidas dos principais torneios do mundo e computam dados de centenas de atletas - sempre de olho em jogadores que estejam evoluindo discretamente e sejam mais baratos do que estrelas que fazem um gol na final e mais nada ao longo do ano. O Arsenal levou a prática tão a sério que passou a ser criticado pela torcida por sua lógica estritamente financeira. Graças à base de dados, o Corinthians chegou ao atacante peruano Paolo Guerrero, contratado do Hamburgo, da Alemanha, e autor do gol do título mundial em 2012. O Grêmio começou neste ano a fazer uma análise parecida. Passou a observar jogos das categorias de base na Argentina, no Chile e no Uruguai em busca de revelações. Recentemente, contratou dois argentinos para o time juvenil.

Clubes, como nações, vivem pressionados a entregar os melhores resultados possíveis hoje. Nos dois casos, o objetivo final não é dar dinheiro - mas países e clubes que ignoram por anos o bom senso financeiro acabam, como o Flamengo ou a Grécia, na lama. Os clubes brasileiros costumam trocar de presidente a cada dois ou três anos. E esse o tempo que os dirigentes têm para conquistar títulos e conseguir a reeleição. Por isso, é comum que invistam pesado e arrisquem alto nesse prazo curto. A consequência histórica tem sido uma gestão financeira suicida. Países tentam superar esse choque de incentivos criando instituições que sobrevivam aos desejos do governo de plantão. O Internacional fez algo parecido. Definiu um plano estratégico de longo prazo: até 2019, a meta é dobrar as receitas, para 500 milhões de reais, e chegar a 200.000 sócios. Os futuros presidentes são obrigados, por estatuto, a levar os planos adiante. Faz parte do projeto investir em marketing para atrair sócios. A gestão seguinte não pode usar o dinheiro com outra coisa.

Outra barreira que vem sendo superada aos poucos é a politicagem interna que assola os clubes brasileiros. Em 2009, quando uma nova diretoria assumiu o comando do Santos, encontrou um cenário esdrúxulo. Com receita de 70 milhões de reais e prejuízo de 46 milhões em 2009, o clube era usado para a ascensão política e social de dezenas de torcedores. Tinha 36 diretores - havia até diretor de banquetes. Eles foram substituídos por dois executivos remunerados. Antes, a discussão dos temas importantes ficava a cargo de um grupo de mais de 200 conselheiros. Qualquer aprovação levava semanas. Hoje, o Santos tem um comitê gestor que reúne o presidente, o vice-presidente e sete empresários torcedores. Eles se reúnem toda semana para tomar as decisões do dia a dia É curioso que seja o próprio Santos o exemplo dos limites do capitalismo num clube de futebol. Há quatro anos, o clube vendeu 45% dos direitos econômicos do atacante Neymar para dois fundos de investimento. Foi uma forma de pagar as contas do ano e manter o jogador. Mas o contrato do atacante vence em julho de 2014 e, para os investidores, a hora de vendê-lo é agora. Vencido o contrato, Neymar fica livre para negociar com qualquer clube, e os investidores e o Santos não receberiam nada pela transação. O Santos, claro, também tem a ganhar com a venda imediata - mas manter o jogador até o fim do contrato não deixa de ser uma opção interessante, já que ficou provada a diferença que Neymar faz nas vendas de camisas e mesmo na simpatia do Santos entre os jovens. Para os fundos, a permanência do craque no Brasil por mais um ano seria um desastre. "Os investidores estavam cientes do risco quando entraram no negócio. A palavra final sobre a negociação cabe apenas ao Santos", diz Álvaro de Souza, ex-presidente do Citibank no Brasil e integrante do comitê gestor do clube.

Nem todos os ventos jogam a favor de uma gestão mais eficaz dos clubes brasileiros. No mundo inteiro, a cultura do esporte tende ao desperdício. Na teoria, os clubes precisam organizar a casa para evitar perder dinheiro e, no limite, ficar insolventes e não ganhar títulos. É o que funciona com as empresas, que, mal administradas, quebram. Mas, na prática, clubes de futebol são instituições incrivelmente estáveis. Na Europa, dos 74 clubes que jogaram os campeonatos da Inglaterra, da França, da Itália e da Espanha em 1.950,62% disputam a primeira divisão até hoje. E, na média, continuam a perder dinheiro. No Brasil, o Ministério do Esporte e deputados federais tentam aprovar uma medida provisória para perdoar as dívidas dos clubes com o Fisco. O plano é que eles recebam um perdão de 90% da dívida. Em troca, ofereceriam sua estrutura para jovens de comunidades carentes. E chamar de idiota quem está apertando o cinto. Embora a lei permita que os clubes se tornem empresas com fins lucrativos, ninguém quer abrir mão dos benefícios fiscais a que as agremiações têm direito. A distância a percorrer até um ambiente de fato capitalista no futebol, ninguém duvida, é grande.

Como, então, forçar os clubes a se manter saudáveis? A experiência recente mostra que a resposta tem sido algo que qualquer economia precisa para funcionar - um pouquinho de regulação. Em 2013, a Uefa, responsável pelos campeonatos europeus, vai exigir disciplina de seus membros. Clubes que acumularem prejuízos de 45 milhões de euros serão excluídos dos torneios. Investimentos que fujam às fontes tradicionais de receita também serão proibidos (xeques árabes e bilionários russos incluídos). A Uefa caminha na direção das ligas americanas, de longe as mais valiosas do mundo. A maior delas, a NFL, de futebol americano, é também a mais preocupada com o espetáculo. Lá, tudo é pensado para manter o equilíbrio e a saúde financeira das equipes. Desde 1961, os contratos de televisão são negociados em conjunto, e todos os 32 times recebem fatias iguais - cerca de 120 milhões de dólares por ano. Há pisos e tetos salariais. E 30% da receita com ingressos é distribuída para os clubes. Vem dando certo. Todos os 32 times da liga estão entre as 50 marcas esportivas mais valiosas do mundo. Apenas três tiveram prejuízo na última temporada. E 98% dos ingressos foram vendidos. "O futebol americano é a maior prova de que esporte pode ser um grande negócio", diz Anita Elberse, professora da escola de negócios de Harvard. A NFL também é um fenômeno para os investidores. Desde 1998, o valor de mercado dos clubes quadruplicou. Não é à toa que a NFL é apelidada de liga socialista. O brilho dessas medidas está em evitar o domínio absoluto de quem tem mais poder econômico. Na Europa, o mesmo punhado de clubes disputa todas as ligas nacionais. São os mais ricos, com mais dinheiro para comprar estrelas. No Brasil, o risco para o torcedor é que o caminho seguido seja esse. Flamengo e Corinthians, os times mais populares do país, ganham 120 milhões de reais por ano da Globo - o dobro de rivais como Botafogo e Atlético Mineiro. Trata-se de um perigo para aquele que é um dos campeonatos mais equilibrados do mundo. O jeito capitalista pode salvar o futebol brasileiro da praga dos dirigentes amadores. É torcer para que não estrague o que vinha dando certo antes.

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Os torcedores do Arsenal, da Inglaterra, têm um costume peculiar. Um de seus cantos mais populares é "Spend some fucking money" - em português educado, algo como "Gaste o diabo do dinheiro". Há 17 anos sob o comando do francês Arsène Wenger, o Arsenal virou o maior exemplo de uma discussão que não tem resposta fácil. Um clube de futebol deve ganhar dinheiro ou gastá-lo? O Arsenal é um fenômeno de lucratividade. Não tem prejuízo há 11 anos e acumula 600 milhões de reais de lucro desde 2007. Mas não levanta uma taça desde 2004.

Economista de formação, Wenger levou para o Arsenal sua obsessão por números. Quando vende um atleta, é porque as estatísticas mostram que ele chegou ao ápice físico e técnico. Faz sentido econômico. Mas essa lógica o levou a vender, em 2012, o holandês Robin van Persie, artilheiro da liga inglesa, para o rival Manchester United. A torcida enlouqueceu (Van Persie foi artilheiro de novo em 2013, e o Manchester, campeão). Mas o dono do clube, o bilionário Stan Kroenke, não se importa. Ele investiu o dinheiro das negociações na construção de um dos estádios mais modernos da Europa, que lhe garante 8 milhões de reais de receita por jogo.
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por E.R » 21 Dez 2013, 17:44

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on- ... sao-paulo/

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A Adidas está de olho no São Paulo, hoje patrocinado pela Penalty. A atual fornecedora de material esportivo desde o início do ano não tem honrado os compromissos com o clube e já deve 7 milhões de reais.
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por E.R » 14 Jan 2014, 13:10

http://globoesporte.globo.com/futebol/t ... remio.html

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O Flamengo lançou nesta terça-feira uma campanha do programa de sócio-torcedor na sua busca por ser o maior do Brasil.

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E o clube vai premiar com um carro aquele que trouxer mais associados para o clube até o dia 10 de março. O processo será conduzido pelas redes sociais.

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O primeiro colocado da promoção receberá um carro da Peugeot, patrocinadora do clube.

Do segundo ao quinto, a premiação será um freezer lotado de produtos do Movimento por um Futebol Melhor.

Todos que conseguirem 10 novos associados serão premiados com uma camisa oficial.

- Sou suspeito e quero muito mais. Quem sabe esse ano conseguimos bater os 100 mil torcedores. Vai depender de uma série de coisas, inclusive dos resultados do futebol - disse o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello.

Segundo os dirigentes, o programa já é a terceira fonte de renda do clube. O Flamengo já superou a marca dos 60 mil sócios-torcedores.

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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por CHarritO » 03 Mai 2014, 10:44

http://globoesporte.globo.com/blogs/esp ... afogo.html

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Para conseguir honrar seus compromissos recentes, o Botafogo tem buscado empréstimo em cima de empréstimo. Estas operações fecharam o ano passado contabilizando uma passivo de R$ 83 milhões (que é até pequeno comparado ao passivo total do clube - mas demonstra como é difícil a situação do fluxo de caixa alvinegro). E quão complexa será a herança que Assumpção deixará.

Entre os emprestadores há entidades ligadas ao futebol (como CBF e FERJ), pessoas juridicas ligadas a botafoguenses (como o Banco Modal e a Crescer Fomento) e pessoas físicas. A CBF emprestou R$ 4 milhões ao Botafogo (vencimento em 2015). A FERJ disponibilizou R$ 7 milhões para o clube (vencimento em abril de 2016). O maior emprestador é o Banco Modal - a quem o clube deve R$ 19,9 milhões com juros de 1,7% ao mês (vencimento em fevereiro de 2015).

Os irmãos Walter e João Moreira Salles emprestaram juntos R$ 10 milhões ao clube (papagaio que vence em dezembro de 2014). A Hefesto Consultoria, ligada ao ex-vice de patrimônio Marco Antonio Tristão, emprestou R$ 4 milhões.

Esse empréstimo, aliás, mostra o método de ajuda que tem mantido o clube na superfície. A Hefesto financiou a compra dos direitos de Vitinho, do Audax, e ficou com 30% do passe do jogador. Por conta disso, como aqui registrado em nota, o Botafogo ficou com apenas R$ 9,6 milhões (32%) dos R$ 30 milhões que a venda do atleta para o CSKA rendeu. O Audax embolsou R$ 11,6 milhões (40%) e a Hefesto ficou com R$ 8,7 milhões (28%).
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por André-Luiz » 06 Mai 2014, 13:37

http://globoesporte.globo.com/futebol/n ... eiros.html

Se em 2012 o futebol brasileiro vivia boas perspectivas financeiras e celebrava contratações de impacto como Seedorf, a temporada de 2013 ligou o sinal vermelho para os clubes. O crescimento nas receitas em relação ao ano anterior foi de apenas 6%, o pior desde 2003, e os gastos com futebol aumentaram, levando os clubes a um déficit e a um aumento de 4% nas dívidas anuais. Os dados são de um levantamento realizado pelo consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi, que teve como base o balanço financeiro publicado por 13 clubes - o Atlético-PR não foi incluído por não divulgar seus números.

O Flamengo encabeça a lista dos maiores devedores, com R$ 757,4 milhões no total, mas vai na contramão dos outros clubes. Ele reduziu seus débitos em 6% em relação a 2012, queda menor apenas do que a do São Paulo (8%). Fluminense e Palmeiras também buscaram sanear suas finanças em 2013, apresentando uma diminuição das dívidas. O Botafogo, segundo colocado, apresentou um aumento de 6%. No Vasco, terceiro, o número foi 21% maior.

- As dívidas tiveram um aumento de apenas 6% em 2013, mas os clubes apresentaram novas dívidas de 2012 no balanço de 2013. Assim, o crescimento de 2011 para 2012 é de 28%, e nos últimos três anos, é de 35% - explica Amir Somoggi.

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O aumento das dívidas teve dois grandes vilões: o Cruzeiro, campeão brasileiro, viu seus débitos crescerem em 40% de 2012 para 2013 e precisou vender o atacante Vinícius Araújo para ganhar um respiro financeiro. O Grêmio, vice-campeão, teve um aumento de 47%, em contraste com a diminuição da dívida em 2012.

O Tricolor gaúcho também teve um dos maiores déficits da temporada, pois gastou R$ 51 milhões a mais do que arrecadou para bancar um time com jogadores como Elano, Zé Roberto, Kléber, Eduardo Vargas e Barcos. Em 2014, anda na direção contrária, faz cortes no orçamento e tenta compensar essa perda com vendas de jovens como Ramiro, Wendell e Bressan.

- Foi um ano de excesso de gastos. As receitas dos clubes cresceram pouco, mas o dinheiro investido no futebol aumentou muito. Um exemplo é o Botafogo, que investiu muito para contratar Seedorf e agora tem um déficit de mais de R$ 80 milhões. Acho que 2014 é o ano de pagar a conta dessa gastança - analisa Somoggi.

No levantamento, essa realidade fica mais clara. Os gastos dos clubes com o departamento de futebol aumentaram em 23% e atingiram R$ 2,07 bilhões, contra R$ 1,6 bilhão de 2012. Um crescimento quase quatro vezes maior em relação ao aumento da receita. Os motivos foram as contratações caras, que inflaram a folha salarial dos clubes.

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O Botafogo, que aumentou seus gastos com o departamento de futebol em 71% em 2013, tem o maior déficit entre os clubes analisados. Dos 13 balanços, apenas o do São Paulo, com lucro de 28%, e o Corinthians, com 1%, arrecadaram mais do que gastaram em 2013.

- Os clubes brasileiros acreditavam que estavam ricos, falou-se até de patamar europeu. Mas bastou um ano de desaceleração para mostrar que a realidade não é essa - completou Somoggi.

O ranking dos endividados já traz o Vasco, que divulgou seu balanço financeiro com atraso. Para ver o ranking das receitas incluindo o clube carioca, clique aqui.

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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por André-Luiz » 16 Mai 2014, 22:06

http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com ... -r-120-mi/

Photobucket

A Justiça Federal penhorou parte das receitas do Corinthians e imóveis por dívidas fiscais em torno de R$ 120 milhões. Isso significa que um percentual do faturamento do clube, não revelado, terá de ser destinado para quitar esses débitos. Há uma ameaça de leilão ao Parque São Jorge.

Desde o início da gestão de Andrés Sanchez, a diretoria corintiana deixou de pagar imposto de renda e contribuições previdenciárias – os próprios cartolas admitem isso. A Procuradoria Geral da Fazenda moveu cinco ações de execução contra o clube iniciadas em 2012.

Esses processos começaram a estourar no final de 2013 e inviabilizariam a vida financeira corintiana. Afinal, seria perdida a CND (Certidão Negativa de Débito) e o patrocínio da Caixa Econômica Federal. E as execuções cairiam sobre toda a receita do clube de uma vez só. No total, eram cobrados R$ 123 milhões nas ações levantadas pelo blog.

Além disso, a construção do Itaquerão tem financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Embora o dinheiro federal não seja recebido diretamente pelo clube – vai para a empresa Arena Itaquera S.A -, são os corintianos que vão usufruir da arena.

Por isso, a partir do final do ano, o clube começou a oferecer percentual de sua receita para penhora. A procuradoria aceitou o acordo. No balanço, o Corinthians informou que houve um acordo com a procuradoria para parcelar tributos no total de R$ 120 milhões. Mas, na verdade, o que houve foi um acordo para a penhora.

O principal processo corre na 8a Vara e refere-se a uma cobrança de R$ 92,7 milhões. No final do ano passado, a sentença determinou: “Em face da concordância da exequente (procuradoria), defiro a nomeação de bens à penhora efetuada pela executada (Corinthians). Expeça-se mandado de penhora sobre o faturamento, nos percentuais oferecidos pela executada e aceitos pela exequente, nomeando-se o sr. Mario Gobbi Filho depositário, que deverá também apresentar anualmente, a este Juízo, comprovante da receita bruta auferida.''

Além disso, foram penhorados os imóveis matriculados sob “o nº 24.168 e 24.207, do 9º Cartório de Registro de Imóveis desta Comarca.'' Trata-se de parte do Parque São Jorge.

Outras duas ações também tiveram o mesmo destino com as penhoras de receitas do clube em percentuais não revelados.

Houve a penhora, mas não sei o percentual. Se não me engano, vai aumentando o valor com o tempo. O nosso advogado que sabe o percentual exato'', afirmou o vice-presidente Jurídico do Corinthians, Luiz Alberto Bussab. “Se não pagarmos, não temos a CND.''

O advogado Juliano Di Pietro é quem defende o Corinthians nas ações, mas ele disse que só falaria com autorização do clube. Depois, Bussab permitiu que ele desse explicações, mas Di Pietro não atendeu mais os telefonemas do blog.

O problema para o Corinthians é que nem todos os juízes aceitaram a penhora da receita e um deles quer o leilão do Parque São Jorge. É o caso do processo na 9a Vara Cível. Inicialmente, o juiz negou até a penhora de faturamento, alegando que a norma prega que os bens imóveis devem prevalecer sobre a renda. Sua sentença, do final do ano passado, fala até em leilão do imóvel na sequência do processo.

Neste ano, em resposta a recursos do clube, nova sentença afirmou que a procuradoria e o Corinthians tinham transformado uma penhora em parcelamento de tributos, o que não tem previsão lei. “Em se tratando de relação jurídica de direito público, como é o caso dos autos (crédito fiscal), é de rigor a observância dos ditames legais. Portanto, não podem as partes transigirem para transformarem a penhora sobre o faturamento requerida em parcelamento de débito não albergado em lei'', afirmou sentença.

“De fato, há uns R$ 20 milhões ai que estão em abertos. Se não reconsiderarem, vamos tentar um parcelamento normal'', completou Bussab.

O diretor financeiro do Corinthians, Raul Corrêa e Silva, disse que o débito já estava contabilizado desde o final do ano passado. Ele explicou que os acordos tiveram que ser feitos com a procuradoria porque não saiu o Proforte, programa do governo para pagamento de dívidas dos clubes. Mas o clube teve todos os seus débitos fiscais inclusos na Timemania após Andrés Sanchez assumir, em 2008.

“Estabelecemos uma política de ir ajeitando a casa aos poucos. Primeiro, investimos no futebol para recuperar o clube e ai não dava para pagar impostos. Depois, passamos a pagar impostos quando estávamos mais ajeitados. Hoje, pagamos regularmente.. Agora, tem esse resíduo para pagar'', explicou Corrêa e Silva.

O Corinthians só começou a pagar impostos a partir do início de 2013. Por isso, esse valor de R$ 123 milhões cobrado é refente a essas taxas não quitadas. A previsão de pagamento para este ano é de R$ 3 milhões pelo balanço, sendo o restante jogado para longo prazo.

Lembre-se que clubes como Fluminense, Atlético-MG e Botafogo não tiveram acordos como esse com as procuradorias da receita de seus Estados. Por isso, suas rendas de vendas de jogadores são integralmente retidas para a quitação de débitos.
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por CHarritO » 20 Mai 2014, 12:21

http://globoesporte.globo.com/futebol/l ... adrid.html

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O Atlético de Madrid está longe de ser um clube pequeno, mas, comparado ao gigante Real Madrid, fica menor. Embora ninguém duvide que os colchoneros possuam força o suficiente para ganhar o título da Liga dos Campeões no próximo sábado, principalmente depois da conquista do Campeonato Espanhol no fim de semana passado, é desleal a comparação entre os dois clubes. É como um duelo entre Davi e Golias, oprimido e opressor.

Os merengues batem o Atlético em tudo: conquistas, estrutura, tamanho da torcida e valor do elenco. Um time que busca sua décima Champions com outro que nunca venceu o torneio, e vive até hoje com o trauma da derrota na final de 1974, para o Bayern de Munique. Os colchoneros têm feito de tudo para mudar essa história e se desprenderem da imagem de "time sofredor" nos últimos anos. Desde que Simeone assumiu o comando técnico do elenco, em 2011, a vida passou a ser mais alegre para o torcedores do time. Já foram quatro taças levadas para o museu do Vicente Calderón: Liga Europa, Copa da Espanha, Copa do Rei e Campeonato Espanhol, conquistado no último sábado, ao superar o Barcelona, no Camp Nou.

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Colocar sua bandeira na estátua de Netuno, gesto simbólico do capitão Gabi após conquistar a Liga, pode ser considerada como uma façanha e tanto para o Atlético. Esta geração interrompeu a supremacia e a alternância no topo ente Real e Barça para deixar sua marca, mesmo com valor de mercado atual estimado em aproximadamente 304 milhões de euros. Não é pouco, mas representa metade dos 615 milhões de euros em que se avalia hoje o clube merengue.

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É quase o caso do primo rico com o primo pobre. No atual cenário, o menos afortunado vive crescimento, e tenta se equiparar ao maior para competir de igual para igual. Só que fica mais difícil quando o vizinho Real Madrid está entre os clubes mais ricos do mundo, capaz de fazer contratações como a de Garreth Bale, que custou 91 milhões de euros, e a manutenção de salários como o de Cristiano Ronaldo, que ganha cerca de 17 milhões de euros por ano. A diferença na comparação da folha salarial é brutal. Enquanto o Real gasta aproximadamente 220 milhões de euros por ano, o Atlético paga em torno de 72 milhões aos seus atletas. Diego Simeone mesmo, técnico dos rojiblancos, reconhece a distância entre os elencos.

Como de costume, o 'primo rico' é mais popular também. É difícil mensurar o tamanho da torcida de um clube que transcende o seu país e hoje pode ser considerado um time do mundo. Mas é possível ter uma ideia olhando para as redes sociais, que hoje permitem que fãs de qualquer lugar se aproximem da equipe que admiram. O Real Madrid tem mais de 12 vezes mais seguidores que o Atlético em sua página oficial no Facebook: 61 milhões contra cinco. A principal conta dos merengues no Twitter tem mais de 11 milhões de fãs, enquanto os colchoneros possuem 785 mil.

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Mas, se torcida joga, neste quesito, apesar de o Atlético ser menos famoso, dentro de campo, a história é diferente. Os colchoneros das arquibancadas têm sido fundamentais nas conquistas recentes do time, jogando junto, e com demonstrações de fanatismo impressionantes. Os 54 mil lugares do Calderon conseguem praticamente se equivaler aos 81 mil do Bernabéu, graças ao empenho de cada atleticano nos jogos do time em casa.

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Camisa entra em campo em jogo assim também. As "toneladas" que a camisa merengue leva ao gramado não se comparam ao peso da história do adversário. Além dos nove títulos na Champions, os merengues têm 32 do Campeonato Espanhol e estão acostumados a serem o pesadelo do Atlético nos dérbis madrilenhos. Oficialmente, os clubes se enfrentaram 264 vezes, com 143 vitórias do Real, e 64 dos colchoneros. Outras 57 partidas terminaram empatadas, mas este não poderá ser o resultado final do duelo de sábado, talvez o mais importante da história do confronto. Algum lado sairá vencedor, no tempo regulamentar, na prorrogação, ou nos pênaltis. Seja com Davi ou Golias, o troféu terminará em boas, e merecidas, mãos.

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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por CHarritO » 31 Jul 2014, 15:50

http://globoesporte.globo.com/futebol/n ... -2014.html

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Um estudo realizado pela BDO e divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que os clubes brasileiros tiveram uma evolução de suas marcas, apesar da crise financeira. De 2013 para 2014, as 30 equipes mais valiosas tiveram uma valorização de 19% no geral (na comparação da soma de valores de todos os clubes em 2013 com de 2014).

O Corinthians é quem lidera a lista, com valor de marca de R$ 1.236,1 bilhão (em 2013, o clube valia R$ 1.108,8 bilhão), seguido por Flamengo (R$ 1.006,1 bilhão), São Paulo (R$ 879,1 milhões) e Palmeiras (R$ 576,1 milhões).

Entre os 10 primeiros da relação, Grêmio e Cruzeiro são os times que mais subiram de posição no ranking (o primeiro foi do 7º para o 5º lugar, e o segundo, do 10º para o 8º), enquanto o Vasco foi o que mais caiu (de 8º para 10º). Ainda assim, todos valorizaram suas marcas. O Botafogo, que passa por uma grave crise financeira, por exemplo, manteve-se na 12ª colocação, mas aumentou seu valor para R$ 172,2 milhões.

Para realizar o estudo, a empresa de auditoria e consultoria levou em conta 21 variáveis, entre elas o balanço financeiro dos clubes e o poder aquisitivo da torcida, e concluiu que a evolução das marcas está ligada a fatores como aumento das cotas de TV, marketing e programas de sócio-torcedor.

Valor das marcas dos clubes brasileiros em 2014:

1º. Corinthians – R$ 1.236,1 bilhão
2º. Flamengo – R$ 1.006,1 bilhão
3º. São Paulo – R$ 879,1 milhões
4º. Palmeiras - 576,1 milhões
5º. Grêmio – R$ 478,5 milhões
6º. Internacional – R$ 453,7 milhões
7º. Santos – R$ 416 milhões
8º. Cruzeiro – R$ 407,2 milhões
9º. Atlético-MG – R$ 357,6 milhões
10º. Vasco - R$ 339,6 milhões
11º. Fluminense – R$ 218,5 milhões
12º. Botafogo – R$ 172,2 milhões
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por CHarritO » 02 Out 2014, 15:07

http://globoesporte.globo.com/futebol/n ... risco.html

Gastar menos do que se ganha é uma das regras básicas para uma economia saudável. Os clubes brasileiros, contudo, parecem não ter aprendido esta lição. Um estudo realizado pelo Itaú BBA, braço do banco Itaú, mostra que as finanças da maioria das agremiações nacionais agonizam com velhos problemas. Com o título "2013: Dinheiro na mão é vendaval", o levantamento de mais de 150 páginas avalia os dados econômicos da última temporada (divulgados pelos próprios clubes), reprova a política de gastos e avisa: um dia a conta chega.

"Vimos por dois anos uma evolução das receitas, algum controle de custos em 2012 – talvez porque não tenha havido tempo para gastar –, algum investimento em base, controle das dívidas, mas isto tudo foi posto a perder em 2013. Não é por acaso que, ao longo do ano, e mais fortemente em 2014, surgiram informações na mídia de atrasos de salários em muitos clubes", relata o estudo.

De acordo com o levantamento, em 2013 houve um crescimento de 9% na receita bruta total dos clubes. O número é bastante inferior ao observado nas últimas temporadas. Em 2012, a renda dos clubes subiu 31%. No ano de 2011, o aumento foi de 28%.

Além disso, o estudo, ao desconsiderar as receitas obtidas com vendas de direitos econômicos, aponta que não houve crescimento de 2012 para 2013. A exclusão dos dados tem como objetivo prever a real tendência orçamentaria dos clubes, já que a negociação de jogadores ocorre de forma incerta e não pode ser encaixada em uma projeção de finanças anual. Esse valor foi R$ 260 milhões e registrou um considerável crescimento de 65% em comparação com 2012. As vendas de Neymar para o Barcelona e Lucas para o PSG foram determinantes para o número e correspondem a 70% do total.

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Publicidade (que teve evolução de 13%) e bilheteria (36%) ajudaram no crescimento na arrecadação dos clubes na temporada passada. O estudo observa que a inauguração dos estádios para a Copa do Mundo foi determinante para a elevação da taxa de público nos jogos. Além disso, relata que, para atrair torcedores, a qualidade dos times e o fator decisão são mais importantes do que o preço dos ingressos.

"Bilheteria teve forte impacto da entrada em operação de novos estádios, como o novo Mineirão, que serviu de palco para a final da Libertadores com o Atlético-MG e uma renda na casa de R$ 14 milhões, e o Maracanã, que teve elevados públicos nos jogos do Flamengo pela Copa do Brasil, a preços elevados. Além disso, o Cruzeiro campeão brasileiro também lotou o Mineirão a preços altos. Ou seja, há uma baixa correlação entre preço do ingresso e público no estádio, ao mesmo tempo em que há forte correlação entre público no estádio e qualidade da equipe", argumenta.

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Se o faturamento teve um crescimento tímido, os gastos aumentaram em 16% na temporada passada.

"Desta forma os clubes se colocam em situação de risco. Contratam muito e mal, investem pouco em categorias de base, carregam atletas caros e de pouca efetividade, montam elencos desequilibrados e dependentes de receitas extraordinárias. Mas o círculo vicioso está criado: com elencos desequilibrados, os times não atuam bem, os patrocínios não retornam - Santos e Palmeiras estão há mais de um ano sem patrocínio master -, o torcedor não vai ao estádio, a venda de atletas fica mais difícil e, no fim do dia, faltará dinheiro", conclui o estudo.

Clubes na Berlinda

Além de avaliar o quadro geral, o estudo do Itaú BBA também individualiza a situação financeira dos principais clubes. Para a grande maioria, a projeção de futuro não é otimista, o que se reflete no título de cada capítulo. Para o Bahia, coube o texto "Atenção de todos os santos"; para o Grêmio, "Avalanche"; e no São Paulo, "Na vala comum".

O Flamengo recebe avaliação positiva do levantamento, apesar de se destacar que a análise é limitada por falta de dados completos relativos a 2013. A receita do Rubro-Negro cresceu na última temporada, e as despesas permaneceram estáveis. O bom desempenho rendeu o título "Nadando contra a maré".

"O Flamengo está no caminho certo, mesmo que isto signifique alguns anos longe dos títulos, o que afinal vinha ocorrendo antes mesmo desta reorganização do clube. O difícil é domar a torcida, porque haverá oscilação e riscos no meio do caminho. O Flamengo fez a coisa certa", aponta.

O Corinthians é abordado no capítulo “Encantador de serpentes”. Segundo o estudo, o Timão apresentou em 2013 um desempenho bastante inferior ao dos últimos anos, o que acende um sinal de alerta no Parque São Jorge. Houve queda nas receitas da ordem de 12%, além do reconhecimento do atraso no pagamento de impostos nas últimas temporadas. O levantamento faz uma previsão de que o Alvinegro precisará reduzir investimentos, incluindo a aquisição de jogadores pra reforçar o time.

Em crise financeira com salários e direitos de imagem atrasados, o Botafogo é retratado no estudo como clube “em situação dificílima”. Em 2013, as receitas cresceram 25%, enquanto as despesas aumentaram mais que o dobro: 58%.

"Não é possível um clube que tem como Receitas Recorrentes algo da ordem de R$ 100 milhões ter Custos e Despesas da ordem de R$ 160 milhões! É impraticável. E por isso vemos os protestos de atletas contra a falta de pagamentos de salários. É praticamente impossível que sejam pagos, exceto se houver novas vendas, novos adiantamentos - que farão falta no futuro - exceto se a gestão corte custos. Não dá para gastar mais do que se arrecada", diz o texto.

Outro clube em dificuldade financeira é o Palmeiras. Recentemente, o presidente Paulo Nobre precisou emprestar dinheiro para saldar as dívidas da agremiação. O fato não passou despercebido.

"Considerando que o clube continua sem patrocínio master, que as demais receitas permanecem estáveis e que o clube não é um grande vendedor de atletas, resta ajustar os custos para tentar fazer com que sobre mais dinheiro no caixa. Mas é ano do centenário, e, na avaliação equivocada dos dirigentes, em anos assim o clube precisa vencer mais que em outros. Resultado esperado é aumento dos custos, política descontrolada de gastos e mais problemas no futuro. O Palmeiras se mantém no círculo vicioso e 2014 tem todos os ingredientes para ser mais um ano difícil em termos financeiros. Até quando o presidente colocará dinheiro no clube?", questiona o levantamento.
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por E.R » 12 Jan 2015, 15:46

Esse dirigente que o Palmeiras contratou tá contratando meio mundo, tá querendo mostrar que é o melhor dirigente do Brasil. E tá pouco se importando com as finanças do Palmeiras. Quero ver o efeito nas finanças do clube.

E o Paulo Nobre virou o Marcelo Teixeira dos tempos atuais.
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por CHarritO » 21 Jan 2015, 11:10

http://globoesporte.globo.com/futebol/f ... hines.html

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O Atlético de Madrid oficializou na manhã desta quarta-feira a venda de 20% de suas ações ao bilionário chinês Wang Jianlin, dono do grupo Wanda, um gigante do entretenimento na Ásia. A negociação foi assinada pelo presidente Enrique Cerezo em um evento em um luxuoso hotel de Pequim e contou com a presença do acionista majoritário Miguel Ángel Gil Marin. Segundo o próprio clube, Jianlin investirá € 45 milhões (R$ 136,2 milhões), que serão utilizados para deixar o caixa colchonero mais saudável. O acordo inclui, ainda, a construção de uma escola de futebol do Atletico na China.

- Ser sócio do Wanda, uma das empresas líderes do mundo em tudo o que toca, é um sonho. Wang Jianlin não vem com a mentalidade de controlar ou comprar 100% do Atlético. Não quer mandar no clube, e só se preocupa em impulsionar as academias do Atlético na China e Madri. O dinheiro vai para os cofres do clube, para o dia a dia - disse Enrique Cerezo para a "Radio Marca".

O acordo representa a chegada do capital chinês aos gigantes europeus. Com a negociação, as ações do clube ficam divididas da seguinte forma: 52% de Gil Marin, 20% de Enrique Cerezo, 20% de Wang Jianlin e outros 8% de acionistas minoritários, incluindo membros da família Gil Marín. Desta forma, o bilionário chinês terá influência nas decisões importantes do clube e colocará profissionais de confiança para estar em contato direto com o Atletico.

- O investimento de Wanda no Atlético de Madrid é mais um passo em nossos esforços para construir um amplo leque de entretenimento para nossos clientes. Estamos encantados com a possibilidade de contribuir com o crescimento do Atlético de Madrid, com sua sólida base de fãs e uma marca com rápido crescimento internacional. Também confiaremos em sua magnífica experiência no âmbito da formação, o que, sem dúvidas, terá grande utilidade para o crescimento do futebol de base na China. O investimento não só dará uma opção de ouro para que os jogadores chineses enviados ao estrangeiro pelo Wanda sejam escolhidos por grandes clubes do futebol europeu, mas também melhorará a qualidade do futebol chinês, reduzindo a distância para o resto do mundo - disse Jianlin, que revelou ter preferido o Atlético ao Valencia, que acabou sendo alvo do bilionário Peter Lim, de Cingapura.

Aos 60 anos, Wang Jianlin tem uma fortuna estimada em US$ 25 bilhões (R$ 65,6 bilhões), ocupando o 101º lugar na lista de homens mais ricos do mundo elaborada pela revista "Forbes". O chinês é dono do grupo Wanda, um império que inclui hotéis de luxo, shoppings e cinemas - é a empresa que detém mais salas no mundo. O rendimento anual do grupo seria de US$ 16,7 bilhões (R$ 43, 8 milhões). De acordo com a imprensa espanhola, Jianlin é apaixonado por pintura, música e futebol. Ele teria sido o responsável pela contratação do técnico José Antonio Camacho para a seleção chinesa em 2011, pagando o salário do treinador do próprio bolso.

O acordo para a venda das ações será plenamente concluído apenas em março, quando os outros acionistas já tiverem aprovado a negociação. A injeção de capital feita por Jianlin permitirá que o clube siga cumprindo as exigências do Fair Play econômico da Uefa e da Liga de Futebol Profissional da Espanha (LFP). Além disso, terá papel importante na expansão da marca do clube na Ásia.
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E.R
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por E.R » 29 Jan 2015, 22:13

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A receita do Palmeiras cresceu bastante com os patrocínios da Crefisa e da Prevent Senior.
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BrendaMarzipan
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Re: Finanças dos Clubes

Mensagem por BrendaMarzipan » 29 Jan 2015, 22:15

sim

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