ATRASADO PARA O JOGO (1975)

[Episódio Perdido Mundial]

Confesso que não lerei os dois grandes textos acima

[Pavi]

Confesso que não lerei os dois grandes textos acima

Pois eu li e vale muito a pena, texto construtivo.

[João Neto (Eng. Camin)]

CH é um tanto perverso neste aspecto. De 'Atrasado para o Jogo' para o remake de 1979 nada muda! Cheira a oportunismo ou como disse anteriormente algum tipo de retaliação contra o Carlos.

Nossa, você se apegou mesmo nessa teoria de retaliação contra o Carlos

Não faz sentido nenhum isso, em 1973 já tinha vários remakes em CH, que foram se intensificando ano a ano. Nas temporadas de 1977 e 1978 mesmo tá cheio de copy/paste, mesmo com o Carlos no elenco.

Eu acho que ocorreu foi o oposto, com a saída de Carlos e Ramón o Roberto teve que se virar para criar alguns roteiros novos, pois os remakes sem eles estavam ficando bem fracos (especialmente em Chaves). E deu resultado, a segunda metade da temporada de 1979, com roteiros novos, é bem melhor do que a primeira.

[Chamone]

Eu aceito qualquer contra-argumento como válido desde que não seja essas respostas fofas e políticas que o Bolaños e o Edgar deram sobre os remakes. Nenhum criativo fica satisfeito em repetir o mesmo trabalho quando não há variedade. Isso vai desde roteiristas aos próprios atores.

a segunda metade da temporada de 1979, com roteiros novos, é bem melhor do que a primeira.

Cê tá de bricadeira. O restaurante da Dona Florinda é o "Trapa Hotel" da série, e mesmo dentro dele são recicladas muitas situações passadas. O esforço para salvar as séries independentes foi zero.

[HOMESSA]

Eu concordo com o @Barbano. Também prefiro a segunda metade da temporada 79.

[Bebê de Carne sem Osso]

Os únicos roteiros inéditos da segunda metade de 1979 é do Topo Gigío e da Despedida, ué.

[Cyrano (Fabricio De Carvalho).]

Os únicos roteiros inéditos da segunda metade de 1979 é do Topo Gigío e da Despedida, ué.

Segunda metade de 79 em Chaves.

[João Neto (Eng. Camin)]

Eu aceito qualquer contra-argumento como válido desde que não seja essas respostas fofas e políticas que o Bolaños e o Edgar deram sobre os remakes. Nenhum criativo fica satisfeito em repetir o mesmo trabalho quando não há variedade. Isso vai desde roteiristas aos próprios atores.

Como assim? Um ator de teatro interpreta toda noite o mesmo papel, com as mesmas falas, mesmos gestos, mesmas roupas, mesmas entonações, tudo igual.

Para um bom ator, é melhor repetir um texto excelente de Shakespeare ou Chespirito do que se apresentar sempre com um texto novo e péssimo de um Zé Ruela qualquer - que é o que costuma acontecer na TV.

Fora que, muitas vezes, o ator de TV nem lembra de ter gravado aquelas falas antes. O ritmo é intenso e a memória de um artista não é como a de um fã que passa o dia no sofá. Muito músico não se lembra de músicas que gravou, assim como dubladores não se lembram de filmes que dublaram... Até jogadores de futebol não se lembram de determinadas partidas.

Fora que, muitas vezes, o ator está ganhando a oportunidade de fazer um papel diferente naquele roteiro. Ele vai dar sua interpretação própria para aquele personagem que é novo para ele. Quem viveu Otelo vai ter que desenvolver outra faceta para viver Iago, e vice-versa.

Da mesma forma, o Carateca que foi interpretado por Edgar Vivar em 1973 ganhou uma interpretação totalmente diferente com Rubén Aguirre em 1976. O papel do tocador de gongo que era de Carlos passou para Horácio. Para Carlos, criou-se um novo personagem, o medidor de luz. Os papéis repetidos (Florinda, Ramon, Chapolin) ganham novos figurinos, novas falas, uma qualidade de produção muito melhor...

Agora imagine Paulo Ricardo que regrava a música-tema do BBB todo ano? Tantas bandas que tocam há 40 anos as mesmas músicas, e regravam, relançam... Você mesmo que um ator de TV vai se incomodar de "repetir um roteiro" a cada 2 ou 3 anos? Roteirista nem vou comentar, pois o roteirista é o próprio Chespirito - um mestre do ofício.

[Episódio Perdido Mundial]

Eu aceito qualquer contra-argumento como válido desde que não seja essas respostas fofas e políticas que o Bolaños e o Edgar deram sobre os remakes.

Então tu já colocou como pressuposto que essas respostas não são válidas por não serem polemicas?

[Cláudio]

A verdade é que Chespirito nunca falou desse tema, então infelizmente jamais teremos a sua versão dos motivos para os remakes (a menos que surja alguma entrevista desconhecida).

[Episódio Perdido Mundial]

A verdade é que Chespirito nunca falou desse tema, então infelizmente jamais teremos a sua versão dos motivos para os remakes (a menos que surja alguma entrevista desconhecida).

Ou nunca perguntaram também. Certa vez perguntaram pra ele no Twitter no ultimos anos de sua vida sobre a música tema do Chapolin, aí ele respondeu com a versão do Clipe

[Chamone]

Como assim? Um ator de teatro interpreta toda noite o mesmo papel, com as mesmas falas, mesmos gestos, mesmas roupas, mesmas entonações, tudo igual.

...

Agora imagine Paulo Ricardo que regrava a música-tema do BBB todo ano? Tantas bandas que tocam há 40 anos as mesmas músicas, e regravam, relançam... Você mesmo que um ator de TV vai se incomodar de "repetir um roteiro" a cada 2 ou 3 anos? Roteirista nem vou comentar, pois o roteirista é o próprio Chespirito - um mestre do ofício.

Eu pensei nisto enquanto escrevia aquele comentário, mas se toma muito literalmente as coisas.

Para os artistas que trabalham em palco existe sim um brutal número de repetições: o ator no teatro, o músico/banda trabalhando o novo disco, o comediante stand-up com seu novo show. A cada nova apresentação do mesmo trabalho vão lapidando o trabalho e as performances... por um certo e lucrativo período. Isto se chama temporada, turnê. Tem dia e hora para acabar até um novo ciclo criativo começar.

O próprio Chespirito saia em turnê pela América Latina com os atores reencenando histórias, o que nega a suposta nobre necessidade artística de refilmar episódios.

Na mídia eletrônica não se repete performance individual de um mesmo trabalho criativo, isso é algo muito raro, especialmente no humor que precisa avançar com os tempos e costumes. O Monty Python refez esquetes para a TV Alemã e para um filme mas foi apenas isso: por grana.

[Cidadão Gómez]

O Monty Python refez esquetes para a TV Alemã e para um filme mas foi apenas isso: por grana.

Eu acredito que esse tenha sido um dos fatores para os remakes: Me parece provável que Chespirito ganhasse um bom salário acumulando as funções de roteirista + ator (e depois diretor). Passar esse cargo para outros significaria uma redução em seu salário.

Aí também entra outra questão que já vi Chespirito comentar em entrevistas ao longo dos anos: Ele se achava muito bom naquilo que fazia, a ponto de dizer "não há melhor roteirista cômico do que eu" em alguma revista do início dos anos 70. @Cláudio talvez possa me ajudar nisso... Enfim, confiar seus personagens a outros escritores estava fora de questão.

E a Televisa também tem uma parcela de responsabilidade por isso, afinal, se eles sabiam das regravações, poderiam ter exigido roteiros novos, escritores novos... mas aparentemente eles não estavam preocupados.

[Episódio Perdido Mundial]

Ele se achava muito bom naquilo que fazia, a ponto de dizer "não há melhor roteirista cômico do que eu" em alguma revista do início dos anos 70. @Cláudio talvez possa me ajudar nisso...

[Cláudio]

Aí também entra outra questão que já vi Chespirito comentar em entrevistas ao longo dos anos: Ele se achava muito bom naquilo que fazia, a ponto de dizer "não há melhor roteirista cômico do que eu" em alguma revista do início dos anos 70. @Cláudio talvez possa me ajudar nisso... Enfim, confiar seus personagens a outros escritores estava fora de questão.

Isso, ele já falou algumas vezes sobre a escassez de bons escritores disponíveis no México, dizia que existiam atores talentosos, mas poucos roteiristas.