Tópico para comentar e postar notícias das Olimpíadas de 2024, em Paris, na França.
As Olimpíadas 2024 vão acontecer entre os dias 26 de julho e 11 de agosto de 2024.
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Medalhista olímpica de prata nos 200 metros costas nos Jogos de Sidney, em 2000, e primeira campeã mundial da história da natação francesa (em Perth, Austrália, em 1998, na mesma prova), Roxana Maracineanu trouxe a ambição das piscinas para o alto governo do país. Convidada pelo presidente Emanuel Macron para o cargo de Ministra dos Esportes, a ex-nadadora assumiu o cargo em setembro de 2018. Entre os objetivos que planeja alcançar, está o de mudar o hábito dos franceses. Para ela, "o esporte não faz parte da cultura francesa e, por isso, é preciso tornar os cidadãos mais ativos e saudáveis".
- Na França, o esporte não faz parte da cultura francesa. Historicamente, sempre houve uma separação entre o corpo e a mente, e a França colocou muito mais ênfase na mente, na cultura e no Iluminismo. E, de fato, o corpo não tem realmente seu lugar nas escolas, no sistema educacional. No ensino superior, por exemplo, é difícil ir para a universidade e continuar a praticar seu esporte. Então, temos um desafio real para fazer com que o movimento esportivo se desenvolva dentro da sociedade e se misture com o sistema educacional na França, que é muito poderoso, muito rígido, onde todos devem estar sentados em sua mesa e levantar o dedo para falar em sala de aula afirma
Roxana Maracineanu já sabe o caminho para mudar esse panorama:
- Precisamos dizer também aos professores que as crianças devem se mover um pouco mais, sair da sala de aula, trabalhar em grupo e também educá-las para uma atividade física desde cedo porque hoje é uma verdadeira tarefa de saúde pública. Hoje, temos cada vez mais crianças que estão com excesso de peso e mais e mais adultos sedentários e, em geral, nossa população que está muito presa a telas de celulares e de televisão e, por isso, é preciso colocar um pouco mais de atividade física para educá-los e para tornar os cidadãos mais ativos e saudáveis. Esse é um verdadeiro desafio para a França. A vantagem que a França aprendeu muito nas derrotas. Ela se candidatou muitas vezes para os Jogos Olímpicos e teve sucesso. Mas isso aconteceu porque houve oposição entre comunidades, atletas, a população em geral, que disse "não queremos jogos que são caros para a população" e "queremos realmente ter uma candidatura que fará os Jogos a tempo porque já temos muitas instalações e, então, você tem que pensar em Jogos para usar o máximo já existente e não construir novos equipamentos". Isso era importante. É por isso que a candidatura foi avançando. No final, foi essa candidatura que foi apresentada por todos e pelo movimento esportivo e transmitiu essa mensagem. Ganhou porque também foi o momento em que o COI levou em consideração essas questões. A França já apresentava isso há algum tempo, mas não correspondia ao que o COI queria. E aqui, o COI está realmente percebendo, porque havia essas "más experiências" dos outros países e se dizia que, agora, é realmente necessário usar instalações existentes, que é preciso mutualizar equipamentos, e que é necessário trabalhar muito mais legado.