Roteiros CH, a última fronteira

[Chamone]

Entendo que o impasse da não-exibição mundial das séries CH parte da distinção entre direitos das filmagens pertencentes à Televisa e os roteiros pertencentes ao espólio do Chespirito.

Hmm? Comecei a pensar.

Os episódios não existem num vácuo. É provável que legalmente a transcrição desses roteiros exista para efeitos contratuais e de copyright. A transcrição pode ser feita a partir do videoteipe, mas num cenário otimista deve existir um arquivo onde milhares de páginas de roteiros do Chespirito estejam armazenadas.

Nessas páginas existiriam transcrições completas de... episódios perdidos!

Essas são evidências mais fortes do que sinopses. Multiplique o roteiro original batido (na máquina) pelo Chespirito pelo número de atores e você tem múltiplas possíveis cópias de cada episódio em texto caso estes tenham sido preservados.

Se houvesse iniciativa do espólio de Chespirito em publicar este conteúdo ao menos este aspecto da obra seria dado como 100% preservado.

E não é uma idéia absurda. Eu considero as séries CH o "Doctor Who" das Américas em temos de episódios perdidos, e de fato os scripts dessa série foram lançadas em livro.

Fica aí a semente de uma idéia.

[Soldado]

O Fernández tem alguns roteiros encadernados – o qual ele mostrou no The Noite, se eu não me engano – e possivelmente de perdidos mundiais como a primeira parte de Chimpandolfo.

[Polegar]

Florinda também tem encadernados, inclusive com a lombada bonitinha constando série e ano, aliás cadê aquela foto da prateleira dela?

E vale lembrar que em vida, eram arquivos do próprio Chespirito. Se pá tem tudo lá. Eu bato nessa tecla há anos, e foi uma ótima oportunidade de pergunta desperdiçada no educafest.

[Cláudio]

Eu também acho que essa seria a melhor forma (talvez a única) de obtermos mais informações sobre os perdidos.

E vale lembrar que em vida, eram arquivos do próprio Chespirito. Se pá tem tudo lá. Eu bato nessa tecla há anos, e foi uma ótima oportunidade de pergunta desperdiçada no educafest.

Pois é, lembro de discutirmos essa possibilidade quando saiu a informação que a Florinda tinha roteiros encadernados, há alguns anos.
Eu até perguntei para a Fernanda (dona do fã clube da Florinda), quando ela a visitou no México ano passado, se sabia algo desse arquivo dos roteiros, mas ela não tinha essa informação.

[mc Jay-X]

E pensar que teve gente que entrou DENTRO DA CASA DE CHESPIRITO, mas só pra fazer as velhas perguntas de sempre, que a gente tá cansado de ouvir.

[Eng. Pudim]

Quando o Fernández veio ao Brasil, complementando a informação do companheiro Soldado, ele abriu uma página de roteiro no The Noite: correspondia à terceira parte de "O homem das cavernas", de 76. É no mínimo curioso pensar que, se ele tivesse aberto algumas páginas antes, talvez tivéssemos alguma informação sobre a primeira parte, ao menos um diálogo que fosse.

Então sim, ele tem o material. Basta querer disponibilizar e vasculhar, só que o problema está justamente aí: há retorno financeiro em potencial pra esse marceneiro? Digo, mercenário.

[Cláudio]

Nesse vídeo, a partir de 9:15, o filho do Capulina afirma ainda ter todos os roteiros que Chespirito escreveu para seu pai. Rádio, TV e cinema.

[TheGamercrafterBR]

[JoãoB]

Nos vídeos abaixo o Murilo Bordoni, do Programa do Ratinho, diz que viu e pegou roteiros do Chaves na casa do Chespirito e que tem tudo lá:





Então há sim um arquivo com todos os roteiros lá. Seria interessante se o Fernández disponibilizasse os roteiros algum dia.

[Polegar]

Hehe, isso já era sabido e é o sonho dourado de qualquer fã... Mas ao mesmo tempo não é nada rentável pra ser vendido em massa, muito menos completo, já que é um círculo de remakes.

Pra nós, admiradores hardcore, valeria pelos perdidos. Mas na real é um material que vai mofar lá com os filhos, até ser doado pra algum lugar pelos netos/bisnetos no futuro, quando talvez nem estejamos mais aqui, ou sejamos velhos demais.

E é isso. O tempo passa, o mundo gira.

[HenriCH]

Mas era lógico que o Chespirito tinha tudo, ele sempre recorria aos materiais passados para criar novas versões. Se o libreto pertence ao Robertinho, não teria disputa em torno de autorização para essa publicação, basta ter vontade. Seria uma linda homenagem a publicação dos roteiros dos seriados em forma de livro, mesmo porque o Chespirito se orgulhava, antes de tudo, de ser um escritor.

[Peter Griffin]

No momento a gente tem acesso somente ao roteiro da Chirimoia 75 de perdido, inclusive tem em PDF?

[Chamone]

Fiz uma consulta ao ChatGPT, e se este não estiver delirando, esclarece algo sobre registro de obras nos EUA, México e Brasil.

Ao registrar um trabalho criativo em uma instituição similar à Biblioteca nacional, esta guarda um exemplar da obra (como esperado), mas o acesso é restrito, sendo apenas acionado no caso de processo judicial envolvendo plágio, transferência de posse, etc. O acesso público é apenas do registro da existência da obra e não do conteúdo em si.

Hipoteticamente os roteiros do Chespirito também existem no Instituto Nacional del Derecho de Autor (INDAUTOR), porém inacessíveis ao público.

Como a lei de copyright é mais ou menos a mesma no ocidente, acredito que isto esteja correto.

Outro conceito no mesmo tema é o de domínio público. Quando uma obra supera, em média, 70 anos da publicação original ela se torna acessível ao público.

Como os roteiros das séries tem em média 50 anos, acho que vale a pena reviver este tópico em uns 20 anos.

[Peter Griffin]

Fiz uma consulta ao ChatGPT, e se este não estiver delirando, esclarece algo sobre registro de obras nos EUA, México e Brasil.

Ao registrar um trabalho criativo em uma instituição similar à Biblioteca nacional, esta guarda um exemplar da obra (como esperado), mas o acesso é restrito, sendo apenas acionado no caso de processo judicial envolvendo plágio, transferência de posse, etc. O acesso público é apenas do registro da existência da obra e não do conteúdo em si.

Hipoteticamente os roteiros do Chespirito também existem no Instituto Nacional del Derecho de Autor (INDAUTOR), porém inacessíveis ao público.

Como a lei de copyright é mais ou menos a mesma no ocidente, acredito que isto esteja correto.

Outro conceito no mesmo tema é o de domínio público. Quando uma obra supera, em média, 70 anos da publicação original ela se torna acessível ao público.

Como os roteiros das séries tem em média 50 anos, acho que vale a pena reviver este tópico em uns 20 anos.

Na verdade, no México, as coisas só entram em domínio público 100 anos depois da morte do autor. Então, em 2114, a gente vê.

[Cyrano (Fabricio De Carvalho).]

Fiz uma consulta ao ChatGPT