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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Fev 2023, 17:47

NOTÍCIAS
LIDERANÇA DO PT
Gleisi Hoffmann defende um governo Lula ideológico
Gleisi Hoffmann defende postura ideológica de governo Lula e defende que presidente não ceda mais espaço no governo para a direita golpista infiltrada

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Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, se posicionou sobre a posição ideológica de Lula e o espaço dos golpistas dentro do governo de Lula em entrevista que concedeu à folha nesta última sexta-feira, dia 10 de fevereiro. Em entrevista, Gleisi disse que “PT não vai ceder mais espaço para contemplar outras forças”.

Gleisi, além de rejeitar a hipótese de reduzir o número de ministros petistas para inserir no governo o que a Folha de S. Paulo trata como “novos aliados à base de Lula”. Fato é que não são aliados coisa nenhuma, e sim políticos burgueses e representantes da burguesia que a mesma está tão desesperada para infiltrar no governo de Lula.


Gleisi afirmou que não vê como o PT poderia ceder mais espaço para contemplar outras forças.

“Temos que fazer um freio de arrumação, porque, mesmo sendo contemplado como foi, é um partido que não está fazendo entrega“, afirmou a presidenta do Partido dos Trabalhadores.


Ainda em entrevista, Gleisi afirmou que “Em relação a MDB e PSD, não. São partidos que de certa forma já estavam nos acompanhando na campanha, ainda que divididos. Nessas bancadas, nas votações, majoritariamente têm votado com o governo, tanto PSD como o MDB. Em relação à União Brasil, acho que temos que fazer um freio de arrumação, porque, mesmo sendo contemplado como foi, é um partido que não está fazendo entrega. É um partido que tem dificuldades pela sua composição interna e pelo distanciamento também que sempre teve de nós. No processo eleitoral, totalmente distantes e historicamente também”.

Quando questionada sobre a disposição do PT a abrir mais espaço na Esplanada, Gleisi disse que o PT abriu muito espaço e já foi muito generoso na composição do governo, e voltou a sua frase que afirma não ver como o PT poderia abrir mais espaço no governo.

Por fim, quando questionada sobre um filtro ideológico dentro do governo, ela diz que o filtro é sim ideológico. “Se nós ganhamos, nós temos uma posição política clara contra o bolsonarismo, disputando nas urnas com ele e ganhamos. É um filtro ideológico, sim. O governo tem posição. Não é uma geleia. Nas outras secretarias, e isso acontece com ministérios também do PT, é por composição.”

Essa posição é uma posição extremamente firme e acertada no sentido da defesa do interesse dos trabalhadores, e que confronta a posição burguesa de atacar governos que sejam supostamente ideológicos, quando, na verdade, todos os governos tem uma natureza ideológica pelo simples fato de que todos tem um caráter de classe por trás de si. Os governos ideológicos, para a burguesia, seriam aqueles que fogem da ideologia dominante e defende com unhas e dentes os interesses burgueses.

As declarações de Gleisi também demonstram que o governo Lula 3 é diferente dos outros. Está mais radical que os demais. Lula precisa se manter nessa posição e seguir de forma coerente fazendo uma política de esquerda, como ele está indicando que fará. Está em contradição com o imperialismo e precisa aprofundar essa contradição, sendo realmente ideológico e removendo os partidos golpistas de seu governo para colocar membros de confiança do PT nos ministérios.

Outro fato importante para que Lula governe é definir a participação sólida e ativa da CUT e do MST em seu governo, tendo que isso daria um novo valor e peso para a mobilização popular e atuação das organizações citadas.

https://causaoperaria.org.br/2023/gleis ... deologico/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Fev 2023, 05:18

NOTÍCIAS
LULA E IMPERIALISMO
O que significa a visita de Lula aos EUA?
Ao acenar para a direita, Lula corta para a esquerda

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Um fato recente tem entrado nos eixos de discussão tanto da esquerda, quanto dos capitalistas. A visita de Lula aos Estados Unidos tem sido esmiuçada pela imprensa burguesa, onde cada palavra emitida pelo presidente é uma tentativa ou de atacá-lo, ou de empurrá-lo para a direita – o que não condiz com a realidade material das coisas, assim como a visão de setores mais sectários da esquerda, que enxergam a visita de Lula como uma forma de capachismo ao imperialismo.

Algo de suma importância mas que é deixado de fora das análises mais confusas é o que diz respeito à proposta de Lula sobre a criação do “clube da paz”, no qual, nas palavras do presidente, seria uma forma de posicionar o Brasil no centro da discussão pela paz entre Rússia e Ucrânia. O imperialismo, entretanto, rejeita de forma enfática essa iniciativa, já que, segundo o próprio porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, “nada sobre a Ucrânia (deve ser discutido) sem a Ucrânia”. O posicionamento imperialista é claro, assim como de seus seguidores: apenas a Ucrânia, que não passa de uma marionete nazista controlada pela OTAN, deve decidir sobre o rumo da Ucrânia. Ou seja, apenas a OTAN deve estar encabeçando a situação entre Rússia e Ucrânia. O desejo de um “clube da paz” onde países não-alinhados ao imperialismo, como a China, é um confronto de grande relevância à visão de que apenas o regime de Kiev deve ter voz ativa sobre o conflito e suas resoluções.


Outro ponto central que marca a visita de Lula aos Estados Unidos é a visão do presidente brasileiro sobre o conflito e suas origens, já que, na visão do petista, a Rússia não é a grande culpada pela guerra, como retrata dioturnamente os porta-vozes da imprensa burguesa. Lula falou repetidas vezes sobre o conflito, mencionando que é preciso dar “condições mínimas” para a Rússia acabar com a guerra. O que deve ser compreendido, no entanto, é que “dar condições mínimas” se refere, ativamente, em retirar as tropas da OTAN das fronteiras da Rússia – que é a exigência russa desde o princípio. Não é de hoje a postura de Lula sobre os assuntos referentes à expansão da OTAN, como nos casos onde o imperialismo abriu fogo contra Edward Snowden e Julian Assangue, sendo ambos defendidos e enaltecidos pelo presidente brasileiro, que não só não os tratou como criminosos, mas categorizou-nos pela importância de suas ações – que foram, basicamente, acusações gravíssimas sobre os crimes do imperialismo. Sobre as falas de Lula a respeito da Ucrânia, entretanto, é de se imaginar que Biden não gostou.


O imperialismo já mostrou, por inúmeras vezes e ao longo de muitos anos, que as únicas opções aceitas serão as que tiverem a Rússia como culpada ou como alvo. Lula deseja acabar, no entanto, com a agressão da OTAN contra os russos. Sua disposição de liderar as negociações de paz, tão rechaçada pelos Estados Unidos, é uma realocação da posição brasileira não à total mercê da situação, como fazia Bolsonaro, pois a situação material que o Brasil assume com a postura e as ações de Lula enquanto chefe de Estado fazem com que nos posicionamos junto à Rússia na solução do conflito. Ao invés de retirar uma ou outra fala demagógica de Lula noticiada pela imprensa capitalista para analisar sua postura, é necessário que se interprete a realidade na íntegra: Lula defende que as tropas da OTAN saiam da Rússia e de suas fronteiras, cessando o ataque ao país cuja letra R do BRICS pertence e, em última instância, atendendo às exigências russas para o conflito da guerra.


Ao acompanhar a imprensa russa, tanto em sites de notícias quanto em canais russos do Telegram e demais redes sociais, nota-se bem como os russos enxergam a posição de Lula: um parceiro na América do Sul. Lula não é a reencarnação de Lenin, como esperam alguns setores frustrados e sectários, mas está longe de ser Gabriel Boric, um “aliado da Ucrânia na América Latina” – como disse o próprio presidente chileno. Com suas posturas e falas, mesmo tendo apenas um mês e alguns dias de vigência, Lula já migrou o posicionamento brasileiro não rumo à dita nova esquerda de Boric e Petro, mas à esquerda que não só vê com bons olhos as ideias revolucionárias, como se opõe radicalmente ao imperialismo: que é o caso de Maduro, Díaz-Canel e Daniel Ortega. Os três líderes acima reconhecem Lula como um parceiro em sua defesa dos sucessivos ataques dos Estados Unidos e de Biden, seu presidente, que tentou inúmeras vezes uma condenação de Lula à Cuba, Venezuela, Irã, China e Rússia, mas falhou como alguém que tenta agarrar um sabonete, escorregadio como é – este sabonete é o presidente Lula, que ao mesmo tempo que garante uma ou outra fala diplomática para afagar os egos do imperialismo, posiciona o Brasil, cada vez mais, ao lado dos países atrasados cujo inimigo número um é os Estados Unidos.

Luis Inácio Lula da Silva, assim como durante a campanha eleitoral, deve ser analisado pela realidade de suas falas e posturas: uma pessoa ligada aos sindicatos e ao povo, conciliadora, mas que enquanto acena para a direita, corta para a esquerda. Lula é o que é, e não adianta categorizá-lo como um capacho imperialista, quando a realidade caminha para outro rumo.


https://causaoperaria.org.br/2023/o-que ... a-aos-eua/
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Mensagem por Barbano » 14 Fev 2023, 17:03

NOTÍCIAS
Aeel: União teria que gastar R$ 161,7 bi para ter Eletrobras (ELET3) de volta
O cálculo é da Associação dos Empregados da Eletrobras e considera a pílula de veneno (poison pill) colocada na lei que permitiu a privatização

O governo brasileiro terá que pagar R$ 161,7 bilhões se quiser ter o controle da Eletrobras (ELET3) novamente, bem acima dos R$ 33,7 bilhões obtidos pelo governo Bolsonaro com a venda do controle da ex-estatal, em junho do ano passado. O cálculo é da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) e leva em conta a pílula de veneno (poison pill) colocada na lei que permitiu a privatização da empresa, mas com previsão de regulamentação posterior pelo Conselho do Programa de Parceria de Investimento (CCPI).

Em outubro, o CCPI publicou a regulamentação da “poison bill”, estabelecendo que qualquer acionista ou grupo de acionistas que ultrapasse, direta ou indiretamente, de forma consolidada, 50% do capital votante e que não retorne a patamar inferior a tal porcentual em até 120 dias, realizasse Oferta Pública de Aquisição (OPA), por preço pelo menos 200% superior à maior cotação das ações ordinárias nos últimos quinhentos e quatro pregões, atualizada pela taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

Desta forma, a empresa estaria protegida de uma possível reestatização, explica a Aeel. Ao preço do fechamento de ontem, o governo teria que desembolsar R$ 161,7 bilhões, enquanto a preços de mercado pagaria R$ 37,7 bilhões. Os acionistas que vendessem suas ações para a União teriam lucro de 230%, referente a oito meses de rendimento, se a operação fosse realizada a esse preço.

https://www.infomoney.com.br/mercados/a ... -de-volta/
Os 20k do FGTS que eu botei na Eletrobrás virariam 70k. Que delícia. Vai Lula, estatiza a Eletrobrás, nunca te pedi nada. :]

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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Fev 2023, 17:12

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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Fev 2023, 01:03

NOTÍCIAS
BIDEN MANDA EM LULA?
Nova Resistência diz que Lula é servil a Biden
Matperia da Nova Resistência acusa Lula de ser um capacho do imperialismo após visita a Biden. No entanto, a política de Lula tem apontado no sentido contrário.

Matéria publicada pela Nova Resistência, intitulada “Em visita aguardada, Lula se curva diante de Biden”, uma série de críticas são feitas ao petista sobre sua visita aos EUA, seus posicionamentos sobre o conflito na Ucrânia, Amazônia e aborto. É claro que todo e qualquer governo pode ser criticado, mas igualmente as críticas precisam avaliadas para que se possa abrir o debate.

Logo no início da matéria, o olho de que, nos EUA, “Lula não chegou para uma conversa entre líderes, mas entre Servo e Senhor. Na prática, Lula é o herdeiro do projeto kissingeriano de restaurar a ‘paz global’ e voltar tudo ao ‘business as usual’ dos piratas do financismo cosmopolita”.


Dificilmente se poderia atribuir a Lula um papel como o Henry Kissinger, que foi secretário de Estado dos Estados Unidos nos anos 1970 durante os governos e Nixon e Ford. Kissinger ficou famoso por assinar o acordo de paz com o Vietnã e de ter distensionado as relações com China e União Soviética. Na prática, essa política serviu para que o imperialismo continuasse sua expansão militarista sob uma cobertura pacifista.


O papel de Lula, no que diz respeito à Rússia, especialmente no conflito no Leste Europeu, não é o de criar uma cortina de fumaça ou desarmar a Rússia enquanto o outro lado se arma. Na verdade, quando Olaf Scholz, chanceler alemão, que veio visitar o Brasil e pediu para que mandássemos munição de tanques para a Ucrânia, o que foi negado. Também no dia 10, sexta-feira, pouco antes de entrar em reunião com Joe Biden, Lula disse à CNN que mandar munição para a Ucrânia seria entrar na guerra.


As opiniões do petista sobre o assunto não têm praticamente variado. No final de janeiro declarou: “Hoje, eu tenho mais clareza da razão da guerra. Acho que a Rússia cometeu um erro clássico de invadir um território de outro país, portanto a Rússia está errada, mas continuo achando que quando um não quer, dois não brigam”. Alguns dias depois, disse que Rússia errou e que deveria ter discutido o assunto da operação militar no Conselho de Segurança da ONU, que errou, mas que os erros já foram feitos e agora é preciso negociar a paz.


A conduta de Lula, ao contrário do que tenta dizer o texto da Nova Resistência, não é a de um servo. Para o imperialismo seria essencial o envio de munição para a Ucrânia. O governos dos EUA sabotou todas as tentativas de se estabelecer a paz. Com o conflito, o governo americano consegue golpear a Alemanha, a principal economia capitalista na Europa, debilitando um pesado concorrente, além de colocar todo o continente de joelhos, uma vez que depende enormemente do gás natural russo.


Ninguém pode esperar que o governo brasileiro entre nessa bola dividida, precisa agir dentro de certo limites diplomáticos. As declarações pedindo paz e o não envio de munição são muito eloquentes, importantes, e vão contra as diretrizes de Washington.

Aborto
A matéria da NR faz um comentário criticado Lula que teria dito a uma jornalista dos EUA “que o aborto é tema do Congresso”. E texto continua: “já sabemos a posição de sua Ministra da Saúde, que tem feito o possível para facilitar o aborto. Também sabemos que Lula não vetaria legislação abortista e que ele vetaria legislação antiabortista. Ademais, ele também não moverá uma palha contra o processo que visa liberar o aborto até 3 meses e que tramita no STF”.

Na verdade, a posição do PT é bastante tímida com relação ao aborto, que já passou da hora de ser descriminalizado. Inúmeras vezes o partido evitou o tema por temer perder votos. Quem não se lembra da Heloísa Helena, ex-senadora do PT – que acabou saindo para fundar o Psol –, e que era militante contra o aborto?

As mulheres é que devem decidir sobre o aborto, não o Estado, que trata o assunto como se fosse um crime, enquanto deveria tratar com uma questão de saúde pública. Às mulheres deveriam ser oferecidos hospitais públicos e de qualidade. Milhares de mulheres morrem anualmente em decorrência de abortos clandestinos. Não bastasse isso, as clínicas que se aproveitam dessa situação cobram valores altíssimos. E aquelas poucas trabalhadoras que conseguem pagar, acabam entrando em enormes dívidas. As mulheres da burguesia conseguem facilmente excelentes clínicas e nunca são molestadas pela lei.

“Venda” da Amazônia
O artigo da NR também critica que “Anielle Franco, cujo currículo se resume a ser irmã da Marielle e bolsista de George Soros, se encontrou com a Alexandra Ocasio-Cortez, pseudo-latina que apoia o neonazismo ucraniano e é uma das porta-vozes do projeto ecocapitalista do ‘Green New Deal, vinculado aos interesses de megacorporações financistas ’”. E afirma ainda que no “encontro fixou-se também parcerias bilaterais para ‘combater o racismo’ no Brasil. Só contra negros e índios, claro. Isso significa a importação dos critérios raciais dos EUA, do ‘decolonialismo’ e do ‘antirracismo’ que está levando os EUA à beira da guerra civil”.

Somos contrários ao identiarismo e criticamos as concessões que estão sendo feita para essa ideologia dentro do governo. Porém, o que esperar de Anielle Franco?

De acordo com a matéria, com relação à Amazônia, o “alinhamento foi total”. Ainda é cedo para dizer. Lula já deixou claro que a região é brasileira. É muito estranha a acusação de que “O valor pelo qual Lula vendeu a Amazônia é irrisório. 50 mi $”. Vendeu mesmo? Esse valor aí – ironizando – dá para gastar no cartão coporativo. Niguém vai acreditar nesse tipo informação, ainda que Lula já foi acusado e preso por ser dono de um apartamento que visitou.

Essa viagem de Lula, apesar de todas as críticas que possam ser feitas seu início de governo, não demonstra qualquer subserviência a Biden ou ao imperialismo. Podemos citar como exemplo de servilidade o presidente do Chile, Gabriel Boric, que critica a Venezuela, a Nicarágua, Cuba; que apoia a Ucrânia.

O choque que o petista vem patrocinando com a ‘independência’ do Banco Central é uma prova de será (já está sendo) perseguido e ninguém duvide que um golpe esteja sendo tramado. O dia 8 de janeiro parece ter sido uma pequena amostra das dificuldades que Lula 3 terá pela frente.

https://causaoperaria.org.br/2023/nova- ... l-a-biden/
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Ramyen
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Mensagem por Ramyen » 16 Fev 2023, 04:37

NOTÍCIAS
Unesco convida Lula, Felipe Neto e Barroso para debater regulamentação de mídias sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e o influenciador digital Felipe Neto foram convidados para participar de um fórum mundial da Unesco, agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), para discutir propostas para regulamentar as mídias sociais. O evento acontecerá entre os dias 21 e 23 de fevereiro, em Paris.

A Unesco informou que o presidente não estará presente no fórum por questões de agenda, mas enviará mensagem em vídeo. O ministro Barroso confirmou que irá ao evento e abordará "como as redes sociais são usadas para disseminar discursos que defendem golpes de estado". Já o influenciador digital informou que estará presente no evento.

GAZETA DO POVO
RAMYEN, O MELHOR USUÁRIO DO FÓRUM CHAVES

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 11:59

NOTÍCIAS
ENTREVISTA DE LULA À CNN
Lula: “eu não estou governando para o mercado, mas para o povo”
Lula não pacificou e seguiu atacando a política de juros altos do Banco Central

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Nesta quinta-feira, 15 de fevereiro, o presidente Lula concedeu uma entrevista à jornalista Daniela Lima da CNN. Nela, o presidente discutiu a questão do Banco Central, do salário mínimo, da guerra na Ucrânia e dos comandantes bolsonaristas dentro do Exército brasileiro.

O assunto que tomou o lugar de destaque na entrevista foi a política de juros altos do Banco Central, bem como da relação de Lula com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.


Lula disse que não era seu papel, como presidente da República, brigar com Campos Neto – apesar de, de acordo com ele, tinha tal direito, pois o burocrata havia sido indicado por Jair Bolsonaro. No entanto, declarou que queria fosse cumprido o que determina a Lei das Estatais, ou seja, que o Banco Central garantisse uma inflação baixa, cuidasse do desemprego e do crescimento do país.

Com isso, o petista justificou a batalha que travou contra o presidente da estatal. Ainda que em tom moderado, tais declarações indicam que Lula rejeitou uma conciliação com o mercado. Afinal, ele deve lutar não só para abaixar a taxa de juros – que, segundo a pesquisa QUAEST, conta com o apoio de 75% da população –, mas para reverter a independência do Banco Central.


Lula comentou sobre a independência da autarquia: “Vamos ver qual vai ser a utilidade da independência do Banco Central para o país. Para mim, nunca foi uma coisa de princípios. Vai ser melhor? Vai melhorar a economia? Se não, nós temos que mudar”, disse o petista.

Tal declaração, apesar do tom muito moderado, deixa clara a política de Lula de não apaziguar as relações com o mercado financeiro e de insistir na briga contra a independência do Banco Central. Afinal, a imprensa tem tentado, diante da reação de apoio dos trabalhadores, jogar panos quentes na questão e fazer Lula mudar de assunto. O próprio Campos Neto recuou em discurso ao mercado financeiro, em que disse que gostaria de conversar com o governo Lula e que também não gosta dos juros altos – mas classificou como um “remédio amargo”.


Lula não abaixou o tom e manteve a ofensiva. O presidente chegou a declarar: “Não estou governando para o mercado, estou governando para o povo”. Além disso, ainda na entrevista à CNN, chegou a dizer que está à disposição de qualquer pessoa para dialogar, mas que não adiantaria conversar com Campos Neto apenas para que, logo em seguida, ele levasse adiante uma política econômica contrária à do governo no que concerne à inflação.

Ou seja, apesar de a imprensa tentar pôr panos quentes, Lula mantém a ofensiva no terreno do Banco Central. Para o petista, é essencial baixar a taxa de juros, bem como é preciso retirar a independência do BC. Trata-se, apesar do tom moderado, de uma linha política correta nesse sentido específico.


Além disso, o presidente chegou a ser perguntado diretamente sobre os “ruídos” entre seu governo e o mercado financeiro. Para a jornalista, defendendo a política da direita, Lula deveria buscar uma conciliação com os empresários, um tom comum.

No entanto, Lula respondeu dizendo que esses “ruídos” eram causados por aqueles que querem especular a qualquer custo. E que seu governo não iria priorizar ter uma boa relação com os empresários se o preço disso fosse vender o país. Nas palavras do petista, “há coisas que não se pode aceitar”, como a privatização da BR Distribuidora; segundo ele, é inadmissível uma empresa que exportava petróleo, agora exportar óleo cru, e o país ter de comprar a gasolina e o óleo diesel de fora apenas para favorecer os acionistas.


Para o presidente, nesse caso, é necessário investir na produção, na exploração e, principalmente, no refino, independentemente dos atritos que isso vá causar com os especuladores. Tais declarações deixam evidente a política de enfrentamento que Lula está levando adiante contra o neoliberalismo e contra o capital financeiro. E há um detalhe importante nesta ofensiva: ele a faz sem ter apoio no Congresso e enquanto sua base social não está mobilizada. Trata-se, portanto, de uma significativa guinada à esquerda.

Posicionamento internacional
Na entrevista, a jornalista da CNN também questionou Lula sobre seu posicionamento em relação à guerra na Ucrânia. Na resposta, o petista defendeu a criação de uma organização de nações não-alinhadas, como o Brasil e a China, para mediar o conflito.

Dentro dessa organização, não poderiam participar, para Lula, nem os Estados Unidos, nem os países europeus, visto que eles enviaram armas à Ucrânia e participam, indiretamente, na guerra ao lado deles.

Ou seja, Lula defendeu que os acordos de paz entre os dois países fossem mediados por essa organização independente, liderada, na prática, por Brasil e China. Trata-se, certamente, de uma posição muito moderada, tanto é que ele chegou a condenar o ataque russo à Ucrânia; ou seja, é uma ilusão com a paz. No entanto, não é uma política servil ao imperialismo em nenhum sentido do termo.

Salário Mínimo: é preciso um aumento significativo
Sobre o salário mínimo, Lula comentou que mudará a base de cálculo. Agora, além de ser reajustado de acordo com a inflação, o salário mínimo receberá, também, o incremento do PIB do ano. Apesar de ser positivo um aumento, é preciso pontuar que se trata de um reajuste muito pequeno; Lula anunciou apenas 18 reais acima do que Bolsonaro havia dado. É preciso impulsionar o salário mínimo a níveis muito mais altos.

De acordo com o DIEESE, o salário mínimo deveria ultrapassar os R$ 6.600. Na realidade, o correto, para um país como o Brasil, é que ele fosse ainda maior que o salário que DIEESE propõe, visto que a Constituição estabelece que ele deve dar conta de atender às necessidades mais elementares da população. Emergencialmente, levando em conta que o governo Lula é um governo preso à institucionalidade burguesa, poderia ser decretado um aumento para R$ 2.000, que já inflamaria sua base; no entanto, apenas 18 reais de aumento é demasiado insuficiente.

Lula denuncia ataques da imprensa ao PT
No final da entrevista, o presidente não deixou de denunciar a campanha feita pelo imperialismo contra ele e contra Dilma durante o golpe de 2016, ao comentar a indicação da ex-presidente para o Banco do BRICS.

Lula classificou como “criminoso” o vazamento de sua conversa com Dilma, que impediu sua nomeação para ministro da Casa Civil. Além disso, comentou sobre seu cumprimento a Zé Dirceu: para o presidente, Zé Dirceu não deveria andar de cabeça baixa, pois foi vítima, junto do restante do PT, de uma intensa campanha de ataques. Lula citou as mais de 13 horas no Jornal Nacional e as 59 capas de jornais contra ele no período de 9 meses para ilustrar o tom da campanha contra o PT durante o golpe.

Com essa entrevista, Lula deixou evidente para todos o que apenas os mais cegos em matéria de análise política não são capazes de ver: a política que leva adiante, por mais moderada que seja, está em profunda contradição com o imperialismo, e se opõe a ele no sentido fundamental, tanto na questão econômica, quanto na questão internacional.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 22:16

NOTÍCIAS
AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO
Lula não pode parar apenas nas boas intenções
No Brasil o salário mínimo é um salário de fome e miséria

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Nesta quinta-feira o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o salário mínimo irá ter um novo aumento, saindo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320, a partir do dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.

O aumento dado por Lula é o primeiro aumento real desde o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Durante os governos golpistas de Temer e Bolsonaro, o programa de valorização do salário mínimo foi interrompido, rebaixando o piso nacional. Bolsonaro garantiu apenas o que é obrigado pela Constituição federal, que é um reajuste com base nos índices oficiais de inflação. No entanto, apesar de positivo, o aumento dado pelo governo Lula é ainda muito insuficiente.


Com o adicional de R$ 18, um aumento dado em cima do salário prometido por Jair Bolsonaro, o aumento total chegará a R$ 108, representando um reajuste total de 8,91%.


Lula garantiu o aumento salarial, como havia prometido e sua campanha durante as eleições presidenciais. O mesmo foi feito com boas intenções, isso por que Lula de fato quer aumentar o salário dos trabalhadores, algo que pode ser provado por meio da proposta de valorização do salário mínimo, contudo, apenas isso não será o bastante.

A própria Central Única dos Trabalhadores (CUT), que defende o governo eleito, criticou o salário mínimo. Segundo a entidade sindical, caso tivesse sido mantido o programa de valorização do salário mínimo durante o regime golpista, hoje o valor do piso nacional deveria ser de R$ 1.382,71.


Este valor, muito superior aos 2,8 dados de aumento pelo governo Lula, era para ser considerado o piso mínimo em 2023. Na prática, mesmo este valor seria muito abaixo das necessidades dos trabalhadores, ainda mais em meio a escalada inflacionária em todo o mundo.

Segundo os dados divulgados pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o salário mínimo brasileiro deveria ser de R$ 6.641,58. Este valor é considerado pelos estudos o mínimo necessário para o custo médio das cestas básicas em todo o Brasil, ou seja, mais de 5 mil reais a mais do que o considerado “mínimo” atual.

Dessa forma, o que foi aprovado por Lula é nada perto da necessidade real dos trabalhadores. Nesse primeiro momento, é necessária uma ampla campanha para exigir um aumento de 100% do salário mínimo brasileiro, que hoje chega a ser menor do que países como Bolívia e Equador.

A situação do trabalhador brasileiro é catastrófica, apesar de estar no País mais rico da América Latina, é aquele com um dos piores salários de todo continente. A burguesia e sua imprensa pressionam o governo contra qualquer tipo de aumento salarial. Esta mesma imprensa foi aquela que no passado, como mostram capas de jornais de época, se posicionaram contra até mesmo a criação de um salário mínimo e do décimo terceiro.

A campanha é sempre a mesma, que se aumentar o salário dos trabalhadores a economia nacional irá quebrar, que as grandes empresas capitalistas não possuem condições de dar o mínimo necessário para sobreviver. Contudo, para os trabalhadores nada disso interessa. Além de ser falsa a ideia de que o País irá quebrar, é necessário em primeiro lugar garantir a sobrevivência da população.

No Brasil o salário mínimo é um salário de fome e miséria. Para garantir um real aumento, o governo precisa ter como apoio uma verdadeira mobilização dos trabalhadores, e parte da CUT este papel. É necessário mobilizar por 100% de aumento salarial.


https://causaoperaria.org.br/2023/lula- ... intencoes/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Fev 2023, 21:34

NOTÍCIAS
TRIBUNA DO MOVIMENTO
Governo Lula cria Conselho de Participação Social
Além disso, Lula e o Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, assinaram o decreto que cria o Sistema de Participação Social Interministerial

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Tribuna do Movimento

O Presidente Lula e o Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, no dia 31 de janeiro de 2023, assinaram o decreto que cria o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial.

A assinatura do decreto ocorreu no Palácio do Planalto em um Ato Solene que contou com a participação de mais de 600 representantes de movimentos populares, sindical, estudantil, mulheres, negros, indígenas, lgbt, partidos de esquerda, etc.


O Sistema de Participação Social Interministerial criará assessorias em todos os ministérios, que serão vinculadas à Secretaria Geral da Presidência da República, com o objetivo de otimizar cada vez mais a participação popular nas políticas públicas de cada pasta.


O Conselho de Participação Social será constituído por 68 representantes dessas organizações populares. Durante a transição de governo, existiu um Conselho de Participação Social da Transição com 57 representantes de organizações populares, que elaborou uma relevante documentação analisando a participação social no país até o presente momento e dando coordenadas políticas para o governo atual, que felizmente acatou-as em partes.

O MNLM deu sua colaboração durante a transição e continuará dando no conselho atual, por meio de seu representante e membro da Direção Nacional, o camarada Cristiano Schumacher.

Essa foi uma das medidas mais importantes estabelecidas pelo novo governo federal durante seus mais de trinta dias à frente do poder político do país. Um dos equívocos dos governos anteriores do PT foi o fato de ter realizado robustas reformas sociais, porém com um grau de participação popular bastante aquém do que o país e os trabalhadores precisavam, o que se reverberou em uma enorme dificuldade no processo de mobilização contra o golpe de Estado em 2016, por conta do grande abismo que existe entre os trabalhadores e o processo de participação política.

O Brasil, por ser um país profundamente desigual, com classes dominantes reacionárias e submissas aos interesses do imperialismo, a participação política e as liberdades democráticas sempre foram privilégios dos mais ricos, que pouco se importam com os interesses dos trabalhadores. Esse verdadeiro monopólios das decisões sobre os rumos do país precisa ser confrontado de uma maneira contundente.

É preciso imediatamente dar todo o apoio ao Conselho de Participação Social, e exigir que esse mecanismo dialogue com os Comitês Populares de Luta, onde progressivamente esses organismos adquiram cada vez mais força política e protagonismo nas definições dos rumos do país.

https://causaoperaria.org.br/2023/gover ... ao-social/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 07:25

NOTÍCIAS
CONTRA BIDEN
Governo Lula reafirma sua posição contrária à OTAN
Na Conferência de Segurança de Munique, o Brasil voltou a se opor ao envio de armas à Ucrânia

Em viagem à Munique, na Alemanha, neste dia 17 de fevereiro, o chanceler brasileiro Mauro Vieira reiterou que o Brasil não enviará armas para a Ucrânia. Segundo o ministro, em declaração à 59ª Conferência de Segurança da ONU, o envio de armas e de tanques aos ucranianos seria entendido como uma participação na guerra.

Em seu discurso, representando a posição oficial do Brasil sobre a questão, Mauro Vieira disse: “Em vez de falar de guerra, preferimos falar de paz”. O próprio presidente Lula já havia negado o pedido oficial da Alemanha para enviar armas aos ucranianos: “Se eu enviar armas, eu entro na guerra”, comentou o presidente sobre a ocasião.


Tais colocações comprovam o conteúdo nacionalista do governo Lula, isto é, sua oposição ao imperialismo. Não à toa, Victoria Nuland, subsecretária do Departamento de Estado norte-americano e uma das principais organizadoras de golpes de Estado em todo o mundo, cobrou do governo Lula uma posição favorável à Ucrânia.

Ou seja, o imperialismo decidiu pressionar o governo Lula publicamente, tamanha a oposição que o presidente brasileiro apresentou. Além dessa decisão de não enviar nem armas, nem tanques à Ucrânia, o petista ainda propôs, em agenda oficial nos Estados Unidos, a criação de um Clube da Paz para mediar o conflito, que fosse formado pelos países que não estivessem direta ou indiretamente ligados a guerra.


Na prática, Lula defendeu que a guerra na Ucrânia tivesse seus desenlaces decididos, fundamentalmente, pelo próprio Brasil e por Índia e China, que seriam os maiores membros deste Clube de negociação. Afinal, nele, não poderiam participar nem os países europeus, nem os norte-americanos, em razão de estarem envolvidos no conflito ao lado dos ucranianos.

Em que pese o caráter moderado de tal medida e o fato de ela ser incapaz de verdadeiramente pôr fim à guerra, é inegável que a posição de Lula gera uma dura contradição com o imperialismo. Os Estados Unidos não querem a paz, muito menos uma paz com os termos decididos pela China; portanto, as posições de Lula e de Biden são inconciliáveis.

A política correta seria o apoio à Rússia. Portanto, naturalmente, a política moderada, isto é, de conciliação, defendida por Lula não é a política que um marxista deveria tomar em relação à situação. No entanto, nem por isso ela deixa de ser uma oposição à OTAN e ao imperialismo de conjunto: o fato de todo o aparato de propaganda imperialista, tal qual a CNN, ter se unido para atacar as declarações de Lula constituem uma prova concreta disso.

Com a posição de não enviar armas à Ucrânia e de propor um clube da Paz liderado por Brasil e China para mediar a guerra, Lula deixa claro que se opõe ao imperialismo no fundamental. Em todas as questões, no que diz respeito a política internacional, por mais que levando adiante uma política moderada, o presidente brasileiro está na linha oposta da política defendida pelos grandes capitalistas internacionais.

Portanto, tendo em vista tal panorama, é preciso não entender nada de análise política para chegar a conclusão de que Lula está a serviço do imperialismo. Quem analisa de modo tão rasteiro e estapafúrdio a situação internacional já deixou, há muito tempo, qualquer compromisso com a realidade de lado. Ao contrário, é preciso compreender que, em todas as questões fundamentais, Lula enfrenta a OTAN e se posiciona de maneira inconciliável em relação a ela

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Lula

Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 23:02

NOTÍCIAS
ENTREVISTA DE LULA À CNN
Lula: “eu não estou governando para o mercado, mas para o povo”
Lula não pacificou e seguiu atacando a política de juros altos do Banco Central

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Nesta quinta-feira, 15 de fevereiro, o presidente Lula concedeu uma entrevista à jornalista Daniela Lima da CNN. Nela, o presidente discutiu a questão do Banco Central, do salário mínimo, da guerra na Ucrânia e dos comandantes bolsonaristas dentro do Exército brasileiro.

O assunto que tomou o lugar de destaque na entrevista foi a política de juros altos do Banco Central, bem como da relação de Lula com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.


Lula disse que não era seu papel, como presidente da República, brigar com Campos Neto – apesar de, de acordo com ele, tinha tal direito, pois o burocrata havia sido indicado por Jair Bolsonaro. No entanto, declarou que queria fosse cumprido o que determina a Lei das Estatais, ou seja, que o Banco Central garantisse uma inflação baixa, cuidasse do desemprego e do crescimento do país.


Com isso, o petista justificou a batalha que travou contra o presidente da estatal. Ainda que em tom moderado, tais declarações indicam que Lula rejeitou uma conciliação com o mercado. Afinal, ele deve lutar não só para abaixar a taxa de juros – que, segundo a pesquisa QUAEST, conta com o apoio de 75% da população –, mas para reverter a independência do Banco Central.


Lula comentou sobre a independência da autarquia: “Vamos ver qual vai ser a utilidade da independência do Banco Central para o país. Para mim, nunca foi uma coisa de princípios. Vai ser melhor? Vai melhorar a economia? Se não, nós temos que mudar”, disse o petista.

Tal declaração, apesar do tom muito moderado, deixa clara a política de Lula de não apaziguar as relações com o mercado financeiro e de insistir na briga contra a independência do Banco Central. Afinal, a imprensa tem tentado, diante da reação de apoio dos trabalhadores, jogar panos quentes na questão e fazer Lula mudar de assunto. O próprio Campos Neto recuou em discurso ao mercado financeiro, em que disse que gostaria de conversar com o governo Lula e que também não gosta dos juros altos – mas classificou como um “remédio amargo”.


Lula não abaixou o tom e manteve a ofensiva. O presidente chegou a declarar: “Não estou governando para o mercado, estou governando para o povo”. Além disso, ainda na entrevista à CNN, chegou a dizer que está à disposição de qualquer pessoa para dialogar, mas que não adiantaria conversar com Campos Neto apenas para que, logo em seguida, ele levasse adiante uma política econômica contrária à do governo no que concerne à inflação.


Ou seja, apesar de a imprensa tentar pôr panos quentes, Lula mantém a ofensiva no terreno do Banco Central. Para o petista, é essencial baixar a taxa de juros, bem como é preciso retirar a independência do BC. Trata-se, apesar do tom moderado, de uma linha política correta nesse sentido específico.

Além disso, o presidente chegou a ser perguntado diretamente sobre os “ruídos” entre seu governo e o mercado financeiro. Para a jornalista, defendendo a política da direita, Lula deveria buscar uma conciliação com os empresários, um tom comum.

No entanto, Lula respondeu dizendo que esses “ruídos” eram causados por aqueles que querem especular a qualquer custo. E que seu governo não iria priorizar ter uma boa relação com os empresários se o preço disso fosse vender o país. Nas palavras do petista, “há coisas que não se pode aceitar”, como a privatização da BR Distribuidora; segundo ele, é inadmissível uma empresa que exportava petróleo, agora exportar óleo cru, e o país ter de comprar a gasolina e o óleo diesel de fora apenas para favorecer os acionistas.

Para o presidente, nesse caso, é necessário investir na produção, na exploração e, principalmente, no refino, independentemente dos atritos que isso vá causar com os especuladores. Tais declarações deixam evidente a política de enfrentamento que Lula está levando adiante contra o neoliberalismo e contra o capital financeiro. E há um detalhe importante nesta ofensiva: ele a faz sem ter apoio no Congresso e enquanto sua base social não está mobilizada. Trata-se, portanto, de uma significativa guinada à esquerda.

Posicionamento internacional
Na entrevista, a jornalista da CNN também questionou Lula sobre seu posicionamento em relação à guerra na Ucrânia. Na resposta, o petista defendeu a criação de uma organização de nações não-alinhadas, como o Brasil e a China, para mediar o conflito.

Dentro dessa organização, não poderiam participar, para Lula, nem os Estados Unidos, nem os países europeus, visto que eles enviaram armas à Ucrânia e participam, indiretamente, na guerra ao lado deles.

Ou seja, Lula defendeu que os acordos de paz entre os dois países fossem mediados por essa organização independente, liderada, na prática, por Brasil e China. Trata-se, certamente, de uma posição muito moderada, tanto é que ele chegou a condenar o ataque russo à Ucrânia; ou seja, é uma ilusão com a paz. No entanto, não é uma política servil ao imperialismo em nenhum sentido do termo.

Salário Mínimo: é preciso um aumento significativo
Sobre o salário mínimo, Lula comentou que mudará a base de cálculo. Agora, além de ser reajustado de acordo com a inflação, o salário mínimo receberá, também, o incremento do PIB do ano. Apesar de ser positivo um aumento, é preciso pontuar que se trata de um reajuste muito pequeno; Lula anunciou apenas 18 reais acima do que Bolsonaro havia dado. É preciso impulsionar o salário mínimo a níveis muito mais altos.

De acordo com o DIEESE, o salário mínimo deveria ultrapassar os R$ 6.600. Na realidade, o correto, para um país como o Brasil, é que ele fosse ainda maior que o salário que DIEESE propõe, visto que a Constituição estabelece que ele deve dar conta de atender às necessidades mais elementares da população. Emergencialmente, levando em conta que o governo Lula é um governo preso à institucionalidade burguesa, poderia ser decretado um aumento para R$ 2.000, que já inflamaria sua base; no entanto, apenas 18 reais de aumento é demasiado insuficiente.

Lula denuncia ataques da imprensa ao PT
No final da entrevista, o presidente não deixou de denunciar a campanha feita pelo imperialismo contra ele e contra Dilma durante o golpe de 2016, ao comentar a indicação da ex-presidente para o Banco do BRICS.

Lula classificou como “criminoso” o vazamento de sua conversa com Dilma, que impediu sua nomeação para ministro da Casa Civil. Além disso, comentou sobre seu cumprimento a Zé Dirceu: para o presidente, Zé Dirceu não deveria andar de cabeça baixa, pois foi vítima, junto do restante do PT, de uma intensa campanha de ataques. Lula citou as mais de 13 horas no Jornal Nacional e as 59 capas de jornais contra ele no período de 9 meses para ilustrar o tom da campanha contra o PT durante o golpe.

Com essa entrevista, Lula deixou evidente para todos o que apenas os mais cegos em matéria de análise política não são capazes de ver: a política que leva adiante, por mais moderada que seja, está em profunda contradição com o imperialismo, e se opõe a ele no sentido fundamental, tanto na questão econômica, quanto na questão internacional.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 03:10

NOTÍCIAS
ACORDOS DE PAZ
Lula receberá Lavrov em Brasília
Mesmo pressionado pelo imperialismo a enviar armamentos e munições, Brasília mantém a posição neutra

Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue disposto a atuar como um agente facilitador para negociações de paz diante do conflito ucraniano, de acordo com a imprensa brasileira.
Conforme informou o colunista Jamil Chade, do portal Uol, Lula deve telefonar nos próximos dias para o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, em meio ao seu esforço de mediar o conflito. Além disso, Lula deve receber o chanceler russo, Sergei Lavrov, em abril.
De acordo com a reportagem, o acerto com Zelensky veio durante uma conversa entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países, neste sábado (18), na Conferência de Segurança de Munique.
Durante essa mesma conferência, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, foi categórico ao afirmar que o Brasil não fará parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O diplomata citou que há uma “impossibilidade” geográfica para a adesão.

Enquanto os países da OTAN defendem um incremento exponencial de armamentos para a Ucrânia, o Brasil tem pregado a negociação da paz através da criação de um grupo de países que possa mediar o conflito.
Mesmo pressionado pelo Ocidente a enviar armamentos e munições, Brasília mantém a posição neutra. Em encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington, Lula reforçou a postura.
A posição do Brasil é a mesma de outros países da América Latina, inclusive da Colômbia, que é oficialmente “parceira global” da OTAN.
Moscou tem indicado repetidamente que está pronta para as negociações de paz, mas Kiev criou uma legislação que prevê uma proibição das mesmas. Zelensky chegou a dizer no G20 que não haverá nenhum terceiro acordo de Minsk.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, disse à Sputnik que tais palavras “confirmam absolutamente” o posicionamento de Kiev de indisponibilidade para negociar. O Ocidente pede constantemente à Rússia para negociar, o que Moscou demonstrou sua vontade de fazer, mas ao mesmo tempo o Ocidente ignora a constante recusa de Kiev em negociar.



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Lula

Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 23:57

NOTÍCIAS
IMPERIALISMO
Confusões da esquerda sobre o caráter do governo Lula
Imperialismo intensifica ataques ao governo Lula e Andrew Korybko, ideólogo norte-americano radicado na Rússia, engrossa o caldo

Após os últimos posicionamentos de Lula, principalmente acerca da política internacional, a imprensa capitalista e de setores da esquerda iniciaram uma investida massiva contra o governo. Como em outros momentos, a pressão vem tanto pela direita quanto pela esquerda, através principalmente de setores ligados ao imperialismo.

A visita a Biden
A primeira visita de Lula ao governo Biden resultou em uma declaração conjunta em 10 de fevereiro. É importante ressaltar o caráter pró-forma da declaração, não houve consequências objetivas da mesma exceto uma doação ao fundo amazônico, previamente anunciada.

Nesta visita não houve concessões entre as partes, tanto o imperialismo quanto Lula mantiveram suas posições. No máximo, os frutos da visita foram uma pequena campanha para Biden de democrata e para Lula de comprometido com a conciliação.


Em público foram tocadas basicamente questões diplomáticas. Entre estas a presidência brasileira do G20 e a celebração do bicentenário das relações diplomáticas Brasil-Estado Unidos da América (EUA) em 2024.

A declaração conjunta foi vazia, próximo a um discurso contra a fome mundial de miss mundo. Não houve qualquer novidade de ambas as partes.

Caso Ucrânia
A posição de Lula no caso da Ucrânia segue uma posição tradicional da burguesia brasileira, de não tomar partido nos conflitos internacionais. Principalmente quando estes vão de encontro a interesses econômicos nacionais.

“Há uma abertura de negociação da posição do Brasil para que Lula seja um articulador das posições equilibradas em busca da paz. Mas não houve, digamos, uma recepção completa por parte de Biden dessa posição. Não vejo isso Biden quer ver Lula como comandante [da tarefa de acabar com o conflito]. Pelo contrário, ele quer que Lula coloque os interesses dos EUA acima dessa posição. Por isso essa paz não é uma posição favorável para receber Biden” Guilherme Carvalhido.


Nesse caso em particular uma posição pela paz, é uma posição pró Rússia. O conflito não ocorre exatamente entre a Rússia e a Ucrânia, e sim entre Rússia e imperialismo.

Em caso de paz, ou não intervenção externa, o conflito seria rapidamente resolvido pela Rússia. Pondo um fim aquele enclave imperialista na região.


A paz não interessa ao imperialismo, o objetivo deste é somente obliterar os países que guardam alguma independência.

Embargo ao envio de munições
O que demonstra cabalmente a posição real de Lula neste conflito, foi seu embargo ao envio de munições à Ucrânia. Sem estardalhaço, essa única medida teve repercussão internacional, além de contribuir para a diplomacia nacional.

Nesta ação, os interesses do imperialismo norte-americano foram prejudicados. Havendo inclusive manifestações de outros setores favoráveis a essa posição.


“A paz esteve no centro de nossas discussões em Paris durante a visita histórica do presidente Zelensky, com o chanceler Scholz. A Ucrânia demonstrou verdadeira coragem ao iniciar esta conversa com seu plano de paz de 10 pontos. Vamos continuar juntos nessa base @LulaOficial” Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 11 de fevereiro de 2023.


Isso acarretou em dificuldades de logística para o imperialismo na guerra em curso, impondo contingência dos conflitos ou necessidades de investimentos bilionários. Além de apontar uma saída independente para a situação.

Soberania e nacionalista
Se formos analisar de forma objetiva a política do Lula, teremos certo três características do governo: pratica concessões, buscar soberania e tem uma posição nacionalista. Essas características estiveram presentes de uma forma de outra em todos os governos do PT.

Esse terceiro governo Lula é o mais à esquerda entre os governos do PT. Essa radicalização é impulsionada tanto pelas condições de vida da população, como pela pouca predisposição do imperialismo à conciliação.

Confusão da esquerda
Como citado anteriormente, um setor da esquerda aderiu à investida imperialista contra Lula, sendo o flanco esquerdo desse ataque. O imperialismo incomodado com a posição do Lula reagiu de imediato, iniciando uma campanha de larga escala.

Nesta campanha está a direita tradicional e alguns setores da esquerda como Andrew Korybko, um ideólogo norte-americano radicado na Rússia. Korybko se apega a aspectos puramente formais da diplomacia do governo Lula, para disparar uma série de ataques ao governo Lula, mas não considera seus resultados objetivos.

No geral, a esquerda abriu mão da luta de classe como critério de análise política e guiasse apenas pela aparência, deixando de lado os fatos objetivos. O resultado dessa ideologia é uma política contra revolucionária, incompatível com o desenvolvimento político dos trabalhadores.

Não faltam exemplos de ideologias totalmente estranhas ao movimento operário nas organizações de esquerda que acabam por beneficiar apenas a direita.

Ideólogo norte-americano radicado na Rússia
Korybko é um analista político americano, mais conhecido pelo livro “Guerras Híbridas – Das Revoluções Coloridas aos Golpes”. No geral o mesmo expressa ideologicamente um setor da burocracia russa.

Para Korybko: “ Assim como aquele movimento americano armava as teorias da conspiração para encobrir todas as vezes que ele foi contra as expectativas políticas de sua base para que não se revoltassem contra ele, também aquele brasileiro está fazendo o mesmo para encobrir que Lula decepcionou sua esquerda- base multipolar condenando a Rússia para que também não se revolte contra ele”.

A posição do mesmo é vazia e coloca absurdo como “Os liberais de Lula são basicamente uma imitação brasileira de QAnon, mas para pessoas de esquerda em vez de pessoas de direita como os apoiadores de Trump”. Colocando a candidatura de Lula no mesmo patamar da extrema-direita norte-americana.

Por exemplo, esse trecho da declaração conjunta é duramente criticado por Korybko: “eles lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como flagrante violações do direito internacional e pediu uma paz justa e duradoura”.

Entretanto essa posição do Lula é anterior ao seu governo, não há novidades na mesma, ainda preserva uma tradição diplomática nacional. Embora seu veto ao envio de munições se coloque como imparcial, na prática, foi totalmente pró Rússia.

A política do Korybko não apenas não esclarece a situação da Ucrânia, como acaba por confundir as relações entre Brasil e Rússia. Essa posição serve apenas ao imperialismo do país natal de Korybko, EUA, e prejudica os países acossados pelo imperialismo.

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Mensagem por E.R » 24 Fev 2023, 01:52

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... eita.shtml

A reoneração de tributos federais sobre a gasolina e o etanol está prevista para o início de março, como estipula a MP (medida provisória) editada no início do ano, afirmou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.

"De fato a MP previu que a alíquota de desoneração seria vigente até o final deste mês. A reoneração está prevista", afirmou em entrevista.

Com a volta dos impostos, o preço da gasolina será acrescido de R$ 0,68 por litro, segundo cálculos do setor.

No caso do etanol hidratado, o aumento ficará em R$ 0,24 por litro.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Fev 2023, 01:57

O PIG (Partido da Imprensa Golpista) quer um Lulinha paz e amor. :lol:

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