Atrasado, mas aqui estou.
Chaves
. 1974 - O despejo do grande campeão (Don Ramón se va de la vecindad)
Um bom episódio. A segunda versão, de 1977, consegue ser superior.

É raro eu mencionar o figurino, mas destacarei o terno branco do Senhor Barriga (o mesmo do episódio “A casinha do Chaves), e o Seu Madruga com um chapéu
atrevidamente exótico um pouco diferente. Apresenta momentos e diálogos engraçados, mas, sinceramente, o Chaves abusou um pouquinho no “Tá bom, mas não se irrite”. Em certas situações do episódio, alguns se tornam desnecessários.

Seria melhor se fosse exibido com a dublagem de 84, pois a de 90 apresenta aquele inconveniente, que são as vozes do áudio original. A melhor parte está nos créditos, onde o Chaves e o Quico dão vários socos no Seu Madruga.
Nota: 8
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. 1974 - Uma lição de boxe (Los guantes de boxeo)
Seguindo os mesmos moldes da segunda versão, que é o aproveitamento do gancho deixado pelo episódio anterior, não chega a ser ruim, pelo contrário, consegue ser melhor que a versão de 1977, onde a Chiquinha sobra na trama.

Nessa versão de 1974, ficou melhor o Seu Madruga imaginando o Chaves no ring, sendo que, com o aparecimento do dinheiro, essa imaginação entrega bem mais o tipo de pessoa que ele é.
Nota: 10
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. 1974 - A briga dos pombinhos (Termina el romance)
Episódio onde os atores e dubladores estão ótimos! Uma combinação que deixa o episódio sensacional!

É hilário o Seu Madruga tirando umas risadas de Chespirito e Carlos, e fica melhor ainda com ambos tentando disfarçar.

Se tem um episódio que eu rio muito com a Dona Clotilde, esse episódio é “A briga dos pombinhos”. Se fosse para ter uma versão com duração reduzida, seria bem inferior, pois os 26 minutos são essenciais para a trama. Até hoje não conhecemos nenhum remake, tanto em Chaves quanto em Chespirito. Que continue assim.
Nota: 10
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. 1974 - Cyrano de Bergeràc / Ama o teu inimigo (La historia de Cyrano de Bergeràc / El jardinero)
Sobre essa versão de “Cyrano de Bergerac”, já cheguei a preferir ela do que a segunda a versão do Chapolin. Hoje, eu deixo em um bom empate.

Percebo que os atores estão atuando naturalmente, não tem aquela coisa forçada. Isso é uma coisa que a versão de 1978 não possui, mas eu acho que por ela ter uma história mais trabalhada, com a inserção de cenas e piadas novas, ainda sim consegue empatar com essa versão de 1974.
Assim como o esquete, eu mudarei a minha opinião quanto ao episódio. Eu o achava superior à versão de 1978, mas vejo que eu não analisei direito todos os pontos, tirando o final, que eu creio que todos preferem o da segunda versão. Alguns momentos são bem parados. Eu sinto falta da Chiquinha nessa versão, pois ela se saiu bem na de 1978. A piada feita por ela no esquete “Zarabatana e chumbinhos” (1972), foi aproveitada aqui.

E como eu disse na avaliação, o final dessa versão de 1974 é bem inferior, detalhe que eu fiz questão de mencionar no SARECH do ano passado.
Notas: 9 / 8 - Total: 8,5
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. 1974 - Dom Quixote / Isto merece um prêmio! (La historia de Don Quijote / Los dibujos de los niños)
Um pouquinho melhor que a versão de “O show deve continuar – parte 3” (1978). Eu acho engraçado o Chespirito como Sancho, mas o personagem não combinou muito bem com ele não. Não sei o porquê da não participação do Edgar nesse esquete. Talvez seja pelo fato de ele não estar presente no episódio principal. Assim como a primeira Paty, ainda não conhecemos o nome da atriz que faz uma das cantineiras. O mesmo acontece com o ator desconhecido dos esquetes de 1972 do Chapolin...
“Isto merece um prêmio!” é excelente, como muitos outros.

Apesar de triste, é muito engraçada a parte em que o Professor Girafales, Dona Florinda e Quico estão comendo os biscoitos (tem uma hora que o bochechudo enche a mão

), enquanto o Chaves nada. Mas isso mostra a realidade no mundo em que vivemos, mesmo que de uma forma cômica. E para finalizar esse ótimo episódio, uma bela caricatura do Professor Girafales, fisicamente relacionada ao seu pseudônimo.
Notas: 9 / 10 - Total: 9,5
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. 1974 - Napoleão e Josefina / O calo do Sr. Barriga (La historia de Napoleón Bonaparte / El cayo del Sr. Barriga)
O esquete é muito bom! Igual ao esquete “A história de Dom Quixote”, vence por pouco da versão de “O show deve continuar – parte 4” (1978). O legal é que no começo toca a BGM do Chapolin, que ainda sendo exibido junto com episódios do Chaves, como o SBT faz, nos passa um pouquinho aquele sensação da dobradinha CH.

Gosto do Ramón dizendo “Ya”, mas com o Carlos é um pouco mais engraçado.

Eu imagino que a versão do “Chespirito clássico” seja boa também, mas vendo a foto, o figurino é um pouco fraco.
O episódio principal é bom também, mas perde para a versão de 1977. A dublagem me pareceu um pouco parada, mas talvez seja pela própria atuação dos atores... Se tivesse sido dublado no lote de 84, não venceria a segunda versão, mas daria um bom empate. Eu acho que esse semelhante é o único que recebeu o mesmo título de seu remake, pelo menos os que nós conhecemos.
Notas: 9,5 / 8,5 - Total: 9
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. 1974 - O disco voador (Ya llegó el platillo volador)
É um episódio muito bom, mas também perde para a sua versão de 1977, mesmo que este último tenha a Chiquinha sobrando. Os momentos em que o Chaves cita o Cente ficaram melhores no episódio “O violão do Seu Madruga” (1978).

Comparando ambas as versões, dá para perceber poucas diferenças, para começar com o que eu acabei de citar, que é o Cente. Tem ainda o Quico comparando o bilboquê com o Seu Madruga e o Senhor Barriga.

Mesmo assim, dá para saber qual se saiu melhor, tanto na parte da realização do episódio quanto na dublagem. Por isso, como eu já disse, a versão de 1977 é a melhor.
Nota: 9
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. 1975 - A proposta (Jugando a la guerra de independencia)
Ótimo episódio! O estranho é a sua duração, tendo aproximadamente 17 minutos.

Eu creio que era antecedido por um esquete, mas sabe se lá o que aconteceu... Se realmente existe, é meio estranho que a Televisa tenha o cortado. Sobre o episódio, consegue ser vastamente superior à versão de duas partes, que pertence ao ano de 1978. A versão de 1972 também deve ser inferior a essa de 1975.
Nota: 9,5
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. 1975 - O velho do saco - Parte 1 (El ropavejero - Parte 1)
Entramos no auge das séries CH: 1975!

É incrível como essa temporada consegue ser composta por um grande número de ótimos episódios, isso em ambas as séries. E para começar de uma maneira sensacional, nada melhor que a mais bem realizada versão de “O velho do saco”.

Nessa parte 1, o cenário ainda tem cara de 1974, principalmente as paredes. E por falar nelas, o Luís Manoel está presente no episódio, preso na gaiola.

Será que ele foi utilizado no episódio perdido “O papagaio”?

Bem, continuando, a atuação dos atores consegue ser bem superior que a da primeira parte da versão de 1978. O estranho é que, na atual ordem da Televisa, esse episódio não abre a temporada. Vai lá se saber o motivo disso...
Nota: 10
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. 1975 - O pianista / A bola de boliche - Parte 2 (Su desconcierto el fu remol para piano y matraca / El ropavejero - Parte 2)
O esquete é bem legal.

Como eu já disse, gosto das histórias mudas de Chespirito, mas, diferentemente de “A história de Dom Quixote” e “A história de Napoleão Bonaparte”, não consegue superar a versão de “O show deve continuar – parte 2” (1978). Esses curtas-metragens mudos combinam mais com Chespirito e Edgar caracterizados de Charlie Chaplin e O Gordo e o Magro, ainda mais que os atores originais que os interpretavam “nasceram” nesse tipo de filme.
Se for seguir a ordem maluca da Televisa, eu tinha que dizer em “O velho do saco – parte 2” o que eu disse em “O velho do saco – parte 1”. Quem é que entende a Televisa, não é?

Enfim... O episódio mantém o nível da primeira parte. Como o esquete que o antecede é curto, seria interessante se esse episódio tivesse uma duração normal, mas não do mesmo jeito que o seu respectivo remake, já que a Chiquinha é a pessoa certa para irritar a Dona Florinda.
Notas: 8,5 / 10 - Total: 9
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Chapolin
. 1974 - Dr. Chapatín e o banco / O Gorila sai da jaula (La fila del banco / Aunque el Cuajinais se vista de seda, mono se queda)
O esquete do Dr. Chapatin é bem bacana. O doutor, com o seu típico jeito de ser, consegue irritar todos, como sempre.

Só depois de um tempinho é que eu fui entender aquele lance do número 41, que é considerado o rejeitado “24” no México.
“O Gorila sai da jaula” é mais ou menos. E a MAGA “confundiu” Quase Nada com um outro nome...

Puxa, como a dublagem gostava de mudar o nome do vilão, hein?! Consegue ser melhor que a versão ruim de 1977, mas, sinceramente, como o episódio apresenta poucas piadas, eu acho que a trama combina mais com a temporada de 1972, ano em que os roteiros eram mais voltados para as cenas de ação, ou seja, mais pelo lado “super-herói”. E mesmo com algumas tosquices dessa temporada, que não estão presentes em todos os esquetes, é claro, eu acabo preferindo a versão de 1972, apesar de que a atuação dos atores é bem melhor nessa de 1974.
Notas: 9 / 7,5 - Total: 8
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. 1974 - Não confunda "a casa está caindo de velha" com "a velha está caindo da casa" (No es lo mismo 'la casa se cae de vieja' que 'la vieja se cae de la casa')
Episódio sensacional!

Através da Tele-Guía, descobrimos que esse não é o último episódio da temporada. Com as doideiras que a Televisa faz, vou considerá-lo como o último, assim encerra a ótima temporada de 1974 dignamente, do jeito que ela merece.

A dublagem é magistral, típico do lote de 84, é claro. A versão de 1977 não é ruim, mas se comparado com essa de 1974, se torna um “minúsculo” episódio. Os “Batmaaaans!!!” que o Ramón solta são hilários!
Nota: 10
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. 1975 - Selva (La mordida de la víbora)
Como eu disse na avaliação do episódio “O velho do saco – parte 1”, do Chaves, entramos no ano de 1975, ano de maior sucesso das séries CH.

E assim como o seu co-irmão, a temporada começa muito bem. “Selva” é outro episódio sensacional!

E é mais um que tem uma dublagem perfeita, só que poderiam ter dado um título melhor, ou até mesmo manter o original. Eu gostei da versão de 1972, mas não posso dizer o mesmo da versão de 1978. Nessa última, Carlos não tem aquele jeito mongol, que o deixa mais engraçado ainda. Diálogos memoráveis estão presentes aqui:
“Vai vendo o programa do Chaves aí, vai.”
“Cadê esta padiola?!”
E por aí vai...
Nota: 10
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. 1975 - De médico, Chapolin e louco todo mundo tem um pouco (De Chapulín, médico y loco todos tenemos un poco)
Eu imagino que quando o Roberto estava sem ideia para um título, ou seguia os moldes desse episódio, ou “Alguma coisa vemos, outra coisa não sabemos”. Apesar disso, gosto dessas suas criatividades.

É um episódio muito bom, mas devemos lembrar que não tem nada de original. A parte do Dr. Chapatin é remake de um esquete de 1972, enquanto que a do Chapolin é remake de um esquete de “Chespirito”, da época de “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada”. Rio muito com a indignação do Chineisinho (outra vez flores, MAGA?

) ao saber que está no quarto andar do hospital. Tripa Seca, com aquele cara de um quase defunto, também está muito engraçado!

Outra parte hilária é o Horacio, caracterizado de policial, metendo a cara na porta!
Nota: 9,5
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. 1975 - Os piratas - Parte 1 (Los antiguos piratas del Caribe, solo de vez en cuando desviaban a Cuba - Parte 1)
Saga maravilhosa!

A MAGA poderia ter mantido o título original, já que é muito bom! E eu fiquei surpreso ao saber que essa saga não tem três partes, e sim quatro. É uma pena que as duas últimas estejam perdidas, e sabe se lá quando voltarão a ser exibidas...

Com certeza essa versão (com todas as quatro partes) é infinitamente melhor que a de 1982, de “Chespirito”. Roberto fez uma versão parecida em 1978, que não é ruim, mas se comparada com essa, na passa de uma simples saga. Outro episódio bom com a temática “pirata” é “O cofre do fantasma”, de 1976. Consegue ser melhor que o “O tesouro do pirata fantasma”, principalmente o final.
Nota: 10
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. 1975 - Os piratas - Parte 2 (Los antiguos piratas del Caribe, solo de vez en cuando desviaban a Cuba - Parte 2)
Aqui, a qualidade até pode cair um pouco, mesmo assim receberá uma nota dez redondinha.

Depois do Tripa Seca, o melhor vilão de Ramón é o Alma Negra, mesmo que enfrente uma forte concorrência do incrível Racha Cuca. Mesmo que o Edgar (Pança Louca) não esteja presente nessa parte, Horácio (Lagoa Seca) se saiu muito bem. Carlos, interpretando o Lagartixa, continua engraçado, ainda mais fazendo aquela cara.

A melhor parte é a do deslizamento, onde dá para perceber que Chesprito está segurando um pouco a risada.
Nota: 10