Chaves
. 1973 - Pai por algumas horas (
La sobrina de Doña Clotilde): Apesar de eu gostar da Chiquinha, a série melhora de qualidade depois que essa sai da mesma, principalmente a atuação dos atores. Pra mim, isso não está relacionado com a saída da Maria, até porque Chapolin melhora também no final de 1973, sendo que este não conta com personagens fixos em todos os episódios, tirando o polegar. Ou seja, a saída de Maria não pesou tanto. A melhora acontece como uma coisa natural, assim como qualquer outra série. Mas que foi coincidência, foi.

Felizmente se manteve assim na temporada de 1974, e melhorou na temporada de 1975. Ah, eu estou dizendo isso na avaliação desse episódio, pois “O cachorrinho da Bruxa do 71” não entra no SARECH, mas o certo seria pôr essa observação no mesmo, já que melhora a partir dele, sendo superior às versões de 1976 e 1979. Bem, sobre o episódio, mesmo tendo somente uma parte, empata com a versão de 1978.
Nota: 8,5
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. 1973 - Jogando bola - Parte 1 (Prohibido jugar en el patio - Parte 1): Excelente! A atuação dos atores é muito boa. Gosto da do Edgar, típica das temporadas de 1973 e 1974. Apesar de ter um final igual ao da saga “Estatísticas” (1978), isso não atrapalha em nada esse ótimo episódio. Algumas piadas foram bem aproveitadas no episódio “Jogando futebol” (1975), e o bom é que Chespirito fez um remake em 1978 com cenas novas, que por sinal é bom. Entretanto, é inferior à essa versão de 1973. Quanto a dublagem, o único problema é o Senhor Barriga ser corinthiano. É claro que a MAGA não adaptaria para “Mirassol, Mirassol, rá, rá, rá!”, ou “Comercial, Comercial, rá, rá, rá!” (esse último ficaria um pouco estranho

), mas poderia ter escolhido um outro time. Só que eu me conformo com o Corinthians mesmo, já que não tem outro jeito...
Nota: 9,5
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. 1973 - A festa da amizade (Sin piñata no hay posada): Muito bom! O começo já é pra lá de engraçado, com a Dona Florinda dando um “belo elogio” para “Las Posadas” (botequim de roça é demais!

), e o Seu Madruga respondendo com uma direta para a velha carcumida em relação à festa.

E o brilhantismo do episódio aumenta com o desenrolar da trama, só uma pena o Madruguinha ter terminado nocauteado pela pichorra, sendo que a culpada é a valentona do 14, pra variar.

Eu não achei que aquela cena do enforcamento com a bola, pertencente ao episódio do Chapolin “Para fugir da prisão” (1973), foi bem aproveitada. Não entendo o motivo do Chaves rodar aquela pichorrinha, o pior é que a vítima é o Carlos novamente.

Mas isso é o de menos, ainda mais se for comparar com outras cenas magníficas, que tomam quase que completamente o episódio. Eu só não darei 10, pois a dublagem pecou no final, e aqui eu posso levar a mesma em consideração, já que fica difícil a compreensão de algumas piadas. O bom é que eu as entendo em espanhol. No entanto, ficará com a “sensação térmica” de uma nota 10 bem redondinha.
Nota: 9,5
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. 1973 - O Ano Novo de Chaves (Año Nuevo en casa de Don Ramón): Hoje, eu chego a prefirir essa versão. Aqui, faz falta, sim, uma versão de “Um Ano Mais” melhor elaborada, como na versão de 1976, mas nada que comprometa o episódio. A dublagem pisou na bola ao traduzir como “Já passou o Ano Novo”, mas isso não é um problema, desde que continue sendo exibido no dia 1 de janeiro.

O que não faz falta é a inserção de mais músicas, como na segunda versão, pois as cenas existentes são muito engraçadas. Não foram bem aproveitadas no episódio “O Dia de São Valentim” (1977), talvez porque não combine com a data comemorativa, embora o final seja mais emocionante. Depois de “Quem com catapora fere, com catapora será ferido” (1975), este é o melhor trabalho do Potiguara no Professor Girafales.
Nota: 10
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. 1974 - Mal entendido (Confusión de pasteles): Empata com a versão de 1975, mas ganha fácil das versões de 1978 e 1979, mesmo que esta última não seja totalmente um remake. Eu fico pensando na possibilidade da segunda versão ter sido melhor, se fosse produzida na temporada de 1973, ainda com a presença da Chiquinha. Certamente não haveria a versão de 1974 com o Senhor Barriga, pois seria desnecessário. Mas, como não aconteceu isso, essa versão não acaba sendo jogada de fora, pelo contrário, se torna a mais necessária, assim como a de 1975. O que pesa para as duas não receberem uma nota acima de 9, é que a primeira apresenta incoerências no roteiro por causa da participação do Edgar. Como ele bem disse no episódio “Natal na casa da Dona Florinda” (1973), este é casado, e mesmo assim paquera a Dona Florinda. Aqui, o Nhonho não pesa nessa questão (nem mesmo literalmente

), já que ele ainda não tinha sido criado. Quanto à segunda versão, o que contribui para não ser um fantástico episódio, é por ele ser um dos mais fracos da temporada de 1975, isso se for comparar com os demais da mesma temporada.
Nota: 8
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. 1974 - Um porquinho de cada vez (El cochinito): Um show de episódio! Tem ótimas piadas e uma magnífica atuação dos atores, principalmente a do Ramón. A dublagem aqui é ótima também, e deram um bom título ao episódio, fora as BGMs, que foram muito bem escolhidas para as situações.

Dá para perceber que, depois desse episódio, o cofrinho do Seu Madruga aparece em quase todos os episódios que mostram a sua casa. Eu acredito que a segunda versão, a de 1977, teria sido melhor, se não houvesse a participação da Chiquinha, como na versão de 1976 de “A troca de chapéus”.
Nota: 10
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. 1974 - Os campeões de iô-iô (Exhibición de yo-yôs): Mais um show de episódio! Atuação, roteiro, dublagem, enfim... E ainda conta com a ilustre participação de José Luis Amaro, que faz muito bem o papel de um guarda. E ele também, é claro, tem uma ótima atuação, assim como os demais.

O começo foi muito bem aproveitado do esquete pré-histórico “O vendedor de jornais” (1970), pois com o trio mais fantástico da história da televisão mundial, fica perfeita a piada das pessoas enganadas.

Chega a ser incrível como a versão de 1978 consegue ser tão inferior à essa, onde não tem o guarda, as atuações são fracas, típica de um bocado de episódios dessa temporada, e a participação da Chiquinha, que não me convence muito. Teria ficado melhor se fosse regravado em 1977.
Nota: 10
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. 1974 - Muito azar na sorte grande (El billete de loteria): E mais um que arrebenta a boca do balão! Incrível do início ao fim! Motivo: o roteiro, que foi muito bem escrito pelo gênio Chespirito, tanto que é que as versões de 1976 e 1979 são ótimas, mas não chegam aos pés dessa. Fiquei muito feliz quando o SBT exibiu esse episódio, pois eu o já tinha visto em espanhol (apesar de não ter entendido algumas falas

), e me agradou bastante.

Uma das melhores coisas desse episódio é alegria do Seu Madruga e do Senhor Barriga ao saber do prêmio milionário da loteria. Podemos ver a ligação que há entre ambos, que não é só pelo aluguel. (Ou pode ser isso, talvez não tenha nada de amizade, só interesse...

) Só que ambos ficam tão unidos, que ficou meio estranho aquela parte da piscadinha do Seu Madruga.
Nota: 10
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. 1974 - O mistério dos pratos desaparecidos - Parte 1 (Los espíritus chocarreros - Parte 1): O que eu tenho a dizer? Simplesmente fantástico! O que eu disse para o episódio “Dando sorte com muito azar”, aplica-se aqui também. O roteiro é tão criativo, que a versão de 1977 não deixa a desejar.

É uma história fora de série, que eu acredito que seja adorada pela maioria do fãs CH. O melhor momento dessa primeira parte, é a cena do Chaves tentando roubar os pães da casa da Dona Florinda, e ao som da BGM “Silent Movie 2”, fica esplêndida, parecida com o humor estilo “O Gordo e o Magro” (Laurel and Hardy), o qual eu aprecio muito.
Nota: 10
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. 1974 - A volta dos espíritos zombeteiros - Parte 2 (Los espíritus chocarreros - Parte 2): Já disse muito coisa boa sobre essa saga, mas tem coisas para complementar, ainda mais sendo uma parte diferente da primeira. O destaque, é claro, fica por conta da sessão espírita, e com aquela tenebrosa BGM, se destaca mais ainda. Aliás, por falar em BGM, não só nessa parte da sessão, mas também as do Seu Madruga sonâmbulo, a versão de 1974 teve mais sorte nesse quesito. A dublagem também se saiu melhor. Bem, voltando paras as situações dos episódios, outro momento que eu devo destacar são as citações de famosos por parte do Quico. Muito engraçado!

E pra finalizar, todos os episódios que se passam por algum momento no período noturno são ótimos, não sei por que. E, é claro, com essa saga não é diferente. O ambiente escuro, combinado com o suspense da história, o resultado é mais do que perfeito.
Nota: 10
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Chapolin
. 1973 - O anel de brilhante (
Hay ladrones que de llano hasta cometen falta de honradez): Gosto desse episódio. Descobrimos através da Tele-Guía, que foi exibido na temporada de 1973, e não na de 1974. E ele tem cara mesmo de 1973, principalmente no figurino do Chapolin e no cenário, que é bem semelhante ao episódio "O espião invisível".

A dublagem ajuda muito aqui também, tendo o mesmo jeito do episódio "O bandido", já que o SBT recebeu a reprise de 1974. O estranho é que não sabemos o título original, sendo que temos que pegar o da versão de 1976, que até que é uma boa versão, mas perde um pouquinho para essa. Acho engraçado a personagem de Florinda dizendo: "Eu sou pobre, porém honrada". Os melhores momentos são as cenas do Chapolin encolhido.
Nota: 9,5
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. 1973 - O paciente teimoso / Injeção, não! (El futuro difunto / El lugar donde se ponen más inyecciones se llama hospital): O esquete é muito bom! A atuação do Carlos, estilo Jerry Lewis, é ótima, e na situação em que ele se encontra na história, fica mais engraçada ainda. Aqui, piadas boas é que não faltam, como a do juiz, do Dr. Chapatin: “Acontece que eu sempre tive uma boa visão”, fora o choro da Florinda. (se é que pode chamar aquilo de choro

)
O episódio também é muito bom. Uma cena que eu senti falta nessa versão, presente na segunda, foi a da enfermeira soltando um “Eu!”, imitando o Chapolin. Mesmo sendo uma boa versão, pede pra essa de 1973. Vendo essa história, eu imagino o dia em que o Ramón, como ele mesmo, foi hospitalizado por causa do seu problema com o cigarro, sendo que é mostrado ele fumando nesse episódio. Uma coisa que me mata nesse epsiódio não é a doença do personagem de Ramón, e sim o nome dela: Roncoespirratite.

O nome da injeção é pior ainda: Anti- Roncoespirratilina. Fica engraçado com o Chapolin dizendo: “Vou evitar que esse homem morra de Roncoespirratite, aplicando uma injeção de Anti-Roncoespirratilina, não volto a dizer isso nunca mais na minha vida”

. Fantástico!
Notas: 9 /
9 -
Total: 9
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. 1973 - O bandido (El bueno, el malo y el Chapulín): Esse aqui é sensacional, fantástico e espetacular! No estilo western, acaba se tornando um dos melhores episódios do Chapolin, se não o melhor.

E não poderia ter outra dublagem que a do lote de 84. É claro, ficaria bom com os lotes de 88, 90 e 92, mas acontece que com a dublagem de 84, o episódio não ficou ótimo, mas sim, perfeito!

A história é muito boa, e o que eu gosto nela é passagem de uma situação para outra. Não tem declínio em nenhum momento, pelo contrário, só aumenta a qualidade. E para finalizar, temos uma super luta entre o Chapolin Colorado e o Racha Cuca.

Uma das partes mais engraçadas é do terrível vilão do oeste no bar. Ele batendo no banqueiro, no xerife e no dono do estabelecimento é hilário!

E o que eu não podia deixar de mencionar é famosa frase “Vamos à Disneylândia com o Polegar Vermelho?”, sendo considerado até um título alternativo. Nesse caso, seria bom se MAGA tivesse mantido o bom título original, que é inspirado no filme italiano “Il buono, il brutto, il cattivo”: “O bom, o mau e o Chapolin” (El bueno, el malo y el Chapulín), pois não gosto tanto da nomeação “O bandido”.
Nota: 10
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. 1974 - Chapolin vemos, cérebro não sabemos (Chapulínes vemos, cerebros no sabemos): Essa é a minha segunda versão predileta, perdendo para a de 1979, mas ganhando da de 1976. Devo levantar alguns pontos presentes no episódio, como o estilo de Carlos, de um personagem debiloide. Uma pena que esse estilo desaparece a partir do final da temporada de 1977, se não me engano. Um exemplo é o episódio “Selva” (1975), onde Carlos atua com uma aparência de Jerry Lewis. Na segunda versão, de 1978, ele não aparece dessa maneira. O grito “Pepe, já tirei a vela!” é melhor na terceira versão.

Não sei se é porque eu estou acostumado com ela, mas seja o que for, é muito engraçado!
Nota: 8,5
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. 1974 - O extrato de energia volátil (En estos tiempos todas las cosas vuelan, hasta los aviones): É a melhor versão, pois eu não achei necessário regravar com duas partes em 1977, intitulado “Tudo sobe, até os aviões”, sendo que a segunda continua perdida mundialmente.

Mas até que é uma boa versão, onde eu destaco a inclusão de um ladrão na história, interpretado pelo Horacio, e isso foi possível, graças a mudança de ambiente, passando a ser uma casa ambientada mais no centro de uma cidade.

Até aparecem pessoas curiosas vendo a casa “maluca”. Nessa versão de 1974, percebe-se que estão distante do centro urbano, pois dá para ver árvores próximas à casa. A parte em que os objetos voam, ao som da BGM “Return to Russia”, deixa ainda mais com cara de “ficção científica”.
Nota: 9
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. 1974 - A revólver dado não se olham as balas (A pistola regalada no le mires agujero): Chespirito caprichava mesmo nas histórias de faroeste.

Eu gosto até do episódio “A volta do renegado” (1979). Só que os episódios western das primeiras temporadas (1972 – 1975) são bem mais trabalhados, até porque, só tem remakes da maioria dos mesmos nas temporadas posteriores. A parte em que o Monchito está preso, e o Chapolin tenta ajudá-lo, foi bem aproveitada das duas versões antigas de “Escapando da prisão” (1970 e 1972), de “Los Caquitos”. Esses dias eu vi “A Praça é Nossa Especial”, e percebi que o quadro do Golias lembrava os episódios de faroeste do Chapolin, principalmente na parte da luta, com cadeiras de isopor quebrando.

Ao contrário de “O extrato de energia volátil”, foi bom o Chespirito ter feito uma regravação com duas partes em 1977, sendo que a primeira continua sendo perdida mundialmente.
Nota: 10