Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Nov 2022, 17:18

NOTÍCIAS
LULA NA COP27
“Luta contra aquecimento é indissociada da luta contra a pobreza”
Presidente eleito fez discurso nitidamente nacionalista na conferência climática no Egito

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Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva foi bastante aplaudido durante seu discurso hoje (16) na COP27, realizado no Cairo, quando destacou o combate à fome como uma necessidade central vinculada à preservação ambiental.

“A luta contra o aquecimento global é indissociada da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo”, destacou.

Disse que o Brasil voltará a ser protagonista nas relações internacionais para criar um “mundo capaz de acolher a totalidade de seus habitantes, e não apenas uma minoria privilegiada”.

“Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e morte, enquanto 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm o que comer”, afirmou.

Ao falar sobre os desastres naturais na África, o continente que menos emite poluentes, Lula disse que “a desigualdade entre ricos e forços manifesta-se até mesmo nos esforços para a redução das mudanças climáticas”.

“O 1% mais rico da população do planeta vai ultrapassar em trinta vezes o limite das emissões de gás carbono necessário para evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse a meta de 1,5°”, disse.

Chamou à cooperação do Brasil com os países pobres, sobretudo da África, com investimentos e transferência de tecnologia. “Estreitar novamente a relação com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos” ─ isso será prioridade, destacou. Assim como “lutar por um comércio justo entre as nações”.

Lula disse ainda que “precisa haver recursos destinados aos países pobres para combater os problemas criados, em grande medida, pelos países ricos, mas que atingem de maneira desproporcional os mais vulneráveis”.

“Não haverá futuro enquanto continuarmos cavando um povo sem fundo de desigualdade entre ricos e pobres”, indicou também.



https://causaoperaria.org.br/2022/lula- ... -no-mundo/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 16 Nov 2022, 17:21

Queria ver se existe ONG que queira investir em saneamento básico no Brasil (principalmente nas favelas).

Outra coisa que falam pouco são de moradias que são feitas em lugares perigosos (como vemos quando tem enchentes em Petrópolis ou mesmo em algumas capitais do país), gente que acaba fazendo casas em locais de risco, outra coisa que vejo pouca gente fora do país falando, aí só falam alguma coisa quando acontece uma calamidade.

Deve até existir (ONGs que cuidam de saneamento básico), mas a imprensa fala pouco do assunto.
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Nov 2022, 17:30

NOTÍCIAS
COP27
Lula quer desenvolver Amazônia com tecnologia e preservação
Presidente eleito apresenta uma política correta para o meio ambiente, fora das chantagens dos grandes capitalistas e dos identitários

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Opresidente eleito para seu terceiro mandato Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em seu discurso na COP27, realizada no Cairo, no Egito, que seu governo terá como um dos compromissos fundamentais a preservação do meio ambiente.

Ele criticou duramente o governo Bolsonaro por servir aos interesses dos grandes capitalistas na exploração e destruição do campo brasileiro. “Vamos recriar todas as organizações e fortalecer os sistemas de fiscalização que foram desmontados nos últimos quatro anos”, falou.

E continuou: “Vamos punir com todo o rigor os responsáveis por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, mineração, extração de madeira ou ocupação agropecuária indevida. Esses crimes afetam, sobretudo, os povos indígenas.”

Como medida concreta, Lula afirmou novamente que vai criar o Ministério dos Povos Originários, para que os índios possam apresentar uma política ao governo que atenda aos seus interesses. E disse que são os habitantes da região amazônica que devem ter voz junto ao governo nas questões da floresta, sempre pensamento em seu desenvolvimento econômico, redução da desigualdade social e sustentabilidade ambiental.

“Por isso vamos criar o Ministério dos Povos Originários para que os próprios indígenas apresentem ao governo propostas de políticas que garantam a eles sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários e aqueles que residem na região amazônica devem ser os protagonistas da sua preservação. Os 29 milhões de brasileiros que moram na Amazônia têm que ser os primeiros parceiros, agentes e beneficiários de um modelo de desenvolvimento local”, disse Lula.

O governo vai explorara “com responsabilidade a extraordinária biodiversidade da Amazônia, para a produção de medicamentos e outras coisas”. Disse que o Brasil vai mostrar que é possível “promover crescimento econômico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica”.

Chamou o agronegócio a investir em ciência, tecnologia e educação no campo.


https://causaoperaria.org.br/2022/lula- ... eservacao/
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Nov 2022, 23:51

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 17 Nov 2022, 19:00

NOTÍCIAS
COP 27
Lula: a Amazônia é do Brasil
Durante seu primeiro discurso na COP 27, no Egito, Lula demonstrou que seu governo será inimigo do imperialismo e, consequentemente, aliado do povo trabalhador brasileiro

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Entre os dias 6 e 18 de novembro, está ocorrendo, em Xarmel Xeique, no Egito, a 27° Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), mais comumente conhecida como COP 27. O evento, realizado anualmente desde 1992, ano em que foi firmado o primeiro acordo climático da ONU, é utilizado pelo imperialismo para fazer demagogia com o meio ambiente, adotando uma série de compromissos que, no final das contas, nunca são cumpridos, principalmente pelas grandes potências.

Nessa quarta-feira (16), Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito do Brasil convidado a participar do evento, realizou o seu primeiro discurso na conferência. Na ocasião, Lula, em discurso marcante, reiterou que seu compromisso não é com a política do imperialismo, mas sim, com o que considera a defesa da soberania nacional e do povo brasileiro.

A luta contra a pobreza
Um dos principais focos da discussão levantada por Lula foi em relação à pobreza no mundo. Entretanto, ao invés de denunciar a questão de maneira abstrata, não atribuindo-lhe responsáveis, deixou absolutamente claro que os culpados pela crise pela qual passa o mundo são os países imperialistas, ou “países ricos”, como ele coloca.

“Precisa haver recursos destinados aos países pobres para combater os problemas criados, em grande medida, pelos países ricos, mas que atingem de maneira desproporcional os mais vulneráveis […] O mundo [deve ser] capaz de acolher a totalidade de seus habitantes, e não apenas uma minoria privilegiada”, afirmou o petista.

Adiante, ele criticou a política de guerra do imperialismo, colocando que “Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e morte, enquanto 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm o que comer”.

Cooperação com os países oprimidos
Ao longo de todo o seu discurso, ficou claro que uma das maiores preocupações do governo Lula será a intensificação da colaboração entre o Brasil e os países atrasados, visando, sobretudo, o desenvolvimento social desses locais. Defendeu, seguindo esse raciocínio, uma série de medidas destinadas a combater a pobreza nos países oprimidos, garantindo a sua soberania em conjunto com a sua colaboração. “Estreitar novamente a relação com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos […] lutar por um comércio justo entre as nações”, declarou Lula.

Mais adiante em sua fala, Lula propôs, como uma iniciativa formal de seu governo, “a realização da cúpula dos países membros do Tratado de Cooperação Econômica, para que Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela possam, pela primeira vez, discutir de forma soberana a promoção do desenvolvimento integrado da região com inclusão social e muita responsabilidade climática”. Ou seja, destacou que seja feita uma grande união entre os países da América Latina para que sua soberania seja garantida. Aí sim será possível desenvolvê-los de maneira concreta.

Luta contra a dominação imperialista
Seguindo a política já exposta por Lula anteriormente, principalmente durante a sua campanha e em seu primeiro discurso após ganhar as eleições deste ano, Lula voltou a reivindicar uma “nova governança global”, defendendo a inclusão de “mais países no Conselho de Segurança da ONU para acabar com o privilégio do veto”. Ainda mais uma medida que visa enfraquecer a dominação imperialista sobre o mundo.

Em seguida, em uma verdadeira ode à luta anti-imperialista, Lula deixou claro que discorda completamente do fato de que poucos países detêm o controle da grande maioria do mundo:

“AONU precisa avançar. Não é possível que a ONU seja dirigida sob a mesma lógica da geopolítica da II Guerra Mundial. O mundo mudou, os países mudaram. Os países querem participar mais. Os continentes querem estar representados, e não há nenhuma explicação para que só os vencedores da II Guerra Mundial sejam os que mandam e dirigem o Conselho de Segurança. É importante ter em conta que o mundo está precisando de uma governança global”

Lula escancarou a demagogia imperialista sobre o clima
Como foi dito anteriormente, eventos com a COP não servem, na prática, para nada. São palanques criados para que o imperialismo tente passar a imagem de que é democrático e que, apesar de toda a destruição causada ao longo de toda a sua história, se preocupa com o meio ambiente e com a humanidade como um todo. Algo que não poderia estar mais distante da realidade e que é constantemente impulsionado pela imprensa burguesa, que contribui para a fabricação desse tipo de propaganda.

Todavia, isso não passou batido para Lula. Ao longo de todo o seu discurso, foi enfático na denúncia da demagogia imperialista no que diz respeito ao clima, afirmando, com todas as palavras, que o imperialismo promete mas, no final, não cumpre os objetivos estabelecidos nesse tipo de conferência.

“Eu preciso discutir com os países ricos algumas decisões que já foram tomadas em várias outras COP e que não saem do papel e não são executadas e nós precisamos ter clareza de que não podemos ficar prometendo sem cumprir”, denunciou Lula.

Um exemplo claro do que Lula coloca ocorreu na COP 15, em 2009. Os países que participaram da conferência, na Dinamarca, se comprometeram a fornecer 100 bilhões de dólares até 2020 para ajudar os países mais pobres a enfrentar a mudança climática. Algo que, efetivamente, não foi feito. A isso, Lula avisou que sua “volta também é para cobrar aquilo que foi prometido na COP 15”, algo que foi energicamente respondido pela plateia que gritou “O Brasil voltou!”.

Na mesma linha, o presidente eleito demonstrou como a imensa maioria dos prejuízos causados pela devastação do meio ambiente recai sobre os países oprimidos, enquanto que a esmagadora maioria desses danos é, justamente, causada pelas potências imperialistas.

“O1% mais rico da população do planeta vai ultrapassar em trinta vezes o limite das emissões de gás carbono necessário para evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse a meta de 1,5°”, disse Lula.

Ao falar sobre os desastres naturais na África, o continente que menos emite poluentes, Lula disse que “a desigualdade entre ricos e pobres manifesta-se até mesmo nos esforços para a redução das mudanças climáticas”. Também afirmou que “A luta contra o aquecimento global é indissociada da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo”, demonstrando ter clareza no fato de que, para impedir a destruição do planeta, é preciso impedir o imperialismo.

Uma defesa verdadeiramente nacionalista da soberania do Brasil e da Amazônia
O grande destaque da vez, porém, foram as colocações de Lula sobre a questão da Amazônia. Foco da principal campanha imperialista contra a soberania nacional, o posicionamento do presidente eleito acerca desse tema é de extrema importância para determinar os rumos de seu novo governo. Nesse sentido, Lula se colocou, mais uma vez, decididamente ao lado do povo brasileiro:

“Estamos abertos à cooperação internacional para preservar nossos biomas, seja através de investimento ou pesquisa científica. Mas sempre sob a liderança do Brasil, sem jamais renunciarmos à nossa soberania”, um verdadeiro balde de água fria nos planos criminosos do imperialismo.

Então, Lula mostrou defender uma política extremamente progressista no que diz respeito ao desenvolvimento da Amazônia. Ao invés de seguir a confusão da esquerda, que afirma que é preciso acabar com as hidrelétricas, as indústrias e, de maneira geral, o desenvolvimento no País, o presidente eleito afirma que é preciso lutar pelo progresso da região ao lado de uma exploração sustentável do território, “Explorando com responsabilidade a extraordinária biodiversidade da Amazônia para a produção de medicamentos e outras coisas”. Disse que o Brasil vai mostrar que é possível “promover crescimento econômico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica”.

Em relação aos índios, tema de extrema importância neste momento por também ser um foco da campanha do imperialismo para o Brasil, Lula defende que sejam os principais responsáveis pela defesa de seus próprios interesses:

“[…] vamos criar o Ministério dos Povos Originários para que os próprios indígenas apresentem ao governo propostas de políticas que garantam a eles sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários e aqueles que residem na região amazônica devem ser os protagonistas da sua preservação. Os 29 milhões de brasileiros que moram na Amazônia têm que ser os primeiros parceiros, agentes e beneficiários de um modelo de desenvolvimento local”

Em versão muito mais esquerdista que em 2002, Lula promete defender a classe operária brasileira
“Eu não voltei para fazer o mesmo que eu já tinha feito, voltei para fazer mais e por isso esperem um Lula muito mais cobrador”, finalizou Lula. Enquanto toda a esquerda pequeno-burguesa faz uma campanha para entregar a Amazônia para o imperialismo e, em especial, para os Estados Unidos, Lula mostra que seu governo rejeitará completamente esse tipo de política reacionária.

A sua posição é, inclusive, muito parecida com a de Nicolás Maduro, presidente nacionalista da Venezuela que, nas últimas décadas, consagrou-se como uma das figuras mais importantes na luta dos povos oprimidos contra as potências imperialistas. Ele afirmou, recentemente, que são os países amazônicos que devem controlar a Amazônia, justamente a política defendida por Lula na ocasião em questão.

Fica evidente, portanto, que o próximo governo Lula tem tudo para se consagrar como um dos principais inimigos do imperialismo no mundo. Acima de mera bravata, Lula tem toda a força do povo ao seu lado, que o pressiona cada vez mais à esquerda. Por isso, entretanto, é que os países imperialistas devem voltar as suas armas contra o Brasil, em uma tentativa de frear o ímpeto progressista que vem do gigante do Sul.

Finalmente, são os trabalhadores que darão as condições objetivas para que Lula cumpra com suas promessas, um horizonte extremamente positivo para a luta dos povos oprimidos em todo o mundo, mas que só poderá se materializar por meio da luta da classe operária organizada com um objetivo em comum: expulsar o imperialismo de nosso País.

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Nov 2022, 03:55

NOTÍCIAS
COP 27
Lula: ricos causam o problema do clima e os pobres pagam por ele
O discurso do presidente eleito no Egito deixa claro a sua posição, os países ricos devem pagar pela crise ambiental e não devem ter o controle da Amazônia

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Odiscurso de Lula na COP 27, a Conferência da ONU sobre o clima, foi um dos mais esperados de todo o evento. Ele foi convidado antes mesmo de assumir o cargo de presidente do Brasil, mas já assumindo uma postura de quem será o governante nos próximos 4 anos. Lula não se coloca como um serviçal do imperialismo no evento internacional, pelo contrário ele afirma a posição do Brasil, uma continuação do que foi o seu governo até 2010, algo que tende a se radicalizar na atual conjuntura de crise internacional do capitalismo.

Ao subir do palco, dando um fim ao período de 12 anos pelo qual não foi presidente do Brasil, já é possível ver que os países oprimidos já esperam que o presidente eleito se coloque como uma de suas principais lideranças. É nesse ponto que Lula se coloca de forma clara, culpando os países imperialistas pelos problemas ambientais e deixando claro que é preciso manter a luta contra a pobreza, ou seja, a luta em defesa dos trabalhadores para que de fato existe uma luta em defesa do meio ambiente.

A primeira crítica de Lula se dá em relação às guerras: “Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e mortes, enquanto 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm o que comer.” Aqui está a primeira pontada no imperialismo, que todos sabem é o responsável pelas guerras intermináveis e que é o único que tem a capacidade de gastar trilhões de dólares em qualquer coisa. É o tom geral do discurso de Lula, uma crítica moderada, porém clara, ao imperialismo.

Essa questão das guerras só é comentada rapidamente, logo Lula passa para o outro ponto principal de seu discurso, a divisão do mundo entre os países ricos e os países pobres, em suas palavras. Ele afirma com todas as letras que o “problema criado em grande medida pelos países mais ricos, mas que atinge de maneira desproporcional os mais vulneráveis.” A ideia de Lula está correta, foram os países ricos, isto é, os países imperialistas que destruíram e que seguem destruindo o meio ambiente.

Ele pontua em outros momentos que as nações ricas têm a obrigação de ajudar as nações pobres e que promessas feitas em COPs anteriores não foram cumpridas. A questão de classe também é ressaltada “a luta contra o aquecimento global é indissociável da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo.” Lula acerta outra vez destacando a necessidade de erradicar a pobreza antes de se resolver qualquer problema.

O seu erro é ter a crença de que é os países imperialistas têm alguma possibilidade de ajudar as nações oprimidas. O imperialismo está disposto a destruir nações inteiras, investir trilhões em guerra como Lula afirmou, derrubar governos nacionalistas como o da presidenta Dilma. Esses eventos são em grande parte fachadas e a própria questão do clima é uma ponta de lança do imperialismo. As posições nacionalistas de Lula são boas por afirmar o Brasil como uma liderança nacional, mas seu aspecto muito solene esconde a farsa que é o evento da COP27 em si.

A questão da Amazônia é tratada de uma forma parecida. Lula defende a política correta de soberania nacional, tanto do Brasil quanto das demais nações amazônicas da América do Sul, inclusive defendendo a integração destas nações. Ele defende que é possível que haja parcerias mas que é necessário que o Brasil mantenha a liderança soberana sob tudo em seu território. E defende que a COP30 seja realizada em território brasileiro na Amazônia como forma de projetar a política do Brasil internacionalmente.

Nesta, que é a política essencial, Lula acerta. Contudo, seu discurso não combate como um todo a política imperialista para o território amazônico. A política de desmatamento zero é vem direto do imperialismo como forma de impedir o desenvolvimento econômico do Brasil. A defesa do agronegócio sustentável é algo confuso, o latifúndio é o grande inimigo do meio ambiente, mas, muito mais importante, inimigo dos trabalhadores rurais e dos indígenas. Esse aspecto do discurso enfraquece a defesa de Lula da amazônia e abre margem para os falsos nacionalistas o acusarem de petitas.

Mas há um momento em que o discurso de Lula acerta em cheio, em seu ataque ao domínio dos EUA sobre o mundo, ou seja, um ataque direto ao imperialismo. O evento sobre o meio ambiente não precisaria desse comentário político: O mundo de hoje não é o mesmo de 1945.” Ele assim se coloca contra a ordem mundial imperialista que se cristalizou com o fim da Segunda Guerra Mundial quando os EUA estavam no auge de seu poder. E ele ainda segue atacando o conselho de segurança da ONU.

Esse conselho é composto por EUA, França, Inglaterra, Rússia e China. Ele permite que qualquer um desses países vete uma resolução da ONU, assim o imperialismo tem a capacidade de vetar quaisquer votações em defesas dos países oprimidos, como por exemplo as votações em defesa de Cuba e da Palestina, que todos os anos têm ampla maioria. Com a crise no imperialismo as votações na Assembleia Geral da ONU em defesa dos países atrasados tendem a se tornar cada vez mais comuns, vide o caso da guerra da OTAN na Ucrânia.

O discurso de Lula no geral seguiu o seu padrão de ter um tom solene e moderado. Ele teve os aspectos negativos citados acima mas em sua essência ele possui uma característica muito positiva, ele demonstra a tendência do governo de se posicionar abertamente contra o imperialismo. Mesmo em uma assembleia sobre o meio ambiente, que é um dos principais focos de ataque o imperialismo aos países atrasados Lula conseguiu manter a defesa da soberania e atacar os países opressores.

O discurso da Lula na COP27 aponta para aquilo que o Brasil pode se tornar, a liderança internacional dos países atrasados. Status que ele vinha adquirindo no governo Lula mas que agora em um momento de decadência total do imperialismo pode ser algo muito mais grandioso. Basta ver o que era o governo Putin em 2010 e o que é o governo Putin agora. Tudo indica que o terceiro mandato de Lula será um enorme entrave para o imperialismo.

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Nov 2022, 21:14

NOTÍCIAS
IDENTITARISMO É UM INIMIGO
A COP27, o ambientalismo e a luta contra o identitarismo
A política imperialista por trás da COP27 não é bom conselheiro para o desenvolvimento do Brasil, devendo servir apenas como exemplo a não ser seguido

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Com febre, dores no corpo, tosse seca, garganta inflamada e diarreia, não pude trabalhar e por isso fiquei diante do televisor. Os principais temas dos noticiários, durante essa fatídica situação, foram o debate de como desestabilizar o futuro governo Lula e como deve ser a participação de Lula na Conferência do Clima, a COP27, no Egito. Os dois temas compõem o centro gravitacional de pressão contra Lula. Um terceiro eixo de pressão é o identitarismo, um eixo transversal, bombardeado praticamente em toda grade das redes de TV, especialmente a Globo.

Entremeio ao “teto de gastos”, a Globo decidiu bombardear a audiência com elevadas doses de identitarismo: as falsas lutas antirracistas e antimachistas organizadas pela própria Globo; transfobia e outras ias; mulheres no poder independentemente das competências, entre outras questões. O próprio ambientalismo é um tema do identitarismo, pois catalisa e converge diversas pautas identitárias produzidas pelo imperialismo, executadas pelas suas ONGs, think tanks e movimentos sociais artificiais. O ambientalismo também serve para abordar o tema da Amazônia e sua entrega ao imperialismo.

A histeria dos mercados após discurso de Lula no Centro Cultural Banco do Brasil, quando o presidente eleito afirmou que não vai fatiar os bancos e as empresas públicas, além de ter criticado a “lei do teto de gastos”, é coação para tentar colocar limites a um governo dos trabalhadores. Essa questão não é a mais grave, podendo ser superada com um governo com força no desenvolvimento de infraestruturas, trabalho, educação e saúde. Porém, esse desenvolvimento passaria pela ruptura com o identitarismo, incluindo a formulação de um zoneamento econômico-ecológico da Amazônia que vise coibir a biopirataria e a mineração ilegal, realizadas pelas grandes corporações transnacionais do setor de mineração.

Uma das estratégias da imprensa capitalista é produzir generalidades a partir da completa ausência de compromisso com a verdade. Deste modo, a imprensa visa turvar a vista do receptor da mensagem. Por exemplo, essa imprensa afirma que garimpo é tudo aquilo que degrada e atende aos interesses exclusivos dos garimpeiros, como se o trabalhador do garimpo, a pequena empresa de garimpo e todos que atuam arriscando a vida sejam os responsáveis pela degradação. Portanto, para a imprensa capitalista, “não existem” circuitos produtivos, intermediadores, receptores e grandes corporações demandantes.

A imprensa brasileira associa o ambientalismo com a esquerda. Mas, na realidade, o ambientalismo é uma das maiores armas de defesa contra o crescimento do Brasil. As ações de Bolsonaro na região amazônica, a fim de atender aos interesses do latifúndio, elevaram o nível de histeria dos ambientalistas. Com isso, desde que Lula saiu da prisão, houve o seu cercamento por pessoas ligadas às ONGs, contrárias ao desenvolvimento nacional por estarem comprometidas com o imperialismo.

Sonia Guajajara, uma das lideranças ligadas ao imperialismo, atuante direta do golpe de estado, capitalizando junto aos Estados Unidos, papel de “autoridade climática”. Agora, a imprensa e a ala direita da frente popular tentam que Guajajara assuma um dos ministérios do governo Lula, colocando grande barreira ao desenvolvimento do Brasil, cuja fronteira de crescimento está justamente na Amazônia, não com créditos de carbono, mas com mais hidrelétricas, portos, ferrovias que liguem o Brasil central ao Oceano Pacífico passando pelo Peru; exploração do urânio para energia e armas de dissuasão; potássio para fertilizantes, dentre outros, podendo assim ter controle territorial que evite a penetração de agentes estrangeiros explorando indevidamente o Brasil.

Em relação à COP27, cúpula organizada pelas principais potências econômicas para utilizar o clima como arma Soft Power, ela não é nada mais, nada menos que um cassino de lobistas que elaboram estratégias de como manter países pobres em atraso. O lobby dos combustíveis fósseis é o maior da COP, que encaminhou 636 representantes na conferência deste ano. “Há um aumento da influência da indústria de combustíveis fósseis nas negociações sobre o clima que já estão repletas de acusações de censura da sociedade civil e influência corporativa”, de acordo com nota das organizações Corporate Accountability, Corporate Europe Observatory e Global Witness, ONGs do lobby das energias renováveis contra o lobby dominante na COP desde sempre.

Lula terá imensas dificuldades diante da pressão do imperialismo, do “mercado” e do identitarismo, ideologia utilizada para exercer uma dominação em todos os espectros políticos. Por meio de uma política de cancelamento, o identitarismo exerce uma forma de pressão chantagista. O capitalismo jamais será um modo de produção que inclui socialmente, é um sistema produtor de mercadorias, como tal passou criar identidades indefinidamente. Cada identidade é um mercado próprio, uma tribo própria sem qualquer interesse socialista.

Identitarismo, sucedâneo artificial do nacionalismo
Desinteressado pelo desenvolvimento de conjunto do território brasileiro, o identitarismo veio para ficar como o sucedâneo do nacionalismo reacionário, aquele baseado na “identidade nacional dos valores patrióticos”. Ao fazer a máxima negação do território nacional dos países atrasados, a esquerda identitária desses países colabora para a máxima divisão e dissonância e a cultura do cancelamento se torna a arma de guerra cultural, facilitando a tomada pelo imperialismo.

Diante dessa consideração, o identitarismo deve ser considerado como uma folha de parreira utilizada pelo capitalismo a fim de manter o seu domínio, não sendo à toa que as grandes corporações têm adotado políticas próprias e impondo-as normativamente dentro das políticas de Estado. A vaga noção de diversidade criada pelo imperialismo fomenta grandes lucros, pois pode-se diversificar os investimentos e criar uma indústria própria de reprodução dessa ideologia.

Do ponto de vista territorial, a política identitária atende ao imperialismo no ponto certo, ou seja, a balcanização dos países atrasados. Criam-se ministérios de povos originários, depois criam-se ministérios específicos para cada interesse em disputa, geralmente disputas de palavras, pois aos identitários não cabe o socialismo, mas ter um lugar garantido num Estado. Por sua vez, o Estado não conseguirá se desenvolver por causa dos ambientalistas; não conseguirá fazer política, dando lugar a abutres que não visarão a totalidade dos trabalhadores; e não conseguirá organizar o território para benefício social, como fazer uma transposição de rio, por exemplo. A riqueza material e simbólica decorrente do show business identitário só atenderá à própria reprodução do capital.

Os revolucionários observam essas contradições e atuam para que o governo Lula se desvencilhe dessa armadilha, e não acreditam na capacidade do Estado burguês reformar as instituições com cores da diversidade. Junto dessa armadilha, estamos diante de uma grande crise capitalista; de uma operação de guerra contra a Rússia; da destruição da economia brasileira e da indústria nacional, principalmente a partir do golpe de 2016. Se um governo não conseguir romper com a sabotagem feita pelas ONGs e com o identitarismo, não conseguirá avançar no fundamental, superar o atraso nacional.


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Mensagem por Chapolin Gremista » 19 Nov 2022, 14:43

NOTÍCIAS
COP 27
Para entregar a Amazônia, “bancada do cocar” se reúne com Kerry
Índias do imperialismo aproveitam ocasião para correr atrás de figuras imperialistas relacionadas ao clima

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ACOP27 é uma ótima oportunidade para países em desenvolvimento, como o Brasil e demais países amazônicos, para colocar questões cruciais para a sobrevivência do ecossistema regional mas também para uma afirmação de soberania desses países sobre seus recursos e territórios. Lula fez isso, e seu exemplo pode abrir caminho para nossos vizinhos nesse sentido.

O discurso, as posições assumidas por Lula, refletiram uma posição de defesa do Brasil e seus interesses perante os abutres do imperialismo, que sobrevoam nossas florestas como águias carecas famintas. Não apenas, mas representaram a pressão dos países atrasados por uma participação mais efetiva na governança mundial.

Além do discurso, Lula também participou de encontros e negociações com os enviados à COP. Em sua delegação, uma equipe envolvida com o meio ambiente, como Marina Silva (Rede) e seus assessores, também realizou reuniões e procurou reestabelecer acordos, como o Fundo Amazônia. Entre as figuras, uma grande proximidade com os EUA caracterizou algumas delas. Marina, subordinada de George Soros, pediu a John Kerry, enviado especial da presidência dos Estados Unidos para o Clima, que coloque os EUA como mais um financiador do Fundo.

Outras representantes brasileiras na COP27 foram algumas mulheres indígenas eleitas como representantes legislativas. Entre elas destacam-se três, que farão parte da Equipe de Transição e da formulação do Ministério dos Povos Originários, como publicou Sonia Guajajara (PSOL) em seu Twitter em 16 de novembro: “Foi anunciada hoje parte da equipe de transição que vai compor a criação do Ministério dos Povos Originários. Eu, Célia Xakriaba e Joênia Wapichana vamos participar como Parlamentares. É fundamental também a participação de representações indígenas de todas as regiões do Brasil.”

Sônia, Célia (PSOL) e Joênia (Rede) , a “bancada do cocar”, também se reuniram com Kerry e outros líderes para supostamente discutir a preservação da floresta. Segundo publicações nas redes, as legisladoras afirmam estar “mulherizando” a discussão, trazendo as mulheres indígenas para o palco global das discussões climáticas. Essa não foi a primeira reunião. Sonia Guajajara já requisitou de Kerry a intervenção dos EUA na política nacional, quando do caso do jornalista Dom Phillips, desaparecido na Amazônia brasileira, ainda este ano. Qual seria, de fato, o interesse central das agendas de nossas deputadas na COP? Certamente não é “mulherizar” e trazer cores tropicais para as fotos do evento. Os partidos destas figuras, PSOL e Rede, são notáveis por sua colaboração e alinhamento com o imperialismo, mantendo inclusive relações econômicas, recebendo fundos de organizações imperialistas, seja partidariamente ou na figura de parlamentares.

Já faz algum tempo, Guajajara se colocou contra hidrelétricas na campanha contra Belo Monte, parte da campanha golpista contra a presidenta Dilma Rousseff. Não se sabe, exatamente, o que ela pensa sobre os demais recursos que o Brasil possui sob as terras indígenas e ao seu redor. Teria legitimidade sua preocupação com o lugar onde povos vivem faz séculos ser devorado por águas, fogo, tratores, no entanto, sua proximidade aos EUA e pedidos de intervenção demonstram ser outro o interesse, e as justificativas mera demagogia. Causa dúvida o que podem estar negociando com Kerry e Cia., pois provavelmente estão escondidos, sob a boa vontade e a beleza dos cocares, intenções entreguistas, desenhadas e incentivadas pelos próprios abutres imperialistas e identitários, os criadores do “empoderamento” feminino e indígena. Se o identitarismo valoriza as mulheres, negros e indígenas como temas, não é para defender concretamente nenhuma dessas populações. É um uso oportunista, e que se prepara para atacar o povo brasileiro de conjunto, com campanha pelo domínio imperialista sobre a Amazônia, disfarçado com penas e tinta.

A proximidade desse grupo com autoridades e financiamentos de instituições estadunidenses é preocupante, embora estejam trabalhando discursiva e propagandisticamente pela suposta conservação das florestas, na prática defendem a ingerência imperialista sobre os povos indígenas e todos os brasileiros.

É importante que estejamos organizados para garantir um governo dos trabalhadores e no sentido de defendermos nossa soberania. Eventualmente pode ser que a agenda proposta por Lula para a Amazônia sofra oposição aberta das entidades que Kerry representa, o governo norte-americano. E então, como se posicionará a bancada do cocar?

https://causaoperaria.org.br/2022/para- ... com-kerry/
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Nov 2022, 04:21

NOTÍCIAS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS?
A COP 27 e a manipulação dos índios brasileiros
Imperialismo financia pequeno grupo de "lideranças" indígenas para manipular seus interesses e inserir reivindicações que não são dos índios

ImagemNa última sexta-feira (18/11), foi encerrada a 27° Conferencia das Partes (COP 27) organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), na cidade de Sharm Al-Sheik, no Egito, com o objetivo declarado de discutir as mudanças climáticas no planeta.

Sob a fachada de ambientalismo, o que se viu foram uma enorme demagogia diante dos povos indígenas. Na questão da proteção da Amazônia, mais uma vez se viu uma enorme farsa para beneficiar os países imperialistas, EUA e Europa, seus monopólios globais e uma tentativa de impedir o desenvolvimento econômico de países explorados.

Diante desses fatos e da farsa criada pelo imperialismo se viu uma enorme demagogia com os povos indígenas e a utilização da causa indígena para impulsionar supostas lideranças indígenas financiadas por organizações não governamentais, por embaixadas de países imperialistas e fundações privadas.

Utilização dos índios para esconder a sujeira do imperialismo
O grande destaque que os organizadores da COP 27 deram aos indígenas que foram levados e participaram da Conferência no Egito teve como objetivo esconder os financiadores da conferência e dos verdadeiros objetivos da atividade e do grande destaque a “pauta” climática.

A farsa da COP 27 foi tão grande que até mesmo a garota propaganda do imperialismo para as pautas ambientais, a ativista climática Greta Thumberg, decidiu não participar acusando a falta de participação da sociedade civil e da utilização do evento como propaganda das grandes empresas.

E para atingir seus objetivos, o imperialismo não tendo mais uma garotinha para fazer demagogia encontrou uma maneira ainda mais eficiente: usar a situação dos índios.

Em todo o evento foi colocado pelos organizadores de “mesas”, grupos de discussão, debates e permitiram até uma espécie de protesto da “bancada do cocar”, organizadas pelas índias do PSOL e do Itaú, Célia Xacriabá e Sônia Guajajara.

Duas informações revelam a manipulação dos povos indígenas brasileiros: a farsa das mudanças climática como uma pauta indígena e o grande financiamento dos responsáveis pela destruição da Amazônia e dos recursos naturais, da violência contra os índios e da situação de miséria desse setor da população.

Mudanças climáticas não é uma pauta do índio

A primeira discussão é o argumento que a pauta climática é uma reivindicação dos povos indígenas e quem circula entre os índios que vivem nas terras indígenas demarcadas, nas retomadas e nas áreas de conflito sabe que a tal das “mudanças climáticas” sequer é citada ou conhecida pelos índios.

A pauta climática é apenas colocada pelos índios apontados como “lideranças” pela imprensa capitalista, mas que são financiados por organizações não-governamentais, embaixadas de países europeus, fundações privadas (Fundação Ford, Open Society, Banco Itaú entre outras) e que possuem grande circulação na Europa e nos EUA. Tanto que foram convidados e financiados por essas organizações.

Fora esse muito restrito grupo de índios, a esmagadora maioria dos índios do Brasil tem outras reivindicações. São reivindicações de demarcações de terra, direito de produzir e trabalhar, estudar, acesso a internet, universidade, água e energia elétrica e até mesmo exploração econômica das terras indígenas, como garimpo e agricultura em maior escala.

E se alguém duvidar convido a pessoa a visitar uma área indígena e perguntar para a comunidade.

Imperialismo é responsável pela situação de miséria e massacre dos índios

Dois grandes parceiros dos índios e entusiastas da pauta climática que foram para a COP 27 são a Alemanha e a Noruega. Os bancos da Alemanha, país que quer “proteger” os indígenas e suas terras, despejaram a mesma quantidade de dinheiro em mineradoras internacionais que atuam no Brasil. Um estudo realizado pelo Observatório da Mineração mostrou que os bancos Commerzbank, Deutsche Bank e DZ Bank investiram mais de 1 bilhão de dólares em mineradoras brasileiras.

Outro grande parceiro a Amazônia e do índio é a Noruega. O geografo norueguês Torkjell Leira, escreveu um livro sobre a atuação ambígua da Noruega na Amazônia e em entrevista ao portal O Eco disse que “Entre 2009 e 2019, investimos 8 bilhões de coroas norueguesas (R$4,8 bilhões) em ações de proteção à floresta e aos direitos indígenas. Esses investimentos se deram principalmente por meio do Fundo Amazônia, mas também por meio da Embaixada Norueguesa em Brasília e organizações não-governamentais como a Rainforest Foundation. Por outro lado, investimos mais de 40 bilhões de coroas norueguesas (R$24 bilhões) em atividades que ajudam a destruir a floresta. A maior parte, no setor de mineração”.

Um levantamento realizado em 2021 sobre os conflitos no ano anterior na publicação Mapa de Conflitos da Mineração 2020 revelou os números dos conflitos relacionados a mineração no Brasil e provou que os garimpeiros passam longe de serem os vilões. As grandes mineradoras internacionais são apontadas como as principais “violadoras” em 48,7%.

O exemplo das mineradoras e do conflito é apenas um pequeno exemplo. Ou seja, quem mais ataca os direitos indígenas e destrói a Amazônia brasileira é o imperialismo.

Por um movimento indígena que não seja financiada pelas ONG`s e pelo imperialismo
A transformação do movimento indígena de luta em “animadores” de encontros, de pautas importadas dos países colonialistas como a ambiental, de luta apenas nas instituições que atacam os índios como STF e a justiça, e de interesses imperialistas é o recebimento de dinheiro das ONG`s ligadas aos países europeus e dos EUA e das fundações privadas.

Esse financiamento está ligado a uma tentativa de não mobilizar os indígenas e manipular essa população pobre e oprimida para interesses estrangeiros e da classe média ambientalista. O movimento indígena não deve participar e nem servir para limpar a “barra” dos países imperialistas e das grandes empresas.

É preciso independência dessas supostas lideranças indígenas ligadas ao imperialismo para que o movimento avancem, não somente nas demarcações, mas na melhoria de vida e das condições materiais das aldeias e dos índios.



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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Nov 2022, 20:23

NOTÍCIAS
FARSA IMPERIALISTA
Um novo projeto para “salvar” florestas: Forest Data Partnership
A pauta ecológica é levantada pelo imperialismo como maneira de intervir nos países atrasados, como um ataque à soberania nacional, nada mais

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Em 14 de novembro, na última segunda-feira, o WRI, World Resources Institute, Instituto de Recursos Mundiais, lançou um novo projeto que busca parcerias no sentido de desbloquear dados relativos ao uso da terra e das áreas de florestas e fazer deste um objetivo global que reúne dados, os modos de interpretá-los e possíveis soluções para os problemas ambientais e climáticos. Embora pouco conhecido por grande parte da população, o WRI é uma instituição muito influente em vários países e tem escritórios, projetos e profissionais espalhados pelo mundo, em todos os continentes.

O objetivo do projeto é o de “melhorar as decisões sobre o uso da terra, acelerar a transição para uma sustentabilidade da cadeia de suprimentos e reverter a perda de florestas devido à economia baseada em commodities ao redor do mundo.” Super ecologicamente correto, “do bem”. Entretanto, o projeto não pretende acabar com a economia baseada em commodities dos países menos desenvolvidos. Pretende, de certa forma, centralizar e tabular dados globais sobre o tema, para poder fazer intervenções via projetos locais.

Na página do WRI, que anuncia o chamado para parcerias com empresas, agências que fazem políticas públicas, ONGs e interessados em geral, confere-se que “o ponto crítico para se barrar o desmatamento causado pela cadeia de suprimentos de commodities é a falta de transparência e de consistência no que se refere à extensão das florestas, usos da terra e as direções para mudanças no uso da terra, juntamente com o consenso limitado no modo como se interpreta esses dados” Até aí, tudo bem. De fato, os dados, sua coleta, interpretação e divulgação são manipulados conforme os objetivos de cada interessado. O que não causa estranheza é a lista de financiadores da iniciativa: a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), USAID, o Departamento de Estado dos EUA, Google, NASA e Unilever. Esses agentes criaram o projeto em 2021.

Vejamos: são quatro agências diretas do governo dos EUA: FAO, USAID, Departamento de Estado e NASA. Além destes, há duas empresas multinacionais. A Google dispensa comentários. A Unilever é um conglomerado gigantesco em número de produtos, são 400 marcas em 190 países. No Brasil, são 30 marcas, cada uma com vários produtos alimentícios e de higiene/limpeza.

As imagens dos projetos e seus resultados são verdadeiros “comerciais de margarina”. Tudo lindo, ético, limpo e cheio de compaixão, por tudo e por todos. Há relatos de projetos já realizados no Brasil, na área de reflorestamento, segundo o site da WRI.

O Instituto não deixou suas raízes. Foi fundado em 1982, em Washington, com um Fundo de $15 milhões da MacArthur Foundation. Segundo eles: “O WRI se mantém fiel à sua missão fundadora que é a de mover a sociedade humana de modo que proteja o meio ambiente da Terra e sua capacidade de prover as necessidades e aspirações desta e das próximas gerações.” A WRI nasceu junto com o Neoliberalismo do Consenso de Washington, aparentemente.

Uma coisa é certa: não há melhor oportunidade de ver o vigor da demagogia imperialista que o palco da COP27. Institutos e organizações imperialistas, os mesmos que deram o golpe de 2016 no Brasil e realizaram a farsa eleitoral em 2018 que levou Bolsonaro à presidência, que patrocinam a guerra na Ucrânia, no Iêmen, o bloqueio a Cuba, são esses que dizem estar interessados no meio ambiente, uma farsa. Esses golpes, que impedem o desenvolvimento tecnológico no Brasil por exemplo, inclusive com relação a inovações no transporte com o uso mais eficiente da energia, são os maiores crimes contra a humanidade e o meio ambiente. Todo o show feito agora tem por objetivo intervir na política interna dos países atrasados, sob o argumento do “bem comum”, pelo meio ambiente, uma violação da soberania nacional dos países atrasados, nada mais que isso.



https://causaoperaria.org.br/2022/um-no ... rtnership/
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Nov 2022, 11:56

NOTÍCIAS
"SOBERANIA"
APIB quer que a União Europeia controle as florestas brasileiras
Organização quer que biomas brasileiros sejam protegidos pela lei europei

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No último sábado (19) a APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) afirmou que os biomas brasileiros precisam ser protegidos pelo imperialismo:

“Todos os biomas brasileiros precisam ser protegidos pela Lei anti desmatamento da União Europeia, é o que afirma Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Apib, durante o painel ‘A necessidade de proteção legal externa contra a grilagem de terras’, realizado na COP27.”, afirma um tuíte da organização.

“Com a presença de representantes do Ipam, da Tropical Forests and Agriculture – NWF, FERN e Marcos Kaingang, assessor jurídico da Arpinsul, o painel tinha o objetivo de discutir quais os impactos da legislação europeia para povos indígenas e comunidades tradicionais. […] No dia 16 de novembro, a Apib e a Conaquilombos publicaram a nota “Sobre proteção urgente do Cerrado e outros ecossistemas naturais”. O documento ressalta a posição das organizações em defesa de todos os ecossistemas naturais do Brasil. […] Nos dias de programação da COP27, a Apib esteve em mais de 30 atividades com a sociedade civil, poder público, financiadores, negociadores e imprensa.”, continuou a postagem.

É evidente que isso é um absurdo. Por qual motivo se pode pensar que o imperialismo ajudaria os povos indígenas em algo? Sua única preocupação é pegar a Amazônia para si, que representa mais da metade do território brasileiro — isso significa que, além das diversas riquezas naturais e de um território estratégico, o imperialismo, ao pegar a Amazônia para si, arranca boa parte do território brasileiro, ameaçando uma nação de punho forte no cenário internacional.

Essa posição também é absurda na medida que vem de uma organização que se propõe minimamente a defender pautas de esquerda. A APIB, que se diz defensora dos índios e dos biomas nacionais, na verdade, corre rumo à destruição desses na medida que quer os entregar de mão beijada para o imperialismo.

Essa mesmo posição coloca em cheque algo tão almejado pela esquerda nos últimos tempos: participar do novo governo Lula. O futuro presidente já reiterou diversas vezes, em especial na COP 27, que o Brasil será um País cada vez mais soberano, cuidando de seus biomas e trabalhando para melhorar a questão do clima, mas sem interferência externa e, inclusive, cobrando para que os “países ricos” façam sua parte.

Tudo isso coloca em cheque os desejos da esquerda. Como uma organização completamente entregue ao imperialismo pode ser capaz de se propor a fazer parte de um governo que quer realizar completamente o oposto? Poderia ser, inclusive, algo considerado como sabotagem.

O fato é que a posição da APIB beira ao reacionarismo e precisa ser seriamente reconsiderada. A União Europeia cuidar dos biomas brasileiros é uma tremenda violação da soberania nacional.

https://causaoperaria.org.br/2022/apib- ... asileiras/
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Nov 2022, 01:36

NOTÍCIAS
COP27
COP27: um festival de demagogia barata
Só um pequeno-burguês perdido pra se emocionar com a COP27

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Pouco menos de uma semana atrás, no dia 18 de novembro, se encerrou a COP27, a conferência da ONU acerca das mudanças climáticas, que começou no Egito no dia 6 do mesmo mês. Antes do início do evento, levou-se adiante a típica campanha contra os países atrasados, quando estes não se colocam numa posição da mais absoluta subserviência ao imperialismo, de que seriam ditaduras horrendas, de que ali mulheres não têm direitos, nem os homossexuais, etc. De fato, é o caso, no entanto, não se fala de que a ditadura militar egípcia, derrubada em 2011 por mobilizações populares e que retornaria ao poder em 2013 através de um golpe de Estado contra a Irmandade Muçulmana, foi posta e recolocada no poder pelo imperialismo. Dado que toda a campanha foi levada adiante por funcionários do imperialismo, melhor jogá-la no lixo – só um pequeno-burguês com a memória de um peixe poderia se emocionar com bobagens do tipo.

Quando chegou a hora do evento, fora algumas poucas intervenções de chefes, ou futuro chefes, de Estado minimamente nacionalistas de países atrasados, como Lula e Maduro (vale lembrar que nem Xi Jinping, nem Putin estiveram ali presentes), tratou-se de um espetáculo de demagogia barata. Enquanto os países imperialistas europeus destroem suas florestas para sobreviverem ao inverno depois de impor duríssimas sanções à Rússia, se prega que seria preciso reflorestar os países atrasados, mudar sua agricultura “destruidora” para uma agricultura “mais sustentável”, que se deveria diminuir o consumo de carne no mundo (em que bilhões de pessoas passam fome), e é claro, como não poderia faltar, todo tipo de demagogia identitária da mais rasteira. Um verdadeiro show de horrores.

Vale mencionar que as discussões de financiamento por países imperialistas para a “transição energética” nos países atrasados, ou coisa do tipo, não chegam nem perto daquilo despendido para armar os nazistas ucranianos ao longo dos últimos 8 anos. Só um verdadeiro palhaço para acreditar que a burguesia imperialista está preocupada com a destruição do meio ambiente.

Outra escatologia que vale menção é o protesto feito por “ucro-nazis e polaco-nazis” (muito preocupados com o meio-ambiente certamente!) durante uma sessão em que estavam presentes figuras da indústria petroquímica russa, afinal de contas “combustíveis fósseis matam!”. Parecem ignorar que seu maior patrão, o imperialismo norte-americano, promoveu um verdadeiro genocídio no Oriente Médio devido à questão dos combustíveis fósseis, além de ser de longe o maior poluidor do mundo. Na linha de funcionários dos norte-americanos, é “curioso” que o país com a segunda maior delegação à COP27 foi o Brasil, tendo como seus membros, em geral, figuras das mais diversas ONGs pró-imperialistas no país. Se existe algo claro como água é que os falsos índios da bancada do cocar a serviço de John Kerry serão pontos de apoio à política imperialista acerca da Amazônia.

Muita conversa fiada, poucas resoluções e demagogia de sobra. O de sempre.

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Nov 2022, 10:13

NOTÍCIAS
PROTAGONISMO INTERNACIONAL
Relembre a participação de Lula na COP27
O pronunciamento do líder brasileiro colocou um fim às acusações, oriundas de setores da esquerda, de que Lula entregaria a região da Amazônia para os países imperialistas

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Na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), realizada no Egito neste mês de novembro, o recém-eleito presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, denunciou a farsa do evento que, segundo o mesmo, tem servido somente para juntar papel, uma vez que os países imperialistas não cumprem as resoluções. O presidente Lula atribuiu ao Brasil o papel de liderar os países atrasados e afirmou que voltará a cooperar com a África, a América Latina e o Caribe. Ressaltou ainda que os problemas ambientais provocados pela atividade humana, os quais recaem de maneira desproporcional sobre os países mais vulneráveis, são de responsabilidade dos países ricos e que não abrirá mão da soberania para defender a Amazônia. Também destacou que cuidar da região se trata de garantir os direitos e as condições de vida da população que nela vive.

A Amazônia é o bioma de maior biodiversidade do mundo, um conjunto de ecossistemas (fauna e flora) que compreendem a maior floresta tropical (Amazônica) e a maior bacia hidrográfica (Rio Amazonas) do planeta numa área de 6,7 milhões de quilômetros quadrados. O presidente Lula defendeu o desenvolvimento integrado da região sob o comando da Venezuela, Bolívia, Peru e dos demais países que são detentores do território sob a liderança do Brasil. O pronunciamento do líder brasileiro colocou um fim às acusações, oriundas de setores da esquerda, de que Lula entregaria a região da Amazônia para os países imperialistas “administrarem”. Assim, o presidente brasileiro deixou claro que não está disposto a abrir mão da soberania sobre o território nacional amazônico.

O Brasil sozinho detém impressionantes 60% da região amazônica, a qual corresponde em mais de 49% de todo território brasileiro, estando compreendida em três regiões do país, desde o Centro-Oeste, passando por toda região Norte até o Nordeste. Ao todo, ela está em 9 estados: Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão e Tocantins. O representante brasileiro defendeu que é preciso acabar com as desigualdades sociais e garantir condições de vida para a população de mais de 29 milhões de pessoas que vivem nesse território. Essas regiões do país são mais afetadas pelos baixos salários, pelas condições precarizadas de trabalho, a falta de emprego, a situação de miséria e a fome. Também são as regiões mais deficitárias no que diz respeito a falta de estrutura hospitalar e saneamento básico, por isso a população sofre com os piores índices de saúde. Além disso, falta investimento para garantir educação de qualidade, formação técnica profissional e para construção de universidades. A rede de transporte nessas regiões ainda é bastante precária e a indústria muito pouco desenvolvida.

O presidente Lula defendeu que é possível levar desenvolvimento sem causar impactos drásticos à fauna e flora da região. A forma predatória de exploração desse território pelas mineradoras, madeireiras e o agronegócio promove a inviabilização de recursos indispensáveis para a população, um exemplo é a contaminação das águas. Os recursos naturais desta região podem e devem ser aproveitados de maneira racional e, ao invés de assegurar riqueza para um grupo muito restrito de criminosos, contribuir para tirar uma imensa parte do país do atraso econômico. Somente o controle da atividade de exploração pela própria população trabalhadora pode evitar impactos ambientais que afetem suas condições de vida. A maior liderança popular do país destaca que as comunidades de índios, bem como toda população da Amazônia brasileira devem ser protagonistas do desenvolvimento da região.



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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Nov 2022, 20:07

NOTÍCIAS
FRIGORÍFICOS
JBS: o lucro através de terras de desmatamento ilegal e grilagem
Escravização e lucro fácil com o total consentimento do governo

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Em uma investigação realizada pela Organização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil divulgada no mês de novembro (10) revelou que o grupo JBS/Friboi comprou, entre 2018 e 2022, quase 9 mil cabeças de gado criados em fazendas de uma quadrilha de desmatadores de Rondônia.

Conforme a reportagem, a JBS/Friboi confirmou os dados obtidos pela reportagem e admitiu não apenas as compras irregulares, mas como a participação de seus funcionários no esquema. Segundo a companhia, essas compras foram registradas em seu sistema como tendo origem em uma outra fazenda, do mesmo grupo, que estava liberada pelos critérios socioambientais.

O grupo vinha, de má-fé, se valendo da conivência de funcionários da JBS/Friboi para “burlar o sistema e enviar gado produzido em fazendas com irregularidades socioambientais”, informou o frigorífico, que diz ter demitido funcionários envolvidos e que pretende “buscar reparação na Justiça pelos danos sofridos”.

Apesar da denúncia ser dirigida ao grupo JBS/Friboi, vários outros frigoríficos se utilizam do mesmo artifício e dá como exemplo o Frigorífico Minerva, que também comprou carne de uma das fazendas desses desmatadores.

Mas há uma gama de outras empresas que seguem com a mesma política de rapinagem, inclusive envolvendo a expulsão de indígenas de seus territórios. O grupo Casino, dono do Assaí, do Extra, entre outros, também já foi denunciado sobre a venda de carne de origem irregular.

Impunidade

Como sabem que ficarão impunes diante de suas atitudes de rapinagem, os patrões do grupo JBS/Friboi se utilizam de artifícios comuns a todos, ou seja, o de divulgar um artigo de que está cumprindo rigorosamente as determinações legais, “são cumpridores da lei”, como disseram a esse respeito em artigos anteriores onde foram questionados sobre o desmatamento irregular utilizado para pastagens e a invasão de terras. Essa foi a resposta à época sobre tal assunto: “A JBS não tolera desmatamento ilegal, trabalho forçado, uso indevido de terras indígenas, unidades de conservação ou violação de embargos ambientais. A Companhia mantém, há mais de 10 anos, um sistema para monitorar seus fornecedores em todos os biomas. Esse sistema garante o pleno cumprimento da Política de Aquisição Responsável de Matéria-Prima da Companhia e da Política de Monitoramento de Fornecedores de Gado do Ministério Público Federal (Boi na Linha)”.

Agora, quando não há como esconder sobre sua forma de ação, como diz o ditado: “O uso do cachimbo faz a boca torta”, o grupo JBS/Friboi, cuja única finalidade é a obtenção do lucro a qualquer custo, mesmo escravizando os trabalhadores desmatando e invadindo territórios e, que às custas dessas condições obteve nos três trimestres deste ano, mais de R$13 bilhões, arrumou alguns de seus escravizados que, invariavelmente os chama de “colaboradores” para ser o bode expiatório que, consequentemente, vai ter que assumir pelos patrões, o culpado, provavelmente, um pau mandado da empresa, pelos serviços prestados, obviamente que foi demitido.

A Repórter Brasil afirma que a empresa tinha meios para checar essa informação, visto que os nomes das fazendas de origem estão registrados nas Guias de Trânsito Animal das transações. As GTAs são um documento obrigatório na compra e venda de gado e formam a base dos sistemas de monitoramento dos frigoríficos brasileiros.

Cumplicidade

No governo golpista do fascista Bolsonaro, a impunidade aos latifundiários foi a prática corriqueira, tanto é assim que, a latifundiária, golpista e ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deu carta branca para frigoríficos agirem quando e como bem quisessem, desde que trouxessem dólares para o Brasil. Esta foi a forma utilizada para o pagamento do financiamento do golpe e que tinha colocado o ilegítimo Bolsonaro no poder a partir de janeiro de 2019.

https://causaoperaria.org.br/2022/jbs-o ... -grilagem/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Dez 2022, 02:23

NOTÍCIAS
CRIME POLÍTICO
Crime ambiental: farsa para atacar o povo e salvar as empresas
Crime ambiental coloca o pobre inocente atrás das grades enquanto deixa o rico impune

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Na última segunda-feira (28), um homem foi preso no Distrito Federal porque estava pescando em um lago e, durante sua atividade, teriam morrido alguns camarões e duas tartarugas em uma armadilha de pesca. O crime no qual o indivíduo foi autuado, no entanto, foi por pescar em local determinado pelas autoridades que seria indevido.

A Polícia Militar divulgou que o pescador de 62 anos foi preso em flagrante e que o mais grave é que ele estava portando uma rede de pesca chamada “jiqui”, sendo esta proibida para pescadores amadores. De acordo com o artigo legal, no qual o senhor foi autuado, a pena varia de um a três anos de detenção, podendo ser liberado sob o pagamento de uma fiança – que foi o que aconteceu com o senhor em questão.

O crime abordado acima, entretanto, é uma completa farsa se analisado de maneira concreta. O motivo alegado para o senhor ser levado à prisão foi de estar atacando o meio ambiente, ou seja, prejudicando a natureza e colocando todos em risco, logo, deveria ser preso ou apenas multado, caso tivesse condições financeiras de pagar.

O que evidencia a farsa, por sua vez, é a relação dessa e das demais leis sobre crimes ambientais com as empresas. Todos se lembram de Brumadinho, quando a barragem rompeu, inundando de lama quilômetros de terra, condenando a vida de alguns rios e matando inúmeras pessoas. Todos se lembram, também, que não houve rigor legal nenhum com tais empresas, pois a lei é absoluta para os pobres e trabalhadores e inexistente para os empresários.

A ação individual de um cidadão, como o pescador de 62 anos, ou de um grupo de pessoas espontâneas um pouco maior é incapaz de prejudicar ou afetar o meio ambiente em si. Quem interfere e impacta negativamente são as empresas, que depositam toneladas de petróleo nos mares, precarizam as barragens (como foi Brumadinho), realizam pescas com diversos navios de maneira desenfreada, alterando a fauna marítima de um ambiente e tantas outras formas em larga escala. Para essas empresas, porém, a justiça se torna cega e não identifica seus erros.

O crime ambiental, portanto, é um crime político, levando ao banco de réu apenas aqueles que não se colocam à serviço do grande capital. O que evidencia o caráter político da lei também é o fato de colagem de cartazes ser considerada crime ambiental. Colar um cartaz por Lula Presidente, por exemplo, é configurado como um ataque à natureza e ao meio ambiente como um todo.

Finalmente, a exploração sustentável do meio ambiente não é resultado de leis repressivas que, fundamentalmente, servem para atacar o povo pobre. Ao invés de melhorar qualquer aspecto da situação, coisas como o crime ambiental representam uma demagogia feita pela burguesia para enquadrar o trabalhador como um criminoso e camuflar as ações das grandes empresas e empresários.


https://causaoperaria.org.br/2022/crime ... -empresas/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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