Preconceito

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Chapolin Gremista
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Preconceito

Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Nov 2022, 08:40

NOTÍCIAS
COLETIVO JOÃO CANDIDO
Um importante debate sobre a luta do povo negro
Compreender a opressão é fundamental para lutar corretamente

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OColetivo de negros João Cândido promoveu, neste domingo (27), um importante e esclarecedor debate sobre uma questão candente para a luta do negro: a orientação ideológica do movimento. A luta do negro proletário e do negro pequeno burguês foi o mote da discussão.

Os debatedores, Antônio Carlos Silva, dirigente nacional do PCO, Juliano Lopes, coordenador do coletivo João Cândido e da direção nacional do PCO, com a mediação da companheira Izadora Dias, coordenadora do Coletivo João Cândido, opuseram a concepção pequeno-burguesa à compreensão científica revolucionária da questão e as implicações políticas dela decorrente.

A luta do pequeno-burguês está intimamente ligada à fé, estimulada pela burguesia e pelo imperialismo, na possibilidade de melhoria constante do regime capitalista, em franca decadência. Trata-se, portanto da luta por determinadas conquistas, que a própria burguesia seria favorável, para a melhoria do regime capitalista rumo a superação desta contradição social que é a opressão do negro. Para as massas da população negra não passa de mera ilusão difundida pelos seus próprios opressores, isto é, de que o regime dominado pela burguesia pode superar, do ponto de vista das conquistas democraticas, a questão da opressão do negro; uma maneira de jogar areia nos olhos dos oprimidos. Por outro lado, setores da pequena-burguesia negra, conscientemente ou não, veem a oportunidade de se elevar socialmente sendo veículos dessa ideologia burguesa, isto é, usam a questão para ganhos particulares, pessoais.

A questão, no entanto, destacada no debate, é que a burguesia e seu regime não são capazes de operar a verdadeira revolução democrática, que setores como os negros ficram de fora. O papel revolucionário da burguesia e do capitalismo ficou no passado, hoje constituem o muro que separa os negros e outros setores oprimidos dos direitos democraticos. Cabe a classe operária, única classe realmente revolucionário no atual momento realizar a transformação social que emancipe realmente todos os setores oprimidos.

Ainda foi destacado, a partir desta constatação, que não se trata de esperar o socialismo num futuro incerto, como pensam alguns, mas de organizar desde já, sob a base de um programa que aponte para a superação da opressão, um programa de transição, os negros para luta por reivindicações concretas, não porque se acredita que o capitalismo é possivel de ser reformado e melhorado indefinidamente, mas porque é a meneira de organizar e preparar as masss oprimidas para a luta definitiva contra os opressores, assim como impor lhes derrotas importantes pelo caminho.

Ainda foram destacados pontos programáticos importantes, por meio dos quais devemos organizar as massas negras, como a questão do armamento, da autodefesa e do fim das polícias. Outro tema candente foi o ataque sistemático que pessoas negras de destaque sofrem por parte, inclusive da esquerda pequeno-burguesa, como o caso do jogador Neymar, perseguido implacavelmente. O ataque a Neymar é estimulado pelo burguesia internacional e tem por objetivo atacar não apenas um negros, como o futebol brasileiro e todo o povo que de alguma maneira sente-se mais orgulhoso de si e de sua cor a cada lance do craque.

https://causaoperaria.org.br/2022/um-im ... ovo-negro/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Preconceito

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Nov 2022, 21:00

NOTÍCIAS
CONTRA QUEM LUTAR?
Os inimigos são os brancos ou os bancos?
Em vez de lutar contra os bancos, os identitários preferem lutar contra os bancos, como se todo e qualquer branco fosse um privilegiado, o que só enfraquece a luta da classes

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Matéria publicada no sítio Portal Geledés, assinada por Ricardo Corrêa, sob o título ‘Consciência Negra: não perca tempo com o inconformismo racista’, faz retroagir o discurso sobre o racismo, principalmente porque, de maneira artificial, divide a sociedade entre brancos e negros.

Corrêa inicia seu texto com “Lá vêm os brancos questionando a legitimidade moral e institucional que sustenta a comemoração da Consciência Negra e Zumbi dos Palmares, ocorrida anualmente no dia 20 de novembro. Desde que a celebração foi sancionada (Lei nº12.519), lidamos com eles choramingando”. ‘Eles’ quem, os ‘brancos’? Quais brancos?

Colorismo

Antes de mais nada, é preciso dizer ao autor que a vida não é assim tão simples. A tentativa de dividir quem seja branco ou negro já atingiu mesmo aqueles que militam de alguma maneira contra o racismo. Em 2019, por exemplo, Djamila Ribeiro, uma celebridade identitária com mais de um milhão de seguidores no Instagram, entrou em uma polêmica com Andreza Delgado.

Andreza, que é contra o punitivismo, discordou da posição de Djamila sobre a condenação judicial do humorista Danilo Gentili. Ao que Djamila respondeu “Quero saber se quem defende Gentilli do manto do anti punitivismo, faz o mesmo com relação a população negra. Essa defesa me soa mais como corporativismo, legitimação do que Cida Bento denominou como pacto narcísico da branquitude”. Além de ter afirmado que apenas homens brancos ricos teriam discordado da condenação do humorista.

A resposta de Andreza veio em seguida: “Djamila Ribeiro soltou um texto desrespeitando a discussão posta por nós mulheres anti cárcere, chamou de coisa de branco. ”. Se sentindo ofendida, Djamila Ribeiro mandou uma notificação extrajudicial para Andreza apagar seu comentário. Ou seja, ameaçou jogar a justiça branca do Estado burguês contra uma outra mulher negra. E ainda comentou algo como ‘mulheres negras de pele clara têm sido as principais protagonistas de ataques a ela na rede e que por ter a pele retinta, Andreza negra de pele clara a atacou de maneira racista’.

Como vimos, se podemos simplesmente dividir a sociedade entre brancos e negros, também podemos dividir negros entre os de ‘pele clara’, os ‘retintos’ e ninguém sabe como isso termina.

Desigualdade

Ninguém vai negar que exista desigualdade, que os negros recebam menos, em média, que as pessoas brancas para exercerem a mesma função. Que os negros precisam de atenção redobrada quando entram em supermercados, que estão sempre com alguém os perseguindo pelos corredores do estabelecimento como se fossem praticar furtos; que jovens negros sejam os alvos preferenciais das polícias e que haja um verdadeiro genocídio contra a população negra. É isso que temos denunciado desde sempre e levado a palavra de ordem de fim das polícias.

O texto pretende denunciar o “privilégio branco, existente na subjetividade, que antecede o campo concreto”. Ora, nada antecede o concreto. O fato de a população negra ter sido destinada a trabalhos subalternos é que a colocou nesta situação. Se observarmos, por exemplo, uma sociedade dividida em castas, teremos os mesmos problemas, com suas peculiaridades, claro. Se, no Brasil, a classe média é contra o sistema de cotas nas universidades públicas, na Índia os brâmanes não querem o sistema de cotas, ou Reservation, para os sudras ou pessoas de qualquer casta inferior.

Portanto, é a luta de classes, concreta, que determina o preconceito, ele não existe como uma forma pura, platônica, decidindo o comportamento social.

Moralismo

O argumento de que existe uma ‘subjetividade’ por trás do racismo só pode levar a luta para o campo moral, ou, em outras palavras, para um campo onde não será possível solucionar essa questão, pois a subjetividade na maior parte das vezes é irracional.

Ricardo Corrêa diz que “se os brancos insistirem nas críticas, priorize o “privilégio branco” como pauta. Nunca será demais colocá-los contra a parede acerca dos benefícios que gozam, e explicitar os problemas que isso acarreta ao nosso povo. E não deixe eles se esquivarem utilizando o argumento relacionado à classe econômica − sob essa ótica, somente os ricos têm privilégios”.

Como convencer um operário branco, pobre, que mora na favela ─ ou um morador de rua branco, que há aos montes ─ de que ele é um privilegiado, ou que goza de benefícios? A classe trabalhadora como um todo sofre enormemente com a política neoliberal. A fila do osso não escolhe a cor da pele. Podemos concordar que até aí é maior a presença de pessoas negras, mas isso tem um fundo político, econômico e social.

O argumento sobre as origens econômicas do racismo não é uma forma de se esquivar, como o texto propõe, é justamente o contrário. Enquanto persistir a divisão de classes na sociedade, persistirá igualmente o preconceito. Teremos uma minoria que enriquece cada vez mais, de um lado e, de outro, a grande maioria empobrecida e explorada. Se o negro passar a acreditar que o outro trabalhador é um privilegiado, ou se o negro retinto achar o mesmo do negro de pele clara, a única coisa que vamos conseguir é enfraquecer a luta com toda essa divisão, o que só favorece a minoria rica.

O que será?

O que temos visto, principalmente com o crescimento do identitarismo, é que se busca colocar pessoas negras em ‘posições de poder’, isso, no entanto, não muda nada a realidade social de milhões de negros. Se o secretário de justiça dos Estados Unidos é negro, isso não muda a situação dos povos oprimidos por esse país. Mesmo se Neca Setúbal colocar na gerência pessoas negras em todas as agências banco Itaú, ainda assim ficarão milhões de negros de fora e na miséria, como tem sido desde sempre.

Certo, talvez essa banqueira possa continuar calmamente fazendo demagogia nas páginas do Portal Geledés dizendo se tratar de uma pessoa branca, privilegiada, mas querendo a seu lado um país mestiço, diverso.

Enquanto houver banqueiros, que sugam mais da metade do orçamento do Brasil, teremos fome e miséria. Esses são os verdadeiros inimigos dos negros e de toda a população, temos de combatê-los e não nos juntarmos a eles. É preciso lutar contra os bancos e não contra os brancos.



https://causaoperaria.org.br/2022/os-in ... os-bancos/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Preconceito

Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Dez 2022, 01:24

NOTÍCIAS
BECO SEM SAÍDA
O identitarismo começa a provar do próprio veneno
Política identitária, que divide a luta das minorias em partes ainda menores, começa a sofrer resistência daqueles que se sentem excluídos dentro do próprio moviemento.

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Oidentitarismo está colhendo o que plantou: a divisão. Não demorou muito e o texto de Djamila Ribeiro “Nós, mulheres, não somos apenas ‘pessoas que menstruam’”, já encontra resistência dentro dos círculos identitários, talvez por conta do olho da matéria: “Mesmo com a pretensa ideia de querer incluir homens trans, termo apaga a realidade concreta das mulheres”. Também no UOL, onde foi publicado o texto de Djamila, surgiu a resposta: “Carta aberta à Djamila Ribeiro, de uma pessoa que menstrua”.

No início, a carta deslegitima Djamila, a pessoa que escreve que não precisa se identificar, e que “importa que você [Djamila] conheça um “eu” que representa muito daquilo que você diz acreditar conhecer”. E segue “lamento muito o desconforto que você possa vir a sentir com a primeira coisa que eu tenho para te dizer, mas, lamento ainda mais o fato de ter que precisar dizer: sobre mim, você se enganou”. O que não deixa de ser interessante, pois Djamila Ribeiro, que se especializou em tratar do ‘lugar de fala’, não pode se colocar no lugar de outra pessoa e experimenta do próprio veneno.

O ‘lugar de fala’ como todos sabemos, não passa de censura prévia. Quem já debateu com um identitário já deve ter ouvido algo como “ah, você é um homem branco, cis, hétero” etc., e está encerrada a conversa. Neste caso, Djamila não tem o lugar de fala de um homem trans. Se formos seguir seus preceitos, teremos de concluir que ela está errada a priori.

A carta é de alguém que admirava Djamila e se decepcionou “É uma pena que você tenha usado o nome de tantas outras – que também dividem a mesma estante contigo aqui em casa – para embasar o delírio completamente distorcido que você criou sobre mim e tantas outras pessoas, sem entender o lugar de fala delas. Fragmentos fora de contexto são muito perigosos, e eu acreditava que você sabia disso”. “Esta carta é para te dizer que, logo você, que ainda citou seu lugar de fala, escolheu silenciar o dos outros”. E ainda: “Eu não preciso que você destile aquilo que você vai chamar de “lugar de fala”, quando te acusarem de propagar um discurso de ódio”.

Segregação
Djamila Ribeiro, que se diz uma ‘feminista negra’ não aceita a denominação de “pessoas que menstruam” porque, na verdade, quer um lugar especial para as mulheres negras dentro da luta pela emancipação das mulheres. “Historicamente, as feministas negras refutam a universalidade da categoria mulher trazendo a reflexão da necessidade de nomear as diferentes possibilidades de ser mulher”. O problema separa as mulheres de negras de ‘pele clara’ com as ‘retintas’. Conforme ela mesma explicitou em sua controvérsia com Andreza Delgado.

Citando outra autora, Kimberlé Crenshaw, Djamila diz que “Mulheres negras, por exemplo, interseccionam as opressões de sexo, classe e raça, sendo necessário nomear essa realidade para que seja possível compreendê-la e, a partir daí, pensar em saídas emancipatórias”. Ou seja, não basta a tentativa de separar a luta pelos direitos das mulheres da classe trabalhadora, é preciso dividir ainda mais: mulheres negras do restante. Depois as ‘claras’ das retintas e assim por diante.

Além de tentar conquistar um lugar especial para as mulheres negras, Djamila diz que o “o termo “pessoas que menstruam”, mesmo com a pretensa ideia de querer incluir [homens trans], apaga a realidade concreta das mulheres, pois se está criando uma nova categoria universal que não nomeia a materialidade delas”. Depois dessa exclusão, tenta fazer uma média afirmando que “[o termo] apaga a realidade de homens trans. Homens trans não são pessoas que gestam e menstruam, são sujeitos políticos”.

Resultado
A resposta à Djamila termina com “Eu sou aquele que, assim como você, menstrua. Assim como você, já esteve gestante. Assim como você, tem mamas”. “Você não pode decidir apagar a vida de pessoas trans”. “Quem pode dizer o que me inclui enquanto homem trans, sou eu. E, sim, eu sou uma pessoa que menstrua. E isso não tem relação alguma com você e o fato de você ser mulher”.

Esse é o resultado inevitável do identitarismo, uma vez que divide, segrega. A segregação, como pudemos ver no sul dos Estados Unidos, na África do Sul, apenas piorou a vida dos segregados, dos pobres, da classe trabalhadora.

O identitarismo tenta resolver a vida de uma parcela ínfima mesmo daquele extrato social que diz defender.

De que adianta vinte, duzentas pessoas conseguirem algum cargo em uma dessas empresas que fazem demagogia com a igualdade? O identitarismo não mexe nas relações sociais, não questiona o capitalismo, que é a causa primeira da desigualdade.

A única saída para as mulheres, para os negros, pessoas trans, etc., é se juntarem na luta pelo socialismo, cada um com suas particularidades, mas sempre se somando a essa luta maior. Aqueles que dividem e subdividem as minorias oprimidas estão, na verdade, favorecendo a burguesia, a classe opressora, pois agem no sentido de diluir a força em partes cada vez menores, até que essas se tornem nulas.



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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Fev 2023, 05:58

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Mensagem por Fola » 26 Set 2023, 11:41

Eu admito que tenho um certo preconceito com espíritas, pois a maioria dos espíritas que eu conheci até hoje não sabiam separar sua religião de outros aspectos da vida. Por exemplo, eu já vi um seguidor do espiritismo dizer a uma pessoa que sofria de esquizofrenia que a doença poderia ser tratada frequentando um centro espírita. Como eu, embora seja religioso, sou um ferrenho defensor da ciência e da medicina baseada em evidências, acabei pegando uma certa aversão a essa religião.

E também tenho um pouco de preconceito com conservadores e com o conservadorismo como ideologia, pois quando ouço/leiio a palavra "conservador" o que vem à minha mente é uma pessoa retrógrada, que defende ditaduras de Direita, não gosta de pessoas LGBT, é a favor de misturar política com religião e frequentemente nega a ciência.
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Mensagem por Dias » 26 Set 2023, 16:15

Fola escreveu:
26 Set 2023, 11:41
Eu admito que tenho um certo preconceito com espíritas, pois a maioria dos espíritas que eu conheci até hoje não sabiam separar sua religião de outros aspectos da vida. Por exemplo, eu já vi um seguidor do espiritismo dizer a uma pessoa que sofria de esquizofrenia que a doença poderia ser tratada frequentando um centro espírita. Como eu, embora seja religioso, sou um ferrenho defensor da ciência e da medicina baseada em evidências, acabei pegando uma certa aversão a essa religião.
E se ela fosse perguntar a um cristão ferrenho, ele diria que o tratamento seria com oração. Isso é característica do fanatismo religioso, não de uma religião em específico.
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Mensagem por Fola » 26 Set 2023, 17:22

Pode até ser. Mas me parece que no espiritismo isso é muito mais comum do que em outras religiões, inclusive do que no próprio cristianismo (como eu disse, isso é apenas uma impressão que eu tenho baseada unicamente na minha observação do cotidiano, então eu posso muito bem estar equivocado). Hoje em dia, só os cristãos mais fanáticos recomendam "tratar" depressão e esquizofrenia exclusivamente por meios religiosos, porém, eu já conversei com VÁRIOS espíritas que defendiam a tese de que distúrbios mentais são na verdade distúrbios espirituais e podem ser tratados frequentando um centro espírita. O que depõe contra o espiritismo, para mim, é o fato de que os seus adeptos (talvez não sejam todos) não o veem como uma religião, mas sim como ciência. Pois, por incrível que pareça, eu já vi vários espíritas dizerem que "a ciência já comprovou coisas como mediunidade e reencarnação" (o que, obviamente, é mentira). O fato de o espiritismo insistir em querer ser visto como ciência, e não como religião, é o que me fez pegar um certo "ranço" dessa crença. Admito que isso possa ser um preconceito meu, mas, como disse, a grande maioria dos espíritas com que tive contato até hoje corroboraram essa minha impressão.
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Mensagem por Dias » 26 Set 2023, 18:10

Fola escreveu:
26 Set 2023, 17:22
Pode até ser. Mas me parece que no espiritismo isso é muito mais comum do que em outras religiões, inclusive do que no próprio cristianismo (como eu disse, isso é apenas uma impressão que eu tenho baseada unicamente na minha observação do cotidiano, então eu posso muito bem estar equivocado). Hoje em dia, só os cristãos mais fanáticos recomendam "tratar" depressão e esquizofrenia exclusivamente por meios religiosos, porém, eu já conversei com VÁRIOS espíritas que defendiam a tese de que distúrbios mentais são na verdade distúrbios espirituais e podem ser tratados frequentando um centro espírita. O que depõe contra o espiritismo, para mim, é o fato de que os seus adeptos (talvez não sejam todos) não o veem como uma religião, mas sim como ciência. Pois, por incrível que pareça, eu já vi vários espíritas dizerem que "a ciência já comprovou coisas como mediunidade e reencarnação" (o que, obviamente, é mentira). O fato de o espiritismo insistir em querer ser visto como ciência, e não como religião, é o que me fez pegar um certo "ranço" dessa crença. Admito que isso possa ser um preconceito meu, mas, como disse, a grande maioria dos espíritas com que tive contato até hoje corroboraram essa minha impressão.
Eu não conheço nenhum espírita pra dar a minha visão. Sobre a parte do cristão, falei com base no meu avô que se recusava a tratar uma infecção de berne no rosto pois "Jesus iria curá-lo".

Sobre espiritismo ser baseado na ciência, isso foi bastante propagado na novela "A Viagem", da Tupi em 1975 e posteriormente, na Globo em 1994, como remake. O remake fez saltar o número de vendas do "O Livro dos Espíritos". Isso certamente influenciou muita gente.
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