Notícias e debates sobre os demais estados do Brasil

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@EA
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por @EA » 05 Abr 2012, 01:29

R$ 15,00!!!??? :chocado: :chocado: :chocado:

Aqui em São Paulo pagamos R$3,00 preço que já é abusivo. Com esses 15 reais dá pra atravessar a cidade inteira duas ou três vezes com o Bilhete Integrado e ainda sobra troco.
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Ouça Don Cristóvão quero avisar que a tripulação está com fome!
E por que não comem?
Porque não há comida!
E por que não há comida?
Porque acabou!
E por que acabou?
Porque comeram!
E por que comeram?
Porque tinham fome!
Tá vendo, deveriam ter esperado!



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Dá licença, gente! Tô passando pelo tópico!!!
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Barbano » 05 Abr 2012, 09:12

Claro que não será 15 reais...

E o preço de 3 reais de SP não é abusivo. Para ter essa tarifa, as empresas de ônibus são subsidiadas pelo poder público, e os investimentos na CPTM e no Metrô são bancados pelo governo do estado.

Se fosse para o passageiro bancar todos os custos do sistema de transporte paulistano, a tarifa seria bem mais cara. O problema é que há uma curva de viabilidade, ou dilema de Tostines, se preferirem. Quanto mais cara a tarifa, menos passageiros o sistema será. Quanto menos passageiros, mais cara se torna a tarifa. Se o governo não subsidia parte da tarifa, o transporte público se torna inviável.

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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Daniel Brito » 05 Abr 2012, 10:19

De início o comentado era R$ 15,00, mas eu também duvido que chegue a isso tudo.
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Eduardo Godinez » 08 Abr 2012, 11:59

esse metrô de salvador é uma piada mesmo

6,5 km de extensão pra serem feitos em 12 anos?

aliás, não só o de Salvador que nem tá pronto ainda, como o de Recife também.. chamar de metrô um troço que anda na superfície? É só eu que acho um paradoxo?
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Antonio Felipe » 08 Abr 2012, 14:23

"Metrô" não significa necessariamente trem de circulação subterrânea, só é comumente associado a isso.
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Daniel Brito » 08 Abr 2012, 14:26

Pior é aqui que vai ser quase uma montanha russa.

Os testes começaram em Dezembro do ano passado. Colocaram sacos de areia pra simular o peso do transporte de pessoas... :muttley:
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por CarneSeca » 08 Abr 2012, 14:28

Aqui em São Bernardo do Campo - SP o preço do ônibus está sendo um absurdo 2,90 e não estão dando 10 centavos de troco :chocado:
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Daniel Brito » 08 Abr 2012, 17:21

R$ 2,90?? :chocado: Será que pelo menos o transporte é de qualidade?

Aqui é R$ 2,50 e tá muito longe de ser um sistema eficiente. Apenas um ônibus articulado rodando, fato absurdo pra uma Capital com quase 3 milhões de habitantes. Integração quase inexistente, empresas que não deveriam estar mais rodando por aqui a muito tempo, só 2 terminais de integração que são insuficientes pra atender a demanda, e por aí vai...
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Billy Drescher » 08 Abr 2012, 18:57

Antonio Felipe escreveu:"Metrô" não significa necessariamente trem de circulação subterrânea, só é comumente associado a isso.
Exatamente, o de Porto Alegre é chamado de metrô e anda na superfície.
E por falar nisso, ele já chegou a Novo Hamburgo?
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Re: Notícias e Debates sobre o Rio de Janeiro

Mensagem por E.R » 27 Abr 2012, 03:57

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Re: Notícias e Debates sobre o Rio de Janeiro

Mensagem por E.R » 06 Mai 2012, 12:46

http://oglobo.globo.com/rio/cariocas-te ... ro-4820389

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As obras de construção da Linha 4 do metrô na Zona Sul prometem mudar drasticamente a rotina de Ipanema, Leblon, Lagoa e Copacabana nos próximos quatro anos.

Para dar lugar a oito dos nove canteiros de obras do projeto, os moradores terão que conviver com alterações no trânsito, redução do número de vagas de estacionamento e fechamento de áreas de lazer. Até mesmo o Parque do Cantagalo, na Lagoa, será afetado : um dos canteiros deverá ser instalado num estacionamento, que servirá de pátio de caminhões e maquinário.

Ruas residenciais e avenidas receberão uma média de 270 caminhões por dia, só no primeiro ano de obras. Os veículos farão o transporte de material entre os canteiros e a remoção do entulho das escavações.

As obras estão previstas para começar em junho de 2012.

Até lá, o estado espera concluir o licenciamento ambiental do empreendimento. As intervenções também estão sendo discutidas com a prefeitura, que terá de planejar as mudanças no trânsito e autorizar a retirada de árvores.

A conclusão das obras da Linha 4 do metrô (Barra da Tijuca-Ipanema) é estimada para dezembro de 2015, mas a fase de testes se estenderá de janeiro a maio de 2016.

A presidente da Associação de Moradores da Fonte da Saudade, Ana Simas, se assustou ao saber do canteiro de obras na Lagoa :

— O parque é um espaço importante não apenas para os moradores da Lagoa, mas para os cariocas. É uma área turística. Sem falar que foi reformado.

A quantidade de caminhões em circulação na Zona Sul deverá crescer ainda mais no ano que vem, quando as obras estiverem a pleno vapor, passando a 449 veículos por dia. A escalada continua em 2014, com 607 caminhões diários. As rotas propostas para esses veículos mexem em grandes eixos de trânsito. Caso seja autorizado, o transporte de rochas e lama deverá ser feito pela Autoestrada Lagoa-Barra e pela Avenida das Américas.

Também foi proposto o uso do Túnel Rebouças para o transporte das peças de concreto do revestimento dos túneis do metrô, que serão construídas no único canteiro fora da Zona Sul (num terreno na Praça da Bandeira). Hoje, a circulação de caminhões no Rebouças é proibida, à exceção dos veículos da Comlurb. A alternativa ao Rebouças, segundo o EIA-Rima, seria o Túnel Santa Bárbara, passando por Botafogo e Humaitá.

Entre as alterações de tráfego previstas, a Avenida Borges de Medeiros deverá ser transformada em via de mão dupla perto do Shopping Leblon.

a Avenida Ataulfo de Paiva será interditada total ou parcialmente em dois pontos. O trânsito deverá ser desviado pela Rua Humberto de Campos.

Na outra ponta do Leblon, a Rua Igarapava terá um trecho fechado por dois anos para servir de canteiro de obras. Uma parte dele ficará sobre o canal da Avenida Visconde de Albuquerque, onde deverá ser construída uma laje.

As mudanças preocupam a presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig, que teme impactos para os moradores e o comércio do bairro :

— Estou apavorada. Vamos perder as vagas nas ruas Humberto de Campos e Aperana, onde não será possível estacionar. Há 3.500 unidades habitacionais no Alto Leblon, sendo que 80% dos moradores usam a Igarapava. Além disso, quem vai querer fazer compras num bairro cercado por tapumes e sem lugar para estacionar ?

Evelyn afirma ainda que é preciso definir uma logística para que os caminhões provoquem o mínimo de transtornos :

O bom senso diz que a circulação de caminhões deverá ser à noite, por causa do trânsito. A questão é se isso não vai infernizar a vida dos moradores.

Em Ipanema, onde o fechamento da Praça Nossa Senhora da Paz deverá ser alvo de manifestação no dia 12, outros dois canteiros serão montados nas esquinas da Rua Barão da Torre com a Farme de Amoedo e da Visconde de Pirajá com a Aníbal de Mendonça. As calçadas e parte das ruas serão fechadas. A Nossa Senhora da Paz terá o maior número de árvores retiradas — 113 do total de 309 existentes hoje no local. Mas a promessa do estado é que cem delas voltem a seus locais de origem após as obras.

As obras do metrô terão três centrais de produção de concreto, duas funcionando na Zona Sul, nos canteiros do Jardim de Alah e de parte do terreno do 23 BPM (Leblon). Segundo o estado, nesses locais o maquinário funcionará das 7h às 22h.

Na Praça da Bandeira, a produção dos caminhões deverá ser 24 horas por dia.

As obras deverão começar simultaneamente pela Antero de Quental, pelo Jardim de Alah e pela General Osório, onde será dada a partida da perfuração das galerias.

Pelas dimensões da máquina de perfuração, conhecida como tatuzão, será necessário fechar por oito meses as estações do metrô de General Osório e Cantagalo, a partir do primeiro trimestre de 2013.

O presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães, diz que o EIA-Rima não explica como será feita a integração do Metrô de Superfície entre Copacabana e Barra, com o fechamento das duas estações :

— A prefeitura construiu uma ciclofaixa na Rua Figueiredo Magalhães, ao lado da estação Siqueira Campos, que passará a ser fim de linha temporário do metrô. Do outro lado, na Rua Siqueira Campos, foi instalado um ponto final de ônibus. Onde o Metrô de Superfície vai pegar e deixar passageiros ?

Já na Gávea, as obras de construção da estação deverão ser iniciadas até três meses após a instalação dos demais canteiros. A estação de metrô é alvo de um impasse entre a Secretaria estadual da Casa Civil e a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), que aprovou o EIA-Rima e a licença prévia da obra na semana retrasada, com restrições. A presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, explica que a principal condicionante para a conclusão do licenciamento é chegar a um acordo sobre a estação. A comissão aprovou a obra em dois níveis para que ela possa ser continuada futuramente, mas o estado quer construí-la com um andar. Outra ressalva determina a colocação de bicicletários em todas as futuras estações. E a terceira diz que as árvores da Praça Nossa Senhora da Paz terão que ser preservadas ao máximo, mas não fala em números. Enquanto isso, as escavações do túnel que ligará São Conrado à Gávea estão adiantadas. Segundo o consórcio Rio-Barra, as escavações, nos sentidos Gávea e Barra, alcançaram 291 metros.

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Re: Notícias e Debates sobre o Rio de Janeiro

Mensagem por E.R » 06 Mai 2012, 15:08

http://vejario.abril.com.br/edicao-da-s ... 3703.shtml

Na Idade Média, a palavra latina feriatus era sinônimo de farra. O termo, que a princípio significava apenas dia livre, com o tempo passou a abarcar também as ocasiões em que eram montados os mercados nos vilarejos europeus, garantia de agitação e festejos. Em ambos os casos, a efeméride estava ligada a algum evento religioso. Isso talvez explique a sensação atávica de felicidade que toma conta das pessoas ao ouvir a palavra feriado, transcrição quase literal na forma e no significado da antepassada medieval. E aqui no Rio temos nos esmerado em preservar essa tradição. Tome-se o exemplo do mês de abril.

Descontadas a celebração da Páscoa, a homenagem a Tiradentes, a idolatria a São Jorge e a pausa para descanso no Dia do Trabalho, foram apenas 17 dias úteis.

Mas quem não aproveitou as miniférias para recarregar as baterias terá outra chance em breve. Vem aí o Corpus Christi, festa católica que paralisa o país de 7 a 10 de junho. Logo depois, entre 20 e 24 de maio, teremos tempo de sobra para refletir sobre o futuro do planeta, no recesso decretado pela prefeitura para não atrapalhar os andamentos da Rio+20.

A cada ano, cariocas e fluminenses desfrutam 14 datas oficiais de feriados, número que nos põe no topo do ranking nacional das folgas, ao lado do Acre. Em 2012, contabilizados os fins de semana prolongados e os acréscimos locais, serão nada menos que 41 dias parados - situação inédita em qualquer lugar do planeta.

Evidentemente, todo mundo gosta de passar o Natal em família, brincar o Carnaval ou viajar na Semana Santa (inclusive os jornalistas de VEJA RIO).

A questão é o excesso. Da mesma forma que a ingestão exagerada de pizzas, brigadeiros e outras guloseimas faz mal ao organismo, uma quantidade exorbitante de feriados pode ser prejudicial. Não à saúde, claro, mas à economia e ao nosso próprio bolso. Pelas contas da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), suas afiliadas perdem anual­men­te 5 bilhões de reais com a paralisação nessas datas. Seria dinheiro suficiente, por exemplo, para construir um ramal do metrô do porte da Linha 4, que ligará a Barra a Ipanema. O impacto nos estabelecimentos ligados aos setores de varejo e serviços é ainda mais devastador. A cada ponte ou fim de semana prolongado, some das caixas registradoras cerca de 1 bilhão de reais, o que vai significar em 2012 um rombo de 14 bilhões. Isso tem reflexo direto nos salários e na geração de empregos. "A matemática é simples. Dias parados ou pagando adicional de feriado, no comércio, na indústria ou em serviços, significam menos lucro. E margem pequena é causa de salário menor ou menos gente na equipe. Às vezes, os dois", resume o economista José Pastore, da Universidade de São Paulo, especialista em relações do trabalho.

Os defensores dos feriados costumam argumentar que, quanto mais pessoas de folga, maior o público consumidor, gente que aproveita o tempo livre para gastar. Estudos mostram que esse raciocínio é equivocado. Menos de 15% dos negócios aumentam suas vendas nessas ocasiões. A grande maioria perde - e muito. Dona do instituto de depilação Pello Menos, a empresária Regina Jordão estima que deixe de ganhar 200 000 reais a cada recesso. "Fico maluca quando vejo aquele acúmulo de dias vermelhos no calendário", diz ela, que recebe, diariamente, uma média de 100 clientes em cada um dos 45 estabelecimentos da rede.

A preocupação é compartilhada por Marcelo Torres, dono de restaurantes, quatro deles no Centro - Giuseppe, Giuseppe Grill, Clube Gourmet e Laguiole. Quando os escritórios da região não funcionam, todos ficam fechados. "No ramo da alimentação é um pesadelo, perco 5% do meu faturamento mensal com essa brincadeira", calcula. De acordo com Torres, os enforcamentos o prejudicam da mesma forma, deixando seus estabelecimentos com movimento 60% abaixo do normal. E não são só os patrões que saem lesados.

Representante do centro de comércio popular da Saara, cujas lojas empregam 5 000 pessoas, Gabriel Habib afirma que o prejuízo afeta diretamente os funcionários dos estabelecimentos. "A maior parte dos ganhos dos vendedores vem da comissão. Se ficam em casa, mesmo com o dia pago, eles perdem dinheiro também", diz.

Os estragos causados pelo excesso de feriados não ocorrem apenas na esfera econômica. Notoriamente lenta para dar cabo dos processos, a Justiça é a primeira a bater o martelo quando o Executivo decreta ponto facultativo para servidores públicos - aquela situação em que cada autarquia ganha o direito de decidir se trabalha ou não em determinado dia. Como os tribunais têm autonomia administrativa, basta o juiz responsável pela vara criar uma portaria para que pontes de quatro ou cinco dias sejam formadas. Quem precisou de celeridade em alguma ação judicial em abril experimentou situações surreais. "Na véspera de um fim de semana prolongado, o atendimento já é ruim. Você chega ao Fórum às 4 da tarde e quase todo mundo já foi embora. Demorei duas semanas para conseguir um habeas corpus que deveria sair em 24 horas, graças ao clima de oba-oba provocado pelos feriadões de São Jorge e do Trabalho", conta o advogado criminalista Fernando Fragoso.

Generoso com os adeptos do pouco esforço, nosso calendário foi ganhando folhinhas em vermelho graças a dois vetores. O primeiro não é exatamente uma exclusividade local, mas de natureza religiosa, com raízes no período colonial e na herança europeia, cheia de datas dedicadas a santos e mártires. Com a promulgação da primeira Constituição republicana, em 1891, tais ocasiões foram expurgadas e substituídas pela celebração de figuras heroicas (Tiradentes) e de episódios históricos (Independência e Proclamação da República). Diante da pressão da cúpula da Igreja Católica, o calendário laico durou pouco e, já na década de 20 do século passado, começou a receber de volta as festas vetadas após a mudança de regime. Como resultado, dos onze feriados nacionais que temos hoje, sete são de origem católica. No Rio, existe até uma inversão curiosa. O aniversário da cidade, em 1º de março, é lembrado, mas dentro do escritório. O dia em que todos ficam em casa, 20 de janeiro, é o do padroei­ro, São Sebastião. "Em qualquer época da humanidade, a criação de comemorações públicas sempre foi considerada um sistema eficiente de conquistar a simpatia da população. E a Cúria soube aprofundar essa prática de forma muito competente", afirma o historiador Milton Teixeira.

O segundo pilar da nossa vasta coleção de folgas é a lógica populista que grassa na política fluminense, expediente que começa no desembarque da família real portuguesa. Assim que pôs os pés na cidade, dom João VI decretou inacreditáveis 100 dias de recesso. Na lista de comemorações foram incluídos os aniversários do rei, da rainha Carlota Joaquina e dos filhos do casal, Pedro e Miguel. Quase 200 anos depois, mostrando que o hábito ainda perdura, continuamos a inventar mais e mais razões para o ócio — e para o aplauso fácil da massa. Em 2002, a então governadora Benedita da Silva sancionou o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares. Trata-se de uma justa homenagem, mas por que torná-la um feriado ? Não poderia ser sempre no último domingo de novembro ? No mesmo ano, tivemos outra canetada que se incorporou de vez à rotina. Famoso por liderar milícias na Zona Oeste, o ex-deputado estadual Jorge Babu deu de presente aos fluminenses a celebração de São Jorge, no dia 23 de abril. Nada contra o santo guerreiro, mas Santa Marcelina, São Lucas, São Januário, Santo Expedito, São Judas Tadeu e uma infinidade de outras figuras cultuadas do catolicismo também são lembrados em determinadas datas, sem que ninguém deixe de trabalhar ou ir à aula por causa disso.

O desmesurado apreço ao tempo livre não é uma característica única dos que têm na certidão de nascimento o Rio de Janeiro como naturalidade. Na França, por exemplo, há a mesma paixão por criar fins de semana com cinco dias. Muitos países desenvolvidos e notórios por sua aplicação ao trabalho, como Japão e Coreia do Sul, também dispõem de folgas anuais em quantidade razoável (são quinze, uma a mais que a gente). Mas eles não praticam a cultura de estendê-las nem emendá-las. Em termos de produtividade, isso faz toda a diferença. No século XIX, preocupados com a confusão de santos nos países que formavam o Reino Unido, os ingleses criaram um modelo que concentrava as celebrações na primeira segunda-feira do mês. O feriado artificial, oficializado em 1841 e batizado de Bank Holiday, tornou-se tão eficiente para evitar exageros que, mesmo depois de se tornar independente, em 1922, a Irlanda continua a respeitá-lo. Uma das poucas exceções é a festa de seu padroeiro, Saint Patrick, celebrada em 17 de março. No Brasil, tentou-se um sistema semelhante em 1986, no governo de José Sarney, mas a medida foi banida quatro anos depois por seu sucessor, Fernando Collor. Desde então, ganhamos novas datas para comemorar - muitas vezes sem sequer saber o motivo de nossas tão prezadas folgas e quanto isso prejudica nosso bolso.
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Daniel Brito » 07 Mai 2012, 23:19

http://www.correio24horas.com.br/notici ... ta-basica/

Seca prejudica safras de feijão na Bahia e eleva preço da cesta básica

Colocar na mesa o conjunto de 13 produtos considerados básicos para a alimentação do brasileiro ficou mais caro no mês de abril em Salvador, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os alimentos que mais influenciaram o aumento da cesta básica foram o óleo de soja, o feijão, o leite, o pão, o tomate e a batata. Outras 14 capitais das 17 pesquisadas pelo Dieese apresentaram alta.

No grupo de alimentos que mais influenciaram o aumento do valor médio, o óleo de soja subiu em 14 cidades; o feijão apresentou alta em 12 localidades; e o leite, o pão e o tomate tiveram elevação em dez capitais.

No caso do feijão, as altas expressivas foram influenciadas pela seca que prejudicou as safras, especialmente na Bahia. Os maiores aumentos foram encontrados em Fortaleza (19,52%), São Paulo (13,56%), Belém (12,96%), Recife (12,67%) e Goiânia (10,30%).

No mês passado, as maiores elevações no custo médio da cesta foram encontradas nas cidades de Manaus (3,80%), Fortaleza (3,54%), Natal (2,93%) e Salvador (2,84%). Apenas as capitais Rio de Janeiro e Belo Horizonte apresentaram retração, com reduções de -1,83% e -0,82% respectivamente.

A batata também subiu de preço em oito das nove capitais em que o custo do produto é acompanhado, com destaque para Goiânia, onde os preços subiram 20,87% em abril, e Belo Horizonte, onde o aumento foi de 19,01%.

228 munícipios em emergência

O número de municípios em estado de emergência na Bahia chega a 228. Esta é considerada a pior estiagem dos últimos 47 anos na região. A principal causa da falta de chuva é o esfriamento do Oceano Atlântico. Geralmente, a temperatura é de 27°C, mas o oceano está com 26°C.

Com o esfriamento, as frentes frias que saem do Sul e passam pelo Rio de Janeiro vão para o oceano e não retornam para o Nordeste. Isso acontece porque a água do oceano não evapora e, com isso, não desloca a frente fria para o Nordeste.

Maior alta

A cidade de São Paulo continua sendo o local onde se gasta mais para uma alimentação completa. A cesta básica do paulistano custa em média R$ 277,27. A cesta mais barata foi encontrada em Aracaju (R$192,52).

Considerando o acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o custo médio da cesta básica caiu em seis localidades. As maiores baixas foram apuradas em Vitória (-4,81%), Goiânia (-4,60%) e Rio de Janeiro (-4,13%). Os aumentos mais expressivos foram registrados em João Pessoa (6,24%), Natal (6,15%) e Aracaju (5,65%).

Na análise anual, em que é considerado o período entre maio de 2011 e abril último, Salvador teve elevação de 7,15%.

Salário de R$ 2.329,35
Pelos cálculos do Dieese, para atender às necessidades básicas de uma família, o salário mínimo, em abril, deveria ter sido R$ 2.329,35, o que corresponde a 3,74 vezes o mínimo em vigor (R$ 622). Em março, o valor estimado era um pouco menor, R$ 2.295,58 , ou seja, 3,69 vezes o mínimo atual.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica constatou que, em abril, o movimento de alta foi inverso ao apurado em março, quando a cesta ficou mais barata em 11 cidades, principalmente, por influência da queda dos preços da carne bovina naquele mês. Com informações da Agência Brasil.
E como diria a propaganda do governo do estado: Agora tem tem tem...
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Re: Notícias e Debates sobre o Rio de Janeiro

Mensagem por E.R » 15 Mai 2012, 01:45

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Daniel Brito
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Re: Notícias e debates sobre os demais estados

Mensagem por Daniel Brito » 23 Mai 2012, 12:26

http://www.jornaldamidia.com.br/2012/05 ... 70BKFLPy9s

Salvador amanhece sem transporte; População ainda enfrenta as chuvas.

A população de Salvador amanheceu sem transporte. E para complicar mais a situação, quem se arriscou sair de casa para pegar um ônibus, enfrenta as chuvas, que caem com intensidade nesta manhã.

Mais de 1 milhão e 500 mil pessoas dependem diariamente do transporte urbano na capital baiana.

O Sindicato dos Rodoviários informou que 18 mil rodoviários estão em greve em todo o Estado.

Na Estação da Lapa, principal terminal de passageiros da cidade, nenhum ônibus. Por determinação da Justiça, mesmo com a greve, 60% da frota de ônibus deveriam estar nas ruas nos horários de pico (período de maior movimento na capital – das 5h às 8h e das 17h às 20h) e 40% no período de menor movimento. A determinação não está sendo cumprida e a Justiça estimulou uma multa diária de R$ 50 mil por dia.

A greve dos ônibus foi decretada ontem à tarde pelo Sindicato dos Rodoviários depois de não ter conseguido fechar um acordo salarial com os empresários do setor. A paralisação começou à meia noite.

Francisco Costa, diretor de Imprensa do Sindicato dos Rodoviários, informou em entrevista à imprensa que a decisão é oficial e que não há mais tempo para uma nova rodada de negociações. “Só na próxima segunda-feira, 28, pode haver nova negocciação. Até lá, rodoviários municipais e intermunicipais estão greve”, sustentou Costa.

Segundo o diretor, a reunião realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acabou por volta das 17h e não resolveu o impasse entre a categoria e os empresários. Por determinação da Justiça, mesmo com a greve, 60% da frota de ônibus deve estar nas ruas nos horários de pico e 40% no período de menor movimento. Caso não cumpram a decisão da justiça, uma multa diária no valor de R$ 50 mil será aplicada ao Sindicato.

Os rodoviários querem reajuste salarial de 14% e mais 3% de ganho real, além de 30 tíquetes alimentação, com valor de R$ 12, com desconto de 20% do valor no salário.
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