Poliana :) escreveu:Já começa por aí, essa infame afirmação de que nós somos superiores aos outros animais, o que não é verdade.
Poderia citar aqui n artigos sobre o assunto que enfatiza a arrogância do ser humano em achar que é superior, sendo que estão olhando de um modo unilateral ante espécie dominante.
Sobre o ponto de vista histórico, eu tenho que descordar. A expectativa de vida na época era de 25-40 anos, somente com coisas cruas, incluindo a carne, e levando em conta que as doenças e enfermidades no alimento não eram tão bem desenvolvidas como é atualmente; A implantação da cultura de cereais aumentou a vida vertiginosamente. Detalhe que os homens da época viviam junto com animais de grande porte, pra você ver.
Haha, sei de tudo isso, Poliana! Apenas levei essa visão por um prisma geral para explicar a matança desmedida e geralmente cruel.
Pessoalmente não desprezo nenhum tipo de inteligência animal, isso torna-se mais impactante quando se convive com vários deles diariamente, como eu. Mais ainda, os sentimentos que todos tem - esse sim um ponto de proximidade com o ser humano, creio, incontestável -, algo muito mais profundo a ser debatido em uma discussão moral dessas.
O ponto de vista histórico é básico: mesmo com o plantio ajudando a humanidade a se civilizar, desenvolver novas técnicas e alcançar inúmeros benefícios, a vitória sobre o consumo de carne nunca aconteceu. Ao contrário, ele segue firme e forte, mesmo após tanto progresso e a extinção de inúmeros outros costumes considerados bárbaros pelo decorrer dos séculos.
Poliana :) escreveu:Questão dramaticamente cultural. Tanto esses animais domésticos quanto vários outros são comidos em países asiáticos. Coelho é tendência na Argentina.
Diga "onívoros", por gentileza.
Realmente são casos e casos, mas o cerne da questão é que a função da carne pode ser cumprida por um cereal ou planta, é inegável. A possibilidade de aceitação e de democracia que cria cada caso.
Sim, a questão cultural é um ponto interessantíssimo a ser aprofundado. Não só para SE comer ou não carne, mas O QUE comer dentre as carnes e COMO. São diversos viés da mesma problemática (o aspecto religioso também é importante) a serem discutidos, sobretudo para largar de mão o campo ético, que sejamos francos, está andando em círculos e não vai sair disso.
E volto a citar o aspecto pessoal, único a cada indivíduo, complexíssimo. Não há como determinar nada a partir daí, mas é curioso tentar entendê-lo, ao menos os nossos.
Sim, eu digo onívoros.
Apenas citei
carnistas para remeter ao pfelipens, já que esse é um "termo" dele.
A função da carne pode ser cumprida, mas a carne em si não. A diversidade de gostos, texturas, etc. até agora não foi igualada. Nunca vi um substituto a altura para carneiro, peru, camarão... E é improvável que um dia haja. Mas o que você disse é certíssimo: a possibilidade de aceitação e democracia cria cada caso.
Poliana :) escreveu:É difícil não ter um abate digno em tempos de que tempo é dinheiro. Fazem umas verdadeiras carnificinas, só vendo pessoalmente pra se sensibiizar.
Exato, essa é a maior preocupação. Não generalizo os onívoros para compadecedores ou indiferentes (como alguns costumam fazer), mas sei de mim, e sei que há opções possíveis, embora não sejam a maioria, de abate digno. Partirei para elas quando tiver minha independência, e creio que todos deviam fazer o mesmo, mas é penoso reconhecer que isso é utopia.