A maior contradição reside na diferença entre o deus do Antigo Testamento e o do novo.
Mas a maior que eu acho que o deus que dizem tão perfeito, parece mais um menininho birrento que se zanga quando não fazem o que quer. Aí dispensa sua fúria sobre sua criação imperfeita, desconta em nós o erro de nos ter criado como somos. Esse deus é realmente cruel. Esse do Antigo é realmente mais malvado e assustador que o Diabo. na minha opinião. É mestre em espalhar o terror. Matou milhões.
O do Novo é uma versão paz e amor cósmica que tudo vê e tudo sabe. Não costuma aparecer muito, mas tem um belo time para falar por ele. Esse matou poucos; e perdoou bastante. Ficou tão de boa que até teve um filho, mas foi traíra o bastante para deixá-lo em nossas mãos sabendo do que ia acontecer.
Essa é uma piada convencional, batida até, mas é minha, dos ateus em geral ou é dos crentes?
Mais um pouco deste humor que me faz chorar
Sobre as milhares de contradições é melhor nem falarmos, iria nos tomar a vida toda para enumerar todas. Mas se o Moto insistir, eu faço uma busca rapidinho no Google e ponho aqui. =]
Ah, tudo bem, aqui vai:
Os estudiosos calcularam que a Bíblia contém mais de duas mil contradições explícitas ou implícitas. Esta lista é somente uma pequena seleção. Obs: As contradições serão mais bem entendidas se houver o devido acompanhamento das passagens bíblicas citadas.
http://www.midiaindependente.org/pt/blu ... 8653.shtml
Me parece muito apropriado citar Thomas Hobbes, em obra de 1651:
"Mas crer em, como no Credo, não significa confiar na pessoa, e sim uma confissão e aceitação da doutrina. Porque não apenas os cristãos, mas toda espécie de homens acreditam de tal modo em Deus que aceitam como verdade tudo o que o ouvem dizer, quer o compreendam quer não. O que é o máximo de fé e confiança que é possível encontrar em qualquer pessoa; mas nem todos aceitam a doutrina do Credo.
De onde pode concluir-se que, quando acreditamos que qualquer espécie de afirmação é verdadeira, com base em argumentos que não são. tirados da própria coisa nem dos princípios da razão natural, mas são tirados da autoridade, e da opinião favorável que temos acerca de quem fez essa afirmação, neste caso o objeto de nossa fé é o orador, ou a pessoa em quem acreditamos ou em quem confiamos, e cuja palavra aceitamos; e a honra feita ao acreditar é feita apenas a essa pessoa. Consequentemente, quando acreditamos que as Escrituras são a palavra de Deus, sem ter recebido qualquer revelação imediata do próprio Deus, o objeto de nossa crença, fé e confiança é a Igreja, cuja palavra aceitamos e à qual aquiescemos. E aqueles que acreditam naquilo que um profeta lhes diz em nome de Deus aceitam a palavra do profeta, honram-no e nele confiam e crêem, aceitando a verdade do que ele diz, quer se trate de um verdadeiro ou de um falso profeta. O mesmo se passa também com a outra História. Pois se eu não acreditasse tudo o que foi escrito pelos historiadores sobre os feitos gloriosos de Alexandre ou de César, não creio que o fantasma de Alexandre, ou de César, tivesse qualquer motivo justo para ofender-se, nem ninguém a não ser o historiador. Se Tito Lívio afirma que uma vez os deuses fizeram uma vaca falar, e não o acreditamos, não estamos com isso retirando nossa confiança a Deus, mas a Tito Lívio. De modo que é evidente que, seja o que for que acreditarmos tendo como única razão para tal a que deriva apenas da autoridade dos homens e de seus escritos, quer eles tenham ou não sido enviados por Deus, nossa fé será apenas fé nos homens"
[Hobbes, Leviatã, Coleção Os Pensadores, Abril Cultural, p.41-42]