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Re: Livros

Mensagem por Aolynthon » 06 Out 2011, 12:22

G1

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O poeta sueco Tomas Tranströmer foi anunciado na manhã desta quinta (06) como o escolhido para receber o prêmio Nobel de Literatura 2011. O anúncio da premiação do escritor de 80 anos, que é natural de Estocolmo, provocou comoção na pequena plateia que acompanhava a cerimônia na mesma cidade.

Um dos poetas mais importantes da Suécia, Tanströmer nasceu em 1931 e lançou sua primeira obra, "17 dikter" ("17 poemas"), em 1954. Ele estudou psicologia e poesia na Universidade de Estocolmo.

Sua obra foi traduzida para mais de 50 idiomas, e inclui títulos como "The great enigma: new collected poems", "The half-finished heaven", "For the living and the dead", "Baltics", "Windows and stones".

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 13 Out 2011, 17:42

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15457264,00.html

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"Em 2014, o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol. Mas, para nós da literatura, a Copa do Mundo será em 2013, em Frankfurt." Assim o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, abriu o anúncio do novo Programa de Incentivo à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior durante o primeiro dia da Feira do Livro de Frankfurt, nesta quarta-feira (12/10).

Tendo em vista a participação do Brasil como país homenageado da maior feira do livro do mundo em 2013, o governo brasileiro investirá R$ 12 milhões em bolsas de tradução concedidas a editoras estrangeiras. O programa faz parte de um conjunto de ações com o objetivo de internacionalizar a literatura do Brasil, um dos dez maiores produtores de livros do mundo.

Programas semelhantes já existiam no Brasil, mas não com tal dimensão: o valor investido anualmente pela Fundação Biblioteca Nacional – um órgão do Ministério da Cultura – até 2020 é dez vezes maior que o concedido a incentivos de traduções nos últimos dez anos. Além disso, o programa promete ser ininterrupto, permitindo inscrições a qualquer momento durante a próxima década.

Entre 2011 e 2013 – quando, depois da Índia, o Brasil será o segundo país a ser homenageado duas vezes na Buchmesse (a primeira foi em 1994) – serão investidos R$ 3,2 milhões, com bolsas entre 2 mil e 8 mil dólares por obra, dependendo da dimensão.

Além das bolsas de tradução para todos os gêneros literários, o programa concederá apoio financeiro à reedição de títulos já traduzidos – entre 500 e 4 mil dólares. O orçamento do programa aumentará progressivamente – passando de um total de R$ 1,1 milhão em 2011 para R$ 1,4 milhão em 2020.

"A literatura tem um papel importante na difusão da cultura brasileira. Ela transmite o modo de pensar, de viver e de encarar o mundo dos brasileiros, mostrando que o país tem muito mais a oferecer do que futebol e carnaval", afirma Amorim.

O programa havia sido anunciado no Brasil durante a Festa Literária de Paraty (Flip), em julho, e a Feira do Livro de Frankfurt foi tomada como oportunidade para chamar a atenção de editoras estrangeiras para a iniciativa. Além de Amorim, discursaram Renato Prado Guimarães, ex-cônsul geral do Brasil em Frankfurt, e Danilo Zimbres, vice-cônsul do Brasil em Frankfurt.

Paralelamente ao anúncio do programa de fomento à tradução, também foi lançado na feira o Diálogo Literário Brasil-Alemanha, uma espécie de fórum entre autores, editores, tradutores e agentes literários dos dois países. O objetivo é efetivar parcerias, com apoio do programa de tradução do governo.

Zimbres explica que tais iniciativas fazem parte de um esforço do Brasil para estreitar relações com a Alemanha. "Também pretendemos ter uma presença internacional constante no âmbito da cultura, que ajude a projetar uma imagem mais positiva e menos estereotipada do Brasil, condizente com a realidade do Brasil moderno", considera.

O foco específico na Alemanha, parceiro estratégico do Brasil, faz parte dos preparativos para a presença do Brasil como homenageado da feira de 2013. "Queremos estimular a tradução de livros brasileiros para o alemão, um idioma importantíssimo", diz Zimbres, ressaltando que, paralelamente, em 2013 será comemorado o Ano da Alemanha no Brasil. "É um momento muito rico de aprofundamento do diálogo e dos laços culturais entre os dois países."

"A Alemanha representa uma porta de entrada para o mercado mundial de livros por conta da sua importância na área. Para nós, brasileiros, além de ser a maior feira de livros do mundo, esta feira é um trampolim para a internacionalização de nossa literatura", completa Amorim.

O tradutor alemão Michael Kegler, que viveu no Brasil quando criança e hoje traduz do português para o alemão, também aposta na ação do governo brasileiro. Ele será o representante do Diálogo Literário Brasil-Alemanha no país europeu.

Kegler conta que a maioria dos livros que traduziu foi escrita em outros países lusófonos, já que Portugal apoiava a tradução de autores portugueses e africanos, enquanto faltava suporte do governo brasileiro. "Quando traduzi o livro Notícias do Mirandão, do brasileiro Fernando Molica, fiz um requerimento para uma bolsa de tradução ao governo brasileiro e não obtive nem resposta."

Para Kegler, o Brasil precisava lançar um programa de financiamento de traduções confiável. "E é o que está fazendo agora. Por isso me envolvi no programa. Como tradutor, quero ajudar a levar esse dinheiro às mãos certas." Com a divulgação do programa, Kegler conta que já está negociando a publicação de obras brasileiras na Alemanha.

O tradutor diz ainda que, com a homenagem ao Brasil em 2013 e as novas bolsas de tradução, a Alemanha percebeu que o cenário literário brasileiro está num ponto alto. Num levantamento realizado por ele, o alemão verificou que apenas 61 títulos do Brasil estão disponíveis nas livrarias da Alemanha hoje. Entre eles, 39 são de Paulo Coelho, que "é considerado um autor universal e não identificado como brasileiro". Mas Kegler está convencido de que haverá uma mudança nesse cenário.

Entre os editores brasileiros, também há otimismo. Alexandre Dórea, da editora DBA, considera que o programa poderá facilitar as negociações para a venda de direitos sobre títulos brasileiros a editoras estrangeiras. Presente regularmente na Feira do Livro há 20 anos, o editor vê um maior interesse pelo Brasil no momento.

"O Brasil é visto como um país cool, jovem, bacana. Surfando agora numa onda de desenvolvimento econômico, tudo o que está ligado ao Brasil é visto com maior simpatia, tem maior penetração", diz.

Bruno Zolotar, diretor de marketing da editora Record ­– que já teve mais de cem de seus títulos traduzidos do português para outros idiomas – diz ter sentido um aumento do interesse pelo país de 2010 para este ano, pelo fato de ter sido anunciado como homenageado da Feira do Livro de 2013. Ele também aposta num incremento da visibilidade da literatura nacional através das bolsas de tradução propostas pelo governo.

"Seria bom se houvesse um programa assim em todo o mundo", diz Sabine Schneider, agente literária alemã em busca de títulos brasileiros para publicar no país da Feira. "O programa vai ajudar a mostrar a multiplicidade da cultura brasileira para além dos clichês", acrescenta a escritora brasileira Regina Drummond, que pela primeira vez terá um livro traduzido para o alemão neste ano.

Segundo Amorim, Frankfurt servirá de largada para o processo de internacionalização da literatura brasileira. Antes mesmo de ser o país homenageado em 2013, ele já está ampliando sua presença na maior feira do livro do mundo. De 2010 para 2011, o espaço dedicado ao estande do Brasil na Feira do Livro de Frankfurt foi ampliado em 50%, com livros de mais de 50 editoras em exposição.

Além do fomento à tradução e a reedição de obras já traduzidas, dentro da estratégia de internacionalizar a literatura brasileira, o governo prevê uma série de outras ações. Entre elas há o plano de promover intercâmbios de tradutores alemães no Brasil, para que conheçam a realidade do país. Também será lançada uma revista trimestral com os primeiros capítulos de novas obras brasileiras traduzidas, em inglês e em espanhol, e será incentivada a publicação de livros brasileiros nos demais países lusófonos.

Especificamente sobre o fomento à tradução, Amorim destaca que a meta é conceder mais de cem bolsas por ano e conseguir que no mínimo cem obras sejam traduzidas nos próximos anos. "Peço que vocês me ajudem a gastar esse orçamento de 7,6 milhões de dólares. Mas a gastar bem, para que possamos ampliar cada vez mais esses recursos", disse o presidente da Biblioteca Nacional durante o anúncio do programa em Frankfurt, para o qual foram convidadas diversas editoras alemãs.

As inscrições para o programa de bolsas estão abertas no site da Biblioteca Nacional desde julho. As propostas serão avaliadas a cada três meses. As editoras estrangeiras receberão 50% do fomento no momento da aprovação do projeto e os outros 50% após a publicação da obra.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 16 Out 2011, 08:05

O ESTADO DE S.PAULO

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 18 Out 2011, 09:29

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Re: Livros

Mensagem por The Dude » 21 Out 2011, 20:17

Tó lendo A Revolução dos Bichos, do Orwell

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Gostando pra caramba...

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Re: Livros esportivos

Mensagem por E.R » 26 Out 2011, 14:00

http://globoesporte.globo.com/futebol/t ... dores.html

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O Santos lançou nesta terça-feira o livroÉ Tri - o Santos reconquista a América após 48 anos” . Escrito pelo jornalista Vitor Loureiro Sion, a obra faz parte da linha de produtos licenciados pelo clube e conta a trajetória da conquista da Taça Libertadores de 2011.

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O zagueiro e capitão do Santos, Edu Dracena, que levantou a taça no dia 22 de junho, após vitória por 2 a 1 sobre o Peñarol, no Pacaembu, participou do evento e relembrou a conquista.

- É muito legal fazer parte da história do Santos Futebol Clube. Eu me sinto orgulhoso por ter participado. Levantar a Taça Libertadores é para poucos. Por isso, é uma hora – comentou o camisa 2.

Divididos em oito capítulos, o texto, de 128 páginas, conta algumas histórias de bastidores da conquista, com depoimentos de todos os jogadores e do técnico Muricy Ramalho, além de dirigentes. Há ainda dados estatísticos, as fichas de todos os jogos da campanha e fotos. O preço : R$ 26,90.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 27 Out 2011, 21:48


Reportagem sobre a biografia de Steve Jobs.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 29 Out 2011, 15:09

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 29 Out 2011, 21:23

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 05 Nov 2011, 15:26

http://vejario.abril.com.br/edicao-da-s ... 5554.shtml

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Há 14 anos ele deixou o cargo de vice-presidente da Rede Globo, mas por onde quer que passe ainda é apresentado, reverenciado, aplaudido ou criticado como o todo-poderoso da emissora. Dia desses, enquanto andava pelas ruas do Leblon, foi abordado por uma senhora indignada com uma reportagem veiculada no Jornal Nacional. Não adiantaram os apelos em que ele dizia não trabalhar mais lá. Ela só se acalmou depois de desferir alguns golpes com uma revista na sua cabeça. A associação não acontece por acaso. Ao lado de nomes como Walter Clark (1936-1997) e Joe Wallach, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, criou a identidade da Globo, montou uma programação vitoriosa e transformou a empresa em uma potência, com um padrão semelhante ao das maiores do mundo. Não é pouco, considerando-se que, nos anos 60, o canal ocupava um sofrível quarto lugar de audiência no Rio. Os detalhes dessa genial trajetória e os bastidores de mais de meio século de trabalho em rádio e TV deixarão em breve de ser exclusividade dos amigos mais chegados. Na terça (1º), ele pôs um ponto-final no último capítulo de suas memórias e entregou os originais à Editora Casa da Palavra. Com o título provisório de O Livro do Boni, a obra tem lançamento previsto para o próximo dia 30, quando o autor completa 76 anos. "Minha intenção não é causar polêmica ou mal-estar. Simplesmente faço um relato bem-humorado da minha experiência profissional e de fatos que acompanhei", diz.

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Os episódios resgatados no livro e os personagens que deles fazem parte lançam luz sobre a forma como a televisão brasileira nasceu, fruto do espírito desbravador e da intuição dos profissionais que a comandavam. Nesse sentido, o volume se alinha a obras recentes sobre o assunto, como Meu Capítulo na TV Globo, escrito pelo americano Wallach, executivo da emissora entre 1965 e 1980. Com quase sessenta anos de carreira, Boni atuou como câmera e iluminador, dirigiu programas e shows de auditório. Depois de ter passado pelas extintas Tupi, Rio, Paulista e Excelsior, estabeleceu-se em 1967 na estação criada por Roberto Marinho e lá ficou por trinta anos. Mal havia ocupado o posto de superintendente de produção e programação, encarou o desafio de desenvolver o primeiro programa exibido em rede para todo o país. Era o Jornal Nacional, que iria ao ar em 1969, criado em parceria com Armando Nogueira e Alice Maria. "Até então, as emissoras exibiam conteúdos regionais, porque, além das limitações técnicas, se acreditava que os espectadores de cidades diferentes tinham gostos e preferências específicas", recorda ele. Quando a Embratel passou a ter a tecnologia de transmissão nacional, Boni e os parceiros decidiram arriscar com o noticiário que se tornou o programa de maior audiência da TV brasileira.


Outra inovação conduzida por ele, esta nascida de um episódio mais pitoresco, diz respeito à consolidação da grade de exibição de novelas, ainda no início dos anos 70. Nos primórdios da TV, os folhetins eram veiculados apenas de segunda a sexta, em uma estrutura adaptada do rádio. No sábado de Carnaval de 1971, Boni editava imagens que chegavam dos desfiles quando um incêndio em um carro da emissora interrompeu as transmissões. Para evitar um buraco na programação, pôs no ar um capítulo inédito de Irmãos Coragem. A audiência foi às alturas. O chefão decidiu que, a partir dali, as tramas seriam exibidas seis vezes por semana.


É natural que, ao ocupar um cargo tão alto e com tanto poder, Boni tivesse uma relação especial com o proprietário da emissora, Roberto Marinho. Descrita no livro, uma característica pouco conhecida do dono da Globo era o hábito de nunca deixar nenhuma pergunta importante sem resposta — mesmo que isso implicasse estratagemas, digamos, pouco convencionais. Quando, por exemplo, era interpelado ao telefone e não sabia o que dizer, simplesmente desligava o aparelho. "Ele se informava sobre o assunto e depois telefonava de volta para a pessoa dizendo que a ligação havia caído", relata. Há ainda situações engraçadas envolvendo o patrão, como uma confusão ocorrida em 1988 a respeito de um pedido do então cardeal-arcebispo do Rio, dom Eugênio Salles. No auge do sucesso de Vale Tudo, naquele ano, Dr. Roberto, como era chamado, recebeu um telefonema do religioso solicitando que a cena do casamento de Maria de Fátima, "a galinha mau-caráter" vivida por Glória Pires, não fosse ao ar. Boni procurou Daniel Filho, então responsável pela teledramaturgia da Globo, para cortar as imagens. Já era tarde, o capítulo havia sido transmitido um dia antes. Receoso, achou por bem ficar quieto. Dias depois, o chefe o chamou novamente a sua sala. Dessa vez às gargalhadas. "Ele havia se confundido e a galinha a que o cardeal se referia não era da novela, era uma ave de verdade, que aparecera de véu e grinalda em uma paródia no TV Pirata", lembra. Apesar da convivência próxima, Marinho nunca percebeu, por exemplo, que Boni tinha aversão a relógios de pulso. Tanto que, a cada aniversário, sempre o presenteava com um modelo diferente.
O tom descontraído e coloquial do livro não impede o autor de tocar em assuntos incômodos para a emissora, como a relação da empresa com o regime militar. Da mesma forma que sofria pressões da censura (segundo Boni, os censores reclamavam muito do Programa do Chacrinha, em virtude das tomadas de câmera audaciosas das chacretes e do tamanho do biquíni das moças), a emissora sempre se esforçou para não desagradar aos donos do poder. Em 1984, o departamento de jornalismo foi proibido por Marinho de mostrar o comício da Praça da Sé, em São Paulo, durante a campanha das Diretas Já. Na ocasião, o relacionamento entre a Globo e o então presidente João Baptista Figueiredo estava estremecido em decorrência da distribuição de concessões ao SBT e à Manchete, o que aumentou a concorrência no setor. "Ele temia que, se apoiasse a campanha, poderia perder a concessão de sua TV", diz. Boni revela também que foi durante a ditadura que Walter Clark, outro gênio da televisão, começou a se afastar da emissora. Ele se revoltou quando a direção cedeu à pressão dos generais e substituiu o dono de uma afiliada no Paraná, no caso Paulo Pimentel, um político em ascensão na época. "A gota d’água foi um jantar em Brasília, em 1977, quando o Walter bebeu mais do que devia e saiu xingando todo mundo", conta Boni.

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Em seus quase cinquenta anos de história, a Rede Globo transformou-se numa espécie de miniatura dos grandes estúdios de Hollywood — e Boni teve papel crucial nesse processo. Foi ele quem idealizou, por exemplo, o Projac, complexo de estúdios e cidades cenográficas localizado em Jacarepaguá. Ocupando uma posição privilegiada, Boni acompanhou de perto o nascimento de algumas lendas em torno da emissora. Uma delas diz respeito ao índex de personalidades e celebridades vetadas. No início dos anos 70, era comum, principalmente nos círculos intelectuais, ouvir que a atriz Leila Diniz era malvista por seu furor libertário e por sua irreverência. Boni conta outra versão para o sumiço da moça dos programas da rede. Segundo ele, em 1967, enquanto fazia a novela Anastácia, o ator Henrique Martins, hoje com 78 anos, foi convidado para uma recepção na casa da novelista Glória Magadan (1920-2001), a responsável pelo núcleo de teledramaturgia. Ao chegar ao apartamento, o galã percebeu tratar-se de uma festinha particular. Como não cedeu aos apelos da anfitriã, foi fulminado com a demissão. Amante de Martins e protagonista da novela, Leila deixou a emissora em represália e foi para a principal concorrente, a TV Excelsior. Algum tempo depois, veiculou-se que ela não era mais chamada para a Globo porque Janete Clair, a maior criadora de folhetins que a TV já teve, não a queria em suas histórias. Puro mito, de acordo com Boni. "Como é normal na Globo até hoje, se uma pessoa larga a empresa, ela vai para a geladeira. Foi isso que aconteceu", afirma. Segundo ele, não havia artistas proibidos. Aliás, havia só um: Tim Maia. "Depois de faltar a sucessivos programas, virou persona non grata."


Paulista de Osasco, filho de um dentista e de uma psicóloga, Boni veio para o Rio aos 14 anos. Seu primeiro emprego foi na Rádio Clube do Brasil, passou por outras emissoras e, no fim dos anos 50, trabalhou na gravadora RGE como produtor de discos de cantores como Maysa e Juca Chaves. Antes de ingressar na TV, atuou como publicitário. O temperamento perfeccionista era uma de suas marcas e isso às vezes rendia algumas brigas. Em seu livro, ele não esconde que deu ataques de fúria nos estúdios da Globo, como no dia em que quebrou um disco na cabeça de um sonoplasta que insistia em tocar nos jornais da emissora uma música que ele detestava. Mas também é dono de um lado bonachão e bon vivant, o que lhe garantiu um vasto círculo de amizades. "Ele sabe curtir a vida, tem um papo maravilhoso e uma disposição incrível", diz o empresário Ricardo Amaral, um dos amigos mais próximos.
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Apaixonado por vinhos e gastronomia, Boni é dono de uma coleção com mais de 5 000 garrafas e mantém na cobertura onde mora, em São Conrado, e em sua casa de Angra dos Reis cozinhas equipadíssimas com fornos e aparelhos que superam as de grandes restaurantes cariocas. Proprietário da TV Vanguarda, emissora afiliada à Globo no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, divide-se hoje entre Rio, São Paulo e viagens internacionais, como visitas a vinhedos e grandes restaurantes mundo afora. Esteve recentemente no dinamarquês Noma, junto com seu filho mais velho, o diretor de TV Boninho. Eleita a melhor do planeta, a casa não agradou. "A criatividade ali passou do ponto e a brincadeira superou o sabor", julga ele, com a propriedade de quem entende — e muito — do assunto. Hipocondríaco convicto, tem uma biblioteca de livros de medicina e toma mais de dez vitaminas por dia. Com um talento inato para deliciosas conversas, sempre tem histórias para contar — como atesta a obra que chegará às bancas até o fim do mês.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 07 Nov 2011, 19:44

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/ ... ablet.html

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A livraria Barnes & Noble anunciou nesta segunda-feira (7) a nova versão do seu tablet, que será chamado de Nook Tablet.

O aparelho, sucessor do Nook Color, será vendido a partir desta semana por US$ 250 nos Estados Unidos. Seus principais concorrentes são o iPad, da Apple, e o Kindle Fire, da Amazon.

O Nook Tablet tem tela sensível ao toque de 7 polegadas, conexão Wi-Fi (não apresenta 3G), microfone interno, sistema operacional Android 2.3 – mas sem acesso a todos os aplicativos da loja virtual Android Market – roda filmes em alta definição, tem compatibilidade com o serviço de filmes sob demanda Netflix e traz o serviço "Nook Newstand" para a compra de versões digitais de jornais, revistas e livros. O aparelho ainda apresenta 16 GB de memória, expansível para até 32 GB por meio de um cartão de memória SD.

O tablet Nook Color passará a custar US$ 200, enquanto o Nook Simple Touch será vendido por US$ 100. Os dois receberão atualizações que permitirão o uso de aplicativos presentes no novo tablet como o Netflix, Hulu, Pandora entre outros. A Barnes & Noble afirma que irá lançar 100 melhorias para estes aparelhos.

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Re: Livros esportivos

Mensagem por Bia N » 09 Nov 2011, 21:11

Eu tenho esses livros de esporte aqui :

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O 4º não sei se pode mostrar.
Ela não desapareceu, apenas se escondeu.


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Re: Livros

Mensagem por E.R » 20 Nov 2011, 01:25

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 27 Nov 2011, 15:36

http://www.correio24horas.com.br/notici ... o-era-gay/

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Um livro escrito por um juiz aposentado diz que Virgulino Lampião era homossexual e sua mulher, Maria Bonita, era adúltera - a filha do casal seria de outro homem, segundo o escritor Pedro Morais.

"Não sou eu o primeiro a dizer isso, não. O professor Luiz Mott há mais de 30 anos já dizia isso", explica o juiz, dizendo que o cangaceiro namorava com um homem que também se relacionava com Maria Bonita, de nome Luis Pedro.

A biografia aborda também emboscadas, Padre Cícero e o dia a dia dos cangaceiros no sertão até a morte de Lampião, em 1938 - ele, Maria Bonita e Corisco, além de outros do bando, tiveram as cabeças cortadas e exibidas em praça pública.

O livro "Lampião, o Mata Sete" está com lançamento marcado para o dia 1º de dezembro, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sergipe, mas a família de Lampião conseguiu na quinta-feira uma liminar na 7ª Vara Cível de Aracaju proibindo o lançamento sob pena de multa de até R$ 20 mil. Pedro Morais disse que vai recorrer.
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Re: Livros

Mensagem por Eduardo Godinez » 03 Dez 2011, 16:08

essa história que Lampião era "viado" é antiga

mai mermo assim, era um cabra macho e muito do astuto
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desde 2003 no meio ch, fundador do Fórum Chaves

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