Rádios

[Antonio Felipe]

Tudo isso por causa da Rádio Gaúcha, que desde a década de 1980 instituiu esse formato de talk and news e fez com que todas as outras emissoras do gênero (Band AM, Guaíba e Pampa) seguissem o mesmo modelo.

Isso remonta ao padrão que a Globo faz, de uma programação horizontal e vertical (mesma sequência de programas/formatos em um dia).

A Guaíba funcionava no formato Música/Esporte/Notícia, hoje dá menos espaço pra música e tenta ser talk and news durante o dia pra competir com a Gaúcha, que tem hoje mais de 80% da audiência no setor.

E uma correção: o Gaúcha Hoje começa às 5h30.

[Victor235]

Em que rádio o João Ferreira (que faz propagandas da Ultrafarma na TV) trabalha?

[Furtado]

Tudo isso por causa da Rádio Gaúcha, que desde a década de 1980 instituiu esse formato de talk and news e fez com que todas as outras emissoras do gênero (Band AM, Guaíba e Pampa) seguissem o mesmo modelo.

Isso remonta ao padrão que a Globo faz, de uma programação horizontal e vertical (mesma sequência de programas/formatos em um dia).

A Guaíba funcionava no formato Música/Esporte/Notícia, hoje dá menos espaço pra música e tenta ser talk and news durante o dia pra competir com a Gaúcha, que tem hoje mais de 80% da audiência no setor.

E uma correção: o Gaúcha Hoje começa às 5h30.

Formato este implementado por Flávio Alcaraz Gomes, que foi diretor da Rádio Gaúcha na primeira metade da década de 1980. Justamente ele, um nome extremamente ligado à Guaíba e à Caldas Jr.

[Antonio Felipe]

Na verdade isso foi parte de um processo que começou com o Sala de Redação em 1971. Ele foi o balizador das mudanças na estrutura de programação da Rádio Gaúcha. As mudanças se aprofundaram com a chegada do Ruy Carlos Ostermann em 1978 e a posterior saída do Cândido Norberto. E na verdade, o Flávio só assume a programação da rádio em 1983.

[Furtado]

Você está certo, Antonio. Só que este projeto teve idas e vindas. No inicio da década de 80, a Gaúcha misturava programas talk com programas populares. O problema só foi resolvido com a compra da Farroupilha, em 1983, ano em que Flávio assumiu a emissora. A partir da entrada dele que a Gaúcha começou a seguir uma linha só.

E em 1987, Flávio Alcaraz Gomes retornou à Rádio Guaíba com o programa "Flávio Alcaraz Gomes Repórter" (depois "Flávio Alcaraz Gomes e Os Guerrilheiros da Notícia", finalmente abreviado para "Os Guerrilheiros da Notícia"). Onde permaneceu até meados de 2007, indo para a Rádio Pampa, onde ficou até morrer, apresentando os "Guerrilheiros da Notícia".

Essa saída do Flávio da Guaíba (e Correio do Povo) foi bem polêmica. Isso porque o Rogério Mendelski foi contratado em agosto de 2007, vindo da Rádio Pampa, ocupando o "horário nobre" da emissora. Flávio, um "macaco velho" do rádio, sentiu-se desprestigiado pela nova direção da emissora, dos bispos. E decidiu sair da Caldas Jr, indo para a Rede Pampa, onde passou a publicar sua coluna em "O Sul" e o programa de rádio na Pampa (o programa de TV também foi para a TV Pampa).

[jppedro86]

Desculpem desenterrar o assunto, mas eu achei uma matéria antiga no Tudo Rádio, datada de 15/07/2006.

Em varias cidades brasileiras, existem emissoras de televisão que operam no canal 06(VHF), que operam pelo radio também. A maioria (ou todas) funcionam pela frequência 87.7 FM.

A explicação é simples: essas emissoras tem 02 frequências, o áudio é transmitido em frequência em FM e o vídeo em frequência AM, por isso as portadoras de áudio do canal 06 ficam na estação 87.7 FM. Em algumas capitais e grandes cidades é possível sintonizar as emissoras de TV pelo rádio.

[jppedro86]

89 A Rádio Rock não conta mais com nome de provedor em sua marca

Encerrada a parceria no formato “naming rights” entre o provedor de conteúdo UOL e a 89 A Rádio Rock FM 89.1 de São Paulo. O nome do provedor nacional deixou de ser veiculado pela emissora paulistana no inicio dessa semana, também removendo a marca do UOL que estava no logotipo da emissora. A parceria entre a FM e o provedor surgiu no final do ano passado, sendo vital para o retorno das operações do projeto “A Rádio Rock” ao dial paulistano. Durante esses sete meses o provedor UOL aproveitou do crescimento meteórico de audiência visto nos números da 89 A Rádio Rock, promovendo assim a sua marca no mercado paulistano e também em canais importantes da internet que contam com o trabalho da rádio. A 89.1 FM já trabalha sem a presença do nome “UOL” em chamadas e vinhetas da estação.

A parceria entre a rádio e o UOL foi anunciada na reestreia da A Rádio Rock em São Paulo, ocorrida em 21 de dezembro do ano passado. Nas primeiras horas daquele dia o portal do UOL promoveu o retorno da emissora ao dial paulistano, além do anuncio de integração total entre os dois canais (rádio e internet). Além de promover seus serviços através do formato “naming rights” pela marca “UOL 89 A Rádio Rock”, o provedor também municiou boa parte da programação jornalística da emissora paulistana, contando também com atrações que destacavam o conteúdo no UOL durante a faixa horária comercial da 89.1 FM. A parceria deu fôlego comercial para a retomada das operações da FM como 89 A Rádio Rock.

Desde o inicio dessa semana a 89.1 FM deixou de veicular o nome UOL e também retirou a marca do provedor de seu logotipo e de outros elementos gráficos que estão presentes na internet. Esses primeiros sete meses de trabalhos em São Paulo foi benéfico ao UOL que contou com uma ascensão meteórica da audiência da 89.1 FM na capital, rádio que passou a figurar entre as dez FMs mais sintonizadas de São Paulo e região metropolitana (segundo os principais períodos das últimas medições realizadas pelo Instituto Ibope), tendo uma média superior a 100 mil ouvintes por minuto na faixa horária comercial. E para a 89 foi um aporte financeiro e de conteúdo para a retomada do projeto “A Rádio Rock”, originalmente iniciado em 1985 e interrompido em 2006.

Mesmo com a ausência da marca do UOL no nome e em boa parte do material relacionado à rádio, atracões como o matinal UOL Notícias seguem na grade da emissora, programa musical e de jornalismo que é uma parceria de conteúdo entre os dois veículos.

[Victor235]

O texto fala como se só um lado tivesse se beneficiado com a parceria.

[Barbano]

Algumas coisas que o meu primo, que trabalha como radialista, me disse outro dia:

. Eles trabalham com tempo exato para tudo. Para falar com ouvintes, o tempo é de 1 minuto. Se passar disso tem que dar um jeito de "cortar" o ouvinte
. Tudo tem hora certa para entrar no ar, de músicas a comerciais. Se atrasam dá problema com anunciante
. As gravadoras pagam para determinadas músicas entrarem no ar em determinado horário, e tantas vezes por dia
. A ordem das músicas é toda pré-definida. Quando um ouvinte liga eles já falam previamente com ele sobre qual música deve ser pedida. Se quiser é aquilo, senão nem entra.
. O meu primeiro é meio mentiroso. Mas deve ser verdade tudo isso.

[Jacinto]

Esse número 4 aí eu já suspeitava o que eu reparo é que uma música de sucesso atual fica sem passar no minimo 3 horas só reparat na Mix ou na Jovem Pan por exemplo, uma vez meu amigo ligou pra radio do Recife, a Clube Fm e ele pediu uma musica antiga e o cara la disse que só podia tocar musicas mais novas naquele horário.

[Hyuri Augusto]

Uma radio que até hoje não entendo é a nativa fm. A radio pede pra você ligar só que quando você liga eles dizem que todas as linhas tão ocupadas.

[jppedro86]

Paradiso FM não é mais o nome da emissora sintonizada em 91.7 FM em São Paulo

Nas últimas duas semanas o mercado de rádio FM de São Paulo acompanhou mais uma mudança em um dos canais que atingem a capital paulista. A até então Paradiso FM 91.7 deixou de ser o nome fantasia da estação sintonizada nesse canal em São Paulo e também na Baixada Santista. A rádio voltada ao público adulto-contemporâneo passou os últimos meses realizando uma série de investimentos e testes técnicos para poder contar com uma sintonia local na capital paulista, tentando equivaler a qualidade de seu sinal em relação às demais estações que atuam em São Paulo e focam o mesmo tipo de público que o projeto. Após essa bateria de testes a 91.7 FM deixou de atender pelo nome Paradiso e voltou a informar apenas o seu prefixo e frequência.

Na última semana de junho a 91.7 FM deixou de atender como Paradiso FM. O nome surgiu no dial FM paulistano no final de janeiro e passou o primeiro semestre aprimorando a sua condição técnica, com a finalidade de se aproximar da qualidade de cobertura de rádios como Antena 1 FM 94.7, Alpha FM 101.7, Iguatemi Prime FM 92.5, Nova Brasil FM 89.7, entre outras estações que seriam tratadas como concorrentes diretas da Paradiso, tornando a 91.7 FM competitiva na audiência e na área comercial. Com a torre instalada fora da capital (e concessão pertencente a São Vicente), não foi possível essa equivalência de sinal, sendo cerca de 40km de distância em linha reta da Av. Paulista (local onde está a maioria das FMs paulistanas) em relação transmissão da 91.7.

A 91.7 FM é uma estação originada de São Vicente e desde 2011 tem autorização para operar entre a capital paulista e a Baixada Santista, passando a ter cobertura de sinal local nessas duas áreas. Nos últimos dois anos a rádio operou em 91.9 FM e retransmitiu a grade religiosa da Deus é Amor FM, programação que substituiu a tradicional Litoral FM nessa sintonia. No segundo semestre de 2012 a FM obteve a autorização para operar em 91.7 FM, se livrando de interferências mais pesadas devido a proximidade de canal com a SulAmérica Trânsito FM 92.1 (estação de sintonia local em São Paulo e região metropolitana). Após a troca de canal a FM assumiu em definitivo a atual programação que esteve em caráter experimental nos últimos meses, mesmo quando assumiu o nome Paradiso FM.

[Victor235]

Algumas coisas que o meu primo, que trabalha como radialista, me disse outro dia:

. Eles trabalham com tempo exato para tudo. Para falar com ouvintes, o tempo é de 1 minuto. Se passar disso tem que dar um jeito de "cortar" o ouvinte
. Tudo tem hora certa para entrar no ar, de músicas a comerciais. Se atrasam dá problema com anunciante
. As gravadoras pagam para determinadas músicas entrarem no ar em determinado horário, e tantas vezes por dia
. A ordem das músicas é toda pré-definida. Quando um ouvinte liga eles já falam previamente com ele sobre qual música deve ser pedida. Se quiser é aquilo, senão nem entra.
. O meu primeiro é meio mentiroso. Mas deve ser verdade tudo isso.

Bom, nenhuma novidade.

As emissoras tem um computador que fica 24 horas por dia ligado. Tudo que toca é programado antes, em grandes playlists que já incluem os breaks e as vinhetas.

Quando o programa é ao vivo, pode se fazer alterações na grade, ainda assim, é feito previamente. O radialista conversa com o ouvinte que ligou no intervalo e depois chama ele já com o pedido "ensaiado".

Uma saída das rádios pra evitar que o ouvinte peça algo "fora de catálogo" é aqueles "melhor de três": eles mesmo escolhem três músicas que querem que toque e quem liga escolhe uma das três. Na Rádio Nativa FM chama "Música Premiada" e é 'manipulado'. É pro último ouvinte que ligar (o que entra no ar) acertar qual música foi a mais pedida entre as três, e só se acertar ele ganha o prêmio (CD, camisa, etc).

Mas acontece que o ouvinte SEMPRE acerta, nunca deixam ninguém errar. Uma vez na "Semana Eduardo Costa", logo após um anúncio do Eduardo Costa, passaram a lista de faixas com o lançamento do Eduardo Costa (2012) e uma do Jorge & Mateus de 2009. Ou seja, era óbvio que era pro Eduardo Costa ganhar, pois estavam divulgando ele em peso na ocasião. Mas a moça ligou e votou na do J&M de 2009. E ganhou... Nunca vi ninguém errar, tá na cara que qualquer coisa que respondem vale como resposta certa.

[Furtado]

O que eu acho engraçado, em algumas rádios, é o seguinte. Eles entrevistam fulano, aí o cara fala uns 5 minutos sem parar, e o locutor só fica no "Bom..., olha..., Urrum..., Certo...", se controlando pra não falar "CALA A BOCA, PORRA".

E tem algumas rádios aqui que não funcionam 24 horas por dia.

[Victor235]

O louco, Furtado. Até a comunitária daqui fica 24 horas no ar.

Ainda sobre as playlists das rádios, existe um profissional a parte para fazer isso (montar tudo com os horários e minutos certos, breaks, músicas a serem tocadas...).

É muito comum esse profissional "tirar uma folga" ou relaxar na parte da madrugada (que tem poucos ouvintes), e montar uma playlist e ficar dias tocando a mesma, com a mesma ordem e sequência.

Conheço rádio que ficou mais de dois meses tocando a mesma playlist de madrugada, nem pra por no aleatório. Um saco.

Da rádio daqui (não é essa que citei acima), uma época também ficaram reprisando as playlists da madrugada. Pra quem ouve toda noite antes de dormir, até decora a sequência. Não são apenas as mesmas músicas, é a mesma ordem, tudo, vinhetas, música A B C, break, tudo igual. Cheguei a conversar com um conhecido que trabalha na emissora, ele disse que o responsável pelas playlists estava ocupado e por isso ficou repetindo. "Reclamei" e uns dias depois voltaram a fazer playlists novas .

Esse tipo de coisa é muito chato, o que custa deixar a mesma coisa, mas pelo menos no aleatório? Ou pegar a faixa das 3h-5h e colocar no dia seguinte da 1h-3h, assim repete mas não fica tão evidente... E é só prestar atenção, muita rádio faz isso.