Reforma Administrativa

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Mensagem por E.R » 18 Mar 2023, 00:45

NOTÍCIAS
https://folhadirigida.com.br/concursos/ ... nistrativa

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse que se uma reforma administrativa for feita será feita uma "Reforma Administrativa cidadã".

Esther Dweck falou que haverá uma retomada da realização de concursos públicos.
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Mensagem por E.R » 03 Abr 2023, 17:31

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https://www.gazetadopovo.com.br/economi ... s-os-anos/

Além de exigir uma forte alta de receitas, a proposta de novo arcabouço fiscal, apresentada pelo governo de Lula (PT) na semana passada, pressupõe aumento de despesas acima da inflação todos os anos, mesmo quando houver queda de arrecadação.

Se aprovada, portanto, a regra cria uma espécie de "piso de gastos", em substituição ao atual teto de despesas.

De acordo com o plano, que ainda não foi enviado ao Congresso e depende de aval dos parlamentares, o gasto público federal crescerá no mínimo 0,6% ao ano acima da inflação.

Para o presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania), para gozar de credibilidade, a nova regra ainda carece de um compromisso com medidas voltadas ao corte de gastos. “Não vimos por parte do governo federal qualquer menção a uma reforma administrativa, que seria um instrumento para se buscar maior eficiência e eficácia dos gastos públicos”, disse o parlamentar.
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Mensagem por Barbano » 05 Abr 2023, 17:34

Não tem piso. Esses 0,6% são o teto mínimo, mas se quiser gastar menos pode.

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Mensagem por E.R » 02 Mai 2023, 08:00

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Mensagem por E.R » 09 Mai 2023, 02:33

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https://www.estadao.com.br/opiniao/espa ... scindivel/

O debate sobre a reforma da gestão pública ainda está majoritariamente centrado em torno da questão do ajuste fiscal, notadamente em relação às despesas com pessoal, enquanto o tema da qualidade do gasto – este sim, essencial para garantir que os recursos sejam bem aplicados em benefício da população – continua em plano secundário.

A necessidade de controle dos gastos públicos (e, evidentemente, não apenas dos servidores) é inegável.

Quando tratado como solução exclusiva, contudo, demonstra uma incompreensão do objetivo da reforma, qual seja : a melhoria da qualidade do gasto, algo mais multidimensional, que visa à prestação de bons serviços à sociedade.

A qualidade do gasto significa alcançar a função social ao menor custo possível.

Não é viável precisar se esse objetivo está sendo atingido apenas por meio de indicadores de eficiência. É necessário acompanhar os indicadores de eficácia (qualidade) e efetividade (impacto social) na prestação dos serviços.

De que adianta alocar recursos para a educação, por exemplo, se não são monitorados e avaliados a qualidade dos serviços e o impacto na aprendizagem dos alunos ?

Em recente artigo publicado num jornal de circulação nacional, o economista Mansueto Almeida lembrou que a carga tributária do início dos anos 90, de 25%, escalou para 34% nos tempos atuais.

No entanto, o acesso e a qualidade dos serviços públicos continuam insuficientes para atender às necessidades da população.

O economista Marcos Lisboa, por sua vez, tem ressaltado que o orçamento público está sendo capturado por interesses políticos, econômicos ou corporativos, em prejuízo do país.

Ambas avaliações são compartilhadas por outros analistas e indicam que é urgente enfrentar o debate sobre como a administração pública prioriza, inova e se organiza para gastar os recursos públicos disponíveis.

A reforma da gestão pública – que se distingue da reforma administrativa, bem mais simplista – deve garantir que o dinheiro seja destinado, de fato, aos serviços públicos e a quem precisa deles, combatendo, assim, as desigualdades, a pobreza e promovendo o desenvolvimento econômico, social e cultural do país.

Esses são os critérios que devem orientar as políticas públicas, deixando claro para a sociedade quais prioridades estão sendo contempladas e se os recursos necessários estão adequadamente previstos no orçamento público.

Para alcançar esses objetivos, é necessário construir uma burocracia pública competente, profissional e comprometida com o interesse público, capaz de fornecer as soluções possíveis aos tomadores de decisão, que garantam a legalidade dos atos de gestão e evitem erros já cometidos.

Igualmente relevante será garantir a qualidade das decisões políticas e jurídicas, implantar o modelo de gestão com ênfase em resultados e enfrentar o ambiente político e administrativo pautado pelo patrimonialismo, pelo clientelismo e pelo fisiologismo, que elevam o risco de serem tomadas decisões que não atendam a requisitos técnicos mínimos ao favorecer interesses particulares.

Além disso, a condução dos debates sobre a reforma deve incentivar a participação dos servidores públicos e da sociedade e ser liderada pelo governo federal.

E mais : a reforma precisa ser sustentável ao longo dos diferentes governos, necessitando, assim, de contínuo e expressivo apoio político.

Para além de questões relacionadas ao organograma, carreiras de servidores públicos ou gasto com pessoal, a reforma da gestão pública trata de direcionar os serviços do Estado para o combate às desigualdades sociais, redução da pobreza e promoção do desenvolvimento econômico. É preciso dar qualidade ao gasto público.
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Mensagem por E.R » 20 Mai 2023, 21:25

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Mensagem por E.R » 07 Jun 2023, 03:37

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Mensagem por E.R » 30 Jun 2023, 23:02

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https://exame.com/economia/quando-a-sel ... al-do-ano/

A economista Ana Paula Vescovi considera a reformulação da máquina pública imprescindível ao Brasil.

“Precisamos rediscutir o papel estatal, como a sociedade vai monitorar esse desempenho, o que faz sentido ter ação do governo, onde o mercado pode fazer melhor [...] para o Estado focar naquilo em que é indispensável. Temos um contingente de pessoas que dependem dele, isso deveria ser o foco absoluto : melhorar a qualidade dos serviços públicos. Só depois de fazer essa grande discussão é que teríamos a macroeconomia arrumada”, conclui.
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Mensagem por E.R » 09 Jul 2023, 21:12

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https://www.estadao.com.br/economia/ref ... onomistas/

O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe, defendeu que seja feita a reforma administrativa no Brasil :

"Agora temos de pensar na desoneração da folha e na reforma administrativa; tudo isso vai melhorar o ambiente de negócios. Temos de reduzir o tamanho do Estado, torná-lo mais eficiente, produtivo, que atenda a população nas suas necessidades. Com a aprovação da reforma administrativa, teremos uma reforma tributária mais efetiva", disse Flávio Roscoe.
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Mensagem por E.R » 25 Jul 2023, 03:02

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https://www.gazetadopovo.com.br/economi ... -movimento

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou que a reforma administrativa “está pronta” e deve ser o “próximo movimento” na Câmera dos Deputados.

O texto já foi aprovado por uma comissão especial em 2020 e pode ser analisado pelo plenário da Câmara.

“Vamos tratar da reforma administrativa. Ela está pronta para o plenário, precisa de mobilização de todos. Vai dar teto para nossas despesas e previsibilidade para o serviço público. É o próximo movimento", disse Arthur Lira durante evento realizado pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais, em São Paulo.
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Mensagem por E.R » 28 Jul 2023, 05:23

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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... aria.shtml

O governo federal só pretende focar no debate da reforma administrativa depois de aprovar a PEC (proposta de emenda à Constituição) das mudanças no sistema tributário que tramita no Senado Federal e após tocar outras propostas do tipo, como a tributação de patrimônio e renda.

O secretário extraordinário para a Transformação do Estado, Francisco Gaetani, trabalha em uma proposta de reformulação do Estado, repensando as carreiras e focando também tornar a administração pública mais digital.

No entanto, ele só deve apresentar algo internamente no governo no final de 2023.

Algumas ações já foram tomadas para encaminhar o tema. Por exemplo, o Ministério da Gestão e a Enap (Escola Nacional de Administração Pública) assinaram um acordo com o Instituto da Inovação e Propósito Público da University College London que envolve capacitação de servidores e inovação na administração pública.
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Mensagem por E.R » 29 Jul 2023, 03:31

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https://www.estadao.com.br/opiniao/por- ... istrativa/

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), disse que a proposta de reforma administrativa está pronta para ser votada pelos deputados. Segundo ele, de todas as reformas estruturantes a serem apreciadas pelo Legislativo, essa seria a única que estaria faltando. “A reforma administrativa que está pronta, com alguns ajustes que podem ser feitos no plenário, não tira direito adquirido de ninguém”, afirmou.

Numa coisa Arthur Lira tem razão : o país, de fato, precisa discutir regras capazes de trazer mais eficiência à despesa da União com funcionalismo e aprimorar a gestão pública. O Brasil gasta hoje 12% do Produto Interno Bruto (PIB) com servidores, um dos maiores índices do mundo considerando países desenvolvidos e emergentes, mas isso está longe de se traduzir em maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Reconhecer essa realidade, no entanto, não quer dizer que a reforma administrativa esteja pronta para ser votada.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, a que Arthur Lira fez referência, foi aprovada por uma comissão especial da Câmara em 2021 e, em tese, já poderia ser submetida ao plenário. Isso, no entanto, nunca chegou a ocorrer.

Ainda na comissão especial, o parecer foi modificado cinco vezes para que pudesse ser aprovado – e em cada uma delas ele foi significativamente desidratado.

Com o avanço da malfadada PEC, as carreiras exclusivas do Estado seriam ampliadas, categorias vinculadas à segurança pública teriam direito a novos privilégios e controles contra supersalários seriam levantados. Para completar, a reforma valeria apenas para os futuros servidores e não resvalava na cúpula do Judiciário e do Ministério Público, que detêm os maiores penduricalhos. Como alertamos neste espaço na ocasião, era nada mais que um monstrengo que merecia ter o arquivo como destino.

Uma verdadeira reforma administrativa deve ser discutida à luz dos objetivos e funções do Estado que o país quer ser. Já há consenso sobre algumas premissas que devem pautar esse debate. É preciso regulamentar a avaliação de desempenho dos funcionários públicos, premiando os que mais se destacam e demitindo os que não estão à altura de suas funções.

É preciso reduzir o salário inicial das funções, valorizando os servidores que veem na carreira pública uma vocação e um projeto de longo prazo.

É preciso desengessar as carreiras e garantir remanejamentos que permitam aos funcionários assumir funções em que sua presença é mais demandada. É preciso abandonar mitos que só contribuem para travar o debate sobre o tema, como a ideia de que o funcionário público padrão não passa de um aproveitador. É preciso não perder de vista o aumento da oferta e da qualidade dos serviços prestados à população.

Nada disso está contemplado na PEC 32/2020, uma mera reforma de recursos humanos. Esse debate precisa ser retomado, e não interrompido.

Este jornal é favorável a um Estado enxuto e eficiente, que esteja a serviço da sociedade, o que não significa nem um Estado mínimo nem um Estado inchado e aparelhado.
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Mensagem por E.R » 30 Jul 2023, 02:53

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https://oglobo.globo.com/opiniao/editor ... iada.ghtml

O anúncio feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, de que já há concursos autorizados para contratar até 8.200 novos servidores neste ano e que pretende antecipar mais 10 mil contratações previstas para o ano que vem significa que o governo de Lula dará prioridade a apenas ampliar a máquina burocrática da União, não a torná-la mais eficiente.

Melhor faria se antes aprovasse no Congresso uma reforma administrativa para tornar o funcionalismo muito mais produtivo. Assim, proporcionaria ao país a chance de dar um salto qualitativo e fazer uma enorme economia.

Somente uma ampla reforma administrativa conseguirá desvencilhar o Brasil de um de seus maiores problema s: a ineficiência crônica do setor público, que impede o cidadão de ter acesso a serviços de qualidade.

Para piorar, a nossa burocracia é cara. As despesas com servidores públicos equivalem a 13% do PIB, percentual maior que os registrados em Portugal e França, segundo levantamento do Banco Mundial.

Dados compilados pelo instituto República.org mostram que a mediana dos salários da União é de nada menos que R$ 10 mil mensais. Nos estados, é metade disso.

Há, é certo, ministérios e órgãos com evidente deficiência de funcionários. Muitos anteciparam as aposentadorias antes da necessária reforma da Previdência aprovada em 2019.

No Brasil, a relação entre o número de funcionários públicos e a população é mais alta que a média da América Latina, mas não que a internacional. A parcela de servidores federais no total do funcionalismo é de 10%, abaixo do percentual de outros países federalistas, como Canadá e Austrália.

O problema é incluir novos concursados num sistema cheio de direitos gravados em pedra, sem critérios de avaliação que permitam manter uma mão de obra competente. Optar por esse caminho seria incorrer no mesmo erro de sempre.

Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em Comissão Especial na Câmara dos Deputados em 2021. Mesmo imperfeita, pode ajudar no debate. Quando o governo resolver tratar do tema, certamente novas propostas serão apresentadas.

É fundamental modernizar o Estado brasileiro e acabar com privilégios como os da elite do funcionalismo, em particular na Justiça, com suas férias de 60 dias, auxílios e promoções automáticas.

A própria ministra Esther Dweck reconhece que não existem recursos para contratar 80 mil pessoas. Um governo que se diz disposto a colocar as contas públicas em dia não poderia mesmo cometer esse equívoco. Adiar a necessária reforma administrativa é continuar condenando os brasileiros a uma burocracia estatal incapaz de prestar serviços de qualidade.
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Mensagem por E.R » 01 Ago 2023, 05:37

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Mensagem por E.R » 07 Ago 2023, 20:02

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https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/ ... ionalismo/

A discussão sobre o tamanho ideal do Estado pode ser avaliada comparando o desempenho nacional ao de outros países. A conclusão é esta : não, o Brasil não tem funcionários públicos em excesso. E, sim, o Brasil gasta mais do que deveria com o funcionalismo.

Um em cada oito brasileiros (aproximadamente 12% do total) trabalha para o Estado — no nível municipal, estadual ou federal.

O número de funcionários públicos está abaixo da média global de 17% calculada pelo Banco Mundial.

Porém, o que deve ser discutido é a eficiência do gasto público.

Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Brasil gasta uma proporção elevada do seu PIB (Produto Interno Bruto) para manter a máquina pública. Pelos dados mais recentes, de 2021, o governo do Brasil consome 35,9% de tudo o que é produzido no país. O valor está acima do praticado por Chile, Paraguai, Uruguai, Peru, Colômbia e Venezuela.

Na América do Sul, apenas a Argentina, com 37,83% gasta uma proporção maior do PIB com o funcionalismo do que o Brasil.

Em 2017, um relatório do Banco Mundial diagnosticou os principais problemas do gasto público no Brasil. A frase de abertura resume a situação: “O governo brasileiro gasta mais do que pode e, além disso, gasta mal”.

O maior desafio, de acordo com o estudo, eram os gastos com previdência (cujo déficit tem uma contribuição desproporcional dos servidores públicos). Em 2019, o Congresso aprovou uma proposta de que aliviou esse peso.

Depois da Reforma da Previdência aprovada pelo Congresso Nacional, a medida de maior impacto proposta no relatório era a redução da disparidade salarial entre servidores públicos e os trabalhadores do setor privado.

Porém, o Congresso até agora não aprovou mudanças significativas nesse aspecto da legislação.

O maior sinal de má aplicação dos recursos é a disparidade entre os salários no setor público e nas empresas privadas. Essa diferença recebe o nome de “prêmio” no jargão técnico.

Um levantamento do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostrou que, em 2019, a remuneração média de um funcionário da União era de R$ 10,3 mil, ante R$ 5,2 mil do nível estadual e R$ 3 mil no nível municipal. No mesmo ano, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o salário médio do brasileiro foi de R$ 2.975.

Esse problema persiste mesmo quando se consideram funções similares, que exigem um grau de escolaridade parecido. Por exemplo: o cargo de coordenador jurídico paga mais de R$ 30.000 no governo e menos de R$ 10.000 no setor privado, em média. “O prêmio salarial dos servidores públicos federais brasileiros é atípico para padrões internacionais, e o prêmio salarial dos servidores estaduais encontra-se entre os mais altos do mundo”, afirma o relatório do Banco Mundial sobre o tema. O problema é tão sério que tem consequências diretas sobre a desigualdade no país.

Pior : os números do Banco Mundial mostram um aumento dessa disparidade nas duas últimas décadas no Brasil. Como um possível remédio, a entidade sugere uma redução gradual de salários a partir dos novos ingressantes no serviço público (já que, pela Constituição, não pode haver redução no salário de servidores empossados no cargo).

Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) publicado em 2020 concluiu — assim como o FMI — que o Brasil tem o segundo maior gasto público da América Latina.

No mesmo ano, uma nota técnica da CNI (Confederação Nacional da Indústria) também atestou o alto custo do funcionalismo público no Brasil — apesar de o número de funcionários abaixo do que deveria ser : "O Brasil não tem um número muito elevado de servidores públicos em proporção da população ou do total de trabalhadores; contudo, as despesas totais com esses trabalhadores (ativos e inativos) são elevadas e representam percentual do PIB próximo, ou até superior, ao de países ricos e reconhecidos pelo tamanho grande do Estado”, diz o documento.

Um estudo elaborado pelo Instituto Millenium, um think tank de tendência liberal, chegou a conclusões parecidas a respeito do peso do funcionalismo. O levantamento acrescenta um argumento importante sobre o alto salário dos servidores: eles já entram no cago ganhando um valor alto e, salvo exceções, têm poucas perspectivas de receber acréscimos por desempenho ou mérito. Ou seja : o incentivo a uma boa performance é quase zero. “Ao ter um salário inicial elevado, o setor púbico federal promove incentivos incorretos em termos de eficiência, tanto por permitir que funcionários sem tanta experiência de mercado tenham prêmios salariais altos, quanto por não ter um crescimento significativo para os salários finais”, aponta o levantamento.

O relatório também calcula o impacto da disparidade salarial entre servidores públicos e trabalhadores do setor privado: se os 30 cargos mais numerosos do serviço público recebessem um valor equivalente ao que se paga pela mesma função em empresas privadas, o Estado brasileiro economizaria cerca de R$ 15 bilhões por mês.

As despesas obrigatórias, somadas a gatilhos de aumentos salariais, deixam o governo com pouca margem para reduzir despesas. Segundo o relatório do Banco Mundial, aproximadamente 92% das despesas do governo federal são obrigatórias. Mais uma vez, na comparação com vizinhos, o Brasil aparece numa situação pior : o índice é de 65% no Chile, 82% no México e 84% na Colômbia.

Essa falta de flexibilidade na aplicação dos recursos se reflete na baixa efetividade do governo. O índice que mede a eficácia governamental, compilado pelo Banco Mundial, dá ao Brasil uma nota de -0,46, numa escala de -2,5 a 2,5. O desempenho está abaixo de países da América Latina como Chile (0,63), Peru (0,26), Colômbia (-0,05) e México (-0,31).

Ainda assim, se souberem aproveitar oportunidades, os gestores públicos brasileiros podem promover um salto de produtividade sem que seja preciso mudar a lei. O progresso tecnológico, a expansão do trabalho remoto e, mais recentemente, o avanço da inteligência artificial têm mudado o mercado de trabalho.

Assim como os cargos de ascensorista foram gradualmente extintos dos órgãos públicos, algo semelhante pode acontecer com outras funções. Além disso, novas ferramentas podem aumentar a produtividade dos funcionários e, assim, reduzir a necessidade de novas contratações. O quanto isso vai afetar as despesas com o funcionalismo depende da capacidade do Estado brasileiro de se ajustar à nova realidade.

“O aumento da digitalização das atividades do setor público vai aumentar a eficiência e diminuir a necessidade de servidores para exercer algumas profissões que não serão mais tão relevantes ou necessárias para o exercício das atividades do setor público”, prevê o professor José Dantas, da Universidade de Brasília.

Resta saber com qual velocidade o serviço público brasileiro vai se adaptar ao novo cenário.
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