Economia

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 14 Jul 2011, 01:58

http://economia.estadao.com.br/noticias/not_75797.htm

. A fusão entre Sadia e Perdigão foi aprovada por quatro votos a favor e um contra no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em sessão de julgamento que terminou no início da tarde de hoje.

O conselheiro Ricardo Ruiz foi o primeiro a ler seu voto, de aprovação, nos termos do acordo entre a autarquia e a BRF - Brasil Foods, companhia que reúne Sadia e Perdigão. O relator Carlos Ragazzo manteve seu voto contra.

No Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) estão previstas a venda em conjunto de todos os bens e direitos das marcas e ativos correspondentes de Rezende, Wilson, Escolha Saudável, Delicata e Doriana, entre outros. Além disso, alienação em conjunto de 10 fábricas, duas unidades fabris de suínos e duas de frango, entre outros. "Com isso temos as 730 mil toneladas/ano e estamos falando de 80% de escala de produção da Perdigão no mercado interno para uma nova empresa e reproduzindo uma empresa similar à BRF em termos operacionais", declarou Ruiz.

O acordo prevê suspensão da marca Perdigão por três anos em mercados de maior concentração da empresa como presunto, suínos, lombo congelado, pernil, presunto tender, linguiça e paio, entre outros.

Pelo período de quatro anos, a marca Perdigão será suspensa em salames e, por cinco anos, em lasanhas, pizzas congeladas, almôndegas e frios, entre outros.

Já a marca Batavo não será mais uma processadora de carnes por quatro anos, mas pode seguir normalmente em produtos lácteos, conforme explicou Ruiz. A suspensão é válida somente em território nacional.

"Suspender a marca Perdigão nesses prazos e nesses mercados foi a única possibilidade crível para uma solução negociada. Dessa forma, a marca Sadia ficará mais desprotegida e reduzimos a barreira para uma nova entrante", completou.

Segundo Ruiz, para ser atingida a solução negociada entre a BRF e a autarquia sobre a fusão houve a necessidade de mais diálogo entre as partes. "Acordamos que o voto do relator, com as suas principais preocupações, seria o ponto de partida para as novas negociações", disse Ruiz. "Sem o voto do relator, não seria possível a redação de um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) em prazo tão curto", disse. O acordo deve ser assinado entre as partes.

O conselheiro citou os principais pontos de preocupação de Ragazzo e a solução sugerida pela empresa, que para a elaboração do novo TCD partiria de venda de ativos e marcas. "Começamos as reuniões porque as empresas mudaram radicalmente de posicionamento", declarou Ruiz. "Para rivalizar com BRF é necessário uma empresa com escala e escopo em todos os elos da cadeia em âmbito nacional."

Ainda nos termos do acordo, a empresa não poderá readquirir os negócios a serem alienados por um prazo de 10 anos da data de assinatura do TCD, além de garantir a manutenção de empregos por seis meses.

Já na fase de transição, a BRF deverá impedir a degradação dos ativos tangíveis e intangíveis da empresa e também em participação de mercado, e manter o funcionamento das unidades da empresa em níveis não inferiores aos de hoje. Os investimentos em marketing deverão permanecer em níveis equivalentes aos de 2010.

Ruiz finalizou seu voto falando sobre penalidades, no caso de ruptura ou violação das cláusulas, nas quais serão aplicadas multas que variam de desde o pagamento de R$ 50 mil por dia até a reversão da operação.
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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 16 Jul 2011, 14:51

EUA suspendem investimentos em previdência para evitar moratória

http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... toria.jhtm

Bernanke: moratória dos EUA provocaria uma "grande crise"

http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... crise.jhtm



É, esse século XXI vai ser o mais escroto dos escrotos. Preparem-se para ver as maiores merdas da história. Será a transferência da hegemonia americana para a chinesa?

Diga-se de passagem: a expansão do neoliberalismo no mundo e o consequente desmanche dos aparelhos estatais nas periferias foram os remedios do Banco Mundial e FMI para evitar o default da dívida dos países pobre. O que o feiticeiro vai fazer agora? Estamos na fase pós-imperialismo, esta se chama "crise geral do capital". E não sou eu quem digo.

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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 19 Jul 2011, 18:52

Eu tinha visto esta matéria há um tempo no Fantástico e já estava querendo postá-la aqui, é bem interessante. Gostaria que todos assistissem.

Aqui a matéria sobre o esquema financeiro do tráfico de drogas, encabeçado por Beira Mar.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... 05,00.html

Na matéria, o trafico de drogas é apontado como apenas a fase de captação financeira de um esquema muito maior, que até foge à alçada dos traficantes. O dinheiro circula pelo sistema financeiro, é lavado, e ninguém sabe para onde onde vai, podendo, depois de lavado, estar entrando em qualquer investimento no mundo. Cabe à imaginação de cada um imaginar quem comanda e quem se beneficia deste esquema, pois suspeito eu que investigação nenhuma conseguirá descobrir, por motivo óbvios demais.

Muita gente se beneficia com um sistema financeiro desregulamentado, mas o povo certamente não. É assustador.

Me dizia um certo sábio que quando uma merda vem a tona, é para encobrir uma outra ainda maior. Sobre isso nada podemos fazer.

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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 21 Jul 2011, 00:20

Dizia alguém [vi no twiter do Plinio] que o orçamento de um país demonstra suas prioridades.

BC eleva taxa básica de juros pela 5ª vez, para 12,50%

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9464 ... 1250.shtml

Estamos batendo marcas históricas no peso dos juros da dívida pública no orçamento da nação.Adivinhem quem paga a conta? [se alguém não compreende a relação taxa de juros, divida pública e orçamento federal é só dizer].

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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 21 Jul 2011, 17:31

Com emissão para o BNDES, dívida pública cresce 3,4% em junho

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9467 ... unho.shtml

Quem se beneficia da dívida? Quem compra os títulos públicos federais com rendimento de 12,5% ao ano e quem empresta dinheiro ao governo (banqueiros internacionais).

Governo do Rio cede Maracanãzinho para time de vôlei de Eike

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/94 ... eike.shtml

Peraí, não era o Cabral que estava viajando esses dias num jatinho do Eike? Ah, mas o Lula também viajou... ah, tá. Viva o Capital. :triste:




Governo Dilma ainda terá que reconhecer inviabilidade do atual modelo econômico
A economia brasileira, a julgar pelos investimentos que vêm crescendo mais rapidamente na última década, deverá se expandir no quadriênio do governo Dilma, puxada por três demandas estratégicas principais: os programas de energia do PAC (petróleo e hidroeletricidade), os planos de safra anuais da agricultura e os investimentos em infra-estrutura ligados à Copa do Mundo e Olimpíadas. Esses três “setores” seriam como que responsáveis por alavancar o conjunto do sistema econômico, crescendo à frente dos demais, mediante aplicação de investimentos que supostamente estariam elevando a produção e a produtividade do trabalho no conjunto da economia. Esta é a aposta dos ‘desenvolvimentistas’ do governo, para o que contam com um cenário externo favorável, que confirme tais demandas. Crises externas mais graves cortariam esse ciclo de crescimento, pelas razões adiante expostas.

Por outro lado, as bases materiais sobre as quais se apóiam as apostas do desenvolvimento dependem fortemente do ingresso de capital estrangeiro para financiar megaprojetos de inversão e de demanda externa por “commodities”. Essa demanda externa (exportação de mercadorias) cumpre o papel de solvência parcial à remuneração do conjunto do capital estrangeiro operante ou em trânsito no país.

Se atentarmos para a estrutura econômica dos setores que já crescem à frente dos demais há alguns anos, veremos que há certo denominador comum presente na produção do petróleo, da hidroeletricidade, do agronegócio e também da mineração. Todos esses ramos produtivos operam com base em monopólio de recursos naturais, que nas suas dotações originais independem de investimentos ou de aplicação do trabalho humano para produzi-los.

Dada a atual configuração da inserção do Brasil no comércio mundial, os recursos naturais passaram a figurar como vetor principal de competitividade externa. O pressuposto dessa competitividade, baseada em estoques finitos de recursos naturais, é preocupante por varias razões. As matérias-primas aí produzidas apresentam baixa agregação de trabalho humano; há forte pressão por super-exploração dos recursos naturais em curto prazo; e a inovação técnica de ponta no sistema industrial fica relativamente relegada a segundo plano (exceto no caso do petróleo/Pré-sal) porque os ganhos de produtividade do subsistema exportador estão muito mais ligados às chamadas vantagens comparativas naturais.

Temos uma armadilha grave nesse quadro estratégico. Competitividade externa de “commodities” agrícolas e minerais, apoiada no argumento da produtividade da terra e das jazidas minerais disponíveis, sustenta um processo de acumulação de capital no conjunto da economia fortemente dependente de capital-estrangeiro. A resultante inevitável é superexploração de jazidas e terras novas e/ou intensificação do pacote técnico agroquímico nas zonas já exploradas, para obter maior fatia no mercado externo de produtos primários. Esse arranjo não é sustentável em médio prazo, econômica e ecologicamente. Os tais ganhos de produtividade exportados em minerais, petróleo, carnes, grãos, etanol etc. tendem e se extinguir no tempo com a dilapidação paulatina dos recursos naturais não renováveis.

Por outro lado, o perfil distributivo deste modelo não é menos perverso. Os ganhos de produtividade na fase expansiva das “commodities” viram renda da terra e do capital, capturadas privadamente pelos proprietários de terras, jazidas e do capital. Porém, os custos sociais e ambientais da superexploração desses recursos e do trabalho precarizado envolvido são da sociedade como um todo. Compensações se tornam necessárias, mas não seria remédio suficiente para suprir a renda da força de trabalho e os custos sociais degradantes do trabalho e do meio ambiente.

Este quadro econômico de produção e repartição do excedente econômico evidentemente não se compraz com democracia política e social. Não está claro que o governo atual tenha clareza de sua não sustentabilidade em médio prazo. O sistema tributário e a política social provavelmente teriam que extrair e redistribuir uma parcela muito grade da renda da terra e do capital para suprir necessidades básicas; e ainda que o fizessem não resolveriam o problema de fundo. Mas como fazê-lo se esse sistema estiver sob controle político dos donos da riqueza?

Em síntese, é necessário questionar seriamente o padrão de crescimento econômico ora em curso, não pela ótica conservadora da estabilização monetária pura e simples, mas pela ótica das necessidades básicas dos trabalhadores e da população em seu conjunto, cujos empregos, direitos sociais e outras formas de participação no bolo econômico ficam seriamente comprometidas pela receita que está sendo aplicada pelos mestres de culinária do crescimento econômico com base em dependência externa e recursos primários.
http://www.correiocidadania.com.br/inde ... s-rolantes

Ironicamente, os adeptos de FHC vão dizer coisas como "ahá" quando ruir algumas coisas nesta gestão. Entendam: Lula e Dilma estão CONTINUANDO as mesmas políticas inauguras ainda nos tempos de Collor, políticas de alinhamento com o FMI e Banco Mundial. Ou seja: uma economia ultra liberal, sem base de crescimento nacional e de forte dependência do setor externo, especialmente quanto a investimentos diretos e investimentos financeiros.

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 25 Jul 2011, 08:10


. O presidente dos Estados Unidos,Barack Obama tenta combater a crise financeira do seu país.
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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 25 Jul 2011, 14:47

O fracasso não é nas negociações: é nas políticas econômicas ortodoxas, que priorizam o capital financeiro especulativo em detrimento do capital produtivo. Resultado: muito capital a ser remunerado, mas pouco base de valor real. Chama-se superprodução de capital e já estava descrito em Marx como um mecanismo ciclo inerente ao sistema capitalista.

Solução? Regular pesadamente o setor financeiro, justamente o contrário das tendências atuais.

Inclusive esta foi a maneira de sair da Crise de 29: limitar os privilégios e atual do capital rentista, que só traz ônus à sociedade. Vejam só, chegamos ao nível de perdir a volta do "bom capitalismo", ou seja, aquele que investe capital em produção de mercadorias e serviços, diminuindo a margem para crises cíclicas pela atuação pesada do Estado como regulador da economia e direcionador de investimentos.

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Re: Economia

Mensagem por CHarritO » 27 Jul 2011, 10:14

Meus títulos e conquistas no FCH:
Moderador Global do FCH (2012 à 2014 / 2016 à 2020)
Moderador do Meu Negócio é Futebol (2010 à 2012 / 2015 à 2016)
Eleito o 1º vencedor do Usuário do Mês - Março 2010
Campeão do Bolão da Copa do FCH (2010)
Campeão do 13º Concurso de Piadas (2011)
Bicampeão do Bolão do FCH - Brasileirão (2011 e 2012)
Campeão do Bolão do FCH - Liga dos Campeões (2011/2012)
Campeão de A Casa dos Chavesmaníacos 10 (2012)
Campeão do Foot Beting (2014)
Hexacampeão da Chapoliga (2014, 2015, 2016, 2017, 2019 e 2020)
Campeão de O Sobrevivente - Liga dos Campeões (2016/2017)
Campeão de O Sobrevivente - Copa América (2019)
Campeão do Bolão da Copa América (2019)

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Re: Economia

Mensagem por Antonio Felipe » 28 Jul 2011, 22:50

Um site muito interessante para ver o tamanho - físico - da dívida americana: http://www.wtfnoway.com/
Administrador desde 2010, no meio CH desde 2003.

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 05 Ago 2011, 02:22

http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 066839.asp

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. Reagindo ao pânico e à queda generalizada nos mercados internacionais, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou nesta quinta-feira com a pior baixa desde 21 de novembro de 2008, quando o mundo passava pelo momento mais agudo da crise originada no mercado imobiliário americano.

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), referência do mercado, despencou 5,72%, fechando com 52.811 pontos.

O pânico espalhou-se pelos mercados mundiais diante dos sinais de que a economia global, com os Estados Unidos à frente, recupera-se muito lentamente.

Esta quinta-feira foi o pior dia nos mercados desde a crise de 2008. Na Europa, os principais índices, de Londres, Paris e Frankfurt, fecharam com queda superior a 3%. Em Milão, na Itália, o principal índice perdeu 5,16%. No fim do dia, as perdas em Nova York se aceleraram, com o Dow Jones caindo 4,31%, o S&P 500 perdendo 4,78% e o Nasdaq recuando 5,08%.

Segundo especialistas, os sinais de lentidão da recuperação da economia americana e a crise das dívidas públicas na Europa puxaram também a queda das commodities, prejudicando ações de empresas com grande participação no Ibovespa, como Petrobras e Vale.

Segundo dados preliminares, as ações preferencias (PN, se direito a voto) da Petrobras caíram 7,35%, a R$ 21,99, enquanto as ordinárias (ON, com direito a voto) perderam 7%, a R$ 22,97. Os papéis PN da Vale recuaram 5,38%, a R$ 41,26 e os ON, 5,76%, a R$ 45,10. A maior queda do Ibovespa também está ligada às commodities: os papéis da MMX, mineradora controlada por Eike Batista, caíram R$ 16,07%, a R$ 6,11.

- Por causa do perfil de país emergente, considerado mais arriscado, o Brasil perde mais em dias de fuga generalizada - diz William Castro Alves, analista da XP Investimentos.

Além disso, os mecanismo de stop losses (ordens automáticas para vender ativos quando as perdas atingem níveis elevados), que aceleraram as perdas no pregão de quarta-feira, voltaram a atuar nesta quinta-feira.

Assim como na quarta-feira, o pregão desta quinta-feira teve alto volume de negócios, com R$ 9,6 bilhões. Para alguns especialistas, isso pode indicar forte saída de investidores estrangeiros, embora os locais também tenham seguido o movimento.
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Re: Economia

Mensagem por Cavallari » 05 Ago 2011, 13:52

Eu to acompanhando a bolsa de perto nessas ultimas semanas, por motivos pessoais, e to apavorado.
Situação tá tensa demais, forte queda ontem e fortissima anteontem. Mesmo já tendo sido aprovado o aumento da divida americana, a aversão ao risco ainda é grande.
Hoje deve melhorar a situação, esperamos..
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 06 Ago 2011, 01:28

http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... s-eua.html

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. A agência de avaliação de risco financeiro Standard and Poor's (S&P) reduziu nesta sexta-feira (5) a nota da dívida pública dos Estados Unidos, algo inédito na história.

A qualificação do crédito americano de longo prazo passou da nota máxima "AAA" para "AA+", diante da crescente dívida e do pesado déficit no orçamento.

A S&P também assinalou a "perspectiva negativa" da nova classificação, afirmou a S&P em comunicado, um sinal de que outro rebaixamento da nota é possível nos próximos 12 a 18 meses.

"O rebaixamento reflete nossa opinião de que o plano de consolidação fiscal com que o Congresso e o governo concordaram recentemente fica aquém do que, em nossa visão seria necessário para estabilizar a dinâmica de médio prazo da dívida. Mais amplamente, o rebaixamento reflete nossa visão de que a eficácia, a estabilidade e a previsibilidade das instituições políticas e formuladoras de políticas dos EUA enfraqueceram, num momento de desafios ficais e econômicos, a um grau que prevíamos quando atribuímos uma perspectiva negativa para o rating, em 18 de abril de 2011", disse a S&P.

"Desde então, mudamos nossa visão das dificuldades para a superação das divergências entre os partidos políticos quanto à política fiscal, o que nos torna pessimistas quanto à capacidade do Congresso e do governo de alavancarem seu acordo, esta semana, para um plano de consolidação fiscal que estabilize a dinâmica da dívida do governo em algum momento próximo", prossegue o relatório.

A decisão veio depois de uma batalha amarga no Congresso sobre o corte de gastos e o aumento de impostos para reduzir a dívida norte-americana e permitir que o limite de endividamento legal fosse elevado.

Em 2 de agosto, o presidente dos EUA, Barack Obama, sancionou a lei designada a reduzir o déficit fiscal em US$ 2,1 trilhões ao longo de dez anos.

Os títulos do Tesouro dos EUA - conhecidos com Treasuries, uma vez vistos como o investimento mais seguro do mundo, estão classificados agora abaixo de títulos emitidos por países como Grã-Bretanha, Alemanha, França ou Canadá.

A S&P atribui aos Estados Unidos a classificação "AAA" desde 1941.

No dia em que o presidente Barack Obama sancionou o acordo que elevava o teto da dívida americana, as outras agências de risco - Moody's e Fitch - mantiveram a classificação máxima para a nota de crédito dos EUA. A Moody's, porém, acrescentou uma "perspectiva negativa" para a nota.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 09 Ago 2011, 08:34

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. Bolsa de Valores de São Paulo registrou ontem queda de 8%, a maior desde 2008. Fuga de investidores foi grande ontem.
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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 12 Ago 2011, 12:21

Governo Dilma planeja congelar gastos de 2012

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9585 ... 2012.shtml




Agronegócio brasileiro registra superavit de US$ 7 bi em julho


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/95 ... ulho.shtml

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Re: Economia

Mensagem por Scopel » 18 Ago 2011, 13:54

"É a primeira crise que nasceu na periferia", diz Francisco de Oliveira



A crise econômica nos EUA e na Europa foi provocada pela "revolução" que China e Índia imprimiram ao capitalismo, provocando uma mudança na estrutura do poder econômico "sem paralelo na história", afirma o sociólogo Francisco de Oliveira, professor emérito da USP. "É a primeira crise que nasceu na periferia."

Segundo ele, não há muito o que o governo brasileiro possa fazer para conter seus efeitos perigosos, como a valorização da moeda nacional. "É como colocar água em cesto", afirma o acadêmico marxista que foi um dos fundadores do PT, do qual se afastou no início do governo Lula.

FOLHA - Como o sr. analisa o estágio atual da crise econômica nos EUA e na Europa?

FRANCISCO DE OLIVEIRA - Esta crise é a primeira que não nasceu no centro, nasceu na periferia. Daí a dificuldade de tratá-la. Ela nasceu da revolução que a China e a Índia imprimiram ao capitalismo. Esses países colocaram no mercado uma força de trabalho que o Ocidente em toda a sua história não conseguiu botar. É uma revolução extraordinária. Como no filme "Melancolia" [de Lars von Trier], é como se viesse outro planeta e explodisse a Terra.

Essa mão de obra começou a competir com a do centro?

Compete, e tente você produzir tecidos no Brasil. Não consegue.

Muitos economistas dizem que a bolha de crédito que explodiu em 2008 veio da estagnação da renda dos trabalhadores. O crédito foi para que continuassem a consumir.

O crédito dado por quem? Pela China. A China empurra trilhões na economia americana. O Fed (banco central) tem que emprestar aquilo. Passa para o sistema bancário americano, o sistema bancário foi reduzindo as taxas de juros, e sucateando o crédito. Como a renda de fato não cresce, na verdade caiu na última década, você tem um problema clássico de realização de valor [quando o baixo consumo reduz o lucro obtido com a produção]. Estão jogando dinheiro nos EUA porque do contrário liquida tudo, mas a origem da crise é asiática, não é americana.

Então não tem solução para ela?

Não tem, mas vão continuar jogando dinheiro, apagando fogo com gasolina.

Há um debate sobre se a crise assinala a decadência dos EUA como centro capitalista. Qual a sua opinião?

Não assinala a decadência como centro, mas é uma enorme novidade histórica. A China não tem nenhum interesse em torrar os EUA. Eles têm o dinheirinho deles lá. Quem são os maiores aplicadores em bônus do Tesouro americano? Primeiro a China, com um volume extraordinário [US$ 2 trilhões], depois a Índia e depois o Brasil.

Os chineses não têm interesse em entrar em uma guerra comercial ou financeira com os EUA. Se os EUA entrarem em colapso, vai todo mundo. A solução financeira é para não deixar quebrar, mas a raiz dela é uma mudança na estrutura do poder econômico mundial que é sem paralelo na história.

Essa mudança ainda não tem correspondente em outras formas de poder?

Nem no poder político nem no militar. A China é um anão militar, embora esteja acelerando. E também não tem poder político. A época do expansionismo chinês, que deu origem ao PC do B no Brasil, por exemplo, acabou.

Mas a China acabou com os antigos paradigmas, não?

Eles contribuem para quebrar paradigmas, mas não têm um novo modelo. Vai haver, mas o desenho ainda está se formatando. Os chineses têm um relevo extraordinário aí, mas ninguém sabe o que é.

E como o Brasil fica nessa situação?

Não vai acontecer nada demais. Vão ser períodos mornos, dependendo desse arranjo que está se formatando.

O sr. não prevê um bang, uma explosão?

Não, se tiver é uma surpresa extraordinária. É uma coisa que vai ter surtos de crescimento, depois retrai, modera. O dramático é que o governo brasileiro fica quase sem ter o que fazer.

As últimas medidas contra a valorização do câmbio são um placebo?

Placebo. Apesar do esforço da Dilma, não tem o que fazer na economia. Qualquer esforço aí é jogar água em cesto.

Não tem meios de frear essa enxurrada de dólares?

Não. O Brasil fica se vangloriando de ter US$ 300 bilhões em reservas. Isso é uma bobagem. Num dia os EUA derretem isso. É briga de cachorro grande. Nós já passamos do nível de basset, agora somos um perdigueiro, por aí. Não chegamos a doberman não.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9613 ... eira.shtml

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