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Re: Lula
Lula compara Moro a 'czar' e diz que força-tarefa da Lava Jato mentiu
Condenado na última semana, ex-presidente falou em 'processo político' ligado ao fato de 'não quererem que o Lula possa voltar a ser candidato'
Elisa Clavery, O Estado de S.Paulo
18 Julho 2017 | 08h54
Condenado na última semana a nove anos e meio de prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na manhã desta terça-feira, 18, que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela sua sentença, "não pode continuar se comportando como se fosse um czar". O petista também acusou a Polícia Federal e o Ministério Público da Lava Jato de ter mentido a respeito das investigações, lembrando a apresentação em Power Point feita pela força-tarefa da operação, no ano passado.

Lula fala pela primeira vez, após ser condenado pelo juiz Sérgio Moro Foto: Alex Silva/Estadão
"O juiz Moro não pode continuar se comportando como se fosse um czar. Ele faz o que quer, como quer, sem respeitar o direito democrático, sem respeitar a Constituição. Ele vai passando por cima, não deixa a defesa falar, tenta cercear o direito da defesa", disse o ex-presidente à Rádio Capital de São Paulo. "Montaram uma mentira desde o começo. Quando eu vi aquele Power Point desenhado pelo (procurador Deltan) Dallagnol, me dei conta que era um processo eminentemente político."
Segundo o petista, que voltou a afirmar, em pronunciamento um dia após sua condenação, que quer se candidatar em 2018, o processo "está ligado ao fato de não quererem que o Lula possa voltar a ser candidato a presidente da República."
O ex-presidente foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação que envolve o triplex no Guarujá. Na sentença, Moro considerou existirem provas para condenação do petista pelo recebimento de R$ 2,2 milhões de propinas. O ex-presidente, porém, voltou a afirmar que a sentença é uma "peça cheia de inverdades" e que o magistrado "não levou em conta os autos do processo".
"A Polícia Federal da Lava Jato mentiu, o Ministério Público da Lava Jato mentiu, e o juiz deu uma sentença sem explicação. Ele passa 60 páginas se explicando sobre a sentença sem nenhuma prova", disse Lula.
Como já disse outras vezes, Lula voltou a afirmar que a prisão de potenciais delatores acaba incentivando os acordos de colaboração premiada. "Uma coisa é o cidadão se apresentar espontaneamente e dizer 'quero fazer uma delação'. Outra é ver os delatores levando uma vida de nababo", disse o ex-presidente. "As pessoas estão presas, elas delatam até a mãe."
Questionado sobre novos nomes no partido, o ex-presidente não citou nenhum possível candidato do PT para 2018 em seu lugar. "Eu não acho que tem que ser eu. Eu tenho condições porque já provei que sou capaz de governar esse País", afirmou. O petista voltou a dizer que vai pleitear ao partido o direito de ser candidato à Presidência.
Sobre o presidente Michel Temer (PMDB), denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República em junho deste ano, Lula afirmou que o peemedebista "não tem mais qualquer possibilidade de continuar governando".
"A autoridade moral dele acabou, embora ele tenha uma sustentação na Constituição para estar exercendo o cargo em que ele está. A verdade é que ele não tem mais na sociedade brasileira qualquer possibilidade de governar", disse o ex-presidente, defendendo que Temer renuncie e convoque eleições diretas para presidente. "O Brasil não pode ficar quase 18 meses esperando uma eleição", disse.
Veja, na íntegra, a entrevista do ex-presidente Lula, transmitida em seu Facebook:
[facebookvideo]1378074652261531[/facebookvideo]
ESTADÃOElisa Clavery, O Estado de S.Paulo
18 Julho 2017 | 08h54
Condenado na última semana a nove anos e meio de prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na manhã desta terça-feira, 18, que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela sua sentença, "não pode continuar se comportando como se fosse um czar". O petista também acusou a Polícia Federal e o Ministério Público da Lava Jato de ter mentido a respeito das investigações, lembrando a apresentação em Power Point feita pela força-tarefa da operação, no ano passado.

Lula fala pela primeira vez, após ser condenado pelo juiz Sérgio Moro Foto: Alex Silva/Estadão
"O juiz Moro não pode continuar se comportando como se fosse um czar. Ele faz o que quer, como quer, sem respeitar o direito democrático, sem respeitar a Constituição. Ele vai passando por cima, não deixa a defesa falar, tenta cercear o direito da defesa", disse o ex-presidente à Rádio Capital de São Paulo. "Montaram uma mentira desde o começo. Quando eu vi aquele Power Point desenhado pelo (procurador Deltan) Dallagnol, me dei conta que era um processo eminentemente político."
Segundo o petista, que voltou a afirmar, em pronunciamento um dia após sua condenação, que quer se candidatar em 2018, o processo "está ligado ao fato de não quererem que o Lula possa voltar a ser candidato a presidente da República."
O ex-presidente foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação que envolve o triplex no Guarujá. Na sentença, Moro considerou existirem provas para condenação do petista pelo recebimento de R$ 2,2 milhões de propinas. O ex-presidente, porém, voltou a afirmar que a sentença é uma "peça cheia de inverdades" e que o magistrado "não levou em conta os autos do processo".
"A Polícia Federal da Lava Jato mentiu, o Ministério Público da Lava Jato mentiu, e o juiz deu uma sentença sem explicação. Ele passa 60 páginas se explicando sobre a sentença sem nenhuma prova", disse Lula.
Como já disse outras vezes, Lula voltou a afirmar que a prisão de potenciais delatores acaba incentivando os acordos de colaboração premiada. "Uma coisa é o cidadão se apresentar espontaneamente e dizer 'quero fazer uma delação'. Outra é ver os delatores levando uma vida de nababo", disse o ex-presidente. "As pessoas estão presas, elas delatam até a mãe."
Questionado sobre novos nomes no partido, o ex-presidente não citou nenhum possível candidato do PT para 2018 em seu lugar. "Eu não acho que tem que ser eu. Eu tenho condições porque já provei que sou capaz de governar esse País", afirmou. O petista voltou a dizer que vai pleitear ao partido o direito de ser candidato à Presidência.
Sobre o presidente Michel Temer (PMDB), denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República em junho deste ano, Lula afirmou que o peemedebista "não tem mais qualquer possibilidade de continuar governando".
"A autoridade moral dele acabou, embora ele tenha uma sustentação na Constituição para estar exercendo o cargo em que ele está. A verdade é que ele não tem mais na sociedade brasileira qualquer possibilidade de governar", disse o ex-presidente, defendendo que Temer renuncie e convoque eleições diretas para presidente. "O Brasil não pode ficar quase 18 meses esperando uma eleição", disse.
Veja, na íntegra, a entrevista do ex-presidente Lula, transmitida em seu Facebook:
[facebookvideo]1378074652261531[/facebookvideo]
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Re: Lula
Moro compara Lula a Eduardo Cunha
http://politica.estadao.com.br/blogs/fa ... rdo-cunha/
http://politica.estadao.com.br/blogs/fa ... rdo-cunha/
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Re: Lula
http://politica.estadao.com.br/blogs/fa ... l-de-lula/

Lula teve R$ 606.727,12 bloqueados pelo Banco Central.
O confisco dos ativos do petista foi decretado a pedido do Ministério Público Federal.
O dinheiro foi encontrado em quatro contas de Lula : R$ 397.636,09 (Banco do Brasil), R$ 123.831,05 (Caixa Econômica Federal), R$ 63.702,54 (Bradesco) e R$ 21.557,44 (Itaú).
Além do dinheiro, foram confiscados de Lula três apartamentos e um terreno, todos os imóveis em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, e também dois veículos.

Lula teve R$ 606.727,12 bloqueados pelo Banco Central.
O confisco dos ativos do petista foi decretado a pedido do Ministério Público Federal.
O dinheiro foi encontrado em quatro contas de Lula : R$ 397.636,09 (Banco do Brasil), R$ 123.831,05 (Caixa Econômica Federal), R$ 63.702,54 (Bradesco) e R$ 21.557,44 (Itaú).
Além do dinheiro, foram confiscados de Lula três apartamentos e um terreno, todos os imóveis em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, e também dois veículos.



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Re: Lula
Mais informações e a defesa do PT: http://exame.abril.com.br/brasil/moro-m ... iz-jornal/E.R escreveu:http://politica.estadao.com.br/blogs/fa ... l-de-lula/
Lula teve R$ 606.727,12 bloqueados pelo Banco Central.
O confisco dos ativos do petista foi decretado a pedido do Ministério Público Federal.
O dinheiro foi encontrado em quatro contas de Lula : R$ 397.636,09 (Banco do Brasil), R$ 123.831,05 (Caixa Econômica Federal), R$ 63.702,54 (Bradesco) e R$ 21.557,44 (Itaú).
Além do dinheiro, foram confiscados de Lula três apartamentos e um terreno, todos os imóveis em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, e também dois veículos.
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Re: Lula
. Justiça faz bloqueio de 9 milhões de conta de Lula - http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017 ... lula.shtml



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Re: Lula
Essa sigla é como o universo, vive se expandindo.
"Não costumo ser um homem religioso, mas se tu estás lá em cima, me salva, SUPER HOMEM"
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Re: Lula
Não arredo o pé. A quem liga para saber se vai recuar da apresentação da “Emenda Lula”, Vicente Cândido (PT-SP) diz que “prefere manter a coragem de assumir a autoria do que ter a covardia de recuar”.
COLUNA DO ESTADÃO / ESTADÃO"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano
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Re: Lula
Não mudou. Simplesmente alguns partidos, entidades, movimentos adicionam algumas letras a mais para buscar ser mais inclusivo.Victor235 escreveu:LGBTIQ's? Mudou de novo??
Administrador desde 2010, no meio CH desde 2003.
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Victor235
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Re: Lula
E o que representam o "I" e o "Q"?Antonio Felipe escreveu:Não mudou. Simplesmente alguns partidos, entidades, movimentos adicionam algumas letras a mais para buscar ser mais inclusivo.Victor235 escreveu:LGBTIQ's? Mudou de novo??
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Re: Lula
Lula diz que propina foi 'inventada' por empresários e pelo MP
Em entrevista à rádio Tiradentes do Amazonas, petista também defendeu a criação de fundo eleitoral, em discussão na Câmara
Elisa Clavery, O Estado de S.Paulo
24 Julho 2017 | 12h44
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira, 24, que a palavra "propina" foi "inventada" por empresários e pelo Ministério Público para "tentarem culpar os políticos". Segundo o petista, todos os políticos, "desde que foi proclamada a República", sempre usaram doações empresariais nas campanhas.

Lula diz que a palavra 'propina' foi inventada por empresários e pelo MP Foto: Paulo Fonseca/EFE
"A palavra propina foi inventada pelos empresários para tentarem culpar os políticos. Ou pelo Ministério Público. Por tudo o que leio na imprensa, todas as campanhas do Brasil sempre foram feitas (com financiamento de empresas)", disse o ex-presidente em entrevista à rádio Tiradentes do Amazonas, transmitida ao vivo pelo Facebook de Lula. "A diferença é que agora transformaram as doações em propina, então tudo ficou criminoso".
O petista defendeu, ainda, a criação do fundo público eleitoral, em discussão na Câmara. "Se os políticos não tiverem coragem de mudar a legislação eleitoral, de criar um fundo de financiamento de campanha para que não fiquem mais dependentes de empresário, o Brasil não vai ter jeito", disse.
Sem falar diretamente em caixa 2, Lula disse que o candidato que prestou contas à Justiça Eleitoral sobre doações empresariais, e elas foram aprovadas, não teria culpa.
"Quando o empresário deu o dinheiro, certamente ele não disse 'vou te dar o dinheiro, mas é propina'. Se ele avisasse e o candidato aceitasse, deveria ser preso, o empresário e o candidato", disse o ex-presidente, que questionou: "Se ele (empresário) deu dinheiro, o candidato colocou na prestação de conta e a Justiça Eleitoral aprovou, que culpa tem esse candidato?"
O ex-presidente voltou a negar que soubesse de casos de corrupção dentro do partido. "Tem muitas coisas que acontecem dentro da sua casa, na sala do lado do seu trabalho, e você nao sabe. Você não é obrigado a saber", disse.
Veja a entrevista na íntegra:
[facebookvideo]1384038184998511[/facebookvideo]
Condenado a 9 anos e meio de prisão pelo juiz Sérgio Moro e com seus bens bloqueados a pedido do magistrado, Lula afirmou que irá recorrer das decisões em segunda instância. "Vamos ver se desmontamos isso", disse o petista, que voltou a chamar o processo de mentiroso e a culpar a participação da imprensa. "Seria muito mais barato para o Brasil se eles tivessem acreditado quando eu disse que o apartamento não era meu".
Na entrevista, Lula voltou a criticar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas criticou o segundo mandato da petista que, segundo ele, veio após uma "campanha muito nervosa e muito radicalizada".
"Depois das eleições, a gente percebeu que a Dilma fez algumas coisas que não estavam no discurso que agradou tanto a esquerda para lhe apoiar em 2014. Começamos a ter um problema de queda das pesquisas da opinião publica, queda da economia e queda do emprego, até que veio o impeachment da companheira Dilma, que foi uma coisa ilegal", disse.
Para o petista, "foi triste ver tantos amigos da Dilma" votarem pelo impeachment, o que chamou de um "erro histórico" com o País. Disse, ainda, que nas próximas eleições pediu para que o partido atuasse de forma separada de outras siglas, para demarcar o discurso.
"Nessas eleições agora, pedi para o PT saísse separado, para demarcar nosso discurso. Porque senão dá a impressão de que está todo mundo na mesma bacia e não é verdade. É preciso que a gente mostre a diferença política nesse momento. Acho que o Zé Ricardo (candidato do PT para o governo do Amazonas, José Ricardo Wendling) vai fazer isso com muita competência".
ESTADÃOElisa Clavery, O Estado de S.Paulo
24 Julho 2017 | 12h44
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira, 24, que a palavra "propina" foi "inventada" por empresários e pelo Ministério Público para "tentarem culpar os políticos". Segundo o petista, todos os políticos, "desde que foi proclamada a República", sempre usaram doações empresariais nas campanhas.

Lula diz que a palavra 'propina' foi inventada por empresários e pelo MP Foto: Paulo Fonseca/EFE
"A palavra propina foi inventada pelos empresários para tentarem culpar os políticos. Ou pelo Ministério Público. Por tudo o que leio na imprensa, todas as campanhas do Brasil sempre foram feitas (com financiamento de empresas)", disse o ex-presidente em entrevista à rádio Tiradentes do Amazonas, transmitida ao vivo pelo Facebook de Lula. "A diferença é que agora transformaram as doações em propina, então tudo ficou criminoso".
O petista defendeu, ainda, a criação do fundo público eleitoral, em discussão na Câmara. "Se os políticos não tiverem coragem de mudar a legislação eleitoral, de criar um fundo de financiamento de campanha para que não fiquem mais dependentes de empresário, o Brasil não vai ter jeito", disse.
Sem falar diretamente em caixa 2, Lula disse que o candidato que prestou contas à Justiça Eleitoral sobre doações empresariais, e elas foram aprovadas, não teria culpa.
"Quando o empresário deu o dinheiro, certamente ele não disse 'vou te dar o dinheiro, mas é propina'. Se ele avisasse e o candidato aceitasse, deveria ser preso, o empresário e o candidato", disse o ex-presidente, que questionou: "Se ele (empresário) deu dinheiro, o candidato colocou na prestação de conta e a Justiça Eleitoral aprovou, que culpa tem esse candidato?"
O ex-presidente voltou a negar que soubesse de casos de corrupção dentro do partido. "Tem muitas coisas que acontecem dentro da sua casa, na sala do lado do seu trabalho, e você nao sabe. Você não é obrigado a saber", disse.
Veja a entrevista na íntegra:
[facebookvideo]1384038184998511[/facebookvideo]
Condenado a 9 anos e meio de prisão pelo juiz Sérgio Moro e com seus bens bloqueados a pedido do magistrado, Lula afirmou que irá recorrer das decisões em segunda instância. "Vamos ver se desmontamos isso", disse o petista, que voltou a chamar o processo de mentiroso e a culpar a participação da imprensa. "Seria muito mais barato para o Brasil se eles tivessem acreditado quando eu disse que o apartamento não era meu".
Na entrevista, Lula voltou a criticar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas criticou o segundo mandato da petista que, segundo ele, veio após uma "campanha muito nervosa e muito radicalizada".
"Depois das eleições, a gente percebeu que a Dilma fez algumas coisas que não estavam no discurso que agradou tanto a esquerda para lhe apoiar em 2014. Começamos a ter um problema de queda das pesquisas da opinião publica, queda da economia e queda do emprego, até que veio o impeachment da companheira Dilma, que foi uma coisa ilegal", disse.
Para o petista, "foi triste ver tantos amigos da Dilma" votarem pelo impeachment, o que chamou de um "erro histórico" com o País. Disse, ainda, que nas próximas eleições pediu para que o partido atuasse de forma separada de outras siglas, para demarcar o discurso.
"Nessas eleições agora, pedi para o PT saísse separado, para demarcar nosso discurso. Porque senão dá a impressão de que está todo mundo na mesma bacia e não é verdade. É preciso que a gente mostre a diferença política nesse momento. Acho que o Zé Ricardo (candidato do PT para o governo do Amazonas, José Ricardo Wendling) vai fazer isso com muita competência".
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