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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/m ... cola.shtml
Empresários do setor de refrigerantes afirmam que estão com as suas produções afetadas e até paralisadas porque a White Martins interrompeu abruptadamente o fornecimento de CO2 para eles. O gás é matéria-prima essencial para a produção de bebidas gaseificadas.
Por outro lado, eles afirmam que a companhia manteve o fornecimento de CO2 para grandes fabricantes, como a Coca-Cola. "É de uma irresponsabilidade sem tamanho. Como ela privilegia um fabricante em detrimento de outro ?", indaga Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras).
Ao continuar o fornecimento do CO2 para a Coca-Cola e deixar outros fabricantes sem o insumo, a White Martins "fere os interesses da coletividade, impede o público consumidor de ter acesso a uma maior diversidade de produtos no mercado, possibilita a manipulação de preços ao consumidor final e viola as garantias constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência."
Os empresários afirmam que o problema começou em março de 2022. Eles dizem que foram informados sobre a interrupção do fornecimento de CO2 por meio de uma carta. Na ocasião, a White Martins liberou os fabricantes para buscarem o insumo com outras empresas — muitos tinham contrato de exclusividade com a companhia.
Empresários do setor de refrigerantes afirmam que estão com as suas produções afetadas e até paralisadas porque a White Martins interrompeu abruptadamente o fornecimento de CO2 para eles. O gás é matéria-prima essencial para a produção de bebidas gaseificadas.
Por outro lado, eles afirmam que a companhia manteve o fornecimento de CO2 para grandes fabricantes, como a Coca-Cola. "É de uma irresponsabilidade sem tamanho. Como ela privilegia um fabricante em detrimento de outro ?", indaga Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras).
Ao continuar o fornecimento do CO2 para a Coca-Cola e deixar outros fabricantes sem o insumo, a White Martins "fere os interesses da coletividade, impede o público consumidor de ter acesso a uma maior diversidade de produtos no mercado, possibilita a manipulação de preços ao consumidor final e viola as garantias constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência."
Os empresários afirmam que o problema começou em março de 2022. Eles dizem que foram informados sobre a interrupção do fornecimento de CO2 por meio de uma carta. Na ocasião, a White Martins liberou os fabricantes para buscarem o insumo com outras empresas — muitos tinham contrato de exclusividade com a companhia.



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Minha bebida preferida é energético. Tem uma variedade de sabores tão grande que a gente nunca enjoa. Até pouco tempo atrás, o meu energético preferido era esse aqui: Monster Ultra Paradise Zero Açúcar.

Porém, hoje eu provei outro energético, de outra marca, e é ainda mais saboroso. Pena que é lotado de açúcar, senão eu poderia consumir com mais frequência. Estou falando desse: Baly sabor melancia.


Porém, hoje eu provei outro energético, de outra marca, e é ainda mais saboroso. Pena que é lotado de açúcar, senão eu poderia consumir com mais frequência. Estou falando desse: Baly sabor melancia.

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Eu detesto melancia.
Essa bebida Monster é boa mesmo, tem uma de sabor manga que acho que já comentei aqui.
-
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-
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https://blogs.oglobo.globo.com/saideira ... drink.html

Com produções artesanais e fórmulas próprias, a marca carioca Barin tem chamado a atenção no mercado nacional de drinques prontos, mais conhecidos por "ready to drink".
Lançada em dezembro de 2021 no Rio de Janeiro, a empresa alavancou suas vendas em apenas cinco primeiros meses de produção.
Os destilados são oferecidos em três sabores :
. o gin tropical conta com uma receita autoral à base de gin, caju, coco e abacaxi
. a caipirinha de limão, feita com cachaça, limão e açúcar
. Moscow Mule, feito com vodca, gengibre, limão e hortelã
— A ideia da lata surgiu pela questão da sustentabilidade, mas o grande desafio é quebrar o paradigma de que produto enlatado não pode ser super premium. O luxo pode ser prático e preocupado com a sustentabilidade — afirma Rodrigo Carvalho, fundador da Barin.
A bebida vai chegar, em breve, a São Paulo e já tem vendas feitas no e-commerce.
— A cidade é uma praça fundamental. E para entrar com o pé direito vamos seguir o mesmo modelo utilizado no Rio de Janeiro. O segundo passo é a consolidação da marca no mercado brasileiro. E o maior desafio da Barin foi montar um produto premium, superprático e pronto para o consumo, algo que não se encontra facilmente nos mercados — disse.

Com produções artesanais e fórmulas próprias, a marca carioca Barin tem chamado a atenção no mercado nacional de drinques prontos, mais conhecidos por "ready to drink".
Lançada em dezembro de 2021 no Rio de Janeiro, a empresa alavancou suas vendas em apenas cinco primeiros meses de produção.
Os destilados são oferecidos em três sabores :
. o gin tropical conta com uma receita autoral à base de gin, caju, coco e abacaxi
. a caipirinha de limão, feita com cachaça, limão e açúcar
. Moscow Mule, feito com vodca, gengibre, limão e hortelã
— A ideia da lata surgiu pela questão da sustentabilidade, mas o grande desafio é quebrar o paradigma de que produto enlatado não pode ser super premium. O luxo pode ser prático e preocupado com a sustentabilidade — afirma Rodrigo Carvalho, fundador da Barin.
A bebida vai chegar, em breve, a São Paulo e já tem vendas feitas no e-commerce.
— A cidade é uma praça fundamental. E para entrar com o pé direito vamos seguir o mesmo modelo utilizado no Rio de Janeiro. O segundo passo é a consolidação da marca no mercado brasileiro. E o maior desafio da Barin foi montar um produto premium, superprático e pronto para o consumo, algo que não se encontra facilmente nos mercados — disse.



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https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-ja ... dades.html
A Ambev vai alargar sua linha de bebidas alcoólicas, além das cervejas, dos drinks à base de vodca e do vinho que já produz na Argentina.
Já testou um gim de fabricação própria, que deve ser lançado em breve, e agora foram iniciadas as provas para a produção de um saquê.
A Ambev vai alargar sua linha de bebidas alcoólicas, além das cervejas, dos drinks à base de vodca e do vinho que já produz na Argentina.
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... avel.shtml
Em uma fazenda de 80 hectares em Barra do Choça, no sudoeste da Bahia, o produtor rural Idimar Barreto Paes Filho, 64, produz por ano entre 400 e 600 sacas de café arábica, seguindo regras de produção sustentável, pelas quais recebe uma bonificação.
Esse pagamento extra pelo cumprimento de diversos parâmetros de sustentabilidade – cuidados com a terra, manejo de água e trabalho decente são alguns deles – precisa subir, demandam produtores e representantes de associações de cafeicultores da Bahia e de Minas Gerais.
O bônus pela produção sustentável está hoje entre R$ 10, quanto paga a Starbucks, uma das maiores redes de cafeterias do mundo, e R$ 45 por saca de 60 quilos de café, afirmam.
Os valores seguem a média mundial, mas os produtores brasileiros defendem que os custos locais são tradicionalmente maiores e subiram até 50% em dois anos.
A Sincal (associação dos cafeicultores) diz que o cafeicultor brasileiro tem custos maiores de produção do que os vizinhos com questões trabalhistas, por exemplo, que elevam os custos da mão de obra.
Desde 2020, o setor também sofre com o aumento do preço dos fertilizantes.
O grão produzido por Idimar Barreto Paes Filho já recebeu diversos prêmios ao longo dos anos, sendo o mais recente o do 18º Concurso Nacional ABIC de Qualidade de Café, promovido pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café).
A sustentabilidade, por sua vez, é garantida pelo certificado C.A.F.E. Practices, que obteve há quatro anos da Starbucks, e para quem ele vende boa parte de seus cafés especiais, sempre acima dos 85 pontos.
O café certificado é exigência das grandes compradoras de café no mundo, diante da pressão dos consumidores por um café baseado nos princípios de ESG, sigla em inglês se refere às práticas de respeito ao meio ambiente, à responsabilidade social e à governança.
Para o produtor, a certificação não tem sido suficiente para obter maiores ganhos com o seu café, contrariando um dos princípios do ESG, que é o comércio justo.
A Starbucks paga a ele R$ 10 por cada saca de 60 kg do grão como bonificação, além do preço normal da saca, cotada atualmente em R$ 1.300. A bonificação, diz o produtor, mal paga a saca de café vazia, que custa R$ 8.
"Bonificação de R$ 10 não compensa. Sou produtor de cafés especiais, e isso tem custo e leva tempo e muito trabalho para conseguir chegar num nível de qualidade que essas empresas exigem", afirma o produtor da Bahia.
Além da Starbucks, outras empresas também pagam bonificações pela certificação, como a Nestlé (bonificação de R$ 15 a R$ 20) e a JDE Coffee (entre R$ 20 e R$ 30), segundo a Associação dos Cafeicultores do Brasil, a Sincal, sediada em Guapé, em Minas.
A Starbucks, por exemplo, vende em suas cafeterias o pacote de 250 gramas de café em grão torrado por R$ 35, ou R$ 140 o kg. De acordo com produtores, um quilo de café faz 133 cafezinhos, cada um com 7,5 gramas de café.
As únicas que pagam um valor de bonificação mais atrativo ao produtor brasileiro, segundo a Sincal, são as certificadoras UTZ e a Rainforest Alliance, ambas com R$ 45.
Presidente da Sincal, Armando Matiello afirma que "as certificações só servem para as comercializadoras de café mostrarem para os clientes e consumidor final que trabalham com café sustentável, mas o produtor não recebe apoio algum, só tem despesa".
Para ter uma certificação de café sustentável, baseada em regras do ESG (sigla para melhores práticas ambientais, sociais e de governança), o custo varia entre R$ 120 mil a R$ 150 mil, dependendo da certificadora e das condições da propriedade rural, informa Armando Matiello.
Presidente da Assocafé (Associação de Produtores de Café da Bahia), João Lopes Araújo declarou que "a certificação não agrega valor que justifique por conseguir essa qualidade, isso fica mais no marketing das certificadoras".
Em Luís Eduardo Magalhães, oeste baiano, o cafeicultor Augusto Blanco, certificado pela Starbucks há três anos, também deseja melhores bonificações. "Acima de R$ 50 já estaria bom", diz o produtor.
Em uma fazenda que produz 30 mil sacas de cafés especiais em Mucugê, na Chapada Diamantina (BA), uma cafeicultora que prefere não ter o nome divulgado disse que buscou outros mercados para fugir de empresas como Starbucks, Nestlé e JDE.
"Possuímos certificados diversos, de café orgânico, biodinâmico, sustentável, e vendemos para cafeterias dos Estados Unidos e outros países da Europa, de forma direta. Não quero essas empresas nem na minha porta", diz.
Em nota, a Starbucks e a Nestlé não comentaram as bonificações dadas aos produtores.
Apesar das críticas dos cafeicultores, a Starbucks diz que tem "o compromisso de adquirir café de forma responsável, para o bem das pessoas e do planeta, enquanto trabalhamos para empoderar os agricultores".
A Nestlé, por sua vez, declarou que "é a maior compradora de café sustentável e certificado no Brasil" e trabalha "garantindo transparência sobre o preço pago ao produtor e remuneração justa", mas não comentou sobre os valores pagos de bonificação.
Maior produtor mundial de café, o Brasil exporta o grão para 122 países. Estados Unidos (maior consumidor), Alemanha, Itália, Bélgica e Japão são os maiores compradores.
Já os principais concorrentes são Vietnã, Colômbia, Indonésia e Honduras.
Em 2021, de forma geral, foram exportadas 40,5 milhões de sacas, com receita de US$ 6,2 bilhões. Até abril de 2022, já foram exportadas 2.808.573 sacas, com receita de US$ 3,1 bilhões.
Em uma fazenda de 80 hectares em Barra do Choça, no sudoeste da Bahia, o produtor rural Idimar Barreto Paes Filho, 64, produz por ano entre 400 e 600 sacas de café arábica, seguindo regras de produção sustentável, pelas quais recebe uma bonificação.
Esse pagamento extra pelo cumprimento de diversos parâmetros de sustentabilidade – cuidados com a terra, manejo de água e trabalho decente são alguns deles – precisa subir, demandam produtores e representantes de associações de cafeicultores da Bahia e de Minas Gerais.
O bônus pela produção sustentável está hoje entre R$ 10, quanto paga a Starbucks, uma das maiores redes de cafeterias do mundo, e R$ 45 por saca de 60 quilos de café, afirmam.
Os valores seguem a média mundial, mas os produtores brasileiros defendem que os custos locais são tradicionalmente maiores e subiram até 50% em dois anos.
A Sincal (associação dos cafeicultores) diz que o cafeicultor brasileiro tem custos maiores de produção do que os vizinhos com questões trabalhistas, por exemplo, que elevam os custos da mão de obra.
Desde 2020, o setor também sofre com o aumento do preço dos fertilizantes.
O grão produzido por Idimar Barreto Paes Filho já recebeu diversos prêmios ao longo dos anos, sendo o mais recente o do 18º Concurso Nacional ABIC de Qualidade de Café, promovido pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café).
A sustentabilidade, por sua vez, é garantida pelo certificado C.A.F.E. Practices, que obteve há quatro anos da Starbucks, e para quem ele vende boa parte de seus cafés especiais, sempre acima dos 85 pontos.
O café certificado é exigência das grandes compradoras de café no mundo, diante da pressão dos consumidores por um café baseado nos princípios de ESG, sigla em inglês se refere às práticas de respeito ao meio ambiente, à responsabilidade social e à governança.
Para o produtor, a certificação não tem sido suficiente para obter maiores ganhos com o seu café, contrariando um dos princípios do ESG, que é o comércio justo.
A Starbucks paga a ele R$ 10 por cada saca de 60 kg do grão como bonificação, além do preço normal da saca, cotada atualmente em R$ 1.300. A bonificação, diz o produtor, mal paga a saca de café vazia, que custa R$ 8.
"Bonificação de R$ 10 não compensa. Sou produtor de cafés especiais, e isso tem custo e leva tempo e muito trabalho para conseguir chegar num nível de qualidade que essas empresas exigem", afirma o produtor da Bahia.
Além da Starbucks, outras empresas também pagam bonificações pela certificação, como a Nestlé (bonificação de R$ 15 a R$ 20) e a JDE Coffee (entre R$ 20 e R$ 30), segundo a Associação dos Cafeicultores do Brasil, a Sincal, sediada em Guapé, em Minas.
A Starbucks, por exemplo, vende em suas cafeterias o pacote de 250 gramas de café em grão torrado por R$ 35, ou R$ 140 o kg. De acordo com produtores, um quilo de café faz 133 cafezinhos, cada um com 7,5 gramas de café.
As únicas que pagam um valor de bonificação mais atrativo ao produtor brasileiro, segundo a Sincal, são as certificadoras UTZ e a Rainforest Alliance, ambas com R$ 45.
Presidente da Sincal, Armando Matiello afirma que "as certificações só servem para as comercializadoras de café mostrarem para os clientes e consumidor final que trabalham com café sustentável, mas o produtor não recebe apoio algum, só tem despesa".
Para ter uma certificação de café sustentável, baseada em regras do ESG (sigla para melhores práticas ambientais, sociais e de governança), o custo varia entre R$ 120 mil a R$ 150 mil, dependendo da certificadora e das condições da propriedade rural, informa Armando Matiello.
Presidente da Assocafé (Associação de Produtores de Café da Bahia), João Lopes Araújo declarou que "a certificação não agrega valor que justifique por conseguir essa qualidade, isso fica mais no marketing das certificadoras".
Em Luís Eduardo Magalhães, oeste baiano, o cafeicultor Augusto Blanco, certificado pela Starbucks há três anos, também deseja melhores bonificações. "Acima de R$ 50 já estaria bom", diz o produtor.
Em uma fazenda que produz 30 mil sacas de cafés especiais em Mucugê, na Chapada Diamantina (BA), uma cafeicultora que prefere não ter o nome divulgado disse que buscou outros mercados para fugir de empresas como Starbucks, Nestlé e JDE.
"Possuímos certificados diversos, de café orgânico, biodinâmico, sustentável, e vendemos para cafeterias dos Estados Unidos e outros países da Europa, de forma direta. Não quero essas empresas nem na minha porta", diz.
Em nota, a Starbucks e a Nestlé não comentaram as bonificações dadas aos produtores.
Apesar das críticas dos cafeicultores, a Starbucks diz que tem "o compromisso de adquirir café de forma responsável, para o bem das pessoas e do planeta, enquanto trabalhamos para empoderar os agricultores".
A Nestlé, por sua vez, declarou que "é a maior compradora de café sustentável e certificado no Brasil" e trabalha "garantindo transparência sobre o preço pago ao produtor e remuneração justa", mas não comentou sobre os valores pagos de bonificação.
Maior produtor mundial de café, o Brasil exporta o grão para 122 países. Estados Unidos (maior consumidor), Alemanha, Itália, Bélgica e Japão são os maiores compradores.
Já os principais concorrentes são Vietnã, Colômbia, Indonésia e Honduras.
Em 2021, de forma geral, foram exportadas 40,5 milhões de sacas, com receita de US$ 6,2 bilhões. Até abril de 2022, já foram exportadas 2.808.573 sacas, com receita de US$ 3,1 bilhões.






