Na sua opinião: O voto deveria ser impresso?

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O voto deveria ser impresso?

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Luciano Junior
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Na sua opinião: O voto deveria ser impresso?

Mensagem por Luciano Junior » 10 Nov 2022, 11:15

Esse modelo híbrido seria uma boa opção. 100% impresso ou 100% digital tem seus riscos. Inclusive alguns países da América Latina implementaram esse modelo (com cada cédula imprimida pela urna tendo um chip único pra evitar alterações).

Mas ainda acho que o código-fonte da urna deveria ser liberado.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Nov 2022, 17:56

NOTÍCIAS
ELEIÇÕES 2022
Forças Armadas entregam relatório sobre as urnas eletrônicas
A principal discussão que deveria ter sido feita é em relação à mobilização da burguesia, enquanto classe, para impedir a vitória de Lula

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Nessa quarta-feira (09), as Forças Armadas entregaram seu relatório sobre as urnas ao Superior Tribunal Eleitoral (TSE) relativo às eleições de 2022. Após questionamentos do presidente ilegítimo Bolsonaro, os militares se comprometeram a realizar uma auditoria do pleito para aferir a lisura do processo eleitoral.

“OMinistério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas”, disse o Ministério da Defesa em comunicado.

Em setembro de 2021, o então presidente do TSE, o ministro Barroso, convidou as Forças Armadas a compor a Comissão de Transparência das Eleições. Entretanto, desde que assumiu a presidência do órgão, neste ano, Alexandre de Moraes, o skinhead de toga do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu uma postura de guerrilha entre o judiciário e os militares. Todavia, Xandão deu para trás poucas semanas antes das eleições, jogando no lixo toda a sua retórica de que ninguém poderia contestar as urnas ao acenar ao exército e realizar um acordo permitindo que realizasse uma certa auditoria.

Ao mesmo tempo, os militares também diminuíram o tom de suas denúncias, cedendo a Alexandre de Moraes atingindo o que aparenta ser um meio termo. Nesse sentido, o relatório, que ainda será divulgado, provavelmente não tocará nos principais pontos que demonstram que, apesar da vitória de Lula, o pleito beneficiou Bolsonaro.

Em outras palavras, não denunciará as arbitrariedades cometidas por Alexandre de Moraes sobre o tratamento que ele deu a Bolsonaro. Afinal, Xandão não combateu as ditas fake news bolsonaristas, permitiu com total anuência a coação patronal nas empresas, que atingiu milhares de trabalhadores, e, no dia do segundo turno, fechou os olhos para as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que, ao contrário do que afirmou o ministro, efetivamente impediram eleitores de Lula de votar.

Finalmente, as urnas, o foco do relatório das Forças Armadas, não são a única forma pela qual se monta uma fraude nas eleições. Todos os acontecimentos citados acima contribuem para isso e, assim, órgãos como o TSE, o STF e as polícias militares passarão ilesos da suposta auditoria militar que, até então, não pode nem mesmo ser considerada como uma auditoria séria.

No momento em que a burguesia estava se mobilizando enquanto classe para impedir a vitória de Lula, era possível denunciar, discutir e escancarar o tamanho da manipulação da votação do domingo. Entretanto, nesse momento, a imprensa burguesa, o judiciário e demais instituições representativas dos patrões esconderam completamente essa discussão.

Agora, o debate em relação à validez das urnas, na esfera proposta pelos militares, foge completamente do controle popular. É uma discussão técnica que poucos dominam, que poucos têm acesso e que, no final, está sobre o controle da burocracia das Forças Armadas.

Ou seja, quem vai determinar se as eleições são legítimas ou não são os militares, e não o povo que, antes, tinha total condição de participar completamente do debate proposto no decorrer das duas últimas semanas antes do segundo turno. Este último ficará completamente fora do processo. Não significa que, necessariamente, a burguesia, por meio dos militares, armará um golpe para impedir a posse de Lula. Mas, o ponto é que, caso queira, terá todas as armas que precisa em mãos para fazê-lo, escondendo, mais uma vez, o golpe por meio de uma discussão completamente técnica e esdrúxula.


https://causaoperaria.org.br/2022/forca ... etronicas/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Nov 2022, 00:34

NOTÍCIAS
O QUE O RELATÓRIO MOSTROU
Esquerda não deveria defender a caixa preta das urnas
Resistência do TSE em apresentar todos os dados para perícia abre brecha para que eleições sejam contestadas

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As Forças Armadas entregaram, na última quarta-feira (9), o seu relatório sobre o funcionamento e a segurança das urnas eletrônicas utilizadas no processo eleitoral de 2022. No documento, os “especialistas” concluem que não foi possível detectar fraude nas eleições, mas, ao mesmo tempo, alegam que as máquinas não são perfeitamente seguras e ainda criticam a falta de informações fornecidas pelo TSE.

Para os setores mais otimistas, que vivem em um mundo cor de rosa e qualquer notícia é obrigatoriamente positiva, o relatório significaria a “posse antecipada” de Lula. Seria o desfecho do segundo turno, a garantia de que o resultado não será contestado. Trata-se, no entanto, de uma análise irresponsável. Embora os militares não tenham apontado a ocorrência de fraude, o relatório deixa brechas para que, no futuro, a eleição seja apontada como ilegítima. Basta ver os trechos abaixo:

“É importante registrar que o TSE definiu limites de acesso ao sistema, o que dificultou a análise dos códigos-fonte […] foram autorizadas somente análises estáticas, ou seja, foi impossibilitada a execução dos códigos-fonte […} não foi autorizado o acesso ao sistema de controle de versões do SEV […] não há certeza de que o código presente nas urnas é exatamente o que foi verificado”

Ou seja, no final das contas, as Forças Armadas disseram apenas que não encontraram fraude, e não que não houve fraude. Em outras palavras, afirmaram que não é possível assegurar a confiabilidade da urna eletrônica, uma vez que seus mecanismos são sigilosos até mesmo para os militares. Seguindo essa lógica, confiar na urna eletrônica seria um ato de fé, não há nada de técnico ou de científico nisso.

Na medida em que o TSE se recusa a fornecer todas as informações sobre a urna, a desconfiança de que há algo de podre se torna ainda maior. Notem que o TSE se recusou a dar o código-fonte não para a equipe do governo Lula, mas para as Forças Armadas, que é cúmplice sua na manutenção do regime político! Quer dizer, é uma caixa preta, ninguém, absolutamente ninguém, a não ser os funcionários sob a tutela de Alexandre de Moraes, o homem que lavou as mãos para a coerção patronal no final do segundo turno e mandou derrubar os perfis do PCO na internet, sabem o que tem nela.

Se as Forças Armadas utilizarão isso para insinuar uma fraude eleitoral no futuro, não se sabe. Mas uma coisa é certa: a esquerda não deveria compactuar com o esquema sigiloso do TSE. Por um lado, estará endossando uma urna que ninguém sabe como funciona, e que muito bem pode se voltar contra os interesses dos trabalhadores. Por outro, estará estimulando, neste caso, a desconfiança no sistema eleitoral que, por causa das contradições do regime, acabou permitindo a vitória eleitoral de Lula.

https://causaoperaria.org.br/2022/esque ... das-urnas/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Nov 2022, 07:44

Ditadura.


NOTÍCIAS
DITADURA DO JUDICIÁRIO
Questione a santa urna eletrônica e seja queimado na fogueira
Alexandre de Moraes demonstra, mais uma vez, que não será tolerado qualquer tipo de questionamento acerca do processo eleitoral ao perseguir politicamente o PL

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Nessa quarta-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou uma ação apresentada pelo Partido Liberal (PL), partido de Jair Bolsonaro, que pedia a anulação dos votos em mais de 279 mil urnas utilizadas no segundo turno das eleições deste ano.

Entretanto, além de simplesmente recusar a ação, o skinhead de toga do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs uma multa de cerca de R$23 milhões sob a acusação de “má-fé”. Ademais, suspendeu o fundo partidário de todas as legendas que fazem parte da coligação Pelo Bem do Brasil, nominalmente, o PL, o Republicanos e o Progressistas (PP).

Por fim, Moraes encaminhou à Corregedoria-Geral Eleitoral a instauração de um procedimento administrativo para apurar “possível cometimento de crimes comuns e eleitorais” em relação à atuação de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Carlos Rocha, engenheiro responsável pelo instituto que elaborou o relatório utilizado como base pela ação do PL. Ambos também foram incluídos no Inquérito das Milícias Digitais.

Em primeiro lugar, é preciso dizer que a legislação brasileira não prevê nenhum tipo de punição por supostamente agir de má-fé. Decerto que é uma prática que não agrada os olhos do judiciário, mas não é um crime. Por princípio, a decisão de Moraes é, então, antidemocrática e inconstitucional, utilizando os chamados crimes de opinião como justificativa para levar adiante os seus próprios interesses.

Finalmente, independentemente do que pretende o partido de Bolsonaro, fato é que a ação encaminhada ao TSE é legítima e age conforme a lei, pois, ao reivindicar a atuação do tribunal, age como pessoa jurídica livre. Fundamentalmente, trata-se de um cidadão acionando um serviço público para que cumpra com as atribuições que a Constituição prevê.

Além disso, o fato de Moraes ter negado o processo simplesmente por considerar que a ideologia apresentada é “golpista” demonstra um caso de perseguição política. É o mesmo, por exemplo, que uma escola pública negar a matrícula de um filho pelo posicionamento político de seus pais.

A situação em questão pode ser colocada em termos mais claros. Digamos que, na época do massacre do Jacarezinho, determinado ativista dos direitos humanos fosse ao judiciário brasileiro pedir informações e explicações acerca da chacina. Ao invés de auxiliar o cidadão, o órgão público se recusa a cumprir com o seu dever legal e, então, inicia um processo contra o ativista lhe acusando de associação com o crime. É completamente esdrúxulo.

Fica claro que a decisão contra o PL é simplesmente absurda do ponto de vista jurídico e demonstra que a burguesia continua perseguindo os direitos democráticos do povo por meio da demagogia da defesa das “instituições democráticas”. Moraes dá o aviso de que, se você questionar a santa urna eletrônica, será condenado pela Inquisição do Xandão a um suplício tal qual os hereges na Idade Média.

Até porque o PL estava fazendo exatamente isso: questionando determinado aspecto do processo eleitoral, algo completamente válido, inclusive, enquanto partido político que efetivamente participou do pleito.

A esquerda brasileira não deve continuar defendendo as medidas absolutamente ditatoriais de Alexandre de Moraes e, no geral, do judiciário brasileiro. O caso do Partido da Causa Operária (PCO) mostra que, no final, são precedentes que servem para atacar os trabalhadores e as suas organizações. Portanto, devem ser denunciados e combatidos, pois a defesa dos direitos democráticos deve ser absoluta, até mesmo para os maiores inimigos políticos da classe operária.



https://causaoperaria.org.br/2022/quest ... -fogueira/
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