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A chegada de grandes empresas de audiolivros promete acelerar o crescimento do setor no Brasil.
A companhia sueca Storytel começou as operações no país oficialmente neste mês, em um esquema de assinatura similar ao da Netflix, com uma mensalidade de R$ 27,90.
Presente em 18 países, a empresa existe desde 2005 na Suécia, onde comanda 40% do mercado de streaming de áudio. Em 2018, teve um crescimento de 37% na receita.
Os assinantes do serviço — que já somam 1 milhão de pessoas — têm acesso a mais de 300 mil títulos, entre audiobooks, podcasts, séries e canais de informação.
Só em 2018, a Storytel produziu 5.000 conteúdos em 17 idiomas.
Entre os produtos exclusivos do catálogo brasileiro estão podcasts de personalidades como a Monja Coen e a astróloga Madama Brona.
“O áudio é para quando você está com a cabeça livre e o corpo ocupado”, afirma André Palme, gerente da Storytel no país.
Por isso, diz ele, os conteúdos são mais acessados nos intervalos entre as tarefas diárias, como no deslocamento em transporte público.
A empresária Virginia Cruz, 33, começou a escutar audiolivros há um mês. “Como parte do meu trabalho é manual, escuto enquanto estou trabalhando e, principalmente, quando estou cozinhando ou dirigindo.” Em uma semana, escuta, em média, três livros.
Outra companhia sueca que já tem planos para operar no Brasil é a Word Audio, fundada em 2006. Carlo Carrenho, brasileiro que assumiu o desenvolvimento dos livros narrados brasileiros e de parcerias com editoras, diz que a empresa pretende lançar o serviço no país até o fim do ano.
Para crescer por aqui, ele aposta em títulos de autoajuda e não ficção, como os do escritor Laurentino Gomes, por ter uma leitura leve.
“Acho que é cedo, mas, se no mundo inteiro está crescendo, não tem porque no Brasil ser diferente”, diz Carlo Carrenho.