Educação

[Scopel]

No Chile, polícia reprime volta de manifestação estudantil

Uma grande concentração de estudantes iniciou nesta quinta-feira mais uma marcha na capital chilena, que logo foi reprimida pela polícia com uso de gás lacrimogêneo e água.

O protesto é liderado pela presidente da Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), Camila Vallejo, que anunciou na noite de quarta-feira (5) o rompimento do diálogo entre estudantes, professores e governo.

"É impossível dar continuidade a esta mesa de diálogo", afirmou Vallejo, acrescentando que a decisão, seguida pelos estudantes secundaristas e pelos professores, foi tomada depois da segunda reunião entre as partes, na qual o governo "não teria [demonstrado] vontade de diálogo".

Segundo ela, "não há uma disposição real [do governo] em construir um sistema nacional de educação pública, gratuita, de qualidade e democrática para todos. O governo continua se baseando na política de foco no gasto social, que não está garantindo o direito universal".

Vallejo ainda negou que as demandas do movimento se baseiem no "tudo ou nada" e disse que os estudantes têm "objetivos claros" e acreditam que "o Estado, ao assinar um pacto internacional como o Tratado pelos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, compromete-se a garantir a educação gratuita e isso não sendo cumprido na proposta".

A presidente da Confech ainda declarou que, depois de todo esse tempo de mobilizações, esperava "que o governo pudesse responder de uma boa maneira às nossas demandas".

Os universitários chegaram a apresentar, na reunião que durou cerca de quatro horas, uma proposta de educação gratuita, baseada na análise de economistas e especialistas que a tornavam viável.

Por sua vez, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, explicou que a diferença entre as partes está justamente na cobertura da gratuidade. "Enquanto nós acreditamos, como governo, em avançar na gratuidade para aqueles estudantes que venham de famílias mais vulneráveis, os estudantes estão pedindo isso para 100% daqueles que frequentam as universidades estatais", explicou.

Bulnes acrescentou que não acredita que "uma política educacional correta seja dar gratuidade aos ricos".

A mesa tinha como objetivo encontrar saídas para a crise na educação, que há mais de cinco meses paralisa o setor.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9865 ... ntil.shtml

Mas parecia achar que seria correto obrigar o pobre a se matar para pagar...

[Barbano]

- o transporte público oferecido pela empresa concessionária [em regime de monopólio]

Já vi mais de uma vez você frisar a questão do monopólio aqui. Você conhece alguma cidade que tem realmente concorrência no transporte público?

Transporte urbano é concessão pública. Quem determina tarifa, linhas, etc é o poder público, e normalmente não há concorrência, independente do número de empresas que atue no sistema.

- a empresa [Vale do Mucury] descumpre ainda duas leis: a que proibe ônibus com mais de 10 anos de uso e a que proibe o motorista de ser também cobrador;

Aqui tem até ônibus com VINTE anos de uso rodando

Aqui nem deve ter legislação quanto a isso, mas eu não ligo, melhor os Vitórias com 20 anos de uso bem cuidados do que alguns ônibus mais novos destruídos que rodam em outras cidades

- a tarifa está acima de preço de tabela, está no mesmo nível da de Brasília, com 20 vezes mais habitantes.

Tarifa não está necessariamente relacionada com o tamanho da cidade. Há muitos fatores que infuem no custo operacional. Há quem diga que é mais lucrativo operar em cidades maiores do que em cidades menores, devido à maior demanda e rotatividade de passageiros.

- o meio passe só funciona entre 4 da tarde e 7 da noite para quem estuda a noite e apenas de manhã para o pessoal do periodo integral;

Pois é, tá certo, tem que correr atrás mesmo para melhorar. Aqui a coisa funciona bem. O cartão de estudante pode ser usado em qualquer dia da semana, em qualquer horário e em qualquer linha, inclusive nas férias. E há alguns anos os estudantes conseguiram aumentar o desconto de 40 para 50%. Além disso a empresa coloca um ônibus gratuito que circula dentro da UFSCar, apenas no transporte interno (a pedido da prefeitura, claro)

[Antonio Felipe]

- o transporte público oferecido pela empresa concessionária [em regime de monopólio]

Já vi mais de uma vez você frisar a questão do monopólio aqui. Você conhece alguma cidade que tem realmente concorrência no transporte público?

Transporte urbano é concessão pública. Quem determina tarifa, linhas, etc é o poder público, e normalmente não há concorrência, independente do número de empresas que atue no sistema.

Porto Alegre é exatamente assim. O sistema concessionado é dividido por quatro empresas, sendo três privadas e uma estatal. A cidade é dividida assim:

Zona Norte: Conorte (empresa privada)
Zona Leste e Zonas Centrais: Unibus (empresa privada)
Zona Sul: STS (empresa privada)
Centro, linhas transversais e algumas linhas de bairro: Carris (empresa pública)

Sendo que todas essas três privadas são consórcios que reúnem várias empresas.

[Bia N]

Por acaso tem mais alguma notícia sobre a greve dos colégios federais? Continua ou acabou?

[Scopel]

- o transporte público oferecido pela empresa concessionária [em regime de monopólio]

Já vi mais de uma vez você frisar a questão do monopólio aqui. Você conhece alguma cidade que tem realmente concorrência no transporte público?

Transporte urbano é concessão pública. Quem determina tarifa, linhas, etc é o poder público, e normalmente não há concorrência, independente do número de empresas que atue no sistema.

Eu sempre soube que há cidades com mais de uma empresa atuando em regime de concorrência. Não consigo pensar numa empresa só atuando numa São Paulo da vida... mas o Antônio já pontou aí que há mesmo.

Mas não só isso, há mais uma coisa que eu não disse: a empresa aqui está desde 1975. Antes de 2003 a concessão era renovada de 5 em 5 anos, com mais 5 de prorrogação. Agora o regime mudou para 15 em 15, com prorrogação por mais 15...

- a empresa [Vale do Mucury] descumpre ainda duas leis: a que proibe ônibus com mais de 10 anos de uso e a que proibe o motorista de ser também cobrador;

Aqui tem até ônibus com VINTE anos de uso rodando

Aqui nem deve ter legislação quanto a isso, mas eu não ligo, melhor os Vitórias com 20 anos de uso bem cuidados do que alguns ônibus mais novos destruídos que rodam em outras cidades

Aqui há uma lei municipal que proíbe o uso de ônibus com mais de 10 anos. Tem ainda outra que limita o número de passageiro em pé, dando no máximo um total de 69. Já contamos aqui cento e poucas pessoas uma vez.

- a tarifa está acima de preço de tabela, está no mesmo nível da de Brasília, com 20 vezes mais habitantes.

Tarifa não está necessariamente relacionada com o tamanho da cidade. Há muitos fatores que infuem no custo operacional. Há quem diga que é mais lucrativo operar em cidades maiores do que em cidades menores, devido à maior demanda e rotatividade de passageiros.

Exato, é bem mais lucrativo cidade maior por "n" fatores: maior diluição de custo, maior mercado, maior renda, etc. A relação entre custo em nossa cidade [com 120 mil habitantes] e o preço comparada com a relação custo/preço em Brasília é maior, segundo apuramos através da tabelas de custos por passageiros disponibilizadas.

- o meio passe só funciona entre 4 da tarde e 7 da noite para quem estuda a noite e apenas de manhã para o pessoal do periodo integral;

Pois é, tá certo, tem que correr atrás mesmo para melhorar. Aqui a coisa funciona bem. O cartão de estudante pode ser usado em qualquer dia da semana, em qualquer horário e em qualquer linha, inclusive nas férias. E há alguns anos os estudantes conseguiram aumentar o desconto de 40 para 50%. Além disso a empresa coloca um ônibus gratuito que circula dentro da UFSCar, apenas no transporte interno (a pedido da prefeitura, claro)

E olha que tem muita cidade universitária em que estudante tem passe livre.

Há ainda outra coisa que não falei: a recarga de cartão é limitada a 44 meias por mês. Se você usar antes do dia certo de recarregar [nem pra isso há liberdade], você fica sem meio passe.

[Barbano]

- o transporte público oferecido pela empresa concessionária [em regime de monopólio]

Já vi mais de uma vez você frisar a questão do monopólio aqui. Você conhece alguma cidade que tem realmente concorrência no transporte público?

Transporte urbano é concessão pública. Quem determina tarifa, linhas, etc é o poder público, e normalmente não há concorrência, independente do número de empresas que atue no sistema.

Eu sempre soube que há cidades com mais de uma empresa atuando em regime de concorrência. Não consigo pensar numa empresa só atuando numa São Paulo da vida... mas o Antônio já pontou aí que há mesmo.

Pelo contrário. Leia bem o que ele falou. Não há concorrência, pois cada empresa (ou consórcio) atua em uma área de Porto Alegre, não concorrendo umas com as outras.

Em São Paulo há várias empresas, consórcios e cooperativas, mas também não dá para falar em concorrência. Ainda mais em um sistema integrado.

Deixa eu explicar como funciona em São Paulo... toda a grana arrecadada com o caixa das passagens vai para a Sp Trans (órgão que gerencia o transporte). Depois ela repassa às empresas um determinado valor por passageiro transportado. O valor varia de área para área, pois há áreas da cidade mais lucrativas, e outras menos lucrativas.

Eu não sei quanto é esse valor repassado, mas até um tempo atrás era na faixa de R$ 1,50 a R$ 1,70. Por que tão pouco, se a tarifa é 3 mangos e ainda tem subsídio? Porque, como disse, a remuneração é por passageiro transportado, e aí estão inclusas gratuidades e meia entradas, por exemplo, além das integrações (se a pessoa pega 3 ônibus para ir ao trabalho, cada empresa recebe como um passageiro transportado).

[Scopel]

Minha colocação foi errada, é lógico que as empresas não concorrem ponto a ponto por passageiros...

O que eu quis dizer com monopólio é que está empresa está desde 1975 e pode ficar mais uns 30 anos, não que deve haver duas empresas disputando no dia-a-dia, mas que a cada vez que vencer o contrato deve haver abertura a possíveis concorrentes.

Se não houver, que a que estiver disposta zele pela qualidade e cumpra as leis. De todo modo, não deixa de ser um monopólio [um empresa ofertante] com lucros milionários [alguns milhões por ano], que poderia fazer com relativa facilidade os ajustes reivindicados. A ênfase no monopólio foi no sentido de mercado mesmo, onde se obtém ganhos altos explorando sem concorrência o seguimento; não quis comparar com nenhum outro lugar.

[Barbano]

Ah sim, na legislação atual a licitação (concorrência pública) é necessária, sempre que vence o contrato. Eu acho que ela deveria proibir contratos longos demais, isso de 30 anos é absurdo...

No entanto, empresários do ramo de transporte tem tipo um código de ética. Normalmente um não invade a área do outro. As licitações costumam ser só para inglês ver.

[Scopel]

Sim. O mal é que começam a desleixar justamente por isso. Por isso nos movimentamos.

[Dani Vieira]

Crianças,
o cartão confirmação com o local de prova do ENEM já está disponível no site. Não fique esperando os Correios não.
http://sistemasenem2.inep.gov.br/localdeprova/

[@EA]

Vestibular é um mal da educação brasileira, diz Haddad

http://noticias.r7.com/vestibular-e-con ... question=0

Em palestra na FGV (Fundação Getúlio Vargas), em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu mais uma vez nesta segunda-feira (10) a reforma do ensino médio com o fim do vestibular. Para Haddad, a ampliação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) substituiria o processo seletivo.

- O ensino médio é usado como pedágio para chegar à faculdade e não deve ser. O vestibular é um mal da educação brasileira e não deu certo em nenhum país do mundo.

Segundo Haddad, o Brasil não dedicou o século 20 para a educação. Ele disse ainda que o aumento da carga horária gera um segundo turno e aumenta o contato do professor com o aluno.

- O primeiro turno seria para aprofundar mais o conteúdo, deixar mais enxuto. Já o segundo seria para formação mais cultural e digital. O Chile fez isso com sucesso na década de 90. O objetivo é o aluno sair mais preparado do ensino médio.

O ministro disse que já tem esse projeto piloto da reforma do ensino médio em 600 escolas.

Em relação ao Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico), que foi aprovado na câmara, Haddad aguarda tramitação no senado. Ele ressaltou que a aprovação na câmara se deu com a colaboração da oposição. De acordo com o ministro, em sua gestão, ele conseguiu aprovar duas emendas constitucionais e 50 projetos de lei com apoio da oposição.

Investimento na educação

Fernando Haddad disse que o investimento para a educação em 2012 com base no PIB (Produto Interno Bruto) deve sair nas próximas semanas e que congresso vai aprovar entre 7% e 10%. Hoje é de 5%.

- Não vai ser menor do que 7% e nem maior do que 10%. E isso já um passo grande para o Brasil. A estimativa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é de que a média dos países seja de 5%, mas a maioria deles tem um PIB maior e uma dívida com a educação menor. Por isso precisamos aumentar o investimento.

Um mal maior pra educação é esse cara.

[E.R]

[Scopel]

Vestibular é um mal da educação brasileira, diz Haddad

http://noticias.r7.com/vestibular-e-con ... question=0

Em palestra na FGV (Fundação Getúlio Vargas), em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu mais uma vez nesta segunda-feira (10) a reforma do ensino médio com o fim do vestibular. Para Haddad, a ampliação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) substituiria o processo seletivo.

- O ensino médio é usado como pedágio para chegar à faculdade e não deve ser. O vestibular é um mal da educação brasileira e não deu certo em nenhum país do mundo.

Segundo Haddad, o Brasil não dedicou o século 20 para a educação. Ele disse ainda que o aumento da carga horária gera um segundo turno e aumenta o contato do professor com o aluno.

- O primeiro turno seria para aprofundar mais o conteúdo, deixar mais enxuto. Já o segundo seria para formação mais cultural e digital. O Chile fez isso com sucesso na década de 90. O objetivo é o aluno sair mais preparado do ensino médio.

O ministro disse que já tem esse projeto piloto da reforma do ensino médio em 600 escolas.

Em relação ao Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico), que foi aprovado na câmara, Haddad aguarda tramitação no senado. Ele ressaltou que a aprovação na câmara se deu com a colaboração da oposição. De acordo com o ministro, em sua gestão, ele conseguiu aprovar duas emendas constitucionais e 50 projetos de lei com apoio da oposição.

Investimento na educação

Fernando Haddad disse que o investimento para a educação em 2012 com base no PIB (Produto Interno Bruto) deve sair nas próximas semanas e que congresso vai aprovar entre 7% e 10%. Hoje é de 5%.

- Não vai ser menor do que 7% e nem maior do que 10%. E isso já um passo grande para o Brasil. A estimativa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é de que a média dos países seja de 5%, mas a maioria deles tem um PIB maior e uma dívida com a educação menor. Por isso precisamos aumentar o investimento.

Um mal maior pra educação é esse cara.

Guardando todas as diferenças e sem querer comparar, ilustro isso com a informação que eu tive de que cada vez mais escolas na Alemanha estão abolindo o uso de provas. Lá os alunos simplesmente vão às aulas, sem pressões, e se não engano fazem uma espécie de prova de admissão no fim do ciclo. Mas isso considerando-se que dentro da escola normal, o aluno tem a chance de ir afunilando as matérias de interesse, estudando profundamente aqueles que serão mais relevantes para suas escolhas futuras. A avaliação dos alunos acontece em outras esferas que não as simples e questionáveis provas.

[E.R]

[E.R]