Scopel escreveu:É o que estou dizendo: o ônus da prova é de quem afirma. Não há nada que me sugira a existência de Deus, a não ser pessoas afirmando isso. Entendeu agora?
Eu não tenho que provar nada. O fato é que ele não existe. O fato é que não há nenhuma evidência. Quem quer ir contra os fatos meu amigo, tem que provar.
O ônus da prova é de quem nega também, Scopel.
É lógico que complexidade indica um Projetista, um exemplo simples, é o da abelha e a questão matemática “problema do caixeiro-viajante”.
Apesar da abelha ter um cérebro do tamanho de um alfinete, ela consegue resolver esse cálculo mais rápido que um supercomputador, ou seja, ela usa a rota mais curta pra chegar nas flores que são encontradas aleatoriamente pelo caminho, economizando tempo e energia, um dos principios do problema em questão. Se você achasse um nanocomputador que realiza cálculos complexos em poucos instantes, concluiria que ele poderia ser fruto de mutações aleatórias não direcionais selecionadas naturalmente?
Na filosofia também, como:
Argumento da Contingência
Argumento Cosmológico Kalan
Argumento Moral
Argumento Ontólogico
Eles são muito longos, por isso não dá pra colocar aqui, se interessar, estão ai os links.
Renata escreveu:
É essa a questão, Chavo. Para o Arnold - e creio que se estende aos demais ateus - Deus é só mais uma mera e boba criação humana, assim como o Monstro do Espaguete Voador, portanto não há, para ele, nada de insensato em compará-los.
Lógico que é insensata a comparação. Bobby Henderson infere um Design para o universo, o Monstro do Espaguete Voador, mas só a velha pergunta "Quem projetou o Projetista" já destroi essa "ideia", já que o Design deve ser imaterial( se fosse material, tornaria-se mais complexo que a criação), caso que o Monstro não é. É uma piada, nada mais.
Arnold escreveu:
A teoria da evolução e as pesquisas no campo da biologia são as respostas mais elegantes e concretas que temos. Não há nada além da fé que sustente a existência de um deus.
Ou há?
Elegância, isso sim é subjetivo. OK, entrando nessa questão particular, eu vejo mais elegante a ideia de que o mundo, visto, por exemplo, a sintonia fina em que ela se encontra, indica que o mundo e suas bases foram projetadas.
Scopel escreveu:"Não entendo como querem explicar o desconhecido com algo mais desconhecido ainda. Por que não poupar um passo se logo em seguida nos questionaremos 'e quem criou o criador?'?" (Dawkins)
Raciocínio básico.
Como o Antonio disse, isso se aplica a ciência também. Os cientistas filósofos reconhecem que para aceitar que um explicação é a melhor, não é necessário uma explicação para a explicação, e o Dawkins sabe disso. Mesmo se fosse o inverso, se fosse necessário uma explicação para explicação da explicação, entrariamos num regresso ao infinito, o qual destruiria o sentido cientifico.
Argumenta-se então que Deus seria mais complexo que o mundo que Ele criou e que a explicação deveria ser mais simples, certamente, Deus é imaterial, portanto nesse sentido mais simples. O Design Inteligente é um avanço no sentido de simplificação.
Renata escreveu:
Chavo, imagino que saiba o que é evolução, seleção natural, mutação, adaptação, especiação.
Partindo desses conceitos, sabemos como tudo está tão perfeito hoje. Mas óbvio que nem sempre foi assim e os fósseis de animais extintos são provas concretas disso.
E o corpo humano nem é tão perfeito, como prova tem-se o apêndice, que não tem qualquer serventia a não ser inflamar e causar apendicite.

O apêndice é uma marca evolutiva. Um resquício. Agora foi descoberta uma função que é abrigar bactérias que auxiliam na digestão. Mas é uma função completamente compensada pelo resto do intestino, ou seja, quando o apêndice é retirado não faz falta alguma.
Bem, eu também imagino que você saiba o qué é evolução, seleção natural, mutação, adaptação, especiação.
Você afirma que antes não éramos tão perfeitos assim e os fósseis de animais extintos são provas concretas disso. Um exemplo muito claro que contradiz sua afirmação são os trilobitas, que eram altamente complexos, tão complexos, a nivel molecular, como qualquer forma moderna, isso 550 milhões de anos atrás, segundo a cronlogia evolucionista; os primeiros animais multicelulares, com um detalhe, não existe outros fósseis de animais complexos anteriores a ele, portanto, ele não possui ancestral.
Quanto ao apêndice, só isso não é adequado. As pesquisas mais recentes apontam outras funções como: participante do sistema imunológico, produzindo glóbulos brancos na infância.
Arnold escreveu:
Esse é o conhecido argumento da "analogia do relojoeiro" do Reverendo Paley, uma versão "moderna" do design inteligente. Sinteticamente: "Uma máquina bela e harmônica como um relógio necessariamente deve vir de um relojoeiro". A frase que a Renata postou é bem elucidativa a respeito. É tão difícil admirar uma paisagem e não imaginar que ela veio de algo superior?
A meu ver, a chave desse debate está na conveniência de se crer que há algo superior ("divino e maravilho") e na -- aparente -- dureza de se encarar a vida terrestre como o único plano existente.
Se eu entendi seu conceito de "moderno", está errado e eu já tinha te dito isso. O livro "Signature in the Cell" foi o best-seller dos livros científicos em 2009, ano de Darwin, um livro netamente de Design Inteligente. O melhor de tudo é que esse livro nem tem em português, seria esse livro um livro menos interessante que "Deus, um delírio"?, paciência.
Quanto essa de conveniência/necessidade é uma falácia e eu já tinha falado isso no outro tópico.
Antonio Felipe escreveu:Perguntinha de concurso para os que crêem: o que os faz acreditar que existe Deus, ou que Jesus Cristo seja "o filho de Deus", e por aí vai?
É uma ótima pergunta. Quando a teoria do Design Inteligente afirma que certos padrões da natureza indicam um projeto inteligente, ela para por ai, não afirmando que Deus seria o projetista. Então, por que seria o Deus Cristão? A ressureição do Jesus Histórico. Se isso de fato aconteceu, nós temos uma evidência na História.
As pessoas acham que isso é apenas uma coisa em que você acredita ou não, mas esse conceito não é totalmente certo, existe 3 fatos históricos(um resumo) que são melhor explicados pela ressureição de Cristo:
1- O Fato de que no domingo após a crucificação de Cristo, a tumba foi encontrada vazia.
2- Aparição de Jesus em diferentes ocasiões, em diferentes grupos, testemunhados por crentes, não-crentes e até inimigos, o que tornaria simples o fato de desmentir a "farsa"
3- Os discipulos originais começaram a acreditar repentinamente numa doutrina anti-judaica (já que os judeus acreditam que só seria possível ressucitar no fim dos tempos) tanto é que os mesmos estavam dispostos a morrer pela verdade dessa crença, e de fato alguns morreram.
4- O rápido crescimento do Cristianismo no tempo de testemunhas oculares, onde mais uma vez a "conspiração" poderia ser desmantelada.
Os historiadores tratam o novo testamento como documentos( e de fato são cartas, biografias...), não como um livro divinamente inspirado. Existem aquelas ideias como: o corpo foi roubado, a tumba era outra, Jesus não estava morto, quando elas passam pelos critérios históricos padrão, elas não se sustentam, diferente da Ressureição, que é o mais embasado, inclusive em outros relatos extra-bíblicos. Conclui-se então que a ressureição é a melhor explicação para o surgimento do Cristianismo Primitivo.
Pra muitos, o que impede essa aceitação nem é a historicidade do relato da ressureição, e sim o desejo de não se comprometer com as doutrinas.
é como diz a frase: "foi melhor Deus ter caminhado na terra do que o Homem ter pisado na lua".
Vinny_PC escreveu:
Para mim, "Ele" foi criado por nós mesmos, porque o ser humano parece ter a obrigatoriedade de se apoiar em algo, acreditar que há alguma coisa por trás de tudo. Bem, isso eu não posso afirmar. Mas criamos esse "símbolo", de uma maneira geral, bastante virtuoso. Contudo, inexistente.
Como eu disse no outro tópico (e no posto do Arnold), isso é uma falácia genética. Ao você afirmar que a crença é resultado de uma necessidade, você através disso conclui que ela é falsa.