Economia

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Chapolin Gremista
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Out 2022, 02:14

NOTÍCIAS
PESQUISADORA
“Distribuição de renda está mais desigual que antes da pandemia”
A pesquisadora diz o seguinte à Folha: "Estamos cuidando do crescimento do PIB, mas não tanto de reduzir a pobreza. O PIB está crescendo, mas está sendo distribuído de uma maneira

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Laura Muller Machado, ex-secretária de desenvolvimento social do governo de São Paulo, divulgou hoje (24), um relatório que desmascara o maior trunfo do “governo” Bolsonaro, o aumento do PIB.

Segundo dados, nos últimos 3 anos de governo de Jair Bolsonaro a recuperação do crescimento econômico tem sido calcada na ploriferação da parcela da população em situação de extrema pobreza, uma combinação perversa que reforça a concentração de renda no Brasil no mais ricos e mais fome e miséria para o mais pobres.

Teve um agravo pela pandemia de Covid-19, mas já estava constatado desde 2016, na alta da crise econômica e política que abateu o país.

Entre 2016 e 2021, houve uma alta de média de 1% ao ano no PIB (Produto Interno Bruto), mas a fatia da população na extrema pobreza cresceu 0,2 ponto percentual ao ano, segundo dados reunidos pela economista.

https://causaoperaria.org.br/2022/distr ... -pandemia/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Out 2022, 22:58

O governo Bolsonaro é uma metralhadora voltada para os pobres.


NOTÍCIAS
COMPRANDO VOTOS
Governo Bolsonaro sacrificou a economia para se eleger
Governo Bolsonaro não combate a inflação, só faz política para se reeleger

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A quatro dias do segundo turno das eleições presidenciais, não é segredo que Jair Bolsonaro é responsável por um dos maiores esquemas de compra de votos da história da política brasileira. Enquanto setores da esquerda defenderam inúmeras vezes que as investidas de Bolsonaro, pautando-se sempre em pesquisas de um otimismo grotesco e que não refletem a realidade, não contribuíram para sua elevação na campanha, o resultado do primeiro turno, no entanto, provou o contrário. Isto é, o bolsonarismo saiu mais fortalecido do que nunca ao conseguir eleger representantes para vários cargos, tanto para o controle de diversos estados, quanto para o âmbito federal.

Apesar do fato acima relatado, o fortalecimento do bolsonarismo, se configure como fato, como afirma a reportagem de Caroline de Oliveira para o Brasil de Fato, a implementação de medidas que visavam beneficiar caminhoneiros e taxistas, por exemplo, tem um valor “econômico limitado no setor de serviços, já que não produzem estímulos suficientes para alavancar o desenvolvimento de outros setores produtivos”. O que demonstra que se tais ações paliativas tinham como objetivo transmitir uma impressão de melhoria das condições matérias da população, se mostraram ineficazes concretamente, uma mera campanha de reeleição, que para tal contou ao mesmo tempo com autos investimentos do Tesouro nacional destinados ao orçamento secreto.

Destruição da economia nacional em nome da reeleição

A sanha de Bolsonaro por se reeleger ao qualquer custo já mostra seus impactos na vida da população mais pobre. Com o objetivo de transmitir a impressão de preocupação com a classe trabalhadora, uma das medidas do governo foi aumentar o auxílio.

Dados publicados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, afirmam que a inflação está acumulada para 9,54% no ano no grupo de alimentação e bebidas, o maior índice desde o governo FHC, isto é, há 28 anos. Além disso, os dados mostram ainda que “uma forma que esse governo tem usado para combater a inflação é combater o crescimento da demanda, da renda das pessoas, ou seja, é uma estratégia de combater a inflação com empobrecimento da população brasileira”. E este empobrecimento pode ser facilmente percebido se levarmos em conta que mesmo com o aumento do auxílio, este não supre as necessidades reais da população, que continua passando fome e sofre diariamente com o desemprego e a falta de assistência.

De acordo com Daniel Conceição, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em declaração concedida para o sítio Brasil 247, “a gente arrumou outras formas que pioram a vida da população, que é esse arrocho recessivo que o governo tenta fazer pelo lado da política de juros, e uma política que, no limite, tem só um elemento expansionista do lado fiscal, que são as políticas de transferência. Investimentos públicos com bens e serviços públicos continuam congelados, representando uma política de recessão.” O que reafirma mais uma vez a política demagógica de Bolsonaro que não busca e nem nunca buscou auxiliar sequer os mais pobres, mas que visa exclusivamente a reeleição.

Outro fator importante a se mencionar é que a política de Bolsonaro de despejar milhões e milhões de reais na compra de votos e fortalecer seus apoiadores é o combate sistemático à industrialização do país. Bolsonaro, apesar de ser um fato já histórico que data dos anos 90, vem contribuindo para o atraso do Brasil na esfera industrial. Ainda de acordo com Daniel Conceição, “A gente está voltando a ser uma economia muito simples, de exportação primária e de serviços, que é uma receita horrorosa, de dependência eterna do exterior e incapaz de se desenvolver com autonomia”. Está claro que esta medida se mostra alinhada às exigências da burguesia nacional subserviente aos ditames do imperialismo para o não desenvolvimento industrial dos países atrasados e seu consequente fortalecimento e enriquecimento.

Combate ao desmonte do país

Este cenário não poderia resultar em outra coisa a não ser o empobrecimento sistemático da população. Uma tragédia pura e completa. Dado o que foi dito anteriormente, é preciso o fortalecimento da luta em prol de combater o esfacelamento da economia e da luta pelos direitos da classe trabalhadora, que se vê a mercê dessa política de caráter demagógico e que esconde ou tenta esconder que o único objetivo de Bolsonaro e suas medidas paliativas é a reeleição de um governo que se fez como resultado do golpe e que a todo custo tentará se perpetuar. Por isso, para combater esse cenário econômico, no mínimo trágico, é preciso eleger Lula presidente no dia 30 para que a partir daí possamos dar continuidade a marcha de luta pelo fortalecimento de toda classe trabalhadora.

https://causaoperaria.org.br/2022/gover ... se-eleger/
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O Brasil em Crise

Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Out 2022, 23:06

NOTÍCIAS
PRECONCEITO
Nordeste, entre identidade geográfica e luta de classes
Não se pode analisar o preconceito contra os nordestinos de um ponto de vista de identidade geográfica, mas sim do ponto de vista da luta de classes

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Berenice Bento, autora do livro “Estrangeira: uma paraíba em Nova Iorque”, publicou um artigo no portal Outras Palavras em que reflete acerca do preconceito contra os nordestinos, de maneira geral, principalmente nas eleições.

O “ódio aos nordestinos” seria, segundo ela, uma expressão particular dos habitantes do Sul e do Sudeste do Brasil e tem raízes séculos atrás, por exemplo, com relação à abolição da escravidão no País.

Deveria ficar claro, em primeiro lugar, que é real o preconceito contra as pessoas nascidas na região nordeste do País por parte do Sul e do Sudeste. Logicamente que esse preconceito não pode ser generalizado, mas tem um caráter de classe. Os nordestinos de diversos estados, após a pulverização da economia da cana do açúcar, viram-se desfavorecidos economicamente com relação a novos eixos econômicos mais dinâmicos que brotaram: Minas Gerais com o ouro e depois São Paulo com o café. Esse processo de migração econômica do norte para o sul foi finalizado com a industrialização do sudeste no século XX. A migração do eixo econômico gerou a migração populacional, com os trabalhadores nordestinos, sem emprego e na miséria, tendo de procurar uma nova vida no sul e no sudeste.

Esse processo, que está umbilicalmente atrelado ao desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo atrasado brasileiro, gerou tamanhos preconceitos contra os migrantes nordestinos. Algo parecido com o que ocorre com o preconceito contra imigrantes dos países pobres que buscam oportunidades nos países desenvolvidos.

Por serem oriundos de uma região ─ geralmente o interior do nordeste ─ onde a falta de desenvolvimento econômico levou à completa ausência de políticas públicas como a educação, e por não terem emprego em sua terra natal, os imigrantes vendem sua mão de obra por um preço baixíssimo, submetendo-se aos piores empregos. A opressão que sofrem, portanto, é principalmente devido à sua condição econômica, logo uma opressão de classe. O preconceito surge fundamentalmente dos setores que fornecem esses empregos com salários baixos, e nem tanto dos trabalhadores que convivem com os nordestinos, que moram junto com eles nas favelas e periferias, que estão em uma situação semelhante.

Se os patrões chamam os nordestinos, em São Paulo, de “baianos”, ou no Rio de Janeiro de “paraíba”, de forma depreciativa, por outro lado os trabalhadores sudestinos os chamam assim de forma geralmente não depreciativa, mas sim amistosa. Tal como um negro na periferia tem o apelido de “negão” ou um gordo de “gordão”.

A autora indica que o nordeste também não pode ser considerado como um todo homogêneo no sentido de classe, porque a classe dominante nordestina, a oligarquia, também oprime o povo pobre da região. Isso está correto, na medida em que, pela primeira vez em sua análise, busca diferenciar o conteúdo de classe com relação ao preconceito aos nordestinos. Mas mantém uma análise superficial a respeito dessa questão.

Por que o sul e o sudeste deram vitória a Bolsonaro no primeiro turno e o nordeste a Lula? Não se trata de um preconceito “elitista” por parte dos habitantes do sudeste, tampouco por uma consciência política evoluída por parte dos nordestinos. A razão é que o sul e o sudeste são as regiões onde a burguesia brasileira é mais forte e mantém um domínio rígido sobre os trabalhadores, mesmo que eles também sejam muito mais organizados do que os do nordeste ─ e exatamente por isso. Já no nordeste, a burguesia é mais fraca e as necessidades materiais urgentes do povo daquela região (mais pobre do que o do sul e sudeste) são o motivo principal do voto em Lula, cujas políticas sociais de seu governo favoreceram mais aquele povo do que qualquer outro governo na história.

Portanto, o “ódio” não vem do sul e do sudeste, mas sim de uma classe social, a burguesia, e de uma parte de outra, a pequena burguesia reacionária. Ao contrário do que pensa a autora, não é um ódio geográfico, mas sim, novamente, de classe. A direita, representante da burguesia, odeia Lula não por este ser nordestino ─ embora o preconceito de classe contra os nordestinos seja um fator, menor ─ mas sim por ter nascido pobre e crescido e forjado como político liderando as lutas operários, ou seja, a luta de seus inimigos de classe. Mais do que isso: Lula representa, em uma situação polarizada e radicalizada, a revolta da classe operária contra a burguesia. A burguesia e a pequena burguesia reacionária, portanto, têm medo dessa revolta, e por isso combatem Lula.

De um certo modo, como reconhece a própria autora, o seu ponto de vista é identitário. É um ponto de vista claramente insuficiente para entender a raiz do preconceito contra as pessoas dos diferentes estados do nordeste do País. Esse preconceito só pode ser entendido indo além do raciocínio superficial, embora, no caso da autora, haja uma tentativa de compreender esse preconceito com um pensamento relativamente coerente. É principalmente o problema social de classe que leva a esse preconceito e é através da análise da luta das diferentes classes sociais e de seu desenvolvimento que se pode compreender o caráter dos preconceitos que vigoram ainda no século XXI.

https://causaoperaria.org.br/2022/norde ... e-classes/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Out 2022, 15:18

NOTÍCIAS
"NEM UM CENTAVO PARA MERENDA"
Lula denuncia que Bolsonaro não reajustou salários em 4 anos
"É muito fácil chegar perto das eleições e dizer que vai aumentar. Por que não aumentou em 4 anos?”, perguntou Lula a Bolsonaro

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247 – Em debate na TV Globo nesta sexta-feira, 28, Jair Bolsonaro abriu a transmissão trazendo a promessa de aumento do salário mínimo. O ex-presidente Lula (PT) respondeu, lembrando que o histórico do mandato, sem reajuste real, apenas seguindo a inflação.

“A verdade nua e crua é que o salário mínimo do Bolsonaro hoje é menor do que quando ele entrou”, diz Lula a Bolsonaro. “Esse homem governou o país por 4 anos e não deu um centavo para a merenda escolar”, destacou o candidato petista.

“Eu aumentei o salário mínimo em 74%. É muito fácil chegar perto das eleições e dizer que vai aumentar. Por que não aumentou em 4 anos?”, continuou.

Com Bolsonaro, o salário mínimo vai completar 4 anos seguidos sem aumento real.


https://causaoperaria.org.br/2022/lula- ... %ef%bf%bc/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 01 Nov 2022, 05:35

NOTÍCIAS
O QUE FAZER?
Reconstrução econômica e social do Brasil: por onde começar?
O golpe de 2016 mergulhou o Brasil em uma imensa polarização e aprofundamento das políticas neoliberariais que agora terão de ser encaradas e superadas.

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Com o golpe de 2016 foram cometidos crimes em série contra o Brasil e o seu povo. Os golpistas se revelaram verdadeiros exterminadores de direitos sociais e da soberania, a partir do governo de Michel Temer – apontado, pelo Wikileaks, em 2016, como informante da embaixada norte-americana. O golpe foi engendrado e operado pela direita tradicional, “civilizada”, sob coordenação dos EUA. O governo Bolsonaro foi fruto do segundo momento do golpe, a fraude eleitoral de 2018, que, com Supremo, Forças Armadas, Lava Jato, com tudo, encarceraram o ex-presidente Lula por 580 dias, tirando-o do jogo eleitoral e elegendo o governo atual.

A imensa polarização existente no país decorre de uma crise econômica sem precedentes e sem um fim previsível, e da ação do imperialismo que, em consórcio com todos os principais poderes no Brasil, deram o golpe de Estado de 2016. Como ocorre em graves crises, a cada ação encaminhada, ao invés de ser desarmada, a crise se aprofunda. Em um quadro de crise mundial aguda como a atual, cujas consequências neste momento são imprevisíveis, aumenta a disputa por matérias primas, fontes de energia e mercados mundiais. Um país com os recursos naturais e com a extensão territorial do Brasil, com uma política de desenvolvimento, petroquímica desenvolvida, com as reservas petrolíferas que dispõe, seria imbatível como nação desenvolvida.

Neste momento renasce a possibilidade de uma retomada do país, fruto de um processo eleitoral cujo resultado representa uma grande derrota do golpe de 2016, sem dúvidas. Tal retomada, no entanto, é bastante complexa, até pela amplitude da coalizão que apoiou Lula. Além disso, se a mesma ocorrer se desenvolverá em um contexto interno e internacional, extremamente adverso. Vale listar alguns eixos importantes, que deveriam constar de um esforço dessa envergadura:

1. Retomar o crescimento da economia. Do golpe para cá, entre 2016 e 2021, a economia cresceu meros 0,23% ao ano. O que significa que o PIB (produto interno bruto) per capita decresceu. Ou seja, os golpistas realizaram o pior período de evolução do PIB da história do Brasil. A retomada do crescimento é um pressuposto da geração de empregos formais, tarefa que também se faz urgente no país;

2. Colocar em prática um programa radical de combate à fome, de caráter integral, utilizando o processo para elevar estruturalmente a segurança alimentar do país, recuperando estruturas que o governo atual desmontou, como a disponibilização de crédito para o pequeno produtor agrícola;

3. Realizar um grande programa de investimentos em infraestrutura urbana, na área de comunicações e na de produção de energia, abrindo novas empresas industriais e de serviços, aumentando a oferta desses serviços e gerando empregos o mais rapidamente possível;

4. Estruturar ações para recuperar imediatamente o mercado consumidor interno, destruído em boa parte, elevando o consumo de massa, retomando, dentre outras, a política de aumentos reais do salário-mínimo, com base no crescimento do PIB;

5. Revogar a lei que estabeleceu o Teto de Gastos (Emenda 95), que inviabiliza o crescimento, e reformular o atual regime fiscal brasileiro, que funciona como uma bola de ferro, praticamente impedindo avanços da economia. Essa ação implica em rever a estrutura tributária brasileira, que tem que se tornar progressiva, cobrando mais impostos de quem pode pagar mais;

6. Controlar a inflação, principalmente a dos alimentos, combustíveis e de eletricidade, que atinge diretamente os trabalhadores mais pobres;

7. Reduzir imediatamente os juros, que impede a recuperação econômica, o que passa por revogar a política de “independência” do Banco Central, estabelecida no atual governo;

8. Adotar uma nova política de preços dos derivados do petróleo, revogando a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que não passa de um mecanismo de assalto à população brasileira. É inaceitável que uma potência petrolífera como o Brasil pratique uma política que rouba a população brasileira e que gera dividendos fabulosos aos especuladores e rentistas, muitos dos quais, mal sabem onde fica o Brasil;

9. Mudar a política cambial brasileira, visando reduzir a volatilidade da moeda, medida fundamental para enfrentar a inflação internacional e garantir a competitividade da indústria;

10. Desencadear um amplo programa de recuperação da indústria e de inovação no país, que envolva empresas estatais, financiamento, compras estatais, investimentos em tecnologia, qualificação da mão de obra, infraestrutura. A melhoria do perfil de distribuição de renda deve vir acompanhada de esforço para aumento da competitividade da economia brasileira;

11. Desenvolver política de exploração mineral do país, de forma sustentada, com proteção ao meio ambiente e aos trabalhadores. Reprimir drasticamente a mineração ilegal no país, na Amazônia e demais áreas estratégicas;

12. Estruturar uma política pública e integrada de segurança hídrica para o país. Não é possível que no país com o maior volume de água doce do mundo, uma parte substancial da população não tenha acesso regular à água potável, e suas inúmeras utilizações. Não há dúvidas que a dificuldade de uma parte da população consumir água barata é um traço dramático do subdesenvolvimento brasileiro;

13. Reverter as privatizações na Petrobrás e na Pré–Sal Petróleo S.A. (PPSA). Reverter todas as privatizações ocorridas desde o golpe de 2016, como a da Eletrobras. maior empresa de geração de energia elétrica da América Latina. Acabar com as políticas de preparação para a privatização como ocorre nos Correios, Banco do Brasil e outras estatais;

14. Aumentar significativamente os investimentos em pesquisa e inovação, visando o aproveitamento do potencial natural do país e a geração massiva de empregos qualificados. Uma medida imediata e fundamental é a transformação digital do país, garantindo acesso à internet a preços muito baixos (de preferência, gratuitamente), para toda a população brasileira;

15. Estruturar política de defesa da Amazônia, em relação à destruição, que aumentou expressivamente durante o governo atual. Desenvolver também política de conservação e exploração sustentável dos demais biomas do Brasil, como o cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pantanal, os Pampas e outros biomas que existirem. É fundamental impulsionar o potencial econômico e social da biodiversidade brasileira, em combinação com desenvolvimento de conhecimento científico e tecnológico.

A implementação dessas medidas – e tantas outras essenciais – depende de alteração na correlação de forças, e não apenas de competência técnica. Especialmente em função de uma crise internacional que se deve se agravar no ano que vem e da “herança maldita” do governo Bolsonaro. Além disso, o encaminhamento das medidas elencadas implica na retomada do papel que foi retirado do Estado brasileiro, principalmente a partir do golpe, de indutor do crescimento e do desenvolvimento nacional. Dificilmente o próximo governo conseguirá superar os imensos desafios colocados no horizonte, sem o apoio ativo da maioria da população.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 01 Nov 2022, 18:41

NOTÍCIAS
RETROCESSO PARA O BRASIL
Sob Bolsonaro, produção industrial cai mais uma vez
Um governo que não investe em indústrias e pesquisa não planeja o crescimento de seu país

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Nesta terça-feira (02), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a produção industrial brasileira caiu 0,7% na passagem de agosto para setembro, tendo retração em 21 dos 26 ramos industriais no país.

Segundo André Macedo, gerente de pesquisa do IBGE:

“Podemos dizer que há uma redução no ritmo da produção industrial. Isso fica bem evidenciado não apenas nesses dois meses de queda em sequência, mas também na maior frequência de taxas negativas nos últimos quatro meses, com três variações negativas.”

Os setor que mais sofreu com as quedas foi o da indústria de produtos alimentícios, com queda de 2,9%, segunda taxa negativa seguida, acumulando perda de 6,1% nestes dois meses.

“Produtos derivados de soja, açúcar e carnes de aves são itens importantes no entendimento dessa queda no setor alimentício em setembro”, destacou o pesquisador.


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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Nov 2022, 00:28

NOTÍCIAS
SALÁRIO DIGNO
Lula deve garantir um salário que atenda às necessidades do povo
Sugestão de Wellington Dias não reflete em nada o que Lula tem proposto

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Na última quarta-feira (2), o ex-governador do Piauí e eleito senador pelo PT, Wellington Dias, representante da equipe de Lula para negociação do Orçamento da União, declarou que o salário-mínimo deveria aumentar 1,3% acima da inflação. O aumento pífio proposto por ele não corresponde à grande luta que se expressou nas mobilizações de ruas contra os ataques desferidos pela burguesia e que garantiram a vitória do presidente sobre Bolsonaro nas eleições deste ano.

Diante da destruição das condições materiais de vida da população promovida pelo golpe contra presidenta Dilma Roussef em 2016, uma das pautas centrais da luta dos trabalhadores se trata de conquistar um salário-mínimo que reverta a situação de miséria que assola o país. O Brasil atualmente tem mais de 120 milhões de pessoas com alguma insegurança alimentar e mais de 70% das famílias estão endividadas.

O acúmulo da inflação registrado para os últimos 12 meses teve seu pico no mês de abril quando ultrapassou a marca dos 12%. A aproximação das eleições deste ano obrigou o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro a manobrar para aumentar sua popularidade, assim lançou mão de um conjunto de medidas para abaixar artificialmente o índice que em setembro ficou em pouco mais de 7%.

A retirada de impostos como Cide, Pis/Cofins e ICMS teve algum impacto na energia elétrica, comunicações e combustíveis. Porém, naquilo que é mais fundamental para as famílias que vivem com até dois salários não resultou melhora alguma, o acúmulo da inflação registrado para os últimos 12 meses referente ao preço dos alimentos nos supermercados em setembro ficou pouco abaixo dos 12%, o índice se aproximou dos 15% no registro para o mês de julho.

Os principais alimentos da mesa dos trabalhadores tiveram os preços aumentados muito acima da inflação, o leite que é um alimento essencial para as mães cuidarem de seus filhos teve seu valor ampliado em mais de 66% somente neste ano. No estado de São Paulo, o preço de uma cesta básica atingiu valor próximo de 800 reais, ou seja, o equivalente a 2/3 do atual salário-mínimo.

Os cálculos do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontam que o salário vital para uma família de quatro pessoas no mês de setembro seria mais de 6.300 reais, um valor que corresponde a mais de cinco vezes o atual salário-mínimo de 1.212 reais.

Portanto, diferente do que pensa Wellington Dias, não há nenhum motivo para comemorar um aumento no salário-mínimo que não altera em nada a atual realidade que vivem os trabalhadores e conjunto da população. É preciso assegurar melhores condições de vida para o povo com aumento imediato de 100% sobre o salário-mínimo e um plano que garanta um salário vital para as famílias no valor de 7.500 reais.

A volta de Lula à presidência do Brasil é resultado de uma ampla mobilização desde o golpe de estado, representa a vitória dos trabalhadores contra todos os ataques desferidos pela burguesia, seu governo enfrentará uma crise muito grande tendo em vista que a maior parte dos governadores dos estados e integrantes do parlamento são golpistas. Sendo assim, deve governar para e junto com as massas, para isso é preciso garantir um salário que realmente satisfaça as necessidades do povo brasileiro.

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O Brasil em Crise

Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Nov 2022, 21:24

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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 05 Nov 2022, 19:24

NOTÍCIAS
DECEPÇÃO DO MERCADO
Especuladores tentam pressionar Lula sobre ministro da Fazenda
Bom começo do PT com essa escolha

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A burguesia paulistana da Faria Lima não gostou da indicação de Aloizio Mercadante como coordenador técnico da transição do governo, anunciado na última quarta-feira (02) pelo Partido dos Trabalhadores.

A atitude ficou marcada como um controle da esquerda sobre a pasta econômica que os bancos tanto querem abocanhar no governo Lula, muito mais do que fizeram nos governos anteriores. Estão reticentes com o futuro econômico no mandato de Lula.

Essa foi uma titude positiva do novo governo e inclusive a expextativa é que o “mercado” não goste do ministro da fazenda, que realmente terá papel fundamental na economia do país. Os bancos bateram novo recorde de lucros, mesmo nessa fase de crise e fome da classe trabalhadora, os juros “comem” todo os salário da classe trabalhadora e eles não querem perder essa fonte desumana de lucros.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Nov 2022, 22:51

NOTÍCIAS
POR UM MÍNIMO VITAL DE R$7 MIL
Churrasco com picanha com 1,3% de aumento real não dá!
Quando o trabalhador reivindica que seja pago o salário mínimo vital, apenas está pedindo que seja cumprida a Lei, feita pelos patrões e seus representantes.

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Ao longo de sua campanha, o companheiro Lula, acertadamente, falou da necessidade de dar aumento real do salário mínimo, depois de quatro anos sem aumento durante o governo Bolsonaro, e discursou várias vezes sobre a vontade e o direito do trabalhador brasileiro de “comer o churrasquinho com picanha e cervejinha”, tão à gosto da imensa maioria dos trabalhadores brasileiros, mas que cada vez menos, puderam puderam desfrutar dessa iguaria, por conta do desemprego e arrocho salarial que se agravou ao longo de anos de golpe de Estado.

Essa, sem dúvida alguma, foi uma das propostas mais populares que, junto com outras, fizeram a maior liderança popular do País, conquistar o voto de milhões de trabalhadores brasileiros, esperançosos de que, com Lula no governo, ocorram mudanças reais nas suas condições de vida.

O mínimo de fome de Bolsonaro

Está em tramitação, no reacionário Congresso Nacional Congresso, a proposta para o Orçamento para 2023,, com base na proposta enviada por Bolsonaro. Nela, o valor do salário mínimo foi fixado em R$1.302 a partir de janeiro. Isto representaria um reajuste de 8,3%, que apenas repõe a inflação oficial, muito abaixo do aumento do custo de vida dos brasileiros. A inflação sobre os salário, principalmente entre os que ganham até 3 salário mínimos (cerca de 80% dos trabalhadores brasileiros), pois superior a mais de 12%. Sö o preços dos alimentos teve alta superior a 20%. E a maior parte do salário de quem ganham pouco é para comer.

Quatro em cada 10 trabalhadores (38,22%) recebem até um salário mínimo. Mais de 79% recebem até três salários mínimos por mês. Esta é uma questão fundamental para a imensa maioria do povo.

O novo governo e o aumento real

Que o Congresso reacionário e o governo Bolsonaro queiram roubar o povo e rebaixar os salários, é até “normal”, são representante dos interesses dos grandes capitalistas contra os trabalhadores.

No entanto, é outra a postura que se espera do governo Lula e dos seus representantes. Isso porque o aumento real é uma medida fundamental para o povo trabalhador da ativa e aposentado e servirá para ampliar o apoio ao governo, eleito em uma votação apertada, até mesmo entre os que não votaram em Lula.

É de se estranhar, portanto, que o representante da equipe de Lula para negociar o Orçamento da União com o Congresso, o ex-governador e senador eleito, Wellington Dias (PT-PI), tenha anunciado – pela imprensa burguesa – que em 2023 o “aumento real será de 1,3% ou 1,4% acima da inflação”.

Fez isso , em certo ar de contentamento. Quando não há nada a comemorar. Esse percentual representaria um acréscimo em torno de R$16, pouco mais de R$0,53 por dia. Um valor irrisório que dá para comprar nem meio quilo de carne, de segunda, em um mês, ou um pãozinho francês, em um dia .

Se a mudança no valor do mínimo para 2023, agora, não depende exclusivamente da vontade do governo eleito, pois só vai tomar posse em janeiro; este não deve firmar nenhum compromisso com um valor tão miserável para o mínimo. Por isso mesmo é um erro sair anunciando que acrescentar a miséria de 1,3% seja aumento real. Isso é pura tapeação, coisa típica de político burguês, inimigo do povo

A burguesia e seu reacionário Congresso Nacional, por certo, vão pressionar o governo Lula no sentido de manter a política salarial imposta de forma mais acentuada desde o golpe de Estado (2016) de rebaixamento geral dos salários. Trata-se da defesa dos seus interesses contra os do povo trabalhador.

Salário Mínimo e fome

A cesta básica apenas com produtos básicos para a alimentação de uma pessoa, no mesmo mês de setembro atingiu o valor de R$750,34, em SP, de acordo com o Dieese. Uma família, composta por quatro pessoas (dois adultos e duas crianças ou jovens), necessita consumir pelo menos 3 cestas por mês, o que custaria R$2.250 mais do que o valor líquido (descontada a Previdência) de salários mínimos no seu valor atual e até mesmo no valor previsto para janeiro de 23.

Ou seja, com esse valor não dá nem para garantir o pão na mesa da família. Ele obriga à dona de casa e o trabalhador a ficar deixando de lado produtos essenciais ou seja, a passar por privação.

Além disso o índice que serve de base de cálculo para a inflação nos salários, o IPCA não mede a inflação para as famílias mais pobres (a imensa maioria), pois é calculado de acordo com a variação do custo de vida médio de famílias que recebem entre um e 40 salários mínimos, considerando um peso menor para itens como a cesta básica, fundamentais para a maioria que ganha menos.

Usar o critério da elevação do PIB, não é o caminho para uma elevação do salário em um momento de crise capitalista. Quando a economia crescia o salário teve pequenos aumentos que não garantiram uma mudança profunda nas condições de vida. Agora, que a economia não cresce ou cresce pouco querem que o trabalhador pague a conta.

Sem mobilização, haverá aumento de fato

A tarefa da CUT, dos sindicatos, dos partidos de esquerda e de todas as organizações de luta dos explorados, deve ser pressionar no sentido contrário, isto é, no sentido do atendimento da necessidade real dos trabalhadores, do aumento real do salário mínimo, da recomposição das perdas salariais etc. O que é reconhecida pelo próprio presidente eleito.

Estudos feitos pela Corrente Sindical Nacional Causa Operária (CSNCO) sobre o que deve ser o salário mínimo vital, para atender às necessidades de uma família trabalhadora, de acordo com o estabelecido na Constituição, mostra os números básicos apresentados na Tabela abaixo:

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Quando o trabalhador reivindica que seja pago o salário mínimo vital, que hoje não poderia ser de menos de R$7mil, apenas está pedindo que seja cumprida a Lei, feita pelos patrões e seus representantes.

A CUT, os Sindicatos e organizações do povo devem apoiar a política de aumento real saindo à luta na defesa de um mínimo vital e o aumento de 100% de todos os salários, que permita de fato aos trabalhadores, conquistar, dentre outros, o tão almejado “churrasco com picanha e cerveja” anunciados por Lula, na campanha eleitoral.



https://causaoperaria.org.br/2022/churr ... al-nao-da/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Nov 2022, 15:57

NOTÍCIAS
CUT
CUT deve intervir por um verdadeiro aumento do salário mínimo
O governo Lula deve se apoiar sobre as massas e as suas organizações para impor a sua política ante a pressão da direita golpista

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Atransição do governo Bolsonaro para o novo governo eleito, de Lula, começou com uma má notícia: o aumento do salário-mínimo está sendo estimado para R$1319, uma diferença de apenas R$17 em relação ao proposto pelo presidente derrotado, de R$1302, o que não configura um crescimento real de salário, apenas compensando a inflação. Ele não está sendo acordado por Lula, mas pelo governador do Piauí, Wellington Dias, PT. A péssima proposta mostra que é necessário haver uma grande intervenção da Central Única dos Trabalhadores no governo Lula para que haja um aumento real nos salários.

Um dos aspectos cruciais dos governos do PT, que fez com que a vida melhorasse para grande parte da classe operária e que deu uma enorme popularidade a Lula foi o aumento real do salário-mínimo. Na realidade, o governo Lula foi o que acumulou o maior aumento real do mínimo desde que ele foi criado no ano de 1940. Em conjunto com Dilma a média de aumento foi a de 59%. Depois do golpe de Estado, tanto Temer quanto Bolsonaro congelaram esse aumento deixando a inflação crescente destruir a vida dos trabalhadores.

O problema da inflação é crucial para se compreender a necessidade do aumento dos salários. Não basta que o valor aumente, é preciso que ele compense pela inflação que encarece todos os produtos, principalmente os produtos consumidos pela população mais pobre. A inflação é medida por uma média geral e portanto seu valor genérico não revela a real situação de carestia que ela gera para a população pobre do país, é um dos motivos para os mais de 30 milhões que passam fome, em conjunto a destruição econômica criada com o golpe de Estado.

A questão do aumento dos salários é uma questão crucial, um dos principais pontos na luta da classe operária em toda a sua história. A burguesia luta para que explore cada vez mais os trabalhadores aumentando o seu lucro. Há muitas formas de aumentar essa exploração: removendo direitos trabalhistas, aumentando a carga de trabalho ou mantendo os salários baixos. A inflação é uma forma de corroer os salários que só pode ser combatida com aumentos constantes. A luta pelo aumento do salário mínimo portanto é um confronto aberto com a burguesia que pressiona contra e que conseguiu essa vitória nos governos Temer e Bolsonaro.

Sendo uma luta antiga da classe operária, ela deve ser protagonizada pela classe operária. Wellington Dias é um governador do PT. Esse setor dos governadores do Nordeste é notoriamente conhecido por ser a ala mais a direita dentro do partido. O ex-governador da Bahia por exemplo, Jaques Wagner, defendia Ciro Gomes como candidato no ano de 2018. Ele e seu seguidor, Rui Costa, também defendeu a política de militarização das escolas e fortaleceu a repressão da polícia militar. Dada a pressão que a direita faz sob o PT ao se deixar essa ala direita tomar conta não há como obter conquistas para os trabalhadores.

Lula e a CUT, por outro lado, compõem a ala esquerda do PT, a ala que é ligada diretamente aos trabalhadores, aos sindicatos, a sua mais básica organização de luta. O DIEESE, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, instituição ligada aos sindicatos, por exemplo, define que o salário-mínimo brasileiro, de acordo com o que esterilece a Constituição Federal de 1988, deveria estar acima dos 6 mil reais, dados os valores dos produtos na atualidade. Só por essa estatística é possível ver que é preciso de uma intervenção dos sindicatos no governo para que haja um aumento real no salário.

Muitos setores da esquerda estão festejando a diferença deR$17 entre a proposta de Bolsonaro e a proposta de Dias, algo vergonhoso. Ante a calamidade que existe no país, é preciso medidas sérias para tirar os trabalhadores da miséria. Se a transição de governo não permite um aumento maior que 17 reais, então que não haja festa. É preciso que Lula deixe claro desde já que seu aumento será um aumento real, como foram nos seus governos anteriores, ou ainda maiores dada a tendência de mobilização que existe na classe operária na atual conjuntura política.

A CUT por sua vez é a organização que mais pode interver nessa questão. A maior central sindical da América Latina possuiu mais de 4mil sindicatos somando dezenas de milhões de filiados, ela sozinha tem a capacidade de parar completamente o país. Os atos bolsonaristas que bloquearam algumas estradas essa semana são cócegas nos pés da burguesia ante a capacidade que possui uma mobilização real da CUT. Com esse potencial é preciso que ela se posicione por um aumento real do salário-mínimo.

Lula se tornou presidente graças à mobilização popular, que derrotou parcialmente os golpistas de 2016. Contudo, Lula tem somente o governo federal, a direita controla o Congresso, os governos estaduais e a imprensa que fazem uma pressão gigantesca contra as políticas de esquerda de Lula. Para combater essa pressão, que é, na verdade, um ataque da direita aos trabalhadores, é preciso que as organizações da esquerda chamem o povo para a mobilização, é preciso que a CUT se torne uma base real do novo governo Lula.

O presidente eleito Lula foi preso e perseguido pelo imperialismo justamente por essa característica. Ele não é um mero político burguês que tem uma ou outra posição nacionalista, ele é uma liderança da classe operária brasileira, a maior da América Latina. Ele é o mais importante sindicalista do país, ele é a liderança de fato da CUT, e ele agora está no governo. Isso configura um potencial gigantesco para o novo governo, mas que só se concretizará por meio da mobilização.

A luta contra o golpe de Estado, que derrubou a presidenta Dilma e prendeu Lula em 2018, se tornou um enorme movimento de massas que conseguiu impor a derrota aos golpistas nas eleições de 2022. É sobre esse movimento de massas que Lula deve se apoiar para governar e assim impor a sua política em defesa dos trabalhadores. Mas o movimento é fraco em sua forma difusa e desorganizada, ele precisa ser dirigido pelas principais organizações da esquerda. É por isso que a Central Única dos Trabalhadores deve interver em defesa do governo Lula, em defesa do aumento real do salário mínimo, do petróleo 100% estatal e de todas as principais reivindicações da classe operária.



https://causaoperaria.org.br/2022/cut-d ... io-minimo/
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O Brasil em Crise

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Nov 2022, 19:08

NOTÍCIAS
DESESPERO EM NÚMEROS
Pesquisa: quase 1/3 de brasileiros estão individados, um recorde
Mais ricos menos dívidas

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, foi divulgada nesta segunda-feira (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela que os brasileiros com dívidas atrasadas no mês passado cresceu 4,7 % no período de 12 meses e alcançou o nível recorde de 30,3%, contra 25,6% em outubro de 2021.

“Nunca tínhamos tido uma proporção tão alta de famílias com dívidas atrasadas”, disse a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa. A taxa de inadimplência entre os que recebem até dez salários mínimos (R$ 12.120) passou de 28,6%, em outubro do ano passado, para 33,6% em outubro deste ano. Entre os mais ricos, acima dos 10 salários, os endividados registraram queda de 11,6% em outubro deste ano contra 13,7% no mesmo período do ano passado.

“Além disso, outros 10,6% dos brasileiros que participaram da pesquisa responderam que não terão condições de pagar as dívidas no próximo mês e permanecerão inadimplentes, ante 10,1% em outubro de 2021”, ressalta o documento.


https://causaoperaria.org.br/2022/pesqu ... m-recorde/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Nov 2022, 23:21

NOTÍCIAS
SALÁRIO MÍNIMO
Para “unificar” o Brasil, é preciso um salário de mínimo real
Cotado para assumir o Ministério da Fazenda no futuro governo Lula, Wellington Dias aponta para crescimento quase nulo do salário mínimo. É preciso muito mais.

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Areação ainda desorganizada de setores que apoiam o bolsonarismo mostra que, para além da oposição da burguesia mais tradicional, Lula ainda terá que lidar com a população que se deslocou para o polo oposto na crise política nacional. Para isso, nada melhor que convencer a ampla massa de trabalhadores do país a partir de reivindicações concretas, que melhorem seu nível de vida. Mas se forem apenas migalhas, a coisa não vai ser fácil.

A imprensa golpista repercutiu nesta semana declaração de uma das figuras cotadas para o Ministério da Fazenda do novo governo. Wellington Dias é ex-governador do Piauí e eleito agora para o Senado pelo PT, em entrevista à GloboNews afirmou que o aumento real do salário mínimo no primeiro ano do governo Lula deverá atingir entre 1,3% e 1,4% acima da inflação de 2022.

Depois de seguidos ataques ao salário mínimo a partir do golpe de Estado de 2016, a proposta aparece como excessivamente tímida, principalmente diante da crise que está colocada no cenário político. A regra de utilizar a média do produto interno bruto PIB dos últimos 5 anos, num quadro de recessão econômica, não leva em consideração a violenta disparada dos bens de consumo básicos. As pessoas estão comendo menos, consumindo menos em geral, e um reajuste meramente burocrático não vai mudar em nada esse cenário.

Para se ter uma ideia do baixíssimo nível da proposta, o aumento proposto pelo PT supera em apenas R$ 18,00 a proposta do próprio Bolsonaro. Depois de uma vitória apertada e comemorações catárticas, é querer demais que o povo defenda com paixão um salário mínimo de R$ 1.320,00 contra um de R$ 1.302,00. Lula não foi eleito para ser um pouquinho melhor que Bolsonaro no governo federal, foi eleito para impactar de verdade a vida dos trabalhadores.

É tão pouca diferença que até Bolsonaro, mesmo que apenas demagogicamente, sugeriu que o aumento elevasse o salário mínimo para R$ 1.400,00. O pior é que essa é justamente uma área onde Lula deveria nadar de braçada, provando por A mais B que um governo da esquerda está a serviço dos trabalhadores. Lula precisa do apoio popular para assumir o governo, para não ser derrubado e para conseguir governar de fato. Não serão os aliados de ocasião, como já não foi no passado recente, que vão garantir o futuro governo Lula.

Por um lado, é positivo que Lula comece a anunciar medidas econômicas concretas, que vão ao encontro das necessidades populares. Mas é preciso muito mais para que isso funcione como um ponto de apoio para o governo. É preciso governar para os trabalhadores que elegeram Lula mesmo após décadas de campanha de perseguição na imprensa golpista.



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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 09 Nov 2022, 19:02

NOTÍCIAS
GOVERNO LULA
Uma política econômica progressista depende dos trabalhadores
Presidente eleito deve mobilizar os trabalhadores, por meio da CUT e demais organizações populares, para emplacar suas medidas econômicas progressistas

Durante a sua campanha eleitoral, o presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva afirmou que isentaria os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês do Imposto de Renda (IR). Para Lula, é uma proposta que tornará a tabela do IR mais justa e que, com isso, aumentará o poder de compra da classe operária brasileira. Segundo o sítio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a equipe de transição do governo já começou a negociar com o Congresso Nacional para levar adiante esse projeto.

A medida, de fato, afetaria a esmagadora maioria da população brasileira. De acordo com dados da Pnad Contínua, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% dos brasileiros têm renda inferior a R$ 3,5 mil por mês, taxa que representa quase 200 milhões de pessoas. Estas seriam, consequentemente, isentas do pagamento do Imposto de Renda, uma medida que, na atual situação política, representa um progresso.

A burguesia, por meio da imprensa burguesa, já demonstrou o seu profundo descontentamento com a proposta do petista. Em coluna de Vinicius Torres Freire à Folha de S. Paulo, publicada na quinta-feira (03), ele afirma que “Aprovar a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês é um tiro no pé que vai provocar sangramento durante Lula 3”. Uma colocação dramática que mostra a abjeção dos capitalistas à medida.

O principal argumento de Torres é o de que essa medida resultaria em um rombo fiscal que custaria muito aos cofres públicos e que, consequentemente, prejudicaria a população. Ele estabelece, portanto, a indissolúvel contradição: ajudar os pobres significa tirar dos pobres. Convenientemente, ele esquece que o Brasil, como um País capitalista, também possui a sua cifra de burgueses, que detém os meios de produção e, consequentemente, a maior parte da renda do País. A solução do problema se dá justamente por meio do capital deles que, invariavelmente, deve estar à serviço da maioria da população, e não do capital estrangeiro.

Decerto que não é isso que Lula propõe, a expropriação da burguesia nacional, medida que mais beneficiaria a classe operária frente à crise atual do imperialismo. Mas, fato é que os trabalhadores estão beirando a miséria, o golpe de Estado arrancou-lhes os já precários direitos que tinham, deixando-os à mercê de suas próprias sortes para sobreviver. Uma mudança no pré-requisito do Imposto de Renda seria, portanto, algo progressista, algo que deve ser apoiado como reivindicação transitória para a melhora das condições de vida da classe operária.

A questão, no final, é simples. Pagando menos encargos ao Estado, os trabalhadores disporão de maior renda para atender às suas necessidades básicas. Enquanto isso, o valor faltante no orçamento nacional deve ser retirado dos setores da economia que nada tem a ver com os trabalhadores, e/ou por meio de novas indústrias nacionais, por exemplo. Enfim, em um país do tamanho do Brasil, dinheiro é o que não falta, principalmente quando nosso patrimônio não é entregue aos banqueiros, latifundiários e especuladores.

O problema é que Lula não sofre pressões da direita apenas por meio da imprensa burguesa. Frente a sua derrota, a burguesia está tentando se infiltrar em seu governo para que ele leve uma política econômica que vá na contramão de suas propostas atuais, explorando ainda mais os trabalhadores em prol dos patrões. Existe, na realidade, uma luta política entre a direita e a esquerda em sua administração que promete dar o tom dos próximos 4 anos.

Assim como foi em sua campanha, sobretudo no segundo turno, quando Lula se apoiou na mobilização das massas para derrotar os golpistas e levar o pleito contra Bolsonaro, o presidente eleito deve agir ao lado dos trabalhadores para levar adiante uma política progressista em seu governo. A pressão reacionária deve ser combatida pela pressão revolucionária, de esquerda e, para isso, é preciso convocar a classe operária para tomar as ruas e defender as suas reivindicações enquanto classe.

A CUT, a maior central sindical da América Latina, deve ser ponta de lança nessa mobilização e orientar seus sindicatos a convocarem os trabalhadores para um Congresso que discuta os principais apontamentos da luta dos trabalhadores durante o governo Lula. Finalmente, o golpe ainda não foi completamente derrotado e, ao que tudo indica, a burguesia planeja uma forte intervenção para o próximo período. As organizações de esquerda precisam ficar em estado de alerta, pois o que está em jogo é o futuro da luta dos oprimidos no Brasil.

https://causaoperaria.org.br/2022/uma-p ... alhadores/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 09 Nov 2022, 21:56

NOTÍCIAS
1,3% NÃO RESOLVE
Um salário que não dá nem para comer!
A proposta de Bolsonaro, R$1.302, e de Welington Dias, R$1.320, são duas faces de uma política de arrocho salarial e expropriação dos trabalhadores

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De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos), no mês de setembro, a cesta básica apenas com produtos básicos para a alimentação de uma pessoa alcançou o valor de R$750,34, em São Paulo, capital em que ela tem o maior valor [tabela abaixo].

Uma família média, composta por quatro pessoas (dois adultos e duas crianças ou jovens), necessita – de acordo com estudo do DIEESE – consumir pelo menos três cestas por mês. Isso custaria, em São Paulo, R$2.250, mais do que o valor líquido (descontada a Previdência) de salários mínimos no seu valor atual e até mesmo no valor previsto para janeiro de 2023.

O preço médio da cesta básica nas 10 capitais em que ela tem maior custo é de R$702,75. Assim, o custo médio para uma família seria da ordem de R$2.108,25, quase duas vezes do valor de um salário mínimo.

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Congresso Nacional debate a proposta miserável do governo Bolsonaro de salário mínimo de R$1.302 , incluída no orçamento da União para o próximo ano.

Representando o governo eleito, na discussão, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) afirmou que o novo governo vai sugerir ao Congresso o reajuste do salário mínimo para cerca de R$ 1.320 em 2023, o que representa um acréscimo de apenas 1,4% acima do montante que consta na proposta orçamentária.

Obviamente que o incremento de R$18 na proposta de Bolsonaro nem de longe representa uma melhora real na vida do trabalhador. Não sendo suficiente para acrescentar um pacote de arroz ou meio quilo de carne na cesta básica de uma família.

Nem de longe mostra a disposição expressa por Lula na campanha eleitoral, de encarar o problema do rebaixamento salarial ou mesmo da fome.

Não se trata nem mesmo de um minguado aumento real, uma vez que o índice que serve de base de cálculo para a inflação nos salários, o IPCA, não mede a inflação para as famílias mais pobres (a imensa maioria), pois é calculado de acordo com a variação do custo de vida médio de famílias que recebem entre um e 40 salários mínimos, considerando um peso menor para itens como a cesta básica, fundamentais para a maioria que ganha menos.

Procurando justificar a medida, o ex-governador do PI, Wellington Dias, declarou que “como tivemos PIB negativo nos últimos anos, a proposta a ser submetida ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da transição, e por ele ao presidente Lula, é um índice de cerca de 1,4% acima do valor proposto na LOA (Lei Orçamentária Anual) para 2023 e, a partir de 2024, segue a regra da média do PIB nos últimos 5 anos”

É um crime, em um momento de violenta crise econômica, intensificado pela pandemia (que o governo e toda a direita não procurou combater da forma devida), usar o critério da elevação do PIB. Logicamente não se trata do caminho para uma elevação do salário em um momento de crise capitalista.

Todos sabem que, quando a economia crescia, o salário teve pequenos aumentos que não garantiram uma mudança profunda nas condições de vida. Agora, que a economia não cresce ou cresce pouco, querem que o trabalhador pague a conta. Não é outra coisa que uma política da burguesia, que não pode ser aceita pelos trabalhadores e suas organizações de luta.

Uma coisa é dizer que Lula, como presidente eleito, não tem condições plenas, neste momento, de impor totalmente ao reacionário Congresso Nacional uma política que atenda plenamente as necessidades dos trabalhadores. Outra, bem diferente, é apresentar como uma conquista uma política de arrocho salarial, disfarçada de aumento real.

O movimento operário deve rejeitar essa política. E o novo governo não deve se comprometer com ela, sob pena de se desmoralizar diante de amplas parcelas da população que votaram em Lula por uma mudança real na situação, e não por uma política de aparências.

A CUT e os sindicatos, e todas as organizações dos trabalhadores, devem levantar uma campanha em defesa do salário mínimo real e pelo aumento de todos os salários, que para fazer frente ao roubo dos últimos anos, deveria ser da ordem de 100%.

As entidades de luta dos trabalhadores não podem reivindicar como salário menos do que aquilo que estabelece a própria Constituição Federal (Art.7º) e o que é preciso para o trabalhador e sua família: um salário mínimo vital, suficiente para as necessidades fundamentas do trabalhador e de sua família. Este salário deveria ser deliberado pelas organizações do povo trabalhador e não poderia ser de menos de R$7.000 nos dias atuais.


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